A cidade começa a emergir como destino de investimento a nível nacional mas também como região a visitar. Presidente da Câmara explica como conseguir atrair €138 milhões de investidores privados.
De Bragança a Lisboa são... 4 horas de distância, mais precisamente 4hl5, por automóvel e não as 9h que os Xutos & Pontapés cantavam em "Para ti Maria". Nesta canção de 1988, o grupo musical dizia ainda que "queria ter um avião para lá ir mais amiúde". Ora, 30 anos depois, a cidade está ligada por avião à região de Lisboa (a Tires, em Cascais, em lh40). São agora duas ligações por dia, ida e volta, na linha regional que leva pequenas aeronaves de Portimão a Bragança, com paragens em Tires, Viseu e Vila Real.
Bragança pode até estar distante do 'centro do poder' português, mas está a apenas lh45 do Porto e a 3hl5 de Madrid por automóvel. E a proximidade a Espanha foi um dos argumentos que permitiram captar o grande investimento da multinacional francesa Faurecia, reforçado recentemente com mais uma fábrica, no valor de €41,5 milhões (ver texto ao lado).
"Já pedi aos Xutos & Pontapés para mudarem essa música", graceja o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias. Mas se até agora não o conseguiu, 0 mesmo não se pode dizer do objetivo de dar mais visibilidade à cidade.
A cumprir um segundo mandato à frente deste que é um dos maiores municípios em área (com 1174 quilómetros quadrados), o autarca diz que está a conseguir vencer a batalha da afirmação do município a nível nacional. Parte disso fica a dever-se a uma aposta forte na comunicação. "Para mostrar o que aqui se faz, desde a cultura à gastronomia e turismo, com um foco muito especial na parte económica", afirma. Porque "ninguém vai à procura do que não conhece concretamente".
Os resultados começam a estar à vista: Bragança passou a ser recentemente o 24o município mais atrativo a nível nacional para investir, numa análise da Bloom Consulting, quando em 2017 estava em 29Q. No mesmo estudo da consultora espanhola, intitulado "Portugal City Brand Ranking" e que incide sobre os 308 municípios portugueses, surge como o nono município mais atrativo para visitar, investir e viver na região norte. A isto Hernâni Dias soma ainda outro dado: "Somos o 168 concelho mais exportador da região norte, exportámos à volta de €600 milhões em 2016, mais €35,51 milhões face a 2015".
A receita para o investimento
Estimativas do município apontam para um investimento privado de €138 milhões nos últimos quatro anos: €73 milhões na instalação de empresas, €10 milhões no turismo, €5 milhões no imobiliário e €50 milhões na nova zona industrial.
O autarca espera mais grandes investimentos para breve, assumindo estar a negociar alguns projetos relevantes, sem especificar. Refere apenas uma intenção de investimento de €8 milhões num projeto de exploração de água mineral, que poderá criar entre 70 a 80 postos de trabalho.
Que receita está a ser aplicada? "Em 2014 criámos aquilo a que chamamos uma via verde para o investimento. Quando um investidor nos aborda, todo o município se mobiliza para o acompanhar nas suas necessidades, incluindo eu próprio, se for necessário", explica.
Por outro lado, Bragança não aplica derrama às empresas, "independentemente do seu tamanho, tenham dois trabalhadores ou mais de 1000, como a Faurecia". Entre 2013 e 2017, estima, o município deixou de arrecadar €2,89 milhões deste imposto municipal. "Não recebemos esse dinheiro mas o tecido empresarial que aqui se instala cria emprego, o que acaba por compensar".
Além disso, explica também, "em 2014 reduzimos o valor do metro quadrado nos lotes empresariais para as empresas se poderem instalar no nosso concelho. Tivemos vários lotes a serem vendidos, nomeadamente numa zona industrial junto à autoestrada. Temos lá três empresas italianas e uma portuguesa".
De forma a complementar a oferta de espaços para empresas, foi inaugurado em agosto 2015 o Parque de Ciência e Tecnologia Brigantia Ecopark, destinado a empresas já consolidadas mas também em fase de incubação, nas áreas de ambiente, ecoconstrução e energia. Estão lá instaladas 14 empresas que empregam 70 pessoas e ainda há muito espaço disponível. "Estamos a analisar candidaturas de outras para se instalarem", diz Hernâni Dias. "Vamos também ter aqui o Espaço Empresa, uma parceria com o IAPMEI e o Aicep", explica, enquanto faz uma rápida visita guiada neste espaço que, além de escritórios, conta também com laboratórios básicos e partilhados e onde se prevê ainda espaços de coworking. Às empresas instaladas no Brigantia juntou-se recentemente a IT Sector, com cerca de 40 postos de trabalho. Também lá está a Roff.
