segunda-feira, 19 de julho de 2021

Há novos relatos de pessoas que se dizem burladas por uma mulher que vive em Bornes

 Continuam a aparecer testemunhos de pessoas que se dizem burladas por uma mulher que vive em Bornes, no concelho de Macedo de Cavaleiros.
Recordo que, em novembro passado, já tinham vindo a público depoimentos de várias pessoas lesadas pela mesma.

O modus operandi, ao que parece, continua igual. Através das redes sociais, tem à venda artigos que, depois de persuadir as vítimas a comprar, nunca são entregues.

Ausenda Tiago vive na Ericeira. A história começou quando encomendou uns biquínis online e a detentora dos artigos lhe perguntou se poderia dar o seu contacto a outra senhora que também queria comprar biquínis. Foi nessa altura que começou a manter contacto com a suposta burlona. Perdeu mais de 200 euros:

“A tal Sónia Margarida Coimbra Bragança, manda-me umas fotografias pelo Whatsapp de cerejas e morangos a perguntar se eu queria, e eu disse-lhe que não porque os meus pais são do Fundão, portanto eu tenho as cerejas de borla, mas que podia publicar no facebook e punha o contacto dela.

Eu publiquei então as fotografias no Facebook, só que as pessoas começaram-me a contactar a mim, porque eram amigos. Comecei a fazer uma lista com a quantidade de caixas que as pessoas queriam e mandei para ela. No total eram 265 euros de cerejas e morangos.”

Certo é que as cerejas nunca chegaram. Ausenda dirigiu-se ao posto da polícia, onde apresentou queixa:

“Quando estou na polícia à espera, pego no telemóvel e começo a pesquisar, foi quando descobri que esta senhora tem cadastro, portanto esta senhora viveu sempre assim, eu não sei qual é a ligação que ela tem com a brasileira dos biquínis mas foi através daí que ela teve o meu contacto. Depois de continuar a pesquisa verifico que a senhora vendia nozes, cerejas, morangos, roupa, animais, fingia também que ajudava uma instituição e pedia dinheiro às pessoas. Esta mulher utiliza tudo para roubar os outros.”

O mesmo aconteceu com Judite Santos que mora na zona de Coimbra. Durante o período de confinamento, em março, esteve a trabalhar em lay-off, altura em que decidiu, pela primeira vez, fazer compras através da internet. Supostamente, estaria a comprar roupa e sapatilhas, que nunca apareceram. Foi burlada em mais de 900 euros:

“Efetuei-lhe cinco transferências e a senhora ficou de me enviar a encomenda  até quinta feira às 19h. Não recebi nada. Fomos trocando mensagens, ela disse-me que a transportadora estava atrasada. Uma das últimas mensagens foi que a transportadora tinha tido um acidente e eu nessa altura já desconfiava de ter sido vítima de burla. Contactei logo a Polícia Judiciária relatando que talvez estivesse a ser vitima de burla, contactei o meu banco, pedindo ajuda, ao Santander Totta do qual sou cliente há mais de vinte anos, e do qual a Sónia Bragança também é cliente.” 

Judite apresentou queixa na Polícia Judiciária:

“Entreguei tudo nas mãos da Polícia Judiciária. Já me expus e faço-o as vezes que for preciso. A única coisa que quero é que parem esta pessoas, para que mais ninguém passe o que eu passei.  

Tive até de me afastar da internet, porque eu ia acompanhando o rasto da senhora e ela, diariamente, continua a burlar novas pessoas.”   

Entrámos em contacto com a GNR para auferir se há processos criminais a decorrer contra a suposta burlona e em que patamar estão. No entanto, até ao momento, ainda não obtivemos qualquer resposta.

Escrito por ONDA LIVRE

Sem comentários:

Enviar um comentário