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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

UTAD e IPB parceiros numa investigação iberica

O projeto Iberphenol dispôs de 2,2 milhões de euros para o desenvolvimento de uma rede de investigação ibérica que está a criar uma base de dados com a composição fenólica de produtos, como o vinho, azeite ou frutas.
Os compostos fenólicos, constituintes naturais das plantas, são particularmente importantes em frutas, hortícolas ou plantas aromáticas e a sua identificação e quantificação revelam informações importantes a respeito da qualidade dos alimentos e dos potenciais benefícios que os mesmos podem exercer na saúde.

“O principal objetivo do projeto é evidenciar a qualidade dos produtos portugueses e espanhóis com base na constituição dos produtos fenólicos”, afirmou à agência Lusa Eduardo Rosa, investigador do Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB), da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real.

O Iberphenol é, segundo o responsável, “um projeto pioneiro” e “inovador” porque é uma rede de investigação ibérica em compostos fenólicos que “se está a constituir pela primeira vez” e se “foca num grupo de compostos extremamente importante” devido ao seu efeito na saúde.

A UTAD integra essa rede de investigação que junta parceiros portugueses e espanhóis.

O Iberphenol é liderado pela Universidade de Salamanca e agrega também as universidades de Vigo e Valladolid (Espanha) e academias as portuguesas de Coimbra e do Porto, através das Faculdades de Ciências e de Farmácia e do Instituto Politécnico de Bragança. Do setor privado participa a empresa espanhola produtora de vinhos Bodegas Matarromera.

Eduardo Rosa explicou que na base de dados que está a ser criada já foram inseridas “à volta de 5.000 entradas (dados) de quase uma centena de produtos".

Entre os produtos, o investigador destacou a uva e os seus derivados como o vinho ou o bagaço, a azeitona e o azeite, a castanha e produtos derivados do castanheiro, como por exemplo a flor, os frutos vermelhos, os citrinos, cerejas, a baga de sabugueiro, plantas aromáticas e medicinais.

Eduardo Rosa elencou o vinho como sendo um dos produtos mais emblemáticos, até pela importância económica que tem para Portugal e Espanha.

“Estes compostos imprimem determinadas características de sabor, de cor e de aroma aos produtos, acentuando a sua qualidade”, frisou.

O investigador considerou ainda que as “condições climáticas” verificadas nos dois países ibéricos, nomeadamente o clima mais quente e seco, “claramente acentuam a síntese destes compostos e permitem que os produtos tenham essa diferenciação”.

O responsável afirmou ainda que, ao se destacar a “qualidade dos produtos”, se estão a fornecer “argumentos científicos” para ajudar a potenciar as exportações dos produtos ibéricos.

“É evidente que a qualidade dos produtos não reside só na composição fenólica, reside também em muitos outros constituintes como os açúcares, proteínas, aminoácidos e ácidos orgânicos, mas começamos por aí porque é um grupo muito importante de compostos”, explicou o investigador.


Eduardo Rosa destacou as características benéficas para a saúde que são atribuídas aos compostos fenólicos, como o efeito antioxidante, anticancerígeno, cardioprotetor, anti-inflamatório, antienvelhecimento e antimicrobiana.

O projeto arrancou em 2017, vai estender-se até dezembro de 2019 e contou com um investimento que ronda os 2,2 milhões de euros, financiados pelo programa INTERREG - POCTEP (Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal).

Eduardo Rosa disse haver a intenção de prolongar o projeto, de forma a que a “base de dados possa ser constantemente atualizada com mais informações e produtos, enriquecendo assim a informação disponibilizada às empresas”.

Até ao final do ano realizar-se-ão dois congressos, um em Ourense e outro em Coimbra, para apresentação de conclusões do projeto e para abrir portas a novos parceiros.

in:diariodetrasosmontes.com
C/Agência Lusa

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