Confira a lista dos 308 presidentes de câmara eleitos, por distrito, nas autárquicas de domingo, segundo os dados da Direção Geral da Administração Interna (DGAI).
Aveiro:
Águeda - Gil Nadais Resende da Fonseca (PS)
Albergaria-a-Velha - António Augusto Amaral Loureiro e Santos (CDS-PP)
Anadia - Maria Teresa Belém Correia Cardoso (Independente)
Arouca - José Artur Tavares Neves (PS)
Aveiro - José Agostinho Ribau Esteves (PPD/PSD - CDS-PP - PPM)
Castelo de Paiva - Gonçalo Fernando da Rocha de Jesus (PS)
Espinho - Joaquim José Pinto Moreira (PPD/PSD)
Estarreja - Diamantino Sabina (PPD/PSD - CDS-PP)
Santa Maria da Feira - Emídio Ferreira dos Santos Sousa (PPD/PSD)
Ílhavo - Fernando Caçoilo (PSD)
Mealhada - Rui Manuel Leal Marqueiro (PS)
Murtosa - Joaquim Manuel dos Santos Baptista (PPD/PSD)
Oliveira de Azeméis - Hermínio José Sobral de Loureiro Gonçalves (PPD/PSD)
Oliveira do Bairro - Mário João Ferreira da Silva Oliveira (PPD/PSD)
Ovar - Salvador Malheiro Ferreira da Silva (PPD/PSD)
São João da Madeira - Ricardo Nicolau Soares Terra de Oliveira Figueiredo (PPD/PSD)
Sever do Vouga - António José Martins Coutinho (PS)
Vagos - Silvério Rodrigues Regalado (PPD/PSD)
Vale de Cambra - José Alberto Freitas Soares Pinheiro e Silva (CDS-PP)
Beja:
Aljustrel - Nelson Domingos Brito (PS)
Almodôvar - António Manuel Ascensão Mestre Bota (PS)
Alvito - António João Feio Valério (PCP - PEV)
Barrancos - António Pica Tereno (PCP - PEV)
Beja - João Manuel Rocha da Silva (PCP - PEV)
Castro Verde - Francisco José Caldeira Duarte (PCP - PEV)
Cuba - João Manuel Casaca Português (PCP - PEV)
Ferreira do Alentejo - Aníbal Sousa Reis Coelho de Costa (PS)
Mértola - Jorge Rosa (PS)
Moura - Santiago Augusto Ferreira Macias (PCP - PEV)
Odemira - José Alberto Candeias Guerreiro (PS)
Ourique - Pedro Nuno Raposo Prazeres do Carmo (PS)
Serpa - Tomé Alexandre Martins Pires (PCP-PEV)
Vidigueira - Manuel Narra (PCP - PEV)
Braga:
Amares - Manuel da Rocha Moreira (PS)
Barcelos - Miguel Jorge da Costa Gomes (PS)
Braga - Ricardo Bruno Antunes Machado Rio (PPD/PSD - CDS-PP - PPM)
Cabeceiras de Basto - Serafim China Pereira (PS)
Celorico de Basto - Joaquim Monteiro da Mota e Silva (PPD/PSD)
Esposende - António Benjamim da Costa Pereira (PPD/PSD)
Fafe - Raul Cunha (PS)
Guimarães - Domingos Bragança Salgado (PS)
Póvoa de Lanhoso - Manuel José Torcato Soares Baptista (PPD/PSD)
Terras de Bouro - Joaquim José Cracel Viana (PS)
Vieira do Minho - António Cardoso Barbosa (PPD/PSD - CDS-PP)
Vila Nova de Famalicão - Paulo Alexandre Matos Cunha (PPD/PSD - CDS-PP)
Vila Verde - António Fernando Nogueira Cerqueira Vilela (PPD/PSD)
Vizela - Dinis Manuel da Silva Costa (PS)
Bragança:
Alfândega da Fé - Berta Nunes (PS)
Bragança - Hernâni Dinis Venâncio Dias (PPD/PSD)
Carrazeda de Ansiães - José Luís Correia (PPD/PSD
Freixo de Espada à Cinta - Maria do Céu Quintas (PPD/PSD)
Macedo de Cavaleiros - Manuel Duarte Fernandes Moreno (PPD/PSD)
Miranda do Douro - Artur Manuel Rodrigues Nunes (PS)
Mirandela - António José Pires Almor Branco (PPD/PSD)
Mogadouro - Francisco José Mateus Albuquerque Guimarães (PS)
Torre de Moncorvo - Nuno Jorge Rodrigues Gonçalves (PPD/PSD - CDS-PP)
Vila Flor - Fernando Francisco Teixeira de Barros (PS)
Vimioso - António Jorge Fidalgo Martins (PPD/PSD)
Vinhais - Américo Jaime Afonso Pereira (PS)
Castelo Branco:
Belmonte - António Dias Rocha (PS)
Castelo Branco - Luís Manuel dos Santos Correia (PS)
Covilhã - Vitor Manuel Pinheiro Pereira (PS)
Fundão - Paulo Alexandre Bernardo Fernandes (PPD/PSD)
Idanha-a-Nova - Armindo Moreira da Palma Jacinto (PS)
Oleiros - Fernando Marques Jorge (PPD/PSD)
Penamacor - António Luís Beites Soares (PS)
Proença-a-Nova - João Paulo Lopes Catarino (PS)
Sertã - José Farinha Nunes (PPD/PSD)
Vila de Rei - Ricardo Jorge Martins Aires (PPD/PSD)
Vila Velha de Ródão - Luís Miguel Ferro Pereira (PS)
Coimbra:
Arganil - Ricardo João Barata Pereira Alves (PPD/PSD)
Cantanhede - João Carlos Vidaurre Pais de Moura (PPD/PSD)
Coimbra - Manuel Augusto Soares Machado (PS)
Condeixa-a-Nova - Nuno Miguel Martins Rondão Moita da Costa (PS)
Figueira da Foz - João Ataíde (PS)
Góis - Maria de Lurdes de Oliveira Castanheira (PS)
Lousã - Luís Miguel Correia Antunes (PS)
Mira - Raul José Rei Soares de Almeida (PPD/PSD)
Miranda do Corvo - António Miguel Costa Baptista (PS)
Montemor-o-Velho - Emilio Torrão (PS)
Oliveira do Hospital - José Carlos Alexandrino Mendes (PS)
Pampilhosa da Serra - José Alberto Pacheco Brito Dias (PPD/PSD)
Penacova - Humberto José Batista Oliveira (PS)
Penela - Luis Filipe da Silva Lourenço Matias (PPD/PSD)
Soure - Mário Jorge da Costa Rodrigues Nunes (PS)
Tábua - Mário Almeida Loureiro (PS)
Vila Nova de Poiares - João Miguel Sousa Henriques (PS)
Évora:
Alandroal - Mariana Rosa Gomes Chilra (PCP - PEV
Arraiolos - Sílvia Cristina Tirapicos Pinto (PCP - PEV)
Borba - António Anselmo (Independente)
Estremoz - Luis Filipe Pereira Mourinha (Independente)
Évora - Carlos Manuel Rodrigues Pinto de Sá (PCP - PEV)
Montemor-o-Novo - Hortênsia dos Anjos Chegado Menino (PCP - PEV)
Mora - Luís Simão Duarte de Matos (PCP-PEV)
Mourão - Maria Clara Pimenta Pinto Martins Safara (PS)
Portel - José Manuel Clemente Grilo (PS)
Redondo - António José Rega Matos Recto (Independente)
Reguengos de Monsaraz - José Gabriel Paixão Calixto (PS)
Vendas Novas - Luís Carlos Piteira Dias - (PS)
Viana do Alentejo - Bernardino António Bengalinha Pinto (PS)
Vila Viçosa - Manuel João Fontainhas Condenado (PCP-PEV)
Faro:
Albufeira - Carlos Eduardo Silva e Sousa (PPD/PSD)
Alcoutim - Osvaldo dos Santos Gonçalves (PS)
Aljezur - José Manuel Velhinho Amarelinho (PS)
Castro Marim - Filomena Pascoal Sintra (PPD/PSD)
Faro - Rogério Conceição Bacalhau Coelho (PPD/PSD - CDS-PP - MPT - PPM)
Lagoa - Francisco José Malveiro Martins (PS)
Lagos - Maria Joaquina Baptista Quintans de Matos (PS)
Loulé - Vitor Manuel Gonçalves Aleixo (PS)
Monchique - Rui André (PSD)
Olhão - António Pina (PS)
Portimão - Isilda Maria Prazeres dos Santos Varges Gomes (PS)
São Brás de Alportel - Vítor Manuel Martins Guerreiro (PS)
Silves - Rogério Pinto (PSD)
Tavira - Jorge Manuel do Nascimento Botelho (PS)
Vila do Bispo - Adelino Augusto da Rocha Soares (PS)
Vila Real de Santo António - Luis Filipe Soromenho Gomes (PPD/PSD)
Guarda:
Aguiar da Beira - Joaquim António Marques Bonifácio (Independente)
Almeida - António Baptista Ribeiro (PPD/PSD - CDS-PP)
Celorico da Beira - José Francisco Gomes Monteiro (PS)
Figueira de Castelo Rodrigo - Paulo José Gomes Langrouva (PS)
Fornos de Algodres - António Manuel Pina Fonseca (PS)
Gouveia - Luís Tadeu (PPD/PSD - CDS-PP)
Guarda - Álvaro dos Santos Amaro (PPD/PSD - CDS-PP)
Manteigas - José Manuel Custódia Biscaia (PPD/PSD)
Meda - Anselmo Antunes de Sousa (PS)
Pinhel - Rui Manuel Saraiva Ventura (PPD/PSD)
Sabugal - António dos Santos Robalo (PPD/PSD)
Seia - Carlos Filipe Camelo Miranda de Figueiredo (PS)
Trancoso - Almícar José Nunes Salvador (PS)
