sexta-feira, 14 de abril de 2017

Barroso da Fonte e Padre Lourenço Fontes, dois ilustres escritores de Barroso, esquecidos pela Presidência da República

Não estou a falar de chicos espertos da política que temos visto agraciar com medalhas da República a esmo. Basta saber dar umas tesouradas no pêlo ou saber lisonjear para serem medalhados. A República ou melhor, os seus decisores não gostam de destacar personalidades rurais que lutam pela região, que deixam obra escrita e levam uma vida de cabeça erguida.

Espero que o Presidente da República compreenda que para lá das fragas ou longe do litoral há valerosos portugueses, como Barroso da Fonte e o Padre Lourenço Fontes, que merecem um obrigado. Trabalham em palcos mais duros ou em pistas mais difíceis. A minha agenda electrónica está atenta a alguns aniversários e no mês de Fevereiro surgem sempre dois ilustres e mediáticos escritores barrosões: Barroso da Fonte a 19 (n. 1939, em Codeçoso – Meixedo – Montalegre) e o Padre Lourenço Fontes a 22 (n. 1940, em Cambezes do Rio – rio Cávado – Montalegre).

Também me vou habituando a dar-lhes os parabéns pela obra feita, pela combatividade em prol da promoção do Barroso e de Trás-os-Montes e Alto Douro e pelos percursos de vida a pulso e saberem dar a cara quando se impõe. Para mim, os transmontanos e alto-durienses e a ruralidade nacional não são bem, bem a mesma coisa do resto do rectângulo luso, há mais qualquer coisa que nos cria laços de vizinhança e de grande família.

Por isso, estava eu (esposa, filho e neta), no dia primeiro de Janeiro, p.p., no «chek-in» do aeroporto de Montreal e as malas da família, enquanto no aeroporto anterior foram pesadas e calculadas para nos «roubarem» mais uns dólares, quando a senhora do balcão recebeu os passaportes (o meu e da minha mulher). Abriu e leu: – «Bragança»! Pronto já está tudo! E, com um sorriso aberto, feliz e brilhoso, disse-nos: – nós, os trasmontanos, somos muito despachados! Voltando aos ilustres aniversariantes que muito, muito prezo, fazem parte dos meus grandes amigos, que me fazem falta, nem que seja para saber só que estão lá (Guimarães e Vilar de Perdizes) e estão bem. Parabéns a Barroso da Fonte e ao Padre Fontes e que tenham muitos anos de vida com criatividade, qualidade e felicidade.

Jorge Lage
in:atelier.arteazul.net

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