Quem o defende é o secretário-geral do Eixo Atlântico, entidade que integra estes três concelhos.
Xoán Mao defende que esta é uma prioridade para que se coloquem em prática algumas medidas que foram apresentadas, ontem, a propósito dos relatórios estratégicos elaborados para estes municípios e que devem integrar o próximo quadro comunitário de apoio. “Trás-os-Montes é um território numa situação privilegiada e com as condições tão óptimas como tem porque está na situação que está? Porque não tem uma voz própria para defender os seus interesses, porque não tem uma imagem de marca nítida que ponha em valor as suas potencialidades. Todo o nordeste transmontano tem 200 mil habitantes e o Porto tem 300 mil. Temos que pensar nessa escala. Se o Porto tem uma voz única no país como é que um território de 200 mil habitantes não tem uma voz única? Com esse prioridade é que se consegue por em prática todas estas medidas que aconselhamos e que são quase um plano estratégico para o próximo quadro comunitário de apoio”.
Uma das ideias defendidas pelo secretário-geral do Eixo Atlântico é que os concelhos não podem, por exemplo, reivindicar todos o mesmo. Apontou-se o caso da ligação a Espanha pela Puebla de Sanabria e a mais recente que seria pela Gudinha. Sobre esta mesma questão, que já deixou em divergência alguns autarcas, Hernâni Dias, presidente da câmara de Bragança, frisa que não se pode querer constantemente o que já foi protestado pelos outros municípios. “Eu acho que tem que haver uma lógica integrada e conjunta, se o conseguirmos fazer, se quisermos fazer isso e se tivermos essa capacidade, seguramente estaremos a dar um contributo positivo para o desenvolvimento do território. Não podemos estar permanentemente a querer aquilo que o outro já reivindicou, se assim o fizermos, provavelmente ninguém nos levará a sério porque signfica que todos queremos tudo e não é possível todos termos tudo. Os territórios não têm que estar todos capacitados para a mesma coisa e terem todos o mesmo”.
A presidente da câmara de Mirandela, Júlia Rodrigues, acredita que é possível que os municípios trabalhem em conjunto e que, para isso, devem ter a capacidade de abdicar de alguns projectos. “São agendas estratégicas que depois têm que ser complementadas e têm que ser implementadas de âmbito supra concelhio, ou seja, a região como um todo, um território vivo, coeso, interactivo, atractivo para novas empresas. Só é possível trabalhando com actores locais, com empresas e em rede. É uma lição que todos sabemos. Temos que dar este salto de saber trabalhar em conjunto, abdicando de uma ou outra situação para que todos possamos ganhar”.
Os relatórios estratégicos para Bragança, Macedo e Mirandela, apresentados ontem, nesta última cidade, no Museu da Oliveira e do Azeite, propõe um conjunto de medidas que poderão vir a ser integradas no próximo quadro comunitário de apoio. Entre elas destacaram-se a criação de uma imagem de marca para estes concelhos.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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