Limo Maia Foto: Ana Preto |
Mensageiro de Bragança: Disse que este protocolo é inovador, em que sentido é inovador? P. Lino Maia: Em vários aspectos. Por exemplo, o que referi, a flexibilização das comparticipações dos utentes permite avançar naquilo que eu chamo a verdadeira solidariedade, nas instituições. Aqueles que podem suportar os custos suportarão, para que as instituições possam atender mais carenciados, porque é essa a sua vocação. Depois, naquilo que se diz em relação ao Apoio Domiciliário, há um conjunto de serviços de que as pessoas precisam exactamente para que o lar não seja a primeira resposta, mas apenas a última.
Há muitas pessoas que podem permanecer em casa e com aquele conjunto de serviços então serão aliciadas para se manterem em casa no meio dos afectos que solidificaram, da casa que ergueram. Também é inovador em relação ao envolvimento das instituições para atribuição de subsídios, porque as instituições é que estão no terreno, as suas organizações representativas têm possibilidades de estarem atentas e de promover a equidade e atenção às instituições com mais dificuldades. Depois a nível da visão do Estado e a sua ligação ao sector solidário.
O Estado tem tarefas, competências. Evidente não pode considerar o sector social ao lado de um sector lucrativo. O sector lucrativo merece-nos todo o respeito, mas o sector solidário coopera preferencialmente com o Estado na implementação de direitos, ou na salvaguarda dos direitos das pessoas através da implementação de serviços. MB: Falou ainda que até agora as instituições de solidariedade não eram, muitas vezes, a primeira escolha do Estado, a nível da atribuição desses serviços. P. Lino Maia: Não queria malhar muito no passado.
É caminhando que se faz caminho, mas, entretanto, às vezes, até a esse nível, havia filhos e enteados. Às vezes privilegiava-se não aquele que podia prestar um melhor serviço e diria, até, mais barato, mas aquele que tinha mais afinidades ideológica, ou de oportunidade. Penso que, com está salvaguarda, estamos no bom caminho.
Por: Ana Preto
in:mdb.pt
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