Por: José Mário Leite
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)
Então agora, depois de barrarem a entrada nos Cursos de Medicina a estudantes brilhantes, apenas por centésimas de valor, na média dos exames de acesso e terem bloqueado a abertura de novos Cursos Médicos, vão buscar médicos a Cuba? Podiam ir a Bragança… se Bragança os tivesse formado! Mas ninguém deu ouvidos às vozes avisadas que alertaram para a inevitabilidade deste cenário.
Que se tome, pois, boa nota para corrigir o tiro e evitar situações piores no futuro.
Sendo desejável e sendo possível, é necessário estabelecer na capital do nordeste uma escola de Medicina que, ao mesmo tempo, forme médicos licenciados, bem como doutorados em medicina e tecnologias avançadas de saúde.
Desejam-no as populações do interior, desejam-no as forças vivas da região, desejam-no o Serviço Nacional de Saúde, desejam-no, em suma, todos os interessados.
É possível fazê-lo no IPB.
Não será fácil. Por ser necessário constituir, primeiro, o corpo de professores e catedráticos? Não! O ensino da medicina está a abandonar os paradigmas tradicionais. Papaguear, de cor, a localização exata do esternocleidomastóideo, perante o olhar inquisidor de doutos examinadores, já não espanta ninguém. Os cursos atuais abandonaram, há muito, as velhas sebentas e o “saber magistral” dos lentes, focando-se sobretudo nos alunos, nos doentes e na resolução prática das várias doenças com base nos conhecimentos científicos atuais. Os alunos das novas escolas médicas passam mais tempo nos hospitais, com os pacientes e com médicos experientes e actualizados do que nos bancos dos velhos anfiteatros. E é esta a medicina de futuro que, no presente, deu já excelentes resultados, internacionalmente, mas também no nosso país, como o demonstra a Faculdade de Medicina do Algarve. Também não é obrigatório formar médicos a partir de alunos excelentes do 12.º ano. Podem-se fazer bons médicos com base em enfermeiros, biólogos e bioquímicos. De forma rápida, eficaz e eficiente. A hierarquizada e pesada estrutura docente pode ser substituída, com larga vantagem, por um corpo científico competente. O IPB tem-no, no essencial e pode, facilmente, complementá-lo com o Centro Champalimaud de Investigação, tal como a Católica fez, com o Instituto Gulbenkian de Ciência. A distância não é problema. O conhecimento hoje não conhece as barreiras da distância; viaja, à velocidade da luz, em redes de fibra ótica.
O processo, já está em marcha. Conta com o empenho ao mais alto nível, do IPB, do Centro Hospitalar do Nordeste e da Fundação Champalimaud. Temos do nosso lado os deputados Sobrinho Teixeira e Berta Nunes e contamos com a colaboração de quem liderou, com sucesso, o Curso de Medicina do Algarve e o Programa de Doutoramento em Cabo Verde.
Aparentemente temos, para percorrer, uma estrada reta e plana.
Não é verdade! Há interesses, de legitimidade duvidosa, que se escondem nas curvas e que tentarão dificultar e prejudicar a viagem. Por causa da sua natureza, agem escondidos e só os conheceremos pelos sinais.
Mas é uma batalha que tem de ser ganha, pelos nordestinos que, não duvido, se unirão, à volta deste desígnio, sem qualquer exceção, apesar do aparente desinteresse da Câmara de Bragança, convidada a integrar este grupo de missão, desde a primeira hora.
Que se tome, pois, boa nota para corrigir o tiro e evitar situações piores no futuro.
Sendo desejável e sendo possível, é necessário estabelecer na capital do nordeste uma escola de Medicina que, ao mesmo tempo, forme médicos licenciados, bem como doutorados em medicina e tecnologias avançadas de saúde.
Desejam-no as populações do interior, desejam-no as forças vivas da região, desejam-no o Serviço Nacional de Saúde, desejam-no, em suma, todos os interessados.
É possível fazê-lo no IPB.
