EPPU pode voltar a ter Cursos de Especialização Tecnológica

O director da Escola Profissional Prática Universal – EPPU, em Bragança, tem esperança em voltar a leccionar cursos de especialização tecnológica em breve. Esta formação já foi ministrada nas escolas profissionais, depois passou para os politécnicos, e agora poderá voltar para o ensino profissional.
Luís Pires assegura que mal sejam abertos concursos por parte do Ministério da Educação a EPPU está em condições de avançar com uma candidatura. “Agora as escolas profissionais podem candidatar-se em igualdade de circunstâncias com outras entidades aos cursos de especialização tecnológica que eram os politécnicos que davam e aí poderão entrar outros operadores que o Ministério entenda que têm capacidade para formar pessoas a esse nível, nomeadamente as escolas profissionais. Se abrirem concursos para obter financiamento nós uma vez que temos os cursos aprovados vamos concorrer em igualdade de circunstâncias com outros operadores”, salienta o director da EPPU. 
Neste momento, a EPPU está a leccionar três cursos profissionais. 
Um deles é Desenho Digital 3D. Luís Pires assegura que esta é uma área com saída no mercado de trabalho e garante que mais de 70 por cento dos alunos que acabam os cursos nesta escola encontram emprego. “É um curso que penso que na região não existe. Nós lançámos o curso, estamos satisfeitos com o custo que houve no lançamento e estamos satisfeitos porque temos três turmas completas. Os alunos são até disputados pelas empresas para fazer estágios. A taxa de empregabilidade anda à volta dos 70 por cento. Períodos de recessão arrastam consigo desemprego prolongado, mesmo assim os nossos alunos conseguem obter emprego não só no distrito como também a nível nacional”, realça Luís Pires. A EPPU tem actualmente 140 alunos, na sua maioria portugueses. Houve tempos em que esta escola contava com cerca de 30 que estudantes oriundos de Cabo Verde e S. Tomé, hoje são apenas meia dúzia. 
Luís Pires diz que esta situação se deve aos cortes dos apoios sociais. “Estes alunos inicialmente tinham apoios sociais como têm os alunos nacionais, esses apoios foram-lhe cortados. 
O ordenado mínimo em S. Tomé está entre 30 a 35 euros, e com este dinheiro as famílias não têm possibilidades de suportar os custos do filho a estudar em Portugal. Espero, portanto, que venham a alterar esta situação”, realça o director da EPPU. 
Estes são temas abordados pelo director da Escola Profissional Prática Universal no Cinco Perguntas desta semana. 
A entrevista a Luís Pires para ouvir hoje na Brigantia, depois das notícias das cinco da tarde e ler na edição desta semana do Jornal Nordeste. 

Escrito por Brigantia