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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Macedo de Cavaleiros - Augusto, o mestre da «Ginginha Transmontana»

No final de 2010, Augusto Máximo começou a vender on-line e em feiras a «Ginjinha Transmontana», uma receita de família. Orgulhoso do seu produto, assegura que «não há licor igual» e desafia à prova. Aos poucos, Augusto lançou outros produtos, como compotas e azeite. Tudo concebido com ingredientes produzidos por si e pela família em Macedo de Cavaleiros, terra quente transmontana.
Nas alturas da terra quente transmontana, perto dos 700 metros, Augusto Máximo planta e cuida o seu pomar. As ginjas são «a menina dos olhos» para este empreendedor de Macedo de Cavaleiros. Com este fruto, da família das cerejas, embora mais ácido, o transmontano faz uma ginjinha que, defende, «é única no país».

«A receita da ‘Ginginha Transmontana’ era de minha avó. Em casa, a minha mãe continuou sempre a fazer esta ginjinha», explica Augusto, que há três anos decidiu pegar na receita de família e nas ginjas do seu pomar para registar a marca «ginjinha transmontana». «Eu nunca liguei muito à ginja. Mas decidi pegar nela e fazer negócio complementar ao restaurante de petiscos que tenho em Macedo de Cavaleiros», acrescenta.
Ultrapassada a burocracia para legalizar a comercialização deste produto artesanal, há um ano Augusto Máximo conseguiu por fim colocar a sua ginja no mercado. Conta-nos que é um produto diferente dos restantes que encontramos a nível nacional. «Acompanha muito bem com uns figos secos, nozes. Mas desafio as pessoas a provarem para descobrirem por si o sabor».
Augusto sabia que colocava no mercado um produto há muito apreciado em terras lusas. A ginja é um fruto com forte presença no país há vários séculos, transcendendo, em certos períodos, a dimensão alimentar. No século XV era, por exemplo, um fruto utilizado para diversos fins medicinais. Mais tarde, pelo século XVIII, em Lisboa existiam já muitos estabelecimentos a vender ginjas mergulhadas em aguardente, uma bebida que seria baptizada como ginjinha.
Ao licor de ginja, Augusto Máximo juntou outros produtos: compotas, mel, azeite. «São tudo produtos nossos, tenho oliveiras para a produção de azeitona. Também adquiro fruta, neste caso a familiares que a produzem», conta Augusto que vende os seus produtos numa loja on-line e nas feiras onde participa.
Para breve, Augusto Máximo, promete um novo produto provindo da terra quente: a jeropiga transmontana. «Aguardo só que todo o processo burocrático esteja concluído. Neste país para conseguir legalizar alguma coisa é preciso ter muita persistência», afirma o nosso interlocutor.

Sara Pelicano
in:cafeportugal.net

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