Um conselho dado aos agricultores durante a Assembleia Geral da Associação de Regantes daquelas localidades que aconteceu no domingo, eles que há muito anseiam por esta mais-valia, como refere Eduardo Tavares, Vice-Presidente da Câmara de Alfândega da Fé.
“Este é um grande investimento que trazemos para Alfândega da Fé. É um projeto sobre o qual este Executivo pensa há já uma década. É também um projeto ansiado por esta população, por estes agricultores há muitas décadas, desde o tempo do Engenheiro Camilo Mendonça. A verdade, é que se a água for bem utilizada, com boa rega e eficiente, é evidente que esta água vai dar para regar mais propriedade e servir mais agricultores.”
Um investimento de cerca de 14 milhões e meio de euros, totalmente suportados pelo PDR 2020, que vai contemplar à volta de 200 agricultores.
Arsénio Pereira, Presidente da Associação de Regantes de Vilar Chão e Parada, diz não ter dúvidas de que com o regadio, a produção agrícola vai aumentar para o dobro naquelas localidades, nomeadamente a de azeite e amêndoa.
“Eu não tenho dúvidas que isto vai, no mínimo, duplicar a produção. Porque, mesmo com as dificuldades adversas, com a falta de água, o plano de regadio vai ajudar a que o investimento e o número de plantações aumente. Vai ajudar no aumento das produções deste principais produtos, como a amêndoa e o azeite. Os 500 hectares são muito importantes, porque somos o maior produtor de azeite e de amêndoa do concelho de Alfândega, e provavelmente, uma das freguesias do Distrito de Bragança que mais produz.”
Horácio Pinto, presidente da Junta de Freguesia de Vilar Chão, acredita que com a disponibilidade de água para rega possam surgir outras formas de cultivo naquela zona.
“Sim, principalmente a nível de outras culturas, porque a rega é uma mais-valia e cada vez precisamos mais de água. A rega sempre foi um sonho de toda a população, dos agricultores e cada vez há menos água, cada vez sobe menos e eu vejo as pessoas com muito entusiasmo, muita vontade, com muita expectativa também.”
Outro dos empreendimentos que fazem parte do plano de regadio de Alfândega da Fé é a construção de uma nova barragem no Vale da Vilariça, assim como uma aposta no regadio na Serra de Bornes, que está agora em fase de estudo, avança ainda o vice-presidente, Eduardo Tavares.
“Há uma proposta e uma candidatura que queremos fazer, se possível ainda neste quadro comunitário, que tem a ver com o reforço do sub-loco da Burga, que é a parte mais Norte do Vale da Vilariça, em que é necessário construir uma nova barragem, criar mais armazenamento de água para regar toda a zona, uma vez que, começa a ser deficitária a Barragem da Burga para servir todo o dinamismo que está a haver no Norte do Vale com as plantações de pêssego e nectarina, que acontecem na aldeia de Santa Comba e de Vilarelhos, do concelho de Alfândega da Fé.
A construção da Barragem de Gebelim, o maior empreendimento para rega em Alfândega da Fé, deve começar dentro de um ano.
No total vão ser investidos mais de 20 milhões de euros para o regadio daquele concelho em obras a executar nos próximos 3 anos.. Neste momento estão já a ser requalificadas as condutas da barragem de Esteveínha, num total de 1 milhão e 200 mil euros suportados a 100 % pelo PDR 2020 e em junho deverão começar as obras de reabilitação do sistema de regadio agrícola da Barragem da Camba.
Escrito por ONDA LIVRE
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