Local: CARRAZEDA DE ANSIÃES, BRAGANÇA
Sobre esse mesmo sítio, também se conta outro caso. Uma senhora deu fé que o homem andava muito magro e sempre cansado. Uma noite seguiu-o e foi dar com ele nesse areal.
Então pessoas que souberam disseram-lhe:
— Eugénia, quando ele sair, tu vais atrás dele, trazes-lhe a roupa e queimas-lha.
Ela assim fez. Veio então com a roupa e botou o forno a arder, só que havia de ir mexendo, mexendo, mexendo sempre, para a roupa arder. Mas não. Como era uma pessoa muito ingénua e fraquinha, pôs aquilo tudo devagar. Nisto, chegou um cavalo e... tumba! Botou as patas à porta e matou a mulher.
Era o marido. Diziam que numa hora tinha que dar volta a sete freguesias. Como ainda ia perto, chegou-lhe o cheiro da roupa e voltou para trás. Então, com as patas, atirou a porta ao chão e aos coices matou a mulher.
Depois, quando a roupa acabou de arder, ficou nu como um homem normal. Perdeu o fado, mas também perdeu a mulher.
Fonte:PARAFITA, Alexandre Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2 Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010 , p.173
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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
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(Henrique Martins)
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