O certame aconteceu nos mesmos moldes que no ano passado, estendendo-se entre o Parque do Império e o Mercado Municipal.
Este ano, apesar da chuva não ter dado tréguas nos dois primeiros dias, os vendedores do enchido mais conhecido da cidade de Mirandela apontam para um balanço positivo nas vendas, afirmando até que este houve mais visitantes do que nas edições anteriores. “Trabalhou-se praticamente quando acabou a chuva mas dá-me ideia que houve mais gente do que no ano passado”, rematou um comerciante.
Num ano marcado pelo aumento das matérias-primas, a alheira foi um dos produtos que mais sofreu com o catapultar da inflação, devido sobretudo aos aumentos do preço do azeite e da carne.
No entanto, Carla Caldeira, das Alheiras Topitéu, afirma que mesmo assim as pessoas não deixam de comprar o enchido e que inclusivamente já marcam nas suas agendas as datas da Feira da Alheira de Mirandela. “As matérias-primas, a eletricidade, os ordenados aumentaram e isso reflete-se no custo do produto final”.
Humberto Taveira, proprietário da loja Alheiras Primorosas, estrategicamente situada no coração da cidade, é um dos principais vendedores da cidade de Mirandela. No que às alheiras diz respeito o vendedor não notou quebras nas vendas, no entanto, em produtos como o azeite fala de diferenças consideráveis em relação ao ano anterior. “A venda das alheiras corre sempre bem, independentemente dos custos. No entanto, também vendo outros produtos e onde sentimos uma quebra acentuada foi realmente na venda do azeite que disparou os preços”.
A Feira da Alheira de Mirandela continua a desempenhar um papel vital na promoção e no sucesso dos produtores locais de alheira, proporcionando uma plataforma para a divulgação e venda deste produto certificado que é amplamente apreciado em Portugal.
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