As autarquias da Terra Quente estão a implementar um projecto para acabar com o papel nos processos administrativos. A presidente da Câmara de Alfândega da Fé afirma que se trata de um projecto iniciado no ano passado direccionado para a era digital. Berta Nunes afirma que para além da redução do papel nos processos administrativos esta iniciativa também pretende melhorar a qualidade dos serviços prestados aos munícipes.
“Trata-se de uma candidatura a modernização administrativa de todos os municípios da Terra Quente que tem duas componente, uma tem a ver com a desmaterialização dos processos, ou seja o nosso objectivo é trabalhar na autarquia sem utilizar o papel e também dar aos munícipes um acesso online a muitos serviços, evitando até que eles tenham, que se deslocar à Câmara para obter determinado tipo de informações e fazer certo tipo de requerimentos. O outro processo é de melhoria da qualidade que implica uma reengenharia dos processos, uma simplificação dos procedimentos, uma melhor organização de toda a Câmara, de forma a podermos ser mais eficientes e darmos uma resposta de mais qualidade aos nossos munícipes”, explica Berta Nunes.
Ontem foi feito o ponto da situação sobre a implementação de sistemas de Qualidade nas Autarquias Locais, numa sessão que decorreu em Alfândega da Fé. Berta Nunes realça que as medidas adoptadas pela autarquia já permitiram reduzir os custos com o material administrativo em cerca de 50 por cento.
“A Câmara de Alfândega tem feito uma monitorização dos custos administrativos. Estamos a falar de custos com papel, tinteiros, capas para arquivar, todo esse tipo de material administrativo e nós em 2009 gastámos 15 mil euros no ano e este ano não vamos ultrapassar os 6/7 mil euros, ou seja é uma poupança de mais de 50 por cento”, salienta a edil.
Apesar da maioria da população idosa não ter acesso às novas tecnologias, Berta Nunes garante que o município não esquece esta faixa etária.
“No caso dos idosos tanto o SMS como o e-mail é mais complicado, embora nós já tenhamos idosos que estão em processos de aprendizagem das novas tecnologias e já conseguem utilizar o computador, mas a grande maioria dos idosos não tem e alguns nem sabem ler nem escrever e então não vamos conseguir chegar a eles com estes meios e temos que continuar a usar os meios tradicionais ou então podermos ter na própria Junta de Freguesia pessoas que os ajudem a resolver os problemas usando as novas tecnologias por eles, mas com apoio”, realça Berta Nunes.
O projecto de modernização administrativa engloba 21 autarquias que fazem parte das associações de municípios da Terra Quente, Terra Fria e Alto Tâmega e representa um investimento de 3,5 milhões de euros, comparticipados em 70 por cento pelo Programa Operacional Regional.
Escrito por Brigantia
in:brigantia.pt
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