Hernâni Dias destaca também o Instituto Politécnico de Bragança. "O facto de termos uma instituição de ensino superior valorizada a nível nacional e internacional permite-nos oferecer mão de obra qualificada para determinado tipo de projetos", diz. Aponta ainda fatores como "a segurança, a oferta cultural e a vertente patrimonial" como mais-valias do concelho. E a proximidade a Espanha é uma mais-valia, adianta. "Estamos a 30 km do TGV que vai passar aqui ao lado em Puebla de Sanábria e que já p.tssa por Zamora. Conseguimos estar em Madrid em duas horas e meia". A distância podia ser mais curta, afirma, se a ligação rodoviária a Puebla de Sanábria, que tem sido reclamada, tivesse sido feita. "São quase 40 km que demoram uma hora a fazer num serpenteado de estradas, podiam ser só 20 minutos com pouco investimento, o que facilitaria o transporte de mercadorias para os portos do norte de Espanha". Uma obra que não é feita por "falta de vontade política dos dois países", afirma. Mas tem também havido dúvidas ambientais por atravessar o Parque Natural de Montesinho, uma 'pérola' que ocupa 30% do espaço do concelho e que o autarca reconhece ter enorme potencial turístico. O museu da língua portuguesa, que se espera que abra portas no fim de 2020, deverá também tornar-se uma âncora para o turismo.
Na frente turística, embora os últimos indicadores sejam de 2016, revelam uma subida relevante do número de hóspedes (47-276 em 2014; 55-768 em 2015 e 63.670 em 2016) e de dormidas (62.375 em 2014; 75-654 em 2015 e 90.502 em 2016). Em janeiro, uma consulta feita às 26 unidades hoteleiras do concelho apontava para um aumento estimado de 15% no número de hóspedes em 2017 (passando para 73 mil) e de 25% no número de dormidas (ultrapassando as 110 mil), face a 2016. São crescimentos superiores aos da região norte e de todo o país. Os proveitos das unidades hoteleiras também cresceram: eram de €1,92 milhões em 2014, passaram para €2,4 milhões em 2015 e para €2,86 milhões em 2016. A volta de 60% dos turistas vêm do lado espanhol, "o que significa que a promoção em Espanha está a dar certo. Temos cerca de 1500 camas no concelho, restaurantes de qualidade, vários museus, turismo de natureza, de aldeias... o facto de Rio de Onor ter sido considerada uma aldeia-maravilha faz com que haja mais pessoas a visitar-nos", explica. Em 2017 foram concedidas 51 licenças para novos empreendimentos turísticos. No início deste ano abriu um hotel e arrancaram as obras para outro.
A agricultura e agropecuária são negócios também em destaque. Os frutos secos têm "grande potencial", em especial a castanha. "Bragança tem cerca de 7000 hectares plantados, em 2016 havia projetos para plantar mais 3 mil, por jovens agricultores". E "a amêndoa está a ter um crescimento brutal, está a render tanto como a castanha".
Faurecia, a joia da coroa
Investimento da Faurecia é uma referência para toda a região de Trás-os-Montes. Expectativa é que ajude a criar um cluster automóvel.
Falar de investimento estrangeiro em Bragança é o mesmo que falar da Faurecia: a nova fábrica da multinacional francesa, dedicada a sistemas de controlo de emissões e que representou um investimento de €41,5 milhões, foi inaugurada em julho de 2016. A empresa que é um dos maiores fabricantes mundiais de equipamentos automóveis (assentos; sistemas de interior, sistemas de escape e sistemas de exterior) fornece componentes para as marcas Jaguar, Land Rover, Nissan e Renault e tem sete fábricas em Portugal além de Bragança, estão em Nelas, Palmela, São João da Madeira e Vouzela. São mais 400 postos de trabalho ajuntar aos 850 da primeira fábrica do grupo em Bragança, inaugurada em 2001. Esta expansão levou nos últimos anos à atração de capitais estrangeiros com a fixação de quatro novas empresas ligadas ao sector automóvel, explica o presidente da Câmara de Bragança. A autarquia acredita que a médio e longo prazo será criado um verdadeiro cluster automóvel à boleia da Faurecia.
Hernâni Dias explica como surgiu este investimento mais recente: "Já havia a indicação de que a Faurecia queria colocar aqui um centro de desenvolvimento, que só não aconteceu antes porque implicava uma deslo- calização da índia. Percebi que havia vontade de crescerem em Portugal pelo que entrei em contacto, vieram cá altos responsáveis, pediram algumas garantias, definimos um plano de trabalho com o Instituto Politécnico de Bragança, com o Instituto do Emprego e Formação Profissional e com a Aicep de forma a ver como poderíamos responder ao que eles queriam, nomeadamente definindo cursos específicos para formar pessoas para irem para a Faurecia. Depois dessa conversa fui ter com o Governo e pedi ajuda para instalar a empresa em Bragança, explicando quais as condições que nos pediam. Tive desde a primeira hora a ajuda do Governo, fomos a Lisboa e decidiu-se o apoio e o financiamento para a instalação da fábrica. Demorou dois anos desde a negociação à inauguração. Foi um processo relativamente rápido e simples, houve um bom diálogo".
