quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Jorge Gomes e Adão Silva descontentes com Plano Nacional de Investimentos 2030

O deputado do PS, na Assembleia da República, Jorge Gomes, entende o descontentamento dos autarcas da CIM Terras de Trás-os-Montes e o deputado do PSD, Adão Silva, acredita ser um protesto justo e que o plano aumenta as injustiças entre o distrito e o resto do país.
O deputado do PS, na Assembleia da República, Jorge Gomes, afirma que entende o descontentamento dos autarcas da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes em relação à não inclusão de várias pretensões antigas para a região no Plano de Investimentos 2030. Jorge Gomes explica que, apesar do mau estar quanto às infraestruturas de Vinhais e Vimioso, que não foram contempladas, que não se pode dar a decisão como fechada. "Eu entendo a posição dos senhores autarcas e também é a minha. Não satisfez nem satisfaz o que ansiamos há muitos anos, que é a resolução do problema da ligação de Bragança-Vinhais e Bragança-Vimioso, não foram contempladas neste programa, no entanto não podemos dar isto como fechado. Não quer dizer, de forma nenhuma, que afaste algumas obras que possam vir a surgir ou que possam vir a sentir-se necessárias. Não quer dizer que da nossa parte não haja um mau estar".

Para Jorge Gomes é necessário não se criar desânimo e manter-se a união de forma a criar diálogo com o governo. "em primeiro, não é um programa que está fechado, tanto que vai para a Assembleia da República e estando lá irá entrar em comissões para uma discussão mais aprimorada, de alguns acertos, avanços e recuos. Tudo isto exige muita ponderação mas não devemos desanimar. Devemos manter-nos bastante unidos e numa posição de diálogo com o governo".

Já o deputado do PSD, Adão Silva, entende que o protesto é justo e vai mais longe confirmando que se estão a aumentar as injustiças entre o distrito e o resto do país. "O protesto dos autarcas é justo e muito oportuno. De facto, este plano nacional despreza completamente o interior do país, sobretudo o distrito de Bragança, cavando e aumentando as injustiças entre o interior e o litoral, particularmente entre Bragança e o resto do país. Isto é inaceitável, esta sensação de que uns são filhos de um Deus menor e outros de um Deus maior, de que há filhos e há enteados, não pode acontecer. Este governo e este plano espelha na perfeição como se podem construir injustiças pondo portugueses contra portugueses".

Adão Silva afirma que não se podem esquecer as pequenas obras pois têm um grande impacto social. "O governo sabe muitíssimo bem aquilo que está em causa, aquilo que é necessário fazer em termos de infra-estruturas rodoviárias e de comunicação em geral. É pouco dispendioso quando se olha para os 22 mil milhões de euros que custaria este plano. Lutou-se muito para que as obras, a autoestrada transmontana, IP2, IC5, se pudessem concretizar mas agora há que não esquecer as pequenas obras, que custando muito menos dinheiro têm um impacto social muito grande".

O Plano Nacional de Investimentos 2030 foi discutido em Assembleia da República e, para já, estão de fora as obras na ligação Vinhais-Bragança, a estrada entre a capital de distrito e Vimioso, a pretensão da passagem do aeródromo brigantino a aeroporto regional, assim como outras pretensões antigas de carácter rodoviário, ferroviário e transfronteiriças.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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