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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Região de vinhos de Trás-os-Montes "renasce"

A região de Trás-os-Montes produz cerca de três milhões de garrafas de vinho certificado e é uma das mais pequenas do país, mas está a ser redescoberta, a crescer e a atrair jovens produtores, segundo fontes do setor.

“A região está a recuperar notoriedade, está a renascer (…). Temos tido um elevado número de jovens agricultores que se estão a instalar e que estão a fazer os primeiros vinhos”, afirmou hoje o presidente da Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes (CVRTM), Francisco Pavão.

O responsável salientou que esta “região de contrastes” se estende de Montalegre (Vila Real) ao planalto mirandês (Bragança), possui vinhas plantadas em solos xistosos ou graníticos, a 200 ou a 700 metros de altitude. Em Montalegre está plantada, neste momento, a vinha mais alta do país.

O território tem cerca de 10.000 hectares de vinha e na CVRTM estão inscritos 110 produtores, embora só 65 certifiquem vinho.

Ana Alves, enóloga da CVRTM, afirmou à agência Lusa que aqui são produzidas cerca de “três milhões de garrafas de vinho certificado”, ou seja, com denominação de origem (DO) e indicação geográfica (IG).

A responsável contou que, depois de uma “quebra acentuada” da produção, há cerca de uma década, a região tem vindo “paulatinamente” a produzir mais vinho e a atrair mais produtores, entre os quais muitos jovens.

“O número de produtores - engarrafadores cresce todos os anos. Em 2019, já vamos com cinco novos produtores inscritos e todos os anos há novos produtores a quererem vir para Trás-os-Montes”, reforçou.

Para Bernardo Gouvêa, presidente do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), “a região está a ser “redescoberta”.

Na sua opinião, os mercados procuram “genuinidade e autenticidade” e Trás-os-Montes “tem um potencial enorme a esse nível”.

O responsável elencou algumas "características peculiares" deste território, como a pequena dimensão das explorações, no entanto, salientou que “tem vindo a crescer”.

“Desde 2014, cresce anualmente 5% e isso é muito interessante e significativo”, sublinhou.

Ana Alves destacou como uma mais valia de Trás-os-Montes a “qualidade das massas vínicas (uvas)” e explicou que, devido ao clima, verões quentes e invernos frios, “há menos pragas e doenças na vinha”.

“Com dois a três tratamentos conseguimos controlar a vinha e isso é uma mais-valia enorme, quer em custos de produção quer, depois, na qualidade das uvas”, frisou.

Francisco Pavão adiantou que cerca de 20% dos vinhos produzidos na região são exportados para países do “mercado da saudade”, onde se destaca o Brasil. “Foi o primeiro vinho português a chegar ao Nepal há uns anos”, contou.

O IVV apoiou a CVRTM com dois programas, um de 60 mil euros para a promoção em países terceiros e outro de 40 mil euros para a promoção interna.

Valpaços, no distrito de Vila Real, acolhe a sede da CVRTM e é um dos municípios da região com maior peso na produção regional.

O presidente da Câmara de Valpaços, Amílcar Almeida, afirmou que, no concelho, o vinho representa um volume de negócios na ordem dos “30 milhões de euros” anuais e também aqui, assinalou, "estão a aumentar os hectares de vinha e os produtores".

Para incentivar a produção e a qualidade, a CVRTM realiza um concurso que, este ano, contou com a participação de 109 vinhos.

Na 8.ª edição do Concurso de Vinhos de Trás-os-Montes, os prémios prestígio foram atribuídos aos vinhos Quinta de Arcossó Superior Bago a Bago (tinto 2015), da Quinta de Arcossó, ao Quinta Serra D’Oura (reserva rosé 2017), de Carlos Manuel Alves Bastos, e ao Quinta do Sobreiró de Cima (reserva branco 2017), da Quinta do Sobreiró de Cima.

in:diariodetrasosmontes.com
C/Agência Lusa

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