O autarca refere que o grupo francês "é um motor quer a nível de produção quer a nível de atração de outras empresas, nomeadamente na área metalomecânica. A partir daí vieram já empresas de Espanha, Itália e Alemanha que estão a trabalhar para a Faurecia mas também para outros mercados. Estamos a falar de 1000 e tal trabalhadores diretos mas há muitos indiretos que trabalham dire- tamente para a Faurecia. A fábrica é uma das mais competitivas do grupo, em que os trabalhadores melhor desempenho têm e são 60 fábricas a nível mundial."
"Uma das empresas italianas que vieram instalar-se em Bragança reconheceu que a localização da cidade é a melhor que podia ter escolhido", acrescenta Hernâni Dias.
"IRC devia baixar para zero"
Definir um estatuto que confira determinados direitos aos territórios do interior é um dos objetivos do presidente da Câmara de Bragança.
O combate à desertificação do interior é um tema recorrente em Portugal mas voltou a estar em força na ordem do dia após os graves incêndios do ano passado. O presidente da Câmara de Bragança quer aproveitar a onda. Aliás, foi nesta cidade que o Movimento pelo Interior , iniciativa que junta políticos, gestores e empresários com o objetivo de definir medidas públicas para, em 12 anos, se reverter a situação que se vive nos territórios do interior , começou a fazer as conferências regionais para debater o tema, no início de fevereiro.
Hernâni Dias é taxativo: "O Governo, querendo valorizar o interior, tem de tomar medidas que sejam consentâneas com a necessidade de olhar para este território de outra forma, sob pena de isto não passar de mera retórica e nada acontecer". "O interior não tem de ser sinónimo de atraso nem de pobreza", acrescenta o presidente da câmara, explicando que o seu município se envolveu proativamente, há alguns anos, nessa discussão. "Temos um protocolo de colaboração com a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa no sentido de trabalharmos a temática do interior", no âmbito do qual foram criados cursos e pós-graduações subordinados à temática da interioridade, incluindo um mestrado e está em aberto a hipótese de haver um doutoramento. Objetivo: "Conseguir pela via legislativa definir um estatuto que confira determinados direitos aos territórios do interior, nomeadamente um IRS mais baixo às pessoas que ali moram e IRC zero para as empresas que se instalem nestes territórios. E defendemos que os preços da energia, pelo menos da eletricidade e do gás já não falo dos combustíveis, porque se calhar seria utópico , sejam equiparados aos de Espanha", acrescenta.
A criação em Bragança de um centro de inovação jurídica também está em cima da mesa "já abrimos as propostas e já está adjudicado, vai ficar no centro histórico, num edifício que vamos reabilitar". Tal como o Observatório da Interioridade, um projeto já com alguns anos. O objetivo é levar a Bragança "muita gente ligada ao sector jurídico e académico, até a nível internacional".
O autarca especifica o tema do IRC zero: "A ideia não é que todas as empresas que se instalem no interior fiquem com IRC zero para o resto da vida, mas sim que possa haver um incentivo que nos primeiros cinco anos possa ser zero e depois se vá ajustando mediante a evolução da empresa. Ao nível dos fundos comunitários também terá de haver esta preocupação. O Governo deve encaminhar para o interior as empresas que se queiram instalar em Portugal. Só há uma forma de fixar as pessoas, é arranjando-lhes emprego. Acredito que no quadro comunitário pós-2020 se há de olhar muito para esta matéria. Acho que a maioria das pessoas reconhece a necessidade de um desenvolvimento mais homogéneo em Portugal. O país não consegue ser competitivo se estiver dividido".
INDICADORES
55,4% (ou 1082 pessoas) foi quanto desceu o número de desempregados no concelho entre 2013 e 2017, segundo dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional 4,1 milhões de euros foi o superavit registado na balança comercial em 2016 50% foi a dimensão da redução inicial do preço dos lotes para instalação de empresas na região, que estava nos €19,75. Aplicando outros benefícios, o lote pode ficar apenas em 1 euro por metro quadrado
Pedro Lima
Semanário Expresso
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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
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sábado, 31 de março de 2018
Amêndoa coberta é a "embaixadora" de Moncorvo em tempo de Páscoa
Com a sua certificação europeia, a tradicional amêndoa coberta de Torre de Moncorvo, característica da quadra pascal, ganha estatuto de "embaixadora" do concelho.