Vila Nova de Foz Côa - Gustavo de Sousa Duarte (PPD-PSD)
Leiria:
Alcobaça - Paulo Jorge Marques Inácio (PPD/PSD)
Alvaiázere - Paulo Tito Delgado Morgado (PPD/PSD)
Ansião - Rui Rocha (PSD)
Batalha - Paulo Jorge Frazão Batista dos Santos (PPD/PSD)
Bombarral - José Manuel Gonçalves Vieira (PPD/PSD)
Caldas da Rainha - Fernando Manuel Tinta Ferreira (PPD/PSD)
Castanheira de Pêra - Fernando José Pires Lopes (PS)
Figueiró dos Vinhos - Jorge Manuel Fernandes de Abreu (PS)
Leiria - Raul Miguel de Castro (PS)
Marinha Grande - Álvaro Manuel Marques Pereira (PS)
Nazaré - Walter Manuel Cavaleiro Chicharro (PS)
Óbidos - Humberto da Silva Marques (PPD/PSD)
Pedrógão Grande - Valdemar Gomes Fernandes Alves (PPD/PSD)
Peniche - António José Ferreira Sousa Correia Santos (PCP - PEV)
Pombal - Luís Diogo de Paiva Morão Alves Mateus (PPD/PSD)
Porto de Mós - João Salgueiro (PS)
Lisboa:
Alenquer - Pedro Miguel Ferreira Folgado (PS)
Arruda dos Vinhos - André Filipe dos Santos Matos Rijo (PS)
Azambuja - Luís Manuel Abreu de Sousa (PS)
Cadaval - José Bernardo Nunes (PPD/PSD)
Cascais - Carlos Manuel Lavrador de Jesus Carreiras (PPD/PSD - CDS-PP)
Lisboa - António Costa (PS)
Loures - Bernardino José Torrão Soares (PCP - PEV)
Lourinhã - João Duarte Anastácio de Carvalho (PS)
Mafra - Helder António Guerra de Sousa Silva (PPD/PSD)
Oeiras - Paulo Vistas (Independente)
Sintra - Basílio Horta (PS)
Sobral de Monte Agraço - José Alberto Quintino (PCP - PEV)
Torres Vedras - Carlos Manuel Soares Miguel (PS)
Vila Franca de Xira - Alberto Simões Maia Mesquita (PS)
Amadora - Carla Maria Nunes Tavares - (PS)
Odivelas - Susana de Fátima Carvalho Amador (PS)
Portalegre:
Alter do Chão - Joviano Martins Vitorino (PPD/PSD)
Arronches - Fermelinda de Jesus Pombo Carvalho (PPD/PSD)
Avis - Nuno Paulo Augusto da Silva (PCP - PEV)
Campo Maior - Ricardo Miguel Furtado Pinheiro (PS)
Castelo de Vide - António Manuel das Neves Nobre Pita (PPD/PSD)
Crato - José Correia da Luz (PS)
Elvas - Nuno Miguel Fernandes Mocinha (PS)
Fronteira - Rogério David Sádio da Silva (PPD/PSD)
Gavião - José Fernando da Silva Pio (PS)
Marvão - Victor Manuel Martins Frutuoso (PPD/PSD)
Monforte - Gonçalo Nuno Ribeiro Brandão Amanso Lagem (PCP - PEV)
Nisa - Maria Idalina Alves Trindade (PS)
Ponte de Sor - Hugo Luis Pereira Hilário (PS)
Portalegre - Maria Adelaide Franco Lebreiro de Aguiar Marques Teixeira (Independente)
Sousel - Armando Jorge Mendonça Varela (PPD/PSD)
Porto:
Amarante - José Luís Gaspar Jorge (PPD/PSD - CDS-PP)
Baião - José Luís Pereira Carneiro (PS)
Felgueiras - José Inácio Cardoso Ribeiro (PPD/PSD - PPM)
Gondomar - Marco André dos Santos Martins Lopes (PS)
Lousada - Pedro Daniel Machado Gomes (PS)
Maia - António Gonçalves Bragança Fernandes (PPD/PSD - CDS-PP)
Marco de Canaveses - Manuel Maria Moreira (PPD/PSD)
Matosinhos - Guilherme Manuel Lopes Pinto (Independente)
Paços de Ferreira - Humberto Fernando Leão Pacheco de Brito (PS)
Paredes - Carlos Manuel Gomes Ferreira (PPD/PSD)
Penafiel - Antonino Aurélio Vieira de Sousa (PPD/PSD - CDS-PP)
Porto - Rui de Carvalho de Araújo Moreira (Independente)
Póvoa de Varzim - Aires Henrique do Couto Pereira (PPD/PSD)
Santo Tirso - Joaquim Barbosa Ferreira Couto (PS)
Valongo - José Manuel Pereira Ribeiro (PPD/PSD)
Vila do Conde - Elisa Ferraz (PS)
Vila Nova de Gaia - Eduardo Vitor Rodrigues (PS)
Trofa - Sérgio Humberto Pereira da Silva (PPD/PSD - CDS-PP)
Santarém:
Abrantes - Maria do Céu Oliveira Antunes Albuquerque (PS)
Alcanena - Fernanda Maria Pereira Asseiceira (PS)
Almeirim - Pedro Miguel César Ribeiro (PS)
Alpiarça - Mário Fernando Atracado Pereira (PCP - PEV)
Benavente - Carlos António Pinto Coutinho (PCP - PEV)
Cartaxo - Pedro Miguel Magalhães Ribeiro (PS)
Chamusca - Paulo Jorge Mira Lucas Cegonho Queimado (PS)
Constância - Júlia Maria Gonçalves Lopes de Amorim (PCP - PEV)
Coruche - Francisco Silvestre de Oliveira (PS)
Entroncamento - Jorge Manuel Alves de Faria (PS)
Ferreira do Zêzere - Jacinto Manuel Lopes Cristas Flores (PPD/PSD)
Golegã - Rui Manuel Lince Singeis Medinas Duarte (PS)
Mação - Vasco António Mendonça Sequeira Estrela (PPD/PSD)
Rio Maior - Isaura Maria Elias Crisóstomo Bernardino Morais (PPD/PSD - CDS-PP)
Salvaterra de Magos - Hélder Manuel Ramalho de Sousa Esménio (PS)
Santarém - Ricardo Gonçalves Ribeiro Gonçalves (PPD/PSD)
Sardoal - António Miguel Cabedal Borges (PPD/PSD)
Tomar - Anabela Gaspar de Freitas (PS)
Torres Novas - Pedro Paulo Ramos Ferreira (PS)
Vila Nova da Barquinha - Fernando Manuel dos Santos Freire (PS)
Ourém - Paulo Alexandre Homem de Oliveira Fonseca (PS)
Setúbal:
Alcácer do Sal - Ana Isabel Paulino Chaves (PCP - PEV)
Alcochete - Luís Miguel Carraça Franco (PCP - PEV)
Almada - Joaquim Judas (PCP - PEV)
Barreiro - Carlos Humberto Palácios Pinheiro de Carvalho (PCP - PEV)
Grândola - António Figueira Mendes (PCP - PEV)
Moita - Rui Manuel Marques Garcia (PCP - PEV)
Montijo - Nuno Canta (PS)
Palmela - Álvaro Manuel Balseiro Amora (PCP - PEV)
Santiago do Cacém - Álvaro dos Santos Beijinha (PCP - PEV)
Seixal - Joaquim Cesário Cardador dos Santos (PCP - PEV)
Sesimbra - Augusto Manuel Neto Carapinha Pólvora (PCP - PEV)
Setúbal - Maria das Dores Marques Banheiro Meira (PCP - PEV)
Sines - Nuno José Gonçalves Mascarenhas (PS)
Viana do Castelo:
Arcos de Valdevez - João Manuel do Amaral Esteves (PPD/PSD)
Caminha - Miguel Alves (PS)
Melgaço - Manuel Batista Calçada Pombal (PS)
Monção - Augusto Henrique de Oliveira Domingues (PS)
Paredes de Coura - Vítor Paulo Gomes Pereira (PS)
Ponte da Barca - António Vassalo Abreu (PS)
Ponte de Lima - Victor Manuel Alves Mendes (CDS-PP)
Valença - Jorge Manuel Salgueiro Mendes (PPD/PSD)
Viana do Castelo - José Maria da Cunha Costa (PS)
Vila Nova de Cerveira - João Fernando Brito Nogueira (Independente)
Vila Real:
Alijó - Carlos Jorge Vilela da Rocha Magalhães (PPD/PSD)
Boticas - Fernando Eirão Queiroga (PPD/PSD)
Chaves - António Cândido Monteiro Cabeleira (PPD/PSD)
Mesão Frio - Alberto Monteiro Pereira (PS)
Mondim de Basto - Humberto da Costa Cerqueira (PS)
Montalegre - Manuel Orlando Fernandes Alves (PS)
Murça - José Maria Garcia Costa (PS)
Peso da Régua - Nuno Manuel Sousa Pinto de Carvalho Gonçalves (PPD/PSD)
Ribeira de Pena - Rui Vaz Alves (PS)
Sabrosa - José Manuel de Carvalho Marques (PS)
Santa Marta de Penaguião - Luís Reguengo Machado (PS)
Valpaços - Amílcar Rodrigues Alves Castro de Almeida (PPD/PSD)
Vila Pouca de Aguiar - António Alberto Pires Aguiar Machado (PPD/PSD)
Vila Real - Rui Santos (PS)
Viseu:
Armamar - João Paulo Soares Carvalho Pereira da Fonseca (PPD/PSD)
Carregal do Sal - Rogério Mota Abrantes (PS)
Castro Daire - José Fernando Carneiro Pereira (PS)
Cinfães - Armando da Silva Mourisco (PS)
Lamego - Franscisco Manuel Lopes (PPD/PSD - CDS-PP)
Mangualde - João Nuno Ferreira Gonçalves de Azevedo (PS)
Moimenta da Beira - José Eduardo Lopes Ferreira (PS)
Mortágua - José Júlio Henriques Norte (PPD/PSD)
Nelas - Borges da Silva (PS)
