Niamh Ni Charra. Foto: DR |
“Uma das novidades é a mudança do FIS para um recinto mais intimista e acolhedor e que vai proporcionar concertos mais para ouvir do que propriamente para dançar criando assim um novo diálogo entre músicos e público”, avança o diretor do FIS, Mário Correia.
O programa do festival arranca no dia 2 de agosto na cidade de Miranda do Douro, com a atuação dos vários gaiteiros do Planalto Mirandês e dos castelhanos Tundra, no largo D. João III.
No segundo dia, já na vila de Sendim o recinto da antiga escola primária será o centro da música e do convívio. Aí será instalada a “aldeia dos zoelas”, o mercado “Sendintercéltico", com tendas, salas de exposição e um terreiro dos gaiteiros, onde terminam as rondas e arruadas musicas, e onde decorrerão os concertos nas noites de 3 e 4 de agosto.
Para dia 3 de agosto, estão confirmadas as presenças dos Brigan (Itália) e dos japoneses Harmonica Creams.
Já no dia 4 os Niamh Ni Charra (Irlanda) e os Dallahan (Escócia) repartem o palco depois das arruadas dos gaiteiros mirandeses.
Segundo Mário Correia, o cartaz este ano tem a particularidade de “apresentar grupos que há bem pouco eram desconhecidos do grande público e que estão com grande pujança”.
“Os grupos convidados estão a fazer músicas de encontros. Ou seja, é bem possível que os irlandeses passem pelo fado ou deem um salto à música do Nordeste Transmontano cruzando-a com música do sul de Itália”, exemplifica.
O FIS vai na sua 19.ª edição e, ao longo dos anos, tem vindo a transformar-se, levando à vila do concelho de Miranda do Douro, no distrito de Bragança, as sonoridades de raiz celta provenientes de vários países europeus e asiáticos, permitindo “o cruzamento de sonoridades”.
Segundo os mentores do FIS, há este ano, igualmente, uma “aposta forte” na animação das ruas e praças de Sendim, com atuações de gaiteiros mirandeses e músicos amadores. Não faltarão as oficinas das gaitas e danças mirandesas, conferências, apresentação de livros, caminhadas e as celebrações intercélticas em vários espaços culturais e gastronómicos que se espalham pela vila transmontana.
Olímpia Mairos
Rádio Renascença
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