A este produto típico de Torre de Moncorvo está associado o trabalho das cobrideiras, ou seja, as mulheres que, com arte, mestria e paciência, confecionam as amêndoas cobertas com calda de açúcar.
Ilustrado a morosidade do processo, Deolinda Morais, umas dessas cobrideiras, diz que produzir cerca de 10 quilos de amêndoa coberta demora cinco dias.
"Contudo, há amêndoa que é maior e mais requintada, levando cerca de um mês a cobrir", observou.
Para obter este produto certificado é necessário ter amêndoa de qualidade, uma calda de açúcar apurada e benfeita (água e açúcar fervidos durante uma hora e meia). E é preciso saber regular a temperatura das brasas que aquecem o alguidar de cobre onde são cobertas.
"Vamos vendo quando é necessário dar mais ou menos calor ao alguidar, conforme vamos mexendo. Vamos vendo também a necessidade de juntar mais ou menos calda às amêndoas, durante o processo. Este é o segredo", confidenciou Deolinda Morais.
Para que os dedos das cobrideiras não acabem queimados, de tanto mexer as amêndoas que são aquecidas, é preciso alguns cuidados. Daí que, desde há pelo menos uma centena de anos, as cobrideiras usem dedais de metal.
Depois de prontas, as amêndoas são embaladas em pequenos saquinhos visando a comercialização.
Cada 100 gramas de amêndoa coberta certificada, custa cinco euros.
Joaquim Morais, da Confraria da Amêndoa de Torre de Moncorvo, referiu que o reconhecimento da amêndoa coberta pela União Europeia, com a chancela de Indicação Geográfica Protegida (IGP), vai permitir transmitir ao consumidor a qualidade que o produto representa.
"Quem quiser comprar esta amêndoa nas lojas, fica a saber se o produto é ou não certificado através de um selo que é colocado na embalagem do produto, a fim de obedecer ao caderno de especificações entregue em Bruxelas, pela entidade certificadora", observou.
O vice-presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, Vítor Moreira, frisou que “houve a necessidade de colocar de novo na ribalta a amêndoa coberta”, dando-se início ao processo de certificação em 2014.
"A certificação do produto tornou-se num marco importante para a agricultura local e para a defesa de um produto que estava sujeito a imitações de fraca qualidade", enfatizou o autarca.
Neste momento estão a ser proporcionados cursos para a formação de novas cobrideiras de amêndoa, evitando-se assim que a tradição se perca.
Torre de Moncorvo é um dos maiores produtores de amêndoa a nível nacional, com uma produção anual que ronda as seis mil toneladas.
Em qualquer estabelecimento deste concelho do distrito de Bragança vende-se amêndoas, sejam cobertas, torradas, em receitas de bolos e pastéis. Sendo um dos produtos da terra mais apreciados, ajuda a potenciar a economia local.
Lurdes Caetano, uma das doceiras de Torre de Moncorvo, frisa que os apreciadores de amêndoa coberta afluem à localidade transmontana “de todo o lado”, sobretudo nesta quadra pascal.
"Trata - se de um produto único e genuíno e que as pessoas gostam de levar para consumo ou até mesmo para oferecer", vincou.
A tradição das amêndoas cobertas de Torre de Moncorvo perde-se no tempo, não se sabendo com exatidão, a sua origem. Contudo, há documentos que referem a sua presença na Exposição Universal de Paris, em 1886, onde integrou uma mostra da doçaria nacional.
Agência Lusa
A este produto típico de Torre de Moncorvo está associado o trabalho das cobrideiras, ou seja, as mulheres que, com arte, mestria e paciência, confecionam as amêndoas cobertas com calda de açúcar.
Ilustrado a morosidade do processo, Deolinda Morais, umas dessas cobrideiras, diz que produzir cerca de 10 quilos de amêndoa coberta demora cinco dias.
"Contudo, há amêndoa que é maior e mais requintada, levando cerca de um mês a cobrir", observou.
Para obter este produto certificado é necessário ter amêndoa de qualidade, uma calda de açúcar apurada e benfeita (água e açúcar fervidos durante uma hora e meia). E é preciso saber regular a temperatura das brasas que aquecem o alguidar de cobre onde são cobertas.
"Vamos vendo quando é necessário dar mais ou menos calor ao alguidar, conforme vamos mexendo. Vamos vendo também a necessidade de juntar mais ou menos calda às amêndoas, durante o processo. Este é o segredo", confidenciou Deolinda Morais.
Para que os dedos das cobrideiras não acabem queimados, de tanto mexer as amêndoas que são aquecidas, é preciso alguns cuidados. Daí que, desde há pelo menos uma centena de anos, as cobrideiras usem dedais de metal.
