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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O lobisomem que matou a mulher

Local: CARRAZEDA DE ANSIÃES, BRAGANÇA

Sobre esse mesmo sítio, também se conta outro caso. Uma senhora deu fé que o homem andava muito magro e sempre cansado. Uma noite seguiu-o e foi dar com ele nesse areal. 
Então pessoas que souberam disseram-lhe: 
— Eugénia, quando ele sair, tu vais atrás dele, trazes-lhe a roupa e queimas-lha. 
Ela assim fez. Veio então com a roupa e botou o forno a arder, só que havia de ir mexendo, mexendo, mexendo sempre, para a roupa arder. Mas não. Como era uma pessoa muito ingénua e fraquinha, pôs aquilo tudo devagar. Nisto, chegou um cavalo e... tumba! Botou as patas à porta e matou a mulher. 
Era o marido. Diziam que numa hora tinha que dar volta a sete freguesias. Como ainda ia perto, chegou-lhe o cheiro da roupa e voltou para trás. Então, com as patas, atirou a porta ao chão e aos coices matou a mulher. 
Depois, quando a roupa acabou de arder, ficou nu como um homem normal. Perdeu o fado, mas também perdeu a mulher.

Fonte:PARAFITA, Alexandre Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2 Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010 , p.173

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