Oliveira de Frades - Luís Manuel Martins de Vasconcelos (PPD/PSD - CDS-PP)
Penalva do Castelo - Francisco Lopes de Carvalho (PS)
Penedono - António Carlos Saraiva Esteves de Carvalho (PPD/PSD)
Resende - Manuel Joaquim Garcez Trindade (PS)
Santa Comba Dão - Leonel José Antunes Gouveia (PS)
São João da Pesqueira - José Tulha (PSD)
São Pedro do Sul - Vítor Manuel de Almeida Figueiredo (PS)
Sátão - Alexandre Manuel Mendonça Vaz (PPD/PSD)
Sernancelhe - Carlos Silva Santiago (PPD/PSD)
Tabuaço - Carlos André Teles Paulo de Carvalho (PPD/PSD - CDS-PP)
Tarouca - Valdemar de Carvalho Pereira (PPD/PSD)
Tondela - José António Gomes de Jesus (PPD/PSD)
Vila Nova de Paiva - José Morgado Ribeiro (PS)
Viseu - António Joaquim Almeida Henriques (PPD/PSD)
Vouzela - Rui Miguel Ladeira Pereira (PPD/PSD)
Madeira:
Calheta (R.A.M.) - Carlos Manuel Figueira de Ornelas Teles (PPD/PSD)
Câmara de Lobos - Pedro Emanuel Abreu Coelho (PPD/PSD)
Funchal - Paulo Alexandre Nascimento Cafôfo (PS - BE - PND - MPT - PTP - PAN)
Machico - Ricardo Miguel Nunes Franco (PS)
Ponta do Sol - Rui David Pita Marques Luís (PPD/PSD)
Porto Moniz - João Emanuel Silva Câmara (PS)
Ribeira Brava - Ricardo António Nascimento (PPD/PSD)
Santa Cruz - Filipe Martiniano Martins de Sousa (Independente)
Santana - Teófilo Alírio Reis Cunha (CDS-PP)
São Vicente - José António Gonçalves Garçês (Independente)
Porto Santo - Filipe Emanuel Menezes de Oliveira (PS)
Açores:
Vila do Porto - Carlos Henrique Lopes Rodrigues (PPD/PSD)
Lagoa (R.A.A) - João António Ferreira Ponte (PS)
Nordeste - Carlos Mendonça (PS)
Ponta Delgada - José Manuel Cabral Dias Bolieiro (PPD/PSD)
Povoação - Carlos Emílio Lopes Machado Ávila (PS)
Ribeira Grande - Alexandre Branco Gaudêncio (PPD/PSD)
Vila Franca do Campo - Ricardo Manuel de Amaral Rodrigues (PS)
Angra do Heroísmo - José Gabriel do Álamo de Meneses (PS)
Vila da Praia da Vitória - Roberto Lúcio Silva Pereira Monteiro (PS)
Santa Cruz da Graciosa - Manuel Avelar Cunha Santos (PS)
Calheta (R.A.A.) - Décio Natálio Almada Pereira (Independente)
Velas - Luís Virgílio de Sousa da Silveira (CDS-PP)
Lajes do Pico - Roberto Manuel Medeiros da Silva (PS)
Madalena - José António Marcos Soares (PPD/PSD)
São Roque do Pico - Mark Anthony Silveira (PS)
Horta - José Leonardo Goulart Silva (PS)
Lajes das Flores - Luís Carlos Martins Maciel (PS)
Santa Cruz das Flores - José Carlos Pimentel Mendes (PS)
Corvo - José Manuel Alves da Silva (PS)
Lusa / SOL
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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
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N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Rede de Judiarias garante financiamento para projecto «Rotas de Sefarad»
A Rede de Judiarias de Portugal obteve um financiamento superior a 4,5 milhões de euros para a concretização do projecto «Rotas de Sefarad». As verbas vão apoiar a investigação e publicação de livros, intervenções em centros históricos e recuperação de sinagogas.
A maior parte da verba (quatro milhões) será disponibilizada no âmbito do «EEA Grants 2009-2014», um mecanismo financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA) através do qual a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega financiam, na qualidade de países doadores, diversas áreas prioritárias de acção junto dos Estados beneficiários do Fundo de Coesão da União Europeia.
«É um apoio que também obriga o Estado português a colocar mais 15% desse montante (600 mil euros), o que acontecerá até porque o acordo já está devidamente formalizado», explicou Jorge Patrão, secretário-geral da Rede de Judiarias.
De acordo com este responsável, a execução financeira começa já em Outubro e prolonga-se até 2017.
Entre áreas programáticas como a da gestão integrada de águas interiores e marinhas, a das energias renováveis ou das iniciativas de saúde pública, o EEA Grants inclui a da conservação e revitalização do património natural e cultural com uma dotação total para Portugal de quatro milhões de euros, que foi inteiramente atribuída ao projecto «Rotas de Sefarad».
O projecto, que será monitorizado pela Direcção Regional de Cultura do Centro, tem como base o percurso geográfico e cultural dos vestígios sefarditas no território português.
A aposta recai na investigação e publicação de livros, intervenções em centros históricos, recuperação de sinagogas e outras iniciativas ou obras que se enquadrem no tema da valorização da entidade judaica portuguesa.
Entre as obras já aprovadas estão o Centro de Interpretação Judaica de Trancoso, o Centro sobre a História do Marranismo em Portugal (da autoria do arquitecto Souto Moura), em Bragança, a intervenção na Igreja de Santa Maria da Várzea em Alenquer (local onde em 1574 foi sepultado Damião de Góis), bem como a criação do Memorial das Vítimas da Inquisição ou a recriação de uma das primeiras tipografias portuguesas, entre outras.
Às entidades parceiras - cerca de 25 municípios e várias entidades de turismo - caberá apenas uma verba «muito menos significativa» de acordo com o valor de cada iniciativa.
Jorge Patrão recorda que deste «conjunto de acções deverá resultar uma rota patrimonial e identitária sobre a história de Portugal com enfoque na história do povo judeu».
A Rede de Judiarias de Portugal (RJP) foi criada há dois anos em Belmonte, local onde se encontra a maior comunidade judaica no país, cerca de 36 famílias com 120 a 150 pessoas.
Na fundação contou com nove municípios, seis regiões de turismo e uma comunidade judaica, mas actualmente já integra com 27 municípios (Belmonte, Guarda, Freixo de Espada à Cinta, Tomar, Trancoso, Castelo de Vide, Lamego, Penamacor, Torres Vedras, Alenquer, Sabugal, Évora, Leiria, Vila Nova de Paiva, Bragança, Celorico da Beira, Castelo Branco, Óbidos, Fornos de Algodres, Almeida, Penedono, Vila Nova de Foz Côa, Meda, Lisboa, Elvas, Reguengos de Monsaraz e Porto) e duas comunidades judaicas.
A instituição tem como objectivo «desenvolver um plano que até 2020 mostre um país diferente, sempre com base na revitalização da história ligada ao judaísmo», o que poderá ser concretizado, não só com base no apoio do EEA Grants, como ainda em fundos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) aos quais deverá ser apresentada candidatura.
Café Portugal/Lusa; Foto: Rede de Judiarias de Portugal
A maior parte da verba (quatro milhões) será disponibilizada no âmbito do «EEA Grants 2009-2014», um mecanismo financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA) através do qual a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega financiam, na qualidade de países doadores, diversas áreas prioritárias de acção junto dos Estados beneficiários do Fundo de Coesão da União Europeia.
«É um apoio que também obriga o Estado português a colocar mais 15% desse montante (600 mil euros), o que acontecerá até porque o acordo já está devidamente formalizado», explicou Jorge Patrão, secretário-geral da Rede de Judiarias.