Depois de prontas, as amêndoas são embaladas em pequenos saquinhos visando a comercialização.
Cada 100 gramas de amêndoa coberta certificada, custa cinco euros.
Joaquim Morais, da Confraria da Amêndoa de Torre de Moncorvo, referiu que o reconhecimento da amêndoa coberta pela União Europeia, com a chancela de Indicação Geográfica Protegida (IGP), vai permitir transmitir ao consumidor a qualidade que o produto representa.
"Quem quiser comprar esta amêndoa nas lojas, fica a saber se o produto é ou não certificado através de um selo que é colocado na embalagem do produto, a fim de obedecer ao caderno de especificações entregue em Bruxelas, pela entidade certificadora", observou.
O vice-presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, Vítor Moreira, frisou que “houve a necessidade de colocar de novo na ribalta a amêndoa coberta”, dando-se início ao processo de certificação em 2014.
"A certificação do produto tornou-se num marco importante para a agricultura local e para a defesa de um produto que estava sujeito a imitações de fraca qualidade", enfatizou o autarca.
Neste momento estão a ser proporcionados cursos para a formação de novas cobrideiras de amêndoa, evitando-se assim que a tradição se perca.
Torre de Moncorvo é um dos maiores produtores de amêndoa a nível nacional, com uma produção anual que ronda as seis mil toneladas.
Em qualquer estabelecimento deste concelho do distrito de Bragança vende-se amêndoas, sejam cobertas, torradas, em receitas de bolos e pastéis. Sendo um dos produtos da terra mais apreciados, ajuda a potenciar a economia local.
Lurdes Caetano, uma das doceiras de Torre de Moncorvo, frisa que os apreciadores de amêndoa coberta afluem à localidade transmontana “de todo o lado”, sobretudo nesta quadra pascal.
"Trata - se de um produto único e genuíno e que as pessoas gostam de levar para consumo ou até mesmo para oferecer", vincou.
A tradição das amêndoas cobertas de Torre de Moncorvo perde-se no tempo, não se sabendo com exatidão, a sua origem. Contudo, há documentos que referem a sua presença na Exposição Universal de Paris, em 1886, onde integrou uma mostra da doçaria nacional.
Agência Lusa
Requalificação da barragem da Esteveínha, Alfândega da Fé, com início no mês de abril
Foi assinado ontem, dia 28 de março, o auto de consignação das obras de requalificação do circuito hidráulico da barragem da Esteveínha. Um investimento de cerca de 1 milhão e 200 mil euros que arranca já em abril e vai permitir a requalificação das condutas de água que abastecem a barragem e permitem regar os mais de 270 hectares de terrenos inseridos nesta área de regadio.
O projeto, da responsabilidade da DGADR- Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, está inserido no Programa Nacional de Regadios e será financiado a 100% pelo PDR 2020. A intervenção vai incidir sobre a requalificação integral das condutas de abastecimento da bacia da Esteveínha, permitindo melhorar a condução da água para a barragem e um maior aproveitamento dos recursos hídricos. Vão também ser instalados contadores nos pontos de rega de formar a evitar desperdícios de água e melhorar a eficiência e gestão do regadio.
A sessão de assinatura do auto de consignação teve lugar no Salão Nobre da Câmara Municipal de Alfândega da Fé e contou com a presença de representantes da DGADR- Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, da Associação de Beneficiários de Alfândega da Fé, do Executivo Municipal e da empresa responsável pela obra.
Regadio de Vilarchão-Parada já tem parecer favorável
Eduardo Tavares, Vice Presidente da CM Alfândega da Fé com agricultores do planalto Vilarchão-Parada
O momento foi aproveitado para se discutirem outros projetos inseridos no plano estratégico de regadio do município, como o novo aproveitamento hidroagrícola de Vilarchão-Parada, que já tem parecer favorável por parte do PDR2020.
São cerca de 14 milhões e meio de euros para fazer nascer uma nova barragem no concelho que há muito era desejada pelos agricultores do planalto Vilarchão-Parada. A criação deste novo aproveitamento hidroagrícola vai permitir criar um perímetro de rega de quase 500 hectares e criar um impulso à produção agrícola no concelho. A próxima fase será a de elaboração dos planos específicos do projeto, esperando-se que, no próximo ano arranquem as obras de construção da nova barragem.
