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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Podiam ir a Bragança...

Por: José Mário Leite
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)

Então agora, depois de barrarem a entrada nos Cursos de Medicina a estudantes brilhantes, apenas por centésimas de valor, na média dos exames de acesso e terem bloqueado a abertura de novos Cursos Médicos, vão buscar médicos a Cuba? Podiam ir a Bragança… se Bragança os tivesse formado! Mas ninguém deu ouvidos às vozes avisadas que alertaram para a inevitabilidade deste cenário.
Que se tome, pois, boa nota para corrigir o tiro e evitar situações piores no futuro.
Sendo desejável e sendo possível, é necessário estabelecer na capital do nordeste uma escola de Medicina que, ao mesmo tempo, forme médicos licenciados, bem como doutorados em medicina e tecnologias avançadas de saúde.
Desejam-no as populações do interior, desejam-no as forças vivas da região, desejam-no o Serviço Nacional de Saúde, desejam-no, em suma, todos os interessados.
É possível fazê-lo no IPB.
Não será fácil. Por ser necessário constituir, primeiro, o corpo de professores e catedráticos? Não! O ensino da medicina está a abandonar os paradigmas tradicionais. Papaguear, de cor, a localização exata do esternocleidomastóideo, perante o olhar inquisidor de doutos examinadores, já não espanta ninguém. Os cursos atuais abandonaram, há muito, as velhas sebentas e o “saber magistral” dos lentes, focando-se sobretudo nos alunos, nos doentes e na resolução prática das várias doenças com base nos conhecimentos científicos atuais. Os alunos das novas escolas médicas passam mais tempo nos hospitais, com os pacientes e com médicos experientes e actualizados do que nos bancos dos velhos anfiteatros. E é esta a medicina de futuro que, no presente, deu já excelentes resultados, internacionalmente, mas também no nosso país, como o demonstra a Faculdade de Medicina do Algarve. Também não é obrigatório formar médicos a partir de alunos excelentes do 12.º ano. Podem-se fazer bons médicos com base em enfermeiros, biólogos e bioquímicos. De forma rápida, eficaz e eficiente. A hierarquizada e pesada estrutura docente pode ser substituída, com larga vantagem, por um corpo científico competente. O IPB tem-no, no essencial e pode, facilmente, complementá-lo com o Centro Champalimaud de Investigação, tal como a Católica fez, com o Instituto Gulbenkian de Ciência. A distância não é problema. O conhecimento hoje não conhece as barreiras da distância; viaja, à velocidade da luz, em redes de fibra ótica.
O processo, já está em marcha. Conta com o empenho ao mais alto nível, do IPB, do Centro Hospitalar do Nordeste e da Fundação Champalimaud. Temos do nosso lado os deputados Sobrinho Teixeira e Berta Nunes e contamos com a colaboração de quem liderou, com sucesso, o Curso de Medicina do Algarve e o Programa de Doutoramento em Cabo Verde.
Aparentemente temos, para percorrer, uma estrada reta e plana.
Não é verdade! Há interesses, de legitimidade duvidosa, que se escondem nas curvas e que tentarão dificultar e prejudicar a viagem. Por causa da sua natureza, agem escondidos e só os conheceremos pelos sinais.
Mas é uma batalha que tem de ser ganha, pelos nordestinos que, não duvido, se unirão, à volta deste desígnio, sem qualquer exceção, apesar do aparente desinteresse da Câmara de Bragança, convidada a integrar este grupo de missão, desde a primeira hora.

José Mário Leite
, Nasceu na Junqueira da Vilariça, Torre de Moncorvo, estudou em Bragança e no Porto e casou em Brunhoso, Mogadouro.
Colaborador regular de jornais e revistas do nordeste, (Voz do Nordeste, Mensageiro de Bragança, MAS, Nordeste e CEPIHS) publicou Cravo na Boca (Teatro), Pedra Flor (Poesia), A Morte de Germano Trancoso (Romance) e Canto d'Encantos (Contos), tendo sido coautor nas seguintes antologias; Terra de Duas Línguas I e II; 40 Poetas Transmontanos de Hoje; Liderança, Desenvolvimento Empresarial; Gestão de Talentos (a editar brevemente).
Foi Administrador Delegado da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, vereador na Câmara e Presidente da Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo.
Foi vice-presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes.
É Diretor-Adjunto na Fundação Calouste Gulbenkian, Gestor de Ciência e Consultor do Conselho de Administração na Fundação Champalimaud.
É membro da Direção do PEN Clube Português.

2 comentários:

  1. Assim a Ordem dos Médicos e o Ministério sejam capazes de aceitar propostas! E essa talvez seja a maior barreira a ultrapassar!

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    1. É inacreditável que a Câmara Municipal de Bragança, esteja alheada deste processo e que não faça parte da "task force". Se existem motivos para tal, que os divulgue publicamente para não ficarmos a pensar que o/os motivo/s se prendem com PARTIDARITE doentia e asquerosa que apenas serve para prejudicar as populações e os superiores interesses de toda uma Região.

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