De acordo com este responsável, a execução financeira começa já em Outubro e prolonga-se até 2017.
Entre áreas programáticas como a da gestão integrada de águas interiores e marinhas, a das energias renováveis ou das iniciativas de saúde pública, o EEA Grants inclui a da conservação e revitalização do património natural e cultural com uma dotação total para Portugal de quatro milhões de euros, que foi inteiramente atribuída ao projecto «Rotas de Sefarad».
O projecto, que será monitorizado pela Direcção Regional de Cultura do Centro, tem como base o percurso geográfico e cultural dos vestígios sefarditas no território português.
A aposta recai na investigação e publicação de livros, intervenções em centros históricos, recuperação de sinagogas e outras iniciativas ou obras que se enquadrem no tema da valorização da entidade judaica portuguesa.
Entre as obras já aprovadas estão o Centro de Interpretação Judaica de Trancoso, o Centro sobre a História do Marranismo em Portugal (da autoria do arquitecto Souto Moura), em Bragança, a intervenção na Igreja de Santa Maria da Várzea em Alenquer (local onde em 1574 foi sepultado Damião de Góis), bem como a criação do Memorial das Vítimas da Inquisição ou a recriação de uma das primeiras tipografias portuguesas, entre outras.
Às entidades parceiras - cerca de 25 municípios e várias entidades de turismo - caberá apenas uma verba «muito menos significativa» de acordo com o valor de cada iniciativa.
Jorge Patrão recorda que deste «conjunto de acções deverá resultar uma rota patrimonial e identitária sobre a história de Portugal com enfoque na história do povo judeu».
A Rede de Judiarias de Portugal (RJP) foi criada há dois anos em Belmonte, local onde se encontra a maior comunidade judaica no país, cerca de 36 famílias com 120 a 150 pessoas.
Na fundação contou com nove municípios, seis regiões de turismo e uma comunidade judaica, mas actualmente já integra com 27 municípios (Belmonte, Guarda, Freixo de Espada à Cinta, Tomar, Trancoso, Castelo de Vide, Lamego, Penamacor, Torres Vedras, Alenquer, Sabugal, Évora, Leiria, Vila Nova de Paiva, Bragança, Celorico da Beira, Castelo Branco, Óbidos, Fornos de Algodres, Almeida, Penedono, Vila Nova de Foz Côa, Meda, Lisboa, Elvas, Reguengos de Monsaraz e Porto) e duas comunidades judaicas.
A instituição tem como objectivo «desenvolver um plano que até 2020 mostre um país diferente, sempre com base na revitalização da história ligada ao judaísmo», o que poderá ser concretizado, não só com base no apoio do EEA Grants, como ainda em fundos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) aos quais deverá ser apresentada candidatura.
Café Portugal/Lusa; Foto: Rede de Judiarias de Portugal
Incêndios - «Falta de gestão, abandono do mundo rural e inexistência de prevenção» ditam ano negro
O Verão de 2013 revelou-se negro em matéria de incêndios, com o aumento de área ardida em relação a 2012, bem como a morte de oito bombeiros. Paulo Pimenta de Castro, presidente da Associação de Promoção ao Investimento Florestal (Acréscimo), e Pedro Almeida Vieira, especialista em incêndios, consideram que temos um Estado «negligente» e que «a falta de gestão, a inexistência de prevenção, o abandono do mundo rural e a desorganização e amadorismo no combate» aos incêndios continua a ser o grande problema que se repete de ano para ano.
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) revelou nos últimos dias que, desde o início do ano, foram consumidos pelos fogos mais de 120 mil hectares de território. A área de floresta ardida aumentou (até Setembro) 13% em relação a 2012. Já as ocorrências de fogo diminuíram este ano 11,4%, tendo-se registado, até 15 de Setembro, 16.924 ignições, menos 2184 do que no mesmo período de 2012.
Também ao nível de perdas humanas o Verão de 2013 foi «negro», com as chamas a roubarem a vida a oito bombeiros. No rescaldo dos incêndios deste ano, Pedro Almeida Vieira começa por dizer que já não sabe o que é «um ano negro». «Os sucessivos governos acham que não arder mais de 100 mil hectares é muito bom. Eu acho que é um desastre», diz, lembrando que diversos estudos de especialistas «referem que a viabilidade económica do sector florestal não aguenta mais de 40 mil hectares». Mas o mais preocupante este ano, sustenta, foi a enorme concentração de fogos de grandes dimensões a norte do rio Douro e no distrito de Viseu.
Embora confesse que, mesmo sem analisar em detalhe, os dados deste ano, a ideia que tem é que «os distritos de Bragança e Viseu terão tido um dos piores anos de sempre».
Pedro Almeida Vieira considera que são várias as causas para, mais uma vez, os erros se repetirem: «é a falta de gestão, a quase inexistência de prevenção, o abandono do mundo rural, desorganização e amadorismo no combate». Além da área ardida «que se vai acumulando, andamos infelizmente a “coleccionar” campas de bombeiros feitos “heróis” depois de mortos», frisa Pedro Almeida Vieira.
Por seu turno, Paulo Pimenta de Castro, da Acréscimo, considera que «o que não muda é a abordagem ao flagelo». «Insistimos no acessório, esquivando-nos ao essencial».
O presidente daquela associação afirma que «o desempenho dos vários governos, este incluído, em matéria de política florestal, que é onde se deve centrar a defesa das florestas contra os incêndios (prevenção e combate), tem sido de uma sistémica procrastinação».
Razões? «Por falta de coragem política, incompetência ou servilismo, os governos têm adiado sistematicamente decisões fundamentais neste domínio», não só num domínio mais vasto do que o das florestas, mas «no próprio desenvolvimento rural em Portugal».
«A própria Secretaria de Estado “das Florestas e do Desenvolvimento Rural” tem-se revelado a verdadeira negação do nome que ostenta», acusa o responsável, lembrando que «os governos, por vontade própria ou incompetência, têm apadrinhado interesses particulares de alguns grupos indústrias, em detrimento das famílias, das florestas e do território».
Para Paulo Pimenta de Castro trata-se de um problema de gestão florestal e de negligência do Estado face ao problema. «O designado problema de gestão florestal advém do crescente abandono da administração técnica e comercial de muitas propriedades florestais. É esse o conceito de gestão florestal: a aplicação de métodos comerciais e de princípios técnicos florestais na administração de uma propriedade ou unidade de gestão florestal», afirma.
Todavia, refere que este problema um efeito provocado por uma causa a montante: «a ausência de expectativas de rentabilização destas propriedades por parte das centenas de milhares de famílias que as detêm».
E recorda que de acordo com os valores visíveis nos últimos Censos (2011), este «é um problema que transcende a temática florestal» já que, argumenta, «grande parte das populações rurais não se sustentam nos seus locais de origem, vendo-se obrigadas a migrar para o litoral e centros urbanos, ou mesmo a emigrar».
«Estado democrático negligente»:
E prossegue: «o Estado democrático foi e continua negligente. Não contém o êxodo rural. Não acompanha os mercados, protege interesses económicos externos ao meio rural, interesses esses cada vez mais extractivistas face aos recursos naturais».
Estão em causa, «hoje e cada vez mais, a sustentabilidade dos nossos recursos naturais: as árvores, a demais flora e fauna silvestres, a conservação dos solos, a qualidade da água; fenómenos esses provocados por estratégias empresariais extractivistas, pelo despovoamento do interior e subsequente desertificação».
Sobre o elevado número de bombeiros que perderam a vida este Verão, a maioria, jovens, Paulo Pimenta de Castro afirma que, comparando as situações ocorridas em 2013 com os anteriores, «pode-se suspeitar da má preparação dos voluntários».
«Suscitam-me sérias dúvidas as declarações do presidente da Escola Nacional de Bombeiros a este propósito (que garantiu que todos os bombeiros recebem formação para combaterem incêndios florestais), o que gostaria que fosse auditado por uma entidade externa especializada», vinca.
O dirigente da Acréscimo vai mais longe, dizendo que «não se constatando em auditoria a má preparação dos voluntários, pode-se suspeitar de incompetência das estruturas de comando, o que é ainda mais grave. Esta é uma questão que deveria merecer uma séria e urgente fiscalização». «Até que ponto não se estão a enviar jovens voluntários para o desconhecido, a servirem como “carne para canhão”, por incompetência ou algo pior?», questiona.
Já na área do combate, o responsável diz que «já nenhum de nós tem dúvidas quando à presença de lobbies. A questão aqui é determinar se eles actuam em prol do interesse geral ou de oportunistas».
Sobre a mesma questão, Pedro Almeida Vieira considera que os bombeiros profissionais «bem treinados também arriscam a vida e podem suceder tragédias como este ano no Arizona, em que morreram 19 bombeiros bem treinados». «Não conheço em detalhe todos os casos deste ano, mas não tenho quaisquer dúvidas em afirmar que numa estrutura profissional e bem treinada o número de mortos e feridos no combate aos fogos florestais seria previsivelmente menor. E a eficácia do combate melhoraria», adianta.
