"Se houver vontade política o projeto avança. No entanto, mostro-me um pouco cético em relação ao futuro, já que não há certeza quanto à aprovação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) inerente a todo o projeto de exploração ", avançou o presidente da Associação de Comerciantes e Industriais local, Dinis Cordeiro.
Perante um auditório completamente cheio de pessoas, as dúvidas começaram a surgir em relação ao projeto apresentado recentemente pela empresa concessionária MTI, "que previa para 2013 uma exploração de mineiro de ferro de cerca de 500 mil toneladas".
"Um projeto mineiro é um assunto muito complexo, quer em termos de cálculos de reservas, quer no que diz respeito ao transporte do minério, e, claro, saber qual é o mercado que vai absorver a matéria-prima, o que poderá condicionar tudo o processo", acrescentou António Costa, antigo chefe de serviços da extinta Ferrominas, empresa que laborou na região para onde está planeado o novo projeto mineiro de Torre de Moncorvo.
Porém, o antigo responsável mineiro disse que ficou agora "mais esclarecido" face ao anterior projeto apresentado pela MTI.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Torre de Moncorvo disse que sempre acreditou na exploração de minério de ferro no concelho.
"É possível que até 2020 possa haver exploração mineira no concelho. Para esta previsão há credibilidade. Porém, há situações que dependem do EIA", acrescentou o autarca.
Em relação à criação de posto de trabalho, o autarca acredita que sejam criados cerca de 500 durante a fase de exploração, com cerca de 25% dos trabalhadores oriundos região.
in:rba.pt
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