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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Os benefícios da crise

OPINIÃO - Jorge Lage

Pode parecer absurdo mas a crise tem duas faces: uma boa e outra má. Uns empresários tremem ou vão à falência com a crise, mas outros têm a oportunidade de ganhar dinheiro. Depois, a crise leva os políticos a fazerem grandes reformas que já deviam ter sido feitas. Tiveram que vir uns senhores da finança mundial e em 15 dias por tudo a nu, o que os nossos fracos políticos não queriam ver. O Prof. Medina Carreira era doido? Não sabia o que dizia? Estamos em tempo de vacas escanzeladas, mas os políticos deviam ser tachados a dobrar por que foi essa turba que nos conduziu a este estado.
Também, a crise pode ajudar a corrigir hábitos alimentares errados, pelo menos a uma dieta mais apertada. Sentia-me ofendido (os meus pais ensinaram-me que estragar comida é pecado) quando via bolos no chão e outra comida que até as pombas faziam parcimónia. O pouco dinheiro na mão vai aguçar o engenho da maioria para se fazer uma boa economia doméstica. Os que recebem 2.000 € mensais (e mais, além de andares a render) e nunca fizeram nada, poderão ter a malha da Segurança Social mais apertada.
Muitos mandriões que não querem trabalhar (e podem), mesmo no mundo rural, a necessidade pode obrigá-los a tratar de um quintal, duma horta ou dum galinheiro. Até Cavaco Silva que pateticamente dizia há vinte anos que o país tinha que abandonar a agricultura e pescas (dava dinheiro para abandonarem duas fontes de riqueza nacional) para se tornar moderno.
Agora diz o contrário, para nos virarmos para o campo. A crise também tem benefícios desde que não cruzemos os braços.
Como me dizia um ilustre amigo mirandês perante a adversidade: - é nas quedas que os rios ganham mais força! Se fôssemos como outros bravos portugueses da História a crise seria vencida. Mas, a teta da União Europeia amoleceu-nos a coluna vertebral do nosso querer. Somos como os borregos mamões que não sabem procurar o sustento além do úbre da mãe e das madrastas.

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