Sobre o pacote legislativo de emergência, anunciado pelo Governo, com vista a assumir a gestão das florestas sem dono conhecido, ou cujo dono não cuide delas, para assim prevenir os incêndios florestais, Paulo Pimenta de Castro está convencido de que tal «não sairá do papel e talvez seja melhor assim».
«O que não falta neste domínio é legislação avulsa e de rápida caducidade, por incumprimento generalizado. Ou por se constatar absurda ou porque o legislador vive em constante estado de procrastinação, adiando sistematicamente a operacionalização dos seus deveres, como sendo a actualização e conclusão do cadastro rústico; a conclusão da regulamentação da Lei de Bases da Política Florestal (passaram já 17 anos depois da sua aprovação por unanimidade no Parlamento); a falta de acompanhamento dos mercados (face aos fortes indícios de concorrência imperfeita); etc.».
Para Paulo Pimenta de Castro, «o problema dos incêndios florestais persistirá sempre entre nós, esse é um facto que temos como certo. O fogo é um componente dos ecossistemas mediterrânicos. A questão é como podem ser atenuados os seus efeitos». E sobre esta matéria, o responsável da Acréscimo refere que há que abordar a questão pelo essencial. «O essencial são as populações rurais, ou as que ainda restam no Interior. O essencial passa por definir e, mais importante, operacionalizar uma estratégia de Desenvolvimento Rural sustentada e sustentável; sustentada na qualidade de vida e na rentabilização da aposta na produção silvícola, a par da agrícola e de outras actividades económicas rurais; sustentável na utilização dos nossos recursos naturais».
Além disso, considera que no combate aos incêndios, entre tantas outras medidas, «o essencial passa pela aposta em mais sapadores bombeiros e menos bombeiros voluntários. Ou seja, em mais enxadas e em menos mangueiras, em mais máquinas de rastos e em menos veículos ostentadores de cromados. O essencial passa por uma abordagem mais pragmática destas questões e de menos oportunismo mediático».
«O fogo é indiferente a pacotes legislativos»:
Sobre o mesmo assunto, Pedro Almeida Vira considera que «palavras leva-as o vento. Não precisamos de legislação, precisamos de acção. Eu diria que se a legislação de gestão e prevenção dos anos de 1970 tivesse sido aplicada, ainda estaria actual e teria bons resultados. O fogo é indiferente a pacotes legislativos», vinca.
Para Almeida Vieira, «a dimensão dos fogos resultam, em muitos casos, na definição de uma prioridade que está errada: as pessoas estão primeiro, é certo, mas depois deveria vir a floresta e não as casas».
«Se fosse implementado um seguro obrigatório para todas as habitações, cujo prémio seria definido em função do risco e da limpeza da envolvente, os proprietários pensavam duas vezes: ou pagavam um valor mais alto pelo seguro por o risco ser maior; ou limpavam a envolvência e diminuíam o risco e, provavelmente, libertariam os bombeiros para o combate ao fogo propriamente dito», considera.
Por outro lado, sublinha, «devia apostar-se de vez na profissionalização do combate aos fogos florestais, através de sapadores com funções também de prevenção nos outros meses do ano. Os bombeiros voluntários ficariam apenas na salvaguarda dos perímetros urbanos», acrescenta.
Sobre a questão do eucalipto (espécie de crescimento rápido), Pedro Almeida Vieira diz que «mais do que os fogos, o eucalipto apenas vai aumentar o processo de desertificação humana e física».
«Este Governo tem feito tantos disparates que este é apenas mais um», acusa, lembrando que a ministra da Agricultura, que também foi do Ambiente, (Assunção Cristas) nem sequer deve saber distinguir um eucalipto de um chaparro». «Gostava de saber o que o ministro do Ambiente, Moreira da Silva, pensa disso», atira.
Ana Clara
in:cafeportugal.net
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) revelou nos últimos dias que, desde o início do ano, foram consumidos pelos fogos mais de 120 mil hectares de território. A área de floresta ardida aumentou (até Setembro) 13% em relação a 2012. Já as ocorrências de fogo diminuíram este ano 11,4%, tendo-se registado, até 15 de Setembro, 16.924 ignições, menos 2184 do que no mesmo período de 2012.
Também ao nível de perdas humanas o Verão de 2013 foi «negro», com as chamas a roubarem a vida a oito bombeiros. No rescaldo dos incêndios deste ano, Pedro Almeida Vieira começa por dizer que já não sabe o que é «um ano negro». «Os sucessivos governos acham que não arder mais de 100 mil hectares é muito bom. Eu acho que é um desastre», diz, lembrando que diversos estudos de especialistas «referem que a viabilidade económica do sector florestal não aguenta mais de 40 mil hectares». Mas o mais preocupante este ano, sustenta, foi a enorme concentração de fogos de grandes dimensões a norte do rio Douro e no distrito de Viseu.
Embora confesse que, mesmo sem analisar em detalhe, os dados deste ano, a ideia que tem é que «os distritos de Bragança e Viseu terão tido um dos piores anos de sempre».
Pedro Almeida Vieira considera que são várias as causas para, mais uma vez, os erros se repetirem: «é a falta de gestão, a quase inexistência de prevenção, o abandono do mundo rural, desorganização e amadorismo no combate». Além da área ardida «que se vai acumulando, andamos infelizmente a “coleccionar” campas de bombeiros feitos “heróis” depois de mortos», frisa Pedro Almeida Vieira.
Por seu turno, Paulo Pimenta de Castro, da Acréscimo, considera que «o que não muda é a abordagem ao flagelo». «Insistimos no acessório, esquivando-nos ao essencial».
O presidente daquela associação afirma que «o desempenho dos vários governos, este incluído, em matéria de política florestal, que é onde se deve centrar a defesa das florestas contra os incêndios (prevenção e combate), tem sido de uma sistémica procrastinação».
Razões? «Por falta de coragem política, incompetência ou servilismo, os governos têm adiado sistematicamente decisões fundamentais neste domínio», não só num domínio mais vasto do que o das florestas, mas «no próprio desenvolvimento rural em Portugal».
«A própria Secretaria de Estado “das Florestas e do Desenvolvimento Rural” tem-se revelado a verdadeira negação do nome que ostenta», acusa o responsável, lembrando que «os governos, por vontade própria ou incompetência, têm apadrinhado interesses particulares de alguns grupos indústrias, em detrimento das famílias, das florestas e do território».
Para Paulo Pimenta de Castro trata-se de um problema de gestão florestal e de negligência do Estado face ao problema. «O designado problema de gestão florestal advém do crescente abandono da administração técnica e comercial de muitas propriedades florestais. É esse o conceito de gestão florestal: a aplicação de métodos comerciais e de princípios técnicos florestais na administração de uma propriedade ou unidade de gestão florestal», afirma.
Todavia, refere que este problema um efeito provocado por uma causa a montante: «a ausência de expectativas de rentabilização destas propriedades por parte das centenas de milhares de famílias que as detêm».
E recorda que de acordo com os valores visíveis nos últimos Censos (2011), este «é um problema que transcende a temática florestal» já que, argumenta, «grande parte das populações rurais não se sustentam nos seus locais de origem, vendo-se obrigadas a migrar para o litoral e centros urbanos, ou mesmo a emigrar».
«Estado democrático negligente»:
E prossegue: «o Estado democrático foi e continua negligente. Não contém o êxodo rural. Não acompanha os mercados, protege interesses económicos externos ao meio rural, interesses esses cada vez mais extractivistas face aos recursos naturais».
Estão em causa, «hoje e cada vez mais, a sustentabilidade dos nossos recursos naturais: as árvores, a demais flora e fauna silvestres, a conservação dos solos, a qualidade da água; fenómenos esses provocados por estratégias empresariais extractivistas, pelo despovoamento do interior e subsequente desertificação».
Sobre o elevado número de bombeiros que perderam a vida este Verão, a maioria, jovens, Paulo Pimenta de Castro afirma que, comparando as situações ocorridas em 2013 com os anteriores, «pode-se suspeitar da má preparação dos voluntários».
«Suscitam-me sérias dúvidas as declarações do presidente da Escola Nacional de Bombeiros a este propósito (que garantiu que todos os bombeiros recebem formação para combaterem incêndios florestais), o que gostaria que fosse auditado por uma entidade externa especializada», vinca.
O dirigente da Acréscimo vai mais longe, dizendo que «não se constatando em auditoria a má preparação dos voluntários, pode-se suspeitar de incompetência das estruturas de comando, o que é ainda mais grave. Esta é uma questão que deveria merecer uma séria e urgente fiscalização». «Até que ponto não se estão a enviar jovens voluntários para o desconhecido, a servirem como “carne para canhão”, por incompetência ou algo pior?», questiona.
Já na área do combate, o responsável diz que «já nenhum de nós tem dúvidas quando à presença de lobbies. A questão aqui é determinar se eles actuam em prol do interesse geral ou de oportunistas».
Sobre a mesma questão, Pedro Almeida Vieira considera que os bombeiros profissionais «bem treinados também arriscam a vida e podem suceder tragédias como este ano no Arizona, em que morreram 19 bombeiros bem treinados». «Não conheço em detalhe todos os casos deste ano, mas não tenho quaisquer dúvidas em afirmar que numa estrutura profissional e bem treinada o número de mortos e feridos no combate aos fogos florestais seria previsivelmente menor. E a eficácia do combate melhoraria», adianta.
