Os habitante de Vale de Prados, no concelho de Macedo de Cavaleiros, queixam-se da falta de água nas suas habitações, que tem sido recorrente há cerca de duas semanas.
Os moradores alegam que os funcionários da Câmara Municipal de Macedo fecham a passagem de água cerca das 20h00 e volta a ser aberta apenas no dia seguinte por volta das 8h00.
Clotilde Alves, é detentora de duas casas de alojamento local na aldeia, e conta os prejuízos que esta situação está a dar ao seu negócio:
“No fim de semana passado tive hóspedes que tiveram de vir ao tanque, com tachos da cozinha, apanhar água para lavarem a cara e escovarem os dentes, isso é imperdoável.
Nem avisam de nada, já falei com membros da Junta de Freguesia de cá, fui à Câmara a Macedo e falei com o vice-presidente, que me disse que a água não era fechada, que enchiam os depósitos e a água desaparecia. Isto causa-me muito transtorno, os hóspedes quando saírem podem recusar-se a pagar-me.”
Manuel Morais, também habitante, explica que já se dirigiu à Câmara Muncipal para reportar a situação e chegou até a enviar uma carta registada. Porém, o cenário continua sem resolução à vista:
“Têm um horário para fechar e abrem lá para as 8h30 do dia seguinte, quer dizer quem for trabalhar tem que dizer aos patrões que esperem porque não há água para lavar a cara. Depois à noite, quando uma pessoa quer fazer a higiene antes de se ir à cama, é impossível porque já não há água.
Já fui à Câmara e já enviei uma carta para os alertar, até pelas máquinas de lavar roupa e loiça que se ficam sem água, se estragam. Lá, disseram-me que estamos contra eles e que há gente em Vale de Prados que consome água sem ser declarada. Ora, se isso acontece, não é quem paga que tem que levar com as culpas, eles é que devem procurar quem está nessas condições.”
Segundo Alípio Marcos, presidente da Junta de Freguesia de Vale de Prados, foi-lhe dito por membros do Executivo que esta situação seria uma forma de controlar o suposto gasto excessivo de água utilizada nas regas agrícolas, no entanto, ninguém se dirigiu à aldeia para comprovar que tal acontece:
“Argumentam que há gente que rega, que há contadores que não existem, isso pode acontecer mas a responsabilidade é do Município, que tem de ir ver isso. As pessoas que pagam a água, têm direito de a ter. A única coisa que fazem é fechar a água. Depois, puseram em prática outra solução, que foi criada por nós, que era quando havia falhas de água, ligar a água de Macedo a Vale de Prados. Abriram o passador um dia e no seguinte fecharam-no alegando que descem os níveis da água de Macedo. Então nós não temos direito a ter água? Vale de Prados tem sido negligenciado por este Executivo desde o início.”
De recordar que Vale de Prados foi uma das aldeias que em 2018 teve de municipalizar a sua água, uma vez que esta não era paga à Câmara Municipal.
Tentamos chegar à fala com Rui Vilarinho, vereador do Município, que se encontra fora do país e não conseguiu ainda prestar declarações.
Escrito por ONDA LIVRE
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