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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

PARA QUE AS COISAS NÃO SE MOVAM, ATAM-SE COM DECORAÇÕES

Inauguração: dia 23 de abril - 16h00
Comissário: Jorge da Costa
Produção: Município de Bragança / Centro de Arte Contemporânea Graça Morais
Colaboração: Coleção MICA – Vigo e Galeria Fernando Santos – Porto
Considerada uma das produções mais imaginativas e surpreendentes do atual panorama artístico espanhol, o trabalho de Jorge Perianes (Ourense, Espanha, 1974) tem na condição humana o centro da sua reflexão.
As suas obras funcionam como sedutoras plataformas de leitura sobre as quais radica, entre uma pintura objetual ou uma escultura pictórica, a criação de um universo inquietante, profundamente metafórico e simbólico.
Encriptadas pela atrativa morfologia ou pelo colorido das obras, cujo sentido, tantas vezes paradoxal à forma, não se descodifica num primeiro olhar; as suas criações parecem atuar como imagens aparentemente ingénuas que escondem, mais do mostram, armadilhando a nossa atenção.
Para a construção da sua metáfora, Perianes adotou uma subtil aliança entre o humor e a ironia, criando a partir de múltiplas formas, cores, texturas e ambientes, uma cosmogonia e um imaginário de encantamento capaz de envolver imediatamente o visitante numa experiência fortemente imersiva.
A sua obra vive fora dos limites disciplinares da pintura e da escultura, mistura-se e expande-se no espaço, com quem estabelece um desejado efeito de ruína, que se projeta no conjunto muito diverso de elementos vinculados à própria arquitetura, completando-se e adquirindo sentidos nela.
Perianes insiste nas grandes montagens cenográficas, como a instalação que concebeu para esta exposição: uma estrutura colossal de onde irrompe, possante, uma montanha coberta de vegetação natural, estilhaçando a arquitetura que a aniquila, reforçando, assim, a imagem da fragmentação, da ruína e do abismo existencial em que se formaliza grande parte da sua gramática artística.


Jorge da Costa

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