Sobre o pacote legislativo de emergência, anunciado pelo Governo, com vista a assumir a gestão das florestas sem dono conhecido, ou cujo dono não cuide delas, para assim prevenir os incêndios florestais, Paulo Pimenta de Castro está convencido de que tal «não sairá do papel e talvez seja melhor assim».
«O que não falta neste domínio é legislação avulsa e de rápida caducidade, por incumprimento generalizado. Ou por se constatar absurda ou porque o legislador vive em constante estado de procrastinação, adiando sistematicamente a operacionalização dos seus deveres, como sendo a actualização e conclusão do cadastro rústico; a conclusão da regulamentação da Lei de Bases da Política Florestal (passaram já 17 anos depois da sua aprovação por unanimidade no Parlamento); a falta de acompanhamento dos mercados (face aos fortes indícios de concorrência imperfeita); etc.».
Para Paulo Pimenta de Castro, «o problema dos incêndios florestais persistirá sempre entre nós, esse é um facto que temos como certo. O fogo é um componente dos ecossistemas mediterrânicos. A questão é como podem ser atenuados os seus efeitos». E sobre esta matéria, o responsável da Acréscimo refere que há que abordar a questão pelo essencial. «O essencial são as populações rurais, ou as que ainda restam no Interior. O essencial passa por definir e, mais importante, operacionalizar uma estratégia de Desenvolvimento Rural sustentada e sustentável; sustentada na qualidade de vida e na rentabilização da aposta na produção silvícola, a par da agrícola e de outras actividades económicas rurais; sustentável na utilização dos nossos recursos naturais».
Além disso, considera que no combate aos incêndios, entre tantas outras medidas, «o essencial passa pela aposta em mais sapadores bombeiros e menos bombeiros voluntários. Ou seja, em mais enxadas e em menos mangueiras, em mais máquinas de rastos e em menos veículos ostentadores de cromados. O essencial passa por uma abordagem mais pragmática destas questões e de menos oportunismo mediático».
«O fogo é indiferente a pacotes legislativos»:
Sobre o mesmo assunto, Pedro Almeida Vira considera que «palavras leva-as o vento. Não precisamos de legislação, precisamos de acção. Eu diria que se a legislação de gestão e prevenção dos anos de 1970 tivesse sido aplicada, ainda estaria actual e teria bons resultados. O fogo é indiferente a pacotes legislativos», vinca.
Para Almeida Vieira, «a dimensão dos fogos resultam, em muitos casos, na definição de uma prioridade que está errada: as pessoas estão primeiro, é certo, mas depois deveria vir a floresta e não as casas».
«Se fosse implementado um seguro obrigatório para todas as habitações, cujo prémio seria definido em função do risco e da limpeza da envolvente, os proprietários pensavam duas vezes: ou pagavam um valor mais alto pelo seguro por o risco ser maior; ou limpavam a envolvência e diminuíam o risco e, provavelmente, libertariam os bombeiros para o combate ao fogo propriamente dito», considera.
Por outro lado, sublinha, «devia apostar-se de vez na profissionalização do combate aos fogos florestais, através de sapadores com funções também de prevenção nos outros meses do ano. Os bombeiros voluntários ficariam apenas na salvaguarda dos perímetros urbanos», acrescenta.
Sobre a questão do eucalipto (espécie de crescimento rápido), Pedro Almeida Vieira diz que «mais do que os fogos, o eucalipto apenas vai aumentar o processo de desertificação humana e física».
«Este Governo tem feito tantos disparates que este é apenas mais um», acusa, lembrando que a ministra da Agricultura, que também foi do Ambiente, (Assunção Cristas) nem sequer deve saber distinguir um eucalipto de um chaparro». «Gostava de saber o que o ministro do Ambiente, Moreira da Silva, pensa disso», atira.
Ana Clara
in:cafeportugal.net
'Casa dos Segredos' foi o programa mais visto de ontem
A estreia da quarta edição da ‘Casa dos Segredos’ foi o programa mais visto pelos portugueses na noite de ontem, conquistando 1,7 milhões de espectadores e levando a TVI a ocupar o primeiro lugar na tabela das audiências, avança o Público.
Igreja Paroquial de Castro Vicente / Igreja de São Vicente
Portugal, Bragança, Mogadouro, Castro Vicente
Arquitectura religiosa, vernácula, barroca e rococó. Igreja paroquial de planta longitudinal composta por nave de três tramos, marcada por contrafortes nas paredes laterais e por arcos diafragma no interior, com capela-mor mais estreita e sacristia adossada ao lado esquerdo, com coberturas interiores diferenciadas, de madeira, de dois panos na nave e em falsa abóbada de berço em caixotões na capela-mor, iluminada por janelas rectilíneas, rasgadas na fachada lateral direita. Fachada principal em empena truncada por sineira de dupla ventana e portal em arco apontado.
Fachadas com remates em beiral, as laterais com portas travessas, em arco de volta perfeita. Interior com coro-alto, pia baptismal no lado do Evangelho e arco triunfal de volta perfeita, sobre pilastras, flanqueado por retábulos colaterais, dispostos em ângulo, de talha policroma rococó. Retábulo-mor em talha barroca de estilo nacional.
Número IPA Antigo: PT010408080067
Categoria
Monumento
Descrição
Planta longitudinal, composta por nave de três tramos, capela-mor mais estreita e sacristia adossada à fachada lateral esquerda, de volumes articulados com pé direito superior na capela-mor e cobertura diferenciada em telhados de duas águas, na nave, de três na capela-mor e de uma na sacristia. Fachadas em alvenaria rebocada e pintada de branco, percorridas por faixa pintada de azul claro e remates em beiral. Fachada principal voltada a O., com empena truncada por ampla sineira de dupla ventana, em arco de volta perfeita, com relõgio circular ao centro, terminada em empena e beiral e coroada por cruz latina. Na face posterior, estrutura em madeira e cobertura em telhado de duas águas, para facilitar o acesso às sineiras.
Portal principal, em arco apontado com dupla arquivolta, suportado por impostas salientes e emoldurado por alfiz. Dois pequenos painéis azulejares ladeiam o portal principal; no lado esquerdo, painel rectangular com 12 azulejos policromos, retratando Nossa Senhora do Carmo emoldurada por motivos concheados e tendo numa cartela a inscrição "Nª Sra. do CARMO", por baixo a inscrição "ANO MARIANO / 1954"; no lado oposto, painel em losango, com quatro azulejos representando a Virgem Maria, tendo, ainda, a data de "1940" e a inscrição "A / VIRGEM MARIA / SENHORA NOSSA / FOI CONCEBIDA / SEM / PECADO ORIGINAL". Fachada lateral esquerda virada a N., com contraforte na nave, rasgada no corpo da sacristia, por porta de verga recta e três janelos rectangulares. Fachada lateral direita virada a S., com porta em arco de volta perfeita, assente em impostas salientes, enquadrada por dois contrafortes, tendo dois janelões rectangulares, um na nave e outro na capela-mor, este em capialço. Fachada posterior em empena recta e com janela rectangular na sacristia, em meia-empena.
INTERIOR de nave única, dividida em três tramos por dois arcos diafragma de volta perfeita e suportados por pilastras, com paredes rebocadas e pintadas de branco, pavimento em tijoleira cerâmica com corredores em lajeado de granito, e cobertura em madeira e contraplacado, simulando travejamento, de dois panos. Coro-alto sobre travejamento, suportado por duas colunas dóricas em granito, com guarda balaustrada de madeira e acesso por escada de dois lanços perpendiculares situada do lado da Epístola; no sub-coro, pia baptismal em granito constituída por pé, ligeiramente troncocónico, e bacia, surgindo, a ladear o portal, pia de água benta em granito, surgindo outras duas a ladear as portas travessas. No lado do Evangelho, retábulo lateral, em talha dourada, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, surgindo, no lado oposto, retábulo em talha dourada e lacada, dedicado às Almas do Purgatório. Arco triunfal de volta perfeita, assente em pilastras, flanqueado por retábulos colaterais, dispostos em ângulo, em talha dourada e marmoreada, dedicados a Nossa Senhora do Rosário e a Nossa Senhora das Dores.
Capela-mor elevada por um degrau, com pavimento em tijoleira cerâmica e cobertura em falsa abóbada de berço, dividida em caixotões, com pinturas sobre madeira, assentes sobre friso e cornija, com mísulas equidistantes. Sobre supedâneo de dois degraus centrais, mesa de altar em talha, suportada por quatro colunas compósitas de fuste decorado com pâmpanos e retábulo-mor em talha dourada, de planta convexa e três eixos definidos por duas colunas torsas decoradas com pâmpanos, e 10 pilastras, duas interrompidas em mísula, decoradas com acantos e querubins, suportadas por plintos ou consolas, que se prolongam em seis arquivoltas unidas no sentido do raio, formando o ático; no centro, tribuna em arco de volta perfeita com profusa decoração e trono expositivo de três degraus; altar paralelepipédico, encimado por sacrário embutido, rodeado por acantos e "putti" e porta decorada por cruz. Do lado do Evangelho, porta de verga recta de acesso à sacristia.