Recorde-se que no concelho serão ainda desenvolvidos outros projetos de beneficiação dos regadios, nomeadamente a reabilitação das barragens da Camba e Salgueiro, reforço do sub-bloco da barragem da Burga, a criação de um novo perímetro de rega em Santa Justa, o plano estratégico de regadio da Serra de Bornes e o aproveitamento da agua da albufeira do Sabor para rega. No total está previsto um investimento na ordem dos 20 milhões de euros na beneficiação dos regadios de Alfândega da Fé.
in:noticiasdonordeste.pt
Assinatura do auto de consignação das obras de requalificação da barragem da Esteveínha |
A sessão de assinatura do auto de consignação teve lugar no Salão Nobre da Câmara Municipal de Alfândega da Fé e contou com a presença de representantes da DGADR- Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, da Associação de Beneficiários de Alfândega da Fé, do Executivo Municipal e da empresa responsável pela obra.
Regadio de Vilarchão-Parada já tem parecer favorável
Eduardo Tavares, Vice Presidente da CM Alfândega da Fé com agricultores do planalto Vilarchão-Parada
O momento foi aproveitado para se discutirem outros projetos inseridos no plano estratégico de regadio do município, como o novo aproveitamento hidroagrícola de Vilarchão-Parada, que já tem parecer favorável por parte do PDR2020.
São cerca de 14 milhões e meio de euros para fazer nascer uma nova barragem no concelho que há muito era desejada pelos agricultores do planalto Vilarchão-Parada. A criação deste novo aproveitamento hidroagrícola vai permitir criar um perímetro de rega de quase 500 hectares e criar um impulso à produção agrícola no concelho. A próxima fase será a de elaboração dos planos específicos do projeto, esperando-se que, no próximo ano arranquem as obras de construção da nova barragem.
Eduardo Tavares, Vice Presidente da CM Alfândega da Fé com agricultores do planalto Vilarchão-Parada |
in:noticiasdonordeste.pt
Comboio turístico do Tua já está em testes mas Mário Ferreira ainda não tem licença de operador
No vale do Tua há um comboio turístico em testes, a certeza de que o Metro de Mirandela vai fechar e a dúvida sobre quem assegurará a mobilidade das populações.
Para operar nos 33 quilómetros que restam da linha do Tua, a Douro Azul adquiriu em Inglaterra um comboio turístico, que até já está a fazer testes em Mirandela. Mas a empresa gerida pelo empresário Mário Ferreira ainda não pediu ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) a licença de operador ferroviário.
Fonte oficial daquela entidade disse ao PÚBLICO que “até ao dia de hoje não foi interposto qualquer processo de licenciamento para operador ferroviário no âmbito do referido projecto [turístico do vale do Tua]”. O IMT refere ainda que é da sua competência “emitir um certificado de segurança ao operador ferroviário, que aprova o sistema de gestão de segurança para a operação ferroviária a realizar na linha do Tua, assim como a existência de regras operacionais, material e pessoal habilitado para a realização da mesma”.
O PÚBLICO perguntou à Douro Azul quando espera ter o material circulante homologado e iniciar o serviço turístico na linha do Tua, mas fonte oficial da empresa respondeu que “o Dr. Mário Ferreira não tem comentários a fazer neste momento”.
No entanto, o empresário tem evidenciado nas redes sociais algum desagrado pela burocracia necessária à legalização da operação ferroviária. E tem também publicitado imagens do seu comboio turístico a fazer testes e ensaios, os quais, segundo o PÚBLICO apurou, não têm corrido muito bem porque as carruagens foram compradas sem ter em conta um conjunto de especificidades obrigatórias para a linha onde vai operar.
Por sua parte, o IMT diz que compete a este instituto “a concessão de autorização para a entrada em serviço de veículos ferroviários, a qual depende da demonstração de que os mesmos foram concebidos, construídos e instalados de modo a observarem os requisitos que se lhes apliquem e da sua compatibilidade com a infraestrutura”.
O comboio comprado pela Douro Azul para operar no Tua foi alvo de alguma polémica, em Dezembro de 2016, por parecer um comboio do Texas e nada ter a ver com a memória colectiva da ferrovia portuguesa e nordestina. Na altura, e para se defender das acusações de que se tratava de um comboio parecido com os dos parques de diversões, Mário Ferreira anunciou que iria recuperar a reactivar uma velha locomotiva a vapor da CP “para operar em algumas actividades que reforçam a identidade daquela linha [do Tua]”.
No entanto, o PÚBLICO apurou que o empresário apenas mandou pintar e embelezar essa locomotiva a fim de servir de monumento, não estando prevista que esta venha a circular.
Já este ano, aquando da polémica gerada pela venda para sucata de locomotivas e carruagens históricas da CP, Mário Ferreira anunciou nas redes sociais que iria “tentar salvar algum desse material”. Mas até à data não contactou a CP nesse sentido. E ao PÚBLICO respondeu que não tinha comentários a fazer.
