Espaços rurais contam a história do povo transmontano através de utensílios herdados dos antepassados
Há espaços na Lombada, no concelho de Bragança, que guardam parte da história do povo transmontano e ajudam a quebrar a solidão de quem resiste nas aldeias. Os museus rurais comunitários de Palácios e Caravela, criados há mais de 20 anos, reúnem peças antigas que estavam em risco de desaparecer. Aqui a população tem orgulho em mostrar aos visitantes aquilo que herdou dos antepassados, ao mesmo tempo que partilha histórias de outros tempos.
É no antigo lagar comunitário que se pode visitar o Museu Rural de Palácios. Esmeralda Aliste, de 69 anos, é a guia de serviço.
“Está ali aquela prensa pequena, que era do mel. Aquela parte é mais da agricultura, da ceifa, temos utensílios para os animais, a albarda com a cadeira em madeira para transportar as senhoras mais finas. Depois temos o fole do ferreiro que deixou de trabalhar. Depois temos a parte do linho, temos a planta, depois ia para o rio oito dias e depois era maçado, espadado e depois fiado com a roca, depois é dobado na dobadoura, no sarilho faz-se a meada e vai para o tear. Antigamente fazia-se tudo em linho, os homens só vestiam camisas de linho”, conta a guardiã do museu.
Do linho para os utensílios domésticos. Esmeralda começa por recordar os tempos de infância.
“Este berço é antiquíssimo. Já era dos meus bisavós. Eu ainda fui cá criada. Era o berço que criava parte do pessoal cá da aldeia. Uns emprestavam aos outros. Boa mocidade criou”, salienta a idosa.
Seguimos viagem. Mais à frente, em Caravela, encontramos mais um espaço cultural.
“Aqui é um lagar já muito antigo, que era utilizado pelo povo todo. Aproveitou-se o lagar e utilizou-se o espaço aqui ao lado para fazer um museu com as peças antigas que o povo tinha”, conta Sérgio Rodrigues, representante da União de Freguesias de S. Julião e Deilão nesta aldeia.
in:jornalnordeste.com
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