Acessos
Rua da Igreja
Protecção
Inexistente
Grau
2 - imóvel ou conjunto com valor tipológico, estilístico ou histórico ou que se singulariza na massa edificada, cujos elementos estruturais e características de qualidade arquitectónica ou significado histórico deverão ser preservadas. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Imóvel de Interesse Público.
Enquadramento
Rural, isolado, em planalto. A povoação situa-se numa área aplanada no limite superior da encosta N. do vale do rio Sabor. A igreja situa-se no centro de um largo, pavimentado a alcatrão, localizado no meio da povoação. Não existe qualquer área delimitada em redor da igreja, abrindo as portas directamente para o largo. O acesso à porta principal faz-se através de escadaria semi-circular com quatro degraus. Junto, situa-se a Capela da Misericórdia e Antigo Hospital (v. PT010408080071) e, no lado oposto, depósito de água.
Descrição Complementar
Os caixotões da capela-mor, num total de 24, com pinturas sobre madeira e molduras em talha dourada, representando santos do hagiográfico católico, começando do lado do Evangelho: São Marcos, São Paulo, São Lucas, São Mateus, São Pedro, São Francisco, São Tomé, Santo André, São José, São Vicente, São João Evangelista, Nossa Senhora do Carmo, São Paulo Terceiro, São Pedro de Alcântara, Santa Ana, São Lourenço, Santo Antão, São Joaquim, São Filipe, São João Baptista, São Domingos, São Bartolomeu, São Simão e Santiago; no retábulo lateral da Epístola, pintura policroma sobre tela, setecentista, representando o Julgamento das Almas do Purgatório.
Retábulo lateral do Evangelho em talha dourada e marmoreada, de planta recta e um eixo, definido por duas pilastras com fuste decorado por entrelaçados, que se prolongam numa arquivolta, constituindo o ático; nicho em arco de volta perfeita, com o fundo pintado, a imitar adamascados, contendo mísula; altar em forma de urna, tendo o frontal decorado por cartela e profusa decoração fitomórfica, encimado por sacrário embutido. No lado oposto, retábulo em talha pintada de branco com elementos decorativos pintados a dourado, de planta recta e um eixo definido por pilastras com fustes decorados por enrolamentos e acantos com a aresta interior biselada, tendo nicho de volta perfeita com painel a representar o "Julgamento das Almas do Purgatório", e mísulas; remate em espaldar recortado, com enrolamentos e concheados e altar em forma de urna com gramática decorativa semelhante.
Retábulo colateral do Evangelho em talha marmoreada de tom branco e com decorações pintadas a dourado, de planta convexa e um eixo, definido por duas colunas de fuste liso e capitéis coríntios, e pilastras; ao centro, nicho em arco de volta perfeita, emoldurado por cordão e fundo pintado de marmoreados, tendo, nas ilhargas, mísula sob baldaquino; remate em espaldar recortado com cornija angular no topo e decoração de acantos e concheados; altar em forma de urna com cartela no frontal. Retábulo colateral da Epístola, em talha marmoreada de tons verde e rosa e com decorações pintadas a dourado, de planta convexa e um eixo, definido por duas colunas coríntias, de fuste liso marmoreado, com o centro marcado, e por duas pilastras decoradas com volutas e auriculares, ladeadas por orelhas recortadas; nicho central de perfil contracurvado, com mísula, moldura e edículas nas ilhargas; remate em cornija contracurvada de inspiração borromínica e espaldar recortado, tendo, ao centro, coração inflamado eresplendor, decorado com elementos fitomórficos.
Utilização Inicial
Religiosa: igreja paroquial
Utilização Actual
Religiosa: igreja paroquial
Propriedade
Privada: Igreja Católica (Diocese de Bragança - Miranda)
Afectação
Sem afectação
Época Construção
Séc. 16 (conjectural) / 17 / 18 / 20
Arquitecto / Construtor / Autor
Desconhecido.
Cronologia
1305, 3 Dezembro - Castro Vicente recebeu foral de D. Dinis; séc. 16 - construção da igreja original de que resta o portal; 1510, 1 Junho - a povoação recebeu foral novo de D. Manuel; séc. 17 - provável reconstrução do imóvel; séc. 18 - colocação do retábulo-mor e pintura do tecto da capela-mor; 1706 - a igreja de São Vicente era Abadia de apresentação do Padroado Real, com 600$000 réis de rendimento e a vila, de que era donatário o Marquês de Távora, possuía 90 vizinhos (COSTA, p. 460); séc. 18, 2.ª metade - feitura dos retábulos colaterais e do dedicado às Almas; 1796 - a vila de Castro Vicente, com termo próprio e pertencendo à comarca de Torre de Moncorvo, tinha 102 fogos e 385 almas; a igreja de São Vicente era Abadia de apresentação do Padroado Real, tendo de rendimento 676.000 réis (MENDES, pp. 263-264); 1836 - extinção do concelho, passando a pertencer ao de Chacim; 1853 - com a extinção do concelho de Chacim, passou a pertencer a Alfândega da Fé; 1855 - passou a integrar o concelho de Mogadouro; séc. 20 - execução do retábulo lateral do Evangelho.
Características Particulares
Igreja paroquial de raiz quinhentista, visível no portal em arco apontado, enquadrado por alfiz, alterada nos séculos seguites, com colocação de arcos estruturais interiores suportados por contrafortes no exterior.
A sineira tem, praticamente, a mesma largura da fachada, muito verticalizada, elevando-se acima da cobertura da nave. Capela-mor com decoração barroca não alterada, expressa no tecto com caixotões e no retábulo em estilo nacional. Referência para pintura setecentista no retábulo da Epístola e para os retábulos rococó da nave com rica gramática ornamental de concheados, enrolamentos e cornijas do tipo borromínico.
Dados Técnicos
Sistema estrutural de paredes portantes.
Materiais
Paredes em alvenaria rebocada; portal, arcos interiores, pia baptismal, pia de água benta e pavimento da nave em cantaria de granito; balaustrada do coro-alto, portas, soalho e retábulos em madeira; pavimentos em tijoleira cerâmica; cobertura em telha de aba e canudo; janelas com vidro simpels; fachada principal com painéis de azulejo.
Bibliografia
COSTA, António Carvalho da, Corografia Portuguesa, Lisboa, 1706; Castro Vicente, in Enciclopédia Portuguesa e Brasileira; MENDES, José Maria Amado, Trás-os-Montes nos finais do séc. XVIII, Coimbra, 1981.
Documentação Gráfica
IHRU: DGEMN/DSID
Documentação Fotográfica
IHRU: DGEMN/DSID
Documentação Administrativa
Intervenção Realizada
PROPRIETÁRIO: séc. 20 - colocação de pavimento interior em cerâmica; restauro dos retábulos da nave.
Observações
Autor e Data
Miguel Rodrigues 2004
in:monumentos.pt
Arquitectura religiosa, vernácula, barroca e rococó. Igreja paroquial de planta longitudinal composta por nave de três tramos, marcada por contrafortes nas paredes laterais e por arcos diafragma no interior, com capela-mor mais estreita e sacristia adossada ao lado esquerdo, com coberturas interiores diferenciadas, de madeira, de dois panos na nave e em falsa abóbada de berço em caixotões na capela-mor, iluminada por janelas rectilíneas, rasgadas na fachada lateral direita. Fachada principal em empena truncada por sineira de dupla ventana e portal em arco apontado.
Fachadas com remates em beiral, as laterais com portas travessas, em arco de volta perfeita. Interior com coro-alto, pia baptismal no lado do Evangelho e arco triunfal de volta perfeita, sobre pilastras, flanqueado por retábulos colaterais, dispostos em ângulo, de talha policroma rococó. Retábulo-mor em talha barroca de estilo nacional.
Número IPA Antigo: PT010408080067
Categoria
Monumento
Descrição
Planta longitudinal, composta por nave de três tramos, capela-mor mais estreita e sacristia adossada à fachada lateral esquerda, de volumes articulados com pé direito superior na capela-mor e cobertura diferenciada em telhados de duas águas, na nave, de três na capela-mor e de uma na sacristia. Fachadas em alvenaria rebocada e pintada de branco, percorridas por faixa pintada de azul claro e remates em beiral. Fachada principal voltada a O., com empena truncada por ampla sineira de dupla ventana, em arco de volta perfeita, com relõgio circular ao centro, terminada em empena e beiral e coroada por cruz latina. Na face posterior, estrutura em madeira e cobertura em telhado de duas águas, para facilitar o acesso às sineiras.
Portal principal, em arco apontado com dupla arquivolta, suportado por impostas salientes e emoldurado por alfiz. Dois pequenos painéis azulejares ladeiam o portal principal; no lado esquerdo, painel rectangular com 12 azulejos policromos, retratando Nossa Senhora do Carmo emoldurada por motivos concheados e tendo numa cartela a inscrição "Nª Sra. do CARMO", por baixo a inscrição "ANO MARIANO / 1954"; no lado oposto, painel em losango, com quatro azulejos representando a Virgem Maria, tendo, ainda, a data de "1940" e a inscrição "A / VIRGEM MARIA / SENHORA NOSSA / FOI CONCEBIDA / SEM / PECADO ORIGINAL". Fachada lateral esquerda virada a N., com contraforte na nave, rasgada no corpo da sacristia, por porta de verga recta e três janelos rectangulares. Fachada lateral direita virada a S., com porta em arco de volta perfeita, assente em impostas salientes, enquadrada por dois contrafortes, tendo dois janelões rectangulares, um na nave e outro na capela-mor, este em capialço. Fachada posterior em empena recta e com janela rectangular na sacristia, em meia-empena.
