As zonas raianas não estão a ser aproveitadas, pelos habitantes, para produção de mel e produtos relacionados com a apicultura.
É esta a opinião de Artur Santos, um apicultor e fornecedor de produtos relacionados com a actividade, com colmeias em Torre de Moncorvo. “Possivelmente estão pouco informados ou estão adaptados a uma forma de trabalho e faz-lhes confusão este novo complemento na colmeia. Estou aqui na feira (de Moncorvo) para tentar divulgar esse produto, a forma de o extrair da colmeia e julgo que os apicultores aos poucos vão-se adaptando. Os de mais idade é mais difícil, mas os novos já começam a interiorizar que a recolha do pólen nesta área está em primeiro lugar”, disse.
Artur Santos habita na Trofa, mas tem colmeias em Torre de Moncorvo. Dedica-se a esta actividade porque a apicultura é muito rentável e requer investimentos baixos. “São investimentos muito baixos e bastante rentabilizados. Tem vários produtos, que uns complementam os outros, na produção e rentabilidade do apicultor. Quando há produtos que não dão, outros dão mais um bocado e compensam as perdas. Quando não há mel, o pólen ajuda como complemento do rendimento do apicultor. E esta zona é muito rica em produção de pólen”, explicou o apicultor.
Outro produto complementar é a cera das abelhas, um produto muito procurado no mercado. Em Felgueiras, no concelho de Torre de Moncorvo, houve, em tempos, um lagar de cera que agora se encontra desactivado. Os habitantes da aldeia dizem que o lagar deveria ser activado, pois influenciaria a economia da aldeia e seria um potencial de indústria.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais
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