A língua Portuguesa é o primeiro entrave na integração de imigrantes no distrito de Bragança.Para facilitar e promover a inserção está a ser levado a cabo um projecto em rede entre os municípios de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros e Miranda do Douro, que vai na 2ª fase. Imigrantes de países como a Rússia, Bélgica, Ucrânia, Bulgária, Suíça e China vieram para Trás-os-Montes à procura de novas oportunidades e qualidade de vida. O projecto IN.TE.GRAR@AGORA presta a ajuda necessária para a inclusão em áreas como a saúde, a empregabilidade, a educação e a cidadania.
A psicóloga e técnica do projecto frisa que o objectivo é a promoção da empregabilidade destes cidadãos e facilitar a sua legalização.“Para além de lhe termos esclarecido algumas dúvidas nas áreas da educação e da saúde, lutamos muito para promover a empregabilidade porque a maior parte deles são ilegais e nós temos uma base de dados com a formação de todos os imigrantes do distrito” refere Carla Miranda, acrescentando que “os empresários procuravam-nos, nós íamos ver as áreas e na nossa base de dados víamos quem tinha as qualificações pretendidas e encaminhávamos para a empresa.
Houve bastante adesão por parte dos empresários e temos algumas pessoas que ficaram colocadas nesses postos de trabalho”.O agrupamento de escolas de Macedo de Cavaleiros acolhe neste momento cerca de 30 alunos estrangeiros.Nazaré Fontanete, do agrupamento, IN.TE.GRAR@AGORA diz que é um enriquecimento cultural para todos.“Este projecto pretende colmatar dificuldades que eles sintam no âmbito da educação, empregabilidade, inserção na vida social” afirma. “Eles são inseridos em turmas e depois têm aulas de compensação ao nível da língua portuguesa” acrescenta. “Temos também um projecto na área da língua não materna para a aprendizagem do português” salienta a responsável.
O chinês Yin Oufeng, de 17 anos, a viver em Macedo de Cavaleiros há seis diz que “foi fácil relacionar-me com os colegas. A língua não é muito difícil, mas também não é fácil”.O russo Vladimir Balaian, de 15 anos e, por cá há quatro, diz que “os amigos ajudaram-me muito, os professores e os meus pais. O clima aqui é totalmente diferente e as pessoas são simpáticas e quando precisamos ajudam-nos logo”. O projecto IN.TE.GRAR@AGORA existe há dois anos. Esta é já a segunda etapa.
Na primeira foram identificados os imigrantes que estão no distrito. Nesta segunda fase, que teve início em Abril e decorre até Fevereiro de 2012, estão a ser levadas a cabo ideias e acções, que possibilitem a integração destes imigrantes.
Escrito por CIR
in:brigantia.pt
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