Há quem chegue a ficar 12 horas até que lhe seja feito um diagnóstico. Foi o caso de Sónia Veiga, de 29 anos.
Uma dor na axila e mamária levou-a a recorrer ao serviço de urgência, mas nunca pensou que o caos fosse o que veio a verificar.
Entrou no hospital pouco depois das 8h da manhã e só às três da tarde foi vista pelo médico. “Antes de ser chamada tive que reclamar, porque estava com fome. Estava há tantas horas ali fechada, sem ser chamada, sem ter respostas”, contou.
Mas como teve que fazer uma ecografia, seguiram-se outras tantas horas de espera. Qual o seu espanto quando percebeu que o médico que lhe iria fazer o exame, só chegou horas depois e era o único a fazer consultas e urgência daquela especialidade. “A menina que me veio chamar disse-me que o doutor das ecografias só vinha às cinco. Estava muito mal, dava vontade de desistir. Às cinco da tarde já respirava fundo para não sair dali. O que me fez ficar foram as dores e queria saber o que se estava a passar. Como eu, estavam mais pessoas”, disse.
Saiu do hospital 12 horas depois de ter entrado. Conta que nunca viu as urgências numa situação como esta e já não é a primeira vez que recorre ao serviço este Inverno. “Muitas horas de espera, a urgência cheia de gente, eram ambulâncias a chegar, tudo cheio de macas, cadeiras de rodas. Vinham ambulâncias de Vinhais, Mogadouro, Mirandela”, contou.
Como Sónia Veiga, a Rádio Brigantia tem conhecimento de outras pessoas que passaram por uma situação de longas horas de espera nas urgências do hospital de Bragança.
Contactámos a Unidade Local de Saúde do Nordeste para perceber a que se devem estas horas de espera e quantos médicos estão ao serviço, mas até agora não obtivemos qualquer esclarecimento.
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