INTERIOR de nave única, dividida em três tramos por dois arcos diafragma de volta perfeita e suportados por pilastras, com paredes rebocadas e pintadas de branco, pavimento em tijoleira cerâmica com corredores em lajeado de granito, e cobertura em madeira e contraplacado, simulando travejamento, de dois panos. Coro-alto sobre travejamento, suportado por duas colunas dóricas em granito, com guarda balaustrada de madeira e acesso por escada de dois lanços perpendiculares situada do lado da Epístola; no sub-coro, pia baptismal em granito constituída por pé, ligeiramente troncocónico, e bacia, surgindo, a ladear o portal, pia de água benta em granito, surgindo outras duas a ladear as portas travessas. No lado do Evangelho, retábulo lateral, em talha dourada, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, surgindo, no lado oposto, retábulo em talha dourada e lacada, dedicado às Almas do Purgatório. Arco triunfal de volta perfeita, assente em pilastras, flanqueado por retábulos colaterais, dispostos em ângulo, em talha dourada e marmoreada, dedicados a Nossa Senhora do Rosário e a Nossa Senhora das Dores.
Capela-mor elevada por um degrau, com pavimento em tijoleira cerâmica e cobertura em falsa abóbada de berço, dividida em caixotões, com pinturas sobre madeira, assentes sobre friso e cornija, com mísulas equidistantes. Sobre supedâneo de dois degraus centrais, mesa de altar em talha, suportada por quatro colunas compósitas de fuste decorado com pâmpanos e retábulo-mor em talha dourada, de planta convexa e três eixos definidos por duas colunas torsas decoradas com pâmpanos, e 10 pilastras, duas interrompidas em mísula, decoradas com acantos e querubins, suportadas por plintos ou consolas, que se prolongam em seis arquivoltas unidas no sentido do raio, formando o ático; no centro, tribuna em arco de volta perfeita com profusa decoração e trono expositivo de três degraus; altar paralelepipédico, encimado por sacrário embutido, rodeado por acantos e "putti" e porta decorada por cruz. Do lado do Evangelho, porta de verga recta de acesso à sacristia.
Acessos
Rua da Igreja
Protecção
Inexistente
Grau
2 - imóvel ou conjunto com valor tipológico, estilístico ou histórico ou que se singulariza na massa edificada, cujos elementos estruturais e características de qualidade arquitectónica ou significado histórico deverão ser preservadas. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Imóvel de Interesse Público.
Enquadramento
Rural, isolado, em planalto. A povoação situa-se numa área aplanada no limite superior da encosta N. do vale do rio Sabor. A igreja situa-se no centro de um largo, pavimentado a alcatrão, localizado no meio da povoação. Não existe qualquer área delimitada em redor da igreja, abrindo as portas directamente para o largo. O acesso à porta principal faz-se através de escadaria semi-circular com quatro degraus. Junto, situa-se a Capela da Misericórdia e Antigo Hospital (v. PT010408080071) e, no lado oposto, depósito de água.
Descrição Complementar
Os caixotões da capela-mor, num total de 24, com pinturas sobre madeira e molduras em talha dourada, representando santos do hagiográfico católico, começando do lado do Evangelho: São Marcos, São Paulo, São Lucas, São Mateus, São Pedro, São Francisco, São Tomé, Santo André, São José, São Vicente, São João Evangelista, Nossa Senhora do Carmo, São Paulo Terceiro, São Pedro de Alcântara, Santa Ana, São Lourenço, Santo Antão, São Joaquim, São Filipe, São João Baptista, São Domingos, São Bartolomeu, São Simão e Santiago; no retábulo lateral da Epístola, pintura policroma sobre tela, setecentista, representando o Julgamento das Almas do Purgatório.
Retábulo lateral do Evangelho em talha dourada e marmoreada, de planta recta e um eixo, definido por duas pilastras com fuste decorado por entrelaçados, que se prolongam numa arquivolta, constituindo o ático; nicho em arco de volta perfeita, com o fundo pintado, a imitar adamascados, contendo mísula; altar em forma de urna, tendo o frontal decorado por cartela e profusa decoração fitomórfica, encimado por sacrário embutido. No lado oposto, retábulo em talha pintada de branco com elementos decorativos pintados a dourado, de planta recta e um eixo definido por pilastras com fustes decorados por enrolamentos e acantos com a aresta interior biselada, tendo nicho de volta perfeita com painel a representar o "Julgamento das Almas do Purgatório", e mísulas; remate em espaldar recortado, com enrolamentos e concheados e altar em forma de urna com gramática decorativa semelhante.
Retábulo colateral do Evangelho em talha marmoreada de tom branco e com decorações pintadas a dourado, de planta convexa e um eixo, definido por duas colunas de fuste liso e capitéis coríntios, e pilastras; ao centro, nicho em arco de volta perfeita, emoldurado por cordão e fundo pintado de marmoreados, tendo, nas ilhargas, mísula sob baldaquino; remate em espaldar recortado com cornija angular no topo e decoração de acantos e concheados; altar em forma de urna com cartela no frontal. Retábulo colateral da Epístola, em talha marmoreada de tons verde e rosa e com decorações pintadas a dourado, de planta convexa e um eixo, definido por duas colunas coríntias, de fuste liso marmoreado, com o centro marcado, e por duas pilastras decoradas com volutas e auriculares, ladeadas por orelhas recortadas; nicho central de perfil contracurvado, com mísula, moldura e edículas nas ilhargas; remate em cornija contracurvada de inspiração borromínica e espaldar recortado, tendo, ao centro, coração inflamado eresplendor, decorado com elementos fitomórficos.
Utilização Inicial
Religiosa: igreja paroquial
Utilização Actual
Religiosa: igreja paroquial
Propriedade
Privada: Igreja Católica (Diocese de Bragança - Miranda)
Afectação
Sem afectação
Época Construção
Séc. 16 (conjectural) / 17 / 18 / 20
Arquitecto / Construtor / Autor
Desconhecido.
Cronologia
1305, 3 Dezembro - Castro Vicente recebeu foral de D. Dinis; séc. 16 - construção da igreja original de que resta o portal; 1510, 1 Junho - a povoação recebeu foral novo de D. Manuel; séc. 17 - provável reconstrução do imóvel; séc. 18 - colocação do retábulo-mor e pintura do tecto da capela-mor; 1706 - a igreja de São Vicente era Abadia de apresentação do Padroado Real, com 600$000 réis de rendimento e a vila, de que era donatário o Marquês de Távora, possuía 90 vizinhos (COSTA, p. 460); séc. 18, 2.ª metade - feitura dos retábulos colaterais e do dedicado às Almas; 1796 - a vila de Castro Vicente, com termo próprio e pertencendo à comarca de Torre de Moncorvo, tinha 102 fogos e 385 almas; a igreja de São Vicente era Abadia de apresentação do Padroado Real, tendo de rendimento 676.000 réis (MENDES, pp. 263-264); 1836 - extinção do concelho, passando a pertencer ao de Chacim; 1853 - com a extinção do concelho de Chacim, passou a pertencer a Alfândega da Fé; 1855 - passou a integrar o concelho de Mogadouro; séc. 20 - execução do retábulo lateral do Evangelho.
Características Particulares
Igreja paroquial de raiz quinhentista, visível no portal em arco apontado, enquadrado por alfiz, alterada nos séculos seguites, com colocação de arcos estruturais interiores suportados por contrafortes no exterior.
A sineira tem, praticamente, a mesma largura da fachada, muito verticalizada, elevando-se acima da cobertura da nave. Capela-mor com decoração barroca não alterada, expressa no tecto com caixotões e no retábulo em estilo nacional. Referência para pintura setecentista no retábulo da Epístola e para os retábulos rococó da nave com rica gramática ornamental de concheados, enrolamentos e cornijas do tipo borromínico.
Dados Técnicos
Sistema estrutural de paredes portantes.
Materiais
Paredes em alvenaria rebocada; portal, arcos interiores, pia baptismal, pia de água benta e pavimento da nave em cantaria de granito; balaustrada do coro-alto, portas, soalho e retábulos em madeira; pavimentos em tijoleira cerâmica; cobertura em telha de aba e canudo; janelas com vidro simpels; fachada principal com painéis de azulejo.
Bibliografia
COSTA, António Carvalho da, Corografia Portuguesa, Lisboa, 1706; Castro Vicente, in Enciclopédia Portuguesa e Brasileira; MENDES, José Maria Amado, Trás-os-Montes nos finais do séc. XVIII, Coimbra, 1981.
Documentação Gráfica
IHRU: DGEMN/DSID
Documentação Fotográfica
IHRU: DGEMN/DSID
Documentação Administrativa
Intervenção Realizada
PROPRIETÁRIO: séc. 20 - colocação de pavimento interior em cerâmica; restauro dos retábulos da nave.
Observações
Autor e Data
Miguel Rodrigues 2004
in:monumentos.pt
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