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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 27 de julho de 2019

AMBIENTALISTAS DIZEM QUE ACORDO PARA LIMITAR CAÇA À ROLA-BRAVA É INSUFICIENTE

As organizações não governamentais de ambiente (ONGA) ligadas à Coligação C6 defendem que tem de ir mais longe o memorando de entendimento assinado esta segunda-feira com as associações que representam o sector da caça, e ainda com o ICNF e o INIAV.

O anúncio foi feito pela Coligação C6, à qual pertencem a Associação Natureza Portugal/World Wild Fund (ANP/WWF), o FAPAS, o GEOTA, a Liga para a Protecção da Natureza (LPN), a Quercus e a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).

“Este memorando, que surge no seguimento de uma ronda de negociações intermediadas pela Secretaria de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, reduz a caça à rola-brava, a começar já este Verão”, indica em comunicado a Coligação C6, que sublinha todavia que “as associações de defesa do ambiente salientam que não será suficiente.”

O número de rolas-bravas (Streptopelia turtur) em Portugal tem sofrido uma “redução alarmante” desde há vários anos, o que já levou a alertas das organizações ambientais e também dos representantes dos caçadores, recorda a C6.

Os resultados do último Censo de Aves Comuns de Portugal confirmaram, em Março passado, que a situação é preocupante: a população de rola-brava diminuiu 80% em Portugal, desde 2004. Em causa estão vários motivos, incluindo a caça excessiva e a redução de habitats, notam as associações, que avisam que “é urgente agir para evitar o desaparecimento desta espécie”.  

A época de caça à rola começa a 18 de Agosto e termina no fim de Setembro, num total de 19 dias (quintas-feiras, feriados e fins-de-semana). De acordo com o novo protocolo, este ano só vai ser autorizado caçar a espécie entre o nascer-do-sol e as 13h00. E em 2020, a época de caça vai ser de apenas quatro dias por ano.

Na cerimónia de assinatura, o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, anunciou que irá contactar o governo espanhol para que se acordo se aplique também no outro lado da fronteira, pois acredita que “há vontade das autoridades espanholas”. É que a rola-brava é uma espécie migratória.

A suspensão da caça à rola-brava é uma exigência já antiga das ONGA em Portugal, mas esta foi a primeira vez em que foram tomadas medidas que deverão ser aplicadas no terreno. “A situação da rola é dramática. O memorando é um passo no sentido certo”, comentou Helder Careto, em nome dos ambientalistas, durante a cerimónia realizada em Lisboa.

Ainda assim, alerta a Coligação C6 no comunicado, “as medidas agora acordadas […] ficam ainda aquém do que devia ser feito para assegurar a proteção da rola-brava. “As ONGA estarão atentas à sua efectiva implementação e avaliação dos seus resultados, sendo certo que se mantém em aberto a possibilidade de reverter posições, caso tenha de haver uma reformulação da estratégia definida no memorando. “

O novo acordo foi assinado depois de uma ronda de negociações mediada pela Secretaria de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural. Além das ONGA ligadas à C6, na mesa de assinaturas estiveram representantes do sector da caça – ANPC, CNPC e FENCAÇA – e ainda os institutos que gerem esta actividade, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV).


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