Não será fácil. Por ser necessário constituir, primeiro, o corpo de professores e catedráticos? Não! O ensino da medicina está a abandonar os paradigmas tradicionais. Papaguear, de cor, a localização exata do esternocleidomastóideo, perante o olhar inquisidor de doutos examinadores, já não espanta ninguém. Os cursos atuais abandonaram, há muito, as velhas sebentas e o “saber magistral” dos lentes, focando-se sobretudo nos alunos, nos doentes e na resolução prática das várias doenças com base nos conhecimentos científicos atuais. Os alunos das novas escolas médicas passam mais tempo nos hospitais, com os pacientes e com médicos experientes e actualizados do que nos bancos dos velhos anfiteatros. E é esta a medicina de futuro que, no presente, deu já excelentes resultados, internacionalmente, mas também no nosso país, como o demonstra a Faculdade de Medicina do Algarve. Também não é obrigatório formar médicos a partir de alunos excelentes do 12.º ano. Podem-se fazer bons médicos com base em enfermeiros, biólogos e bioquímicos. De forma rápida, eficaz e eficiente. A hierarquizada e pesada estrutura docente pode ser substituída, com larga vantagem, por um corpo científico competente. O IPB tem-no, no essencial e pode, facilmente, complementá-lo com o Centro Champalimaud de Investigação, tal como a Católica fez, com o Instituto Gulbenkian de Ciência. A distância não é problema. O conhecimento hoje não conhece as barreiras da distância; viaja, à velocidade da luz, em redes de fibra ótica.
O processo, já está em marcha. Conta com o empenho ao mais alto nível, do IPB, do Centro Hospitalar do Nordeste e da Fundação Champalimaud. Temos do nosso lado os deputados Sobrinho Teixeira e Berta Nunes e contamos com a colaboração de quem liderou, com sucesso, o Curso de Medicina do Algarve e o Programa de Doutoramento em Cabo Verde.
Aparentemente temos, para percorrer, uma estrada reta e plana.
Não é verdade! Há interesses, de legitimidade duvidosa, que se escondem nas curvas e que tentarão dificultar e prejudicar a viagem. Por causa da sua natureza, agem escondidos e só os conheceremos pelos sinais.
Mas é uma batalha que tem de ser ganha, pelos nordestinos que, não duvido, se unirão, à volta deste desígnio, sem qualquer exceção, apesar do aparente desinteresse da Câmara de Bragança, convidada a integrar este grupo de missão, desde a primeira hora.
José Mário Leite, Nasceu na Junqueira da Vilariça, Torre de Moncorvo, estudou em Bragança e no Porto e casou em Brunhoso, Mogadouro.
Colaborador regular de jornais e revistas do nordeste, (Voz do Nordeste, Mensageiro de Bragança, MAS, Nordeste e CEPIHS) publicou Cravo na Boca (Teatro), Pedra Flor (Poesia), A Morte de Germano Trancoso (Romance) e Canto d'Encantos (Contos), tendo sido coautor nas seguintes antologias; Terra de Duas Línguas I e II; 40 Poetas Transmontanos de Hoje; Liderança, Desenvolvimento Empresarial; Gestão de Talentos (a editar brevemente).
Foi Administrador Delegado da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, vereador na Câmara e Presidente da Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo.
Foi vice-presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes.
É Diretor-Adjunto na Fundação Calouste Gulbenkian, Gestor de Ciência e Consultor do Conselho de Administração na Fundação Champalimaud.
É membro da Direção do PEN Clube Português.
Assim a Ordem dos Médicos e o Ministério sejam capazes de aceitar propostas! E essa talvez seja a maior barreira a ultrapassar!
ResponderEliminarÉ inacreditável que a Câmara Municipal de Bragança, esteja alheada deste processo e que não faça parte da "task force". Se existem motivos para tal, que os divulgue publicamente para não ficarmos a pensar que o/os motivo/s se prendem com PARTIDARITE doentia e asquerosa que apenas serve para prejudicar as populações e os superiores interesses de toda uma Região.
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