Carlos Cipriano
Jornal Público
Foto: Paulo Ricca |
Fonte oficial daquela entidade disse ao PÚBLICO que “até ao dia de hoje não foi interposto qualquer processo de licenciamento para operador ferroviário no âmbito do referido projecto [turístico do vale do Tua]”. O IMT refere ainda que é da sua competência “emitir um certificado de segurança ao operador ferroviário, que aprova o sistema de gestão de segurança para a operação ferroviária a realizar na linha do Tua, assim como a existência de regras operacionais, material e pessoal habilitado para a realização da mesma”.
O PÚBLICO perguntou à Douro Azul quando espera ter o material circulante homologado e iniciar o serviço turístico na linha do Tua, mas fonte oficial da empresa respondeu que “o Dr. Mário Ferreira não tem comentários a fazer neste momento”.
No entanto, o empresário tem evidenciado nas redes sociais algum desagrado pela burocracia necessária à legalização da operação ferroviária. E tem também publicitado imagens do seu comboio turístico a fazer testes e ensaios, os quais, segundo o PÚBLICO apurou, não têm corrido muito bem porque as carruagens foram compradas sem ter em conta um conjunto de especificidades obrigatórias para a linha onde vai operar.
Por sua parte, o IMT diz que compete a este instituto “a concessão de autorização para a entrada em serviço de veículos ferroviários, a qual depende da demonstração de que os mesmos foram concebidos, construídos e instalados de modo a observarem os requisitos que se lhes apliquem e da sua compatibilidade com a infraestrutura”.
O comboio comprado pela Douro Azul para operar no Tua foi alvo de alguma polémica, em Dezembro de 2016, por parecer um comboio do Texas e nada ter a ver com a memória colectiva da ferrovia portuguesa e nordestina. Na altura, e para se defender das acusações de que se tratava de um comboio parecido com os dos parques de diversões, Mário Ferreira anunciou que iria recuperar a reactivar uma velha locomotiva a vapor da CP “para operar em algumas actividades que reforçam a identidade daquela linha [do Tua]”.
No entanto, o PÚBLICO apurou que o empresário apenas mandou pintar e embelezar essa locomotiva a fim de servir de monumento, não estando prevista que esta venha a circular.
Já este ano, aquando da polémica gerada pela venda para sucata de locomotivas e carruagens históricas da CP, Mário Ferreira anunciou nas redes sociais que iria “tentar salvar algum desse material”. Mas até à data não contactou a CP nesse sentido. E ao PÚBLICO respondeu que não tinha comentários a fazer.
Carlos Cipriano
Jornal Público
Despiste provoca ferido ligeiro
Um despiste esta manhã provocou um ferido ligeiro entre o pontão da aldeia de Lamas e Gradíssimo, no concelho de Macedo de Cavaleiros.
A vítima, uma mulher na casa dos 40 anos foi transportada para o Hospital de Bragança.
No local estiveram seis operacionais apoiados por três viaturas.
Escrito por ONDA LIVRE
A vítima, uma mulher na casa dos 40 anos foi transportada para o Hospital de Bragança.
No local estiveram seis operacionais apoiados por três viaturas.
Escrito por ONDA LIVRE
sexta-feira, 30 de março de 2018
Autarquia de Vinhais torna férias da Páscoa mais divertidas para os pequeninos
Cerca de 50 crianças de Vinhais têm aproveitado as férias da Páscoa para brincar, fazer desporto e conhecer todos os equipamentos culturais e desportivos do concelho.
A autarquia já lhe chamou as férias mais divertidas, e o Porto Canal foi acompanhar um desses momentos, desta vez, no Centro Hípico do Parque Biológico.
A autarquia já lhe chamou as férias mais divertidas, e o Porto Canal foi acompanhar um desses momentos, desta vez, no Centro Hípico do Parque Biológico.
Folar de Trás-os-Montes é presença obrigatória na mesa da região durante a Páscoa
Por estes dias em Trás-os-Montes as padarias não têm mãos a medir no fabrico do tradicional folar de carne.
Esta iguaria é obrigatória à mesa da Páscoa e já tem apreciadores para além das fronteiras da região, que reconhecem a qualidade dos produtos e o saber fazer dos transmontanos.
Esta iguaria é obrigatória à mesa da Páscoa e já tem apreciadores para além das fronteiras da região, que reconhecem a qualidade dos produtos e o saber fazer dos transmontanos.
Assinado acordo para o regresso do comboio ao Tua
O acordo que permite o avanço do Plano de Mobilidade do Tua, em Trás-os-Montes, e o regresso do comboio foi ontem celebrado, informou o Gabinete do ministro do Planeamento e das Infraestruturas.
A Infraestruturas de Portugal (IP) e a Agência do Desenvolvimento Regional do Vale do Tua (ADRVT) formalizaram o acordo que já tinha sido anunciado a 15 de março e que acaba com o impasse de quase um ano a concretização do Plano de Mobilidade Turística e Quotidiana, a principal contrapartida pela construção da barragem de Foz Tua.
