Consultas de Acompanhamento de AVC já Disponibilizadas no Planalto Mirandês

Pessoas que sofreram acidentes vasculares Cerebrais (AVC) e que residem nos concelhos transmontanos de Mogadouro, Miranda do Douro, Freixo de Espada à Cinta e Vimioso, todos no distrito de Bragança, passam a ter consulta de acompanhamento na sua área.

"Esta consulta já há muito que era desejada neste território. Em vez de ser o utente a deslocar-se à unidade de AVC, somos nós que vamos ao local de residência. A medida vai trazer vantagem para os doentes e poupança de recursos", avançou o diretor da Unidade de AVC da ULS do Nordeste, Jorge Poço.

As consultas serão efetuadas no Centro de Saúde de Mogadouro e envolvem uma equipa médica multidisciplinar.

Com estes serviços, a Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste pretende aproximar a consulta de acompanhamento dos doentes que sofreram um AVC tendo à sua disposição um serviço descentralizado.

Até agora, os doentes vítimas de AVC oriundos Planalto Mirandês, acompanhados pela ULS Nordeste, estavam a ser seguidos em Macedo de Cavaleiros, onde está sediada a Unidade de AVC.

Em alguns casos, os doentes tinham de percorrer mais de uma centena de quilómetros para serem avaliados por uma equipa médica especializadas e em muitos casos, de acordo com os clínicos, as situações eram "incómodas" devidos "às sequelas provocadas pela patologia".

"A dificuldade ao nível das deslocações por parte dos utentes era uma preocupação para toda a equipa clínica, que se deparava com faltas às consultas e com comentários dos utentes com menores recursos financeiros devidos as distancias que tinha de percorrer", explicou o clínico.

A equipa multidisciplinar é composta por um médico de medicina interna, um médico neurologista, um enfermeiro e um fisioterapeuta.

O número de casos de AVC diagnosticados nas Unidades Hospitalares de Bragança, de Macedo de Cavaleiros e de Mirandela tem vindo a diminuir nos últimos quatro anos.

Em 2012, o número de situações diagnosticadas nos serviços hospitalares desta ULS situava-se nos 403, tendo diminuído para 338 diagnósticos em 2015, registando-se assim uma redução de 16,13%.

Agência Lusa