O protocolo de co-gestão com o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas foi assinado hoje. O autarca de Vinhais, Luís Fernandes, acredita que a partir de agora haverá mais proximidade com os habitantes e serão mudadas algumas normas.
“Acreditamos que seja possível, porque se não for assim não vale a apena estarmos aqui a assinar protocolos, porque isso não resolve. O que resolve é que sejam tomadas medidas no sentido de ajudar as populações. Esperamos que seja possível nós, presidentes de câmara, termos poder de decisão”, referiu.
O autarca de Bragança, Hernâni Dias, defende que o Parque Natural de Montesinho deve voltar a ter um director que esteja próximo das pessoas que moram nesta área protegida, já que os presidentes de câmara não substituem o trabalho de um director.
“Independentemente daquilo que foi dito de que a partir de agora não há um director, há supostamente três directores, que são os dois presidentes de câmara e a directora regional o ICNF, isso não substitui o director”, afirmou, acrescentando que o “declínio do parque está ligado ao momento em deixou de ter director”.
Ainda assim, os autarcas não terão capacidade de decisão no que toca ao orçamento. Hernâni Dias entende que o parque deve ter um orçamento próprio, caso contrário continuará a não haver desenvolvimento nestes territórios.
“O parque natural tem que obrigatoriamente ter um orçamento próprio sob pena de pouca coisa se conseguir fazer”.
Na cerimónia esteve o secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território. João Catarino referiu que um director não faz sentido neste modelo de co-gestão, mas adiantou que será feita uma revisão ao plano de ordenamento:
“Vamos iniciar a revisão do plano de ordenamento, obviamente que as autarquias também estarão presentes nessa revisão, e terá algumas alterações”, referiu.
O autarca de Bragança, Hernâni Dias, será o presidente desta co-gestão do Parque Natural de Montesinho.
Jornalista: Ângela Pais
Sem comentários:
Enviar um comentário