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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Concerto na Basílica de Santo Cristo de Outeiro

 Decorre de 27 de setembro a 12 de outubro, o festival de música erudita “Bragança Classicfest”, sendo que a estreia acontece na Basílica de Santo Cristo de Outeiro, monumento nacional desde 1927.


O festival começou em 2021, no Teatro Municipal de Bragança, mas também com passagens por igrejas da cidade e tem vindo a “reafirmar Bragança como destino cultural de excelência”, atraindo públicos de outros países, segundo a organização.

Nesta edição, pela primeira vez, um dos concertos, o de abertura, acontece numa aldeia, em Outeiro, com a Basílica de Santo Cristo, monumento nacional desde 1927 a ser o palco do ensemble Arte Minima, sob a direção de Pedro Sousa Silva.

“O público vai sentir que não é mais um concerto, mas que há uma atenção grande a estas povoações que estão injustamente esquecidas e com falta de acesso a eventos de excelência”, salientou o diretor artístico, Filipe Pinto-Ribeiro.

A Basílica de Santo Cristo de Outeiro é uma igreja classificada como monumento nacional desde 1927. 

Trata-se de um templo do século XVII, cuja construção se associa à necessidade de afirmação do país enquanto nação independente de Espanha.

A sua origem foi um pequeno templo, votado ao abandono, até que a 26 de Abril de 1698 se terá dado um milagre: o Santo Cristo terá então suado sangue, conforme inscrição existente na igreja. Depressa se espalhou a notícia e a primeira pedra para um santuário foi lançada entre 1725 e 1739. Ao longo do século XVIII assumiu importância enquanto lugar de peregrinação.

O edifício é composto por templo com planta em cruz latina, sacristia e casa de arrumações. Destaca-se a sacristia com teto apainelado com três dezenas de caixotões pintados com cenas da vida de Cristo, executados em 1768 por Damião Bustamante oriundo de Valladolid, e paredes igualmente revestidas de pintura sobre tela. A 8 de novembro de 2014 foi concedido o título de Basílica de S.Cristo de Outeiro à igreja - Santuário do Santo Cristo de Outeiro, tornando-a na única Basílica do país que está localizada numa aldeia.

O Bragança Classicfest apresenta oito concertos, um deles na basílica, mas os restantes decorrem no Teatro Municipal de Bragança e no Convento de São Francisco. São esperadas a Orquestra Sinfónica do Principado das Astúrias, “uma das mais destacadas formações espanholas”, com o maestro português Nuno Coelho, e a Orquestra Philharmonia Frankfurt, “em estreia em Portugal”, com o maestro Juri Gilbo e com o solista Vladislav Lavrik, “um dos maiores trompetistas da atualidade”.

Segundo Filipe Pinto-Ribeiro, todos os espetáculos do festival são únicos, o que quer dizer que “as orquestras vêm tocar propositadamente a Bragança”, o que o torna “muito especial”.

Cinco dos concertos têm entrada gratuita, nomeadamente o de abertura e o do dia 01 de outubro, Dia Mundial da Música. “Tem a ver com o serviço público de cultura, porque a missão de um teatro municipal é dar a conhecer novos artistas, trazer digressões consagradas, mas é também possibilitar que todas as pessoas possam vir ao teatro e não só as chamadas elites”, vincou o diretor do Teatro Municipal de Bragança, explicando que é preciso levantar os bilhetes na bilheteira, para controlo de lugares.

De acordo com João Cristiano Cunha, a taxa de ocupação dos espetáculos, nas edições anteriores, rondou os 96%, com públicos da região, do país, mas também do estrangeiro. “Vem público de Espanha, mas também de Itália, França e Alemanha, porque seguem os artistas de música erudita e aproveitam para fazer turismo cultural e conhecerem um país novo”, adiantou.

Esta quinta edição contará ainda com “a violinista suíça Esther Hoppe, o violetista norueguês Lars Anders Tomter e o violoncelista suíço Christian Poltéra”, mas também filhos da terra, como o violinista brigantino David Seixas.

Além dos concertos para todos os públicos, o Bragança Classicfest tem ainda ‘masterclasses’ dedicadas aos estudantes de música da região.

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