Intitulado "Perceptions and attitudes of stakeholders on the return of brown bears (Ursus arctos): Contributions from a workshop held in northern Portugal", o estudo, que contou com a participação da Palombar, concluiu que, de forma genérica, esses grupos se sentiriam seguros em áreas onde os ursos-pardos estivessem presentes, têm uma visão positiva em relação ao regresso do urso-pardo a Portugal e avaliam essa possibilidade como uma oportunidade para o desenvolvimento local e não como uma ameaça.
Os resultados deste estudo fornecem uma base de avaliação das perceções e atitudes relativamente ao urso-pardo importantes para a elaboração de um plano de conservação que prepare o eventual regresso da espécie ao território nacional.
O urso-pardo extinguiu-se em Portugal em 1843, no século XIX. Somente no século XXI, na primavera de 2019, o registo de um urso-pardo macho foi oficialmente confirmado no norte de Portugal e é provável que mais ursos façam incursões no nosso território num futuro próximo e possam, eventualmente, fixar-se no norte do país.
Este estudo foi realizado com base num inquérito feito aos participantes do "Networking Event - E se o urso-pardo voltar?", um evento ibérico que teve lugar em outubro de 2021 em Bragança e cujo objetivo principal foi debater antecipadamente aquele que poderá ser um dos grandes desafios de conservação da natureza em Portugal: o potencial regresso do urso-pardo ao norte do país e a sua coexistência com o ser humano e lançar as fundações para futuras ações transfronteiriças de conservação da espécie no território nacional.
Este evento foi organizado pela Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural, em parceria com a AEPGA - Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, o Município de Bragança e o Instituto Politécnico de Bragança.
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