Os mordomos não têm mãos a medir para confeccionar cerca de 200 roscas, para serem leiloadas no próximo sábado.
A azáfama dos mordomos em volta do forno marcou o primeiro dia de confecção das tradicionais roscas.
Alice Morais é uma das mordomas e com as mãos na massa explica que antigamente a receita era mais simples. De há uns anos para cá, os ovos, o açúcar, e o sumo de laranja passaram também a fazer parte dos ingredientes. “Antigamente eram feitas com a massa do pão. Agora estou a amassar para depois levedar”, frisou.
Segundo manda a tradição, antes de serem distribuídas pelo povo, as roscas têm de ser dançadas pelos mordomos. “As roscas dos mordomos são dançadas e depois são comidas por toda a gente.
As do charolo são arrematadas por quem as quiser comprar”, explicou a mordoma.
À noite, a pandorcada é um dos pontos altos da festa.
Gorete Rocha, outra das mordomas, diz que a animação é garantida. “É onde se junta o povo todo, velhos e novos. É uma animação, vai tudo à dança”, acrescentou.
Todos os anos, no dia 10 de Janeiro ou no fim-de-semana mais próximo, a aldeia de Outeiro realiza a Festa em honra de São Gonçalo.
Escrito por Brigantia
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