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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Mais de 50 % das vítimas de violência doméstica regressa ao lar

A maioria das vítimas de violência doméstica acolhidas na casa abrigo de Bragança volta a coabitar com o agressor. Esta elevada percentagem deve-se, segundo a directora desta unidade de resposta às vítimas, Catarina Vaz, à dificuldade em reconstituir a vida, em particular encontrar uma nova habitação e emprego.
“Diria que mais de 50 por cento regressa a dividir casa com o agressor. É complicado casa e trabalho, a parte do trabalho é muito mais complicada, por exemplo aqui em Bragança é muito difícil as pessoas encontrar um emprego, estamos um pouco limitados porque em termos de tecido empresarial é uma cidade pequena em que não há muitas ofertas de emprego”, destacou a responsável.

Numa conferência subordinada ao tema “Vítimas e agressores: do género à responsabilização individual”, a directora da casa abrigo da Santa Casa da Misericórdia de Bragança reiterou ainda a necessidade da criação de mais vagas para vítimas de violência doméstica, já que as actuais cinco são insuficientes, sendo necessárias em particular vagas de emergência.

“O essencial para a região seria haver vagas de emergência, que possibilitasse ao núcleo de atendimento às vítimas de violência da ASMAB fazer encaminhamento para a nossa casa abrigo em situação de emergência, o que possibilitaria às vitimas permanecer cerca de 10 dias, e depois possibilitasse o encaminhamento para uma casa abrigo” numa situação mais permanente, sustentou Catarina Vaz.

A conferência realizada em parceria entre o Centro de Ciência Viva e a Santa Casa da Misericórdia de Bragança contou ainda com participação de Paula Sismeiro Pereira, doutorada em psicologia da justiça e docente do IPB, que frisou que a mediatização da problemática da violência doméstica não leva ao aumento de queixas apresentadas, no entanto, pode ajudar a vítimas a ganhar consciência da sua condição.

“A mediatização ajuda a que as pessoas percebam eventualmente que podem ter um problema e isso pode fazer com que percebam que não querem estar numa situação que é problemática que não tem de ser assim”, entende.

A casa abrigo de Bragança está a funcionar desde 2002 e desde essa altura acolheu cerca de 210 mulheres e entre 50 a 60 crianças. 

Escrito por Brigantia

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