O contrato agora oficializado determina, segundo a informação oficial, que "a IP concessione à ADRVT o troço entre Brunheda e a Estação Ferroviária de Mirandela-Carvalhais, incluindo a infraestrutura de via, infraestrutura de obras de arte, superestrutura de via, passagens de nível e cais de embarque".
O troço de cerca de 30 quilómetros é que resta da desativada ferrovia centenária que deixou de fazer a ligação ao Tua, com o novo plano a prever passeios de barco entre este ponto e a Brunheda, a extensão da nova albufeira.
Segundo o acordado entre as partes, a agência "obriga-se a assegurar, por si ou através de terceiro, o transporte de passageiros no âmbito do sistema de mobilidade turística e quotidiana do vale do rio Tua".
"Foi ainda estabelecido um acordo entre a CP, a IP e a ADRVT para regulamentar os termos em que o serviço de transporte de passageiros é assegurado, com qualidade e em segurança", acrescenta a informação do gabinete da tutela.
O presidente da agência, Fernando Barros, adiantou à Lusa, em 15 de março, que tinha sido alcançado o acordo, que deveria ser formalizado até ao final do mês, o que hoje foi confirmado oficialmente.
Depois de meses a discutir quem ficaria responsável pela linha, Fernando Barros indicou ter ficado acordado que a agência será a gestora da linha, o Governo assumirá o financiamento da manutenção e a Infraestruturas de Portugal (IP), que continua a ser a proprietária e assumirá a parte técnica, nomeadamente relativamente às obras de arte.
Este acordo resolve o impasse, mas não implica que o comboio comece imediatamente a circular nos cerca de 30 quilómetros que restaram da linha do Tua, entre Mirandela e a Brunheda.
Será ainda necessário esperar pelos resultados dos testes de segurança ao novo material circulante que o empresário Mário Ferreira, conhecido pelos passeios de barco no Douro e que vai explorar turisticamente esta zona de Trás-os-Montes, tem disponíveis há alguns meses.
Ao comboio turístico juntam-se também barcos para passeios na nova albufeira da barragem, entre a Brunheda e o Tua.
A EDP entregou dez milhões de euros ao empresário para o projeto e para reabilitação da ferrovia, que já foi realizada.
No entanto, serão ainda necessárias outras intervenções ao longo do canal da linha, como a retirada de blocos que ameaçam queda nas encostas do Tua e a prevenção de futuros deslizamentos.
Estes trabalhos contemplam a instalação de equipamento informático, através de fibra ótica, "para detetar o movimento de blocos ao longo dos taludes", além de drenagens e reabilitação dos carris entre o Cachão e Mirandela.
A EDP já disponibilizou, segundo o presidente da agência, "3,5 a 3,7 milhões de euros para estes trabalhos".
Falta também saber de que forma será assegurada, neste projeto, a mobilidade às ou populações ribeirinhas do rio Tua, já que é uma condição imposta como contrapartida pela construção da barragem.
Agência Lusa
A Infraestruturas de Portugal (IP) e a Agência do Desenvolvimento Regional do Vale do Tua (ADRVT) formalizaram o acordo que já tinha sido anunciado a 15 de março e que acaba com o impasse de quase um ano a concretização do Plano de Mobilidade Turística e Quotidiana, a principal contrapartida pela construção da barragem de Foz Tua.
O contrato agora oficializado determina, segundo a informação oficial, que "a IP concessione à ADRVT o troço entre Brunheda e a Estação Ferroviária de Mirandela-Carvalhais, incluindo a infraestrutura de via, infraestrutura de obras de arte, superestrutura de via, passagens de nível e cais de embarque".
O troço de cerca de 30 quilómetros é que resta da desativada ferrovia centenária que deixou de fazer a ligação ao Tua, com o novo plano a prever passeios de barco entre este ponto e a Brunheda, a extensão da nova albufeira.
Segundo o acordado entre as partes, a agência "obriga-se a assegurar, por si ou através de terceiro, o transporte de passageiros no âmbito do sistema de mobilidade turística e quotidiana do vale do rio Tua".
"Foi ainda estabelecido um acordo entre a CP, a IP e a ADRVT para regulamentar os termos em que o serviço de transporte de passageiros é assegurado, com qualidade e em segurança", acrescenta a informação do gabinete da tutela.
O presidente da agência, Fernando Barros, adiantou à Lusa, em 15 de março, que tinha sido alcançado o acordo, que deveria ser formalizado até ao final do mês, o que hoje foi confirmado oficialmente.
Depois de meses a discutir quem ficaria responsável pela linha, Fernando Barros indicou ter ficado acordado que a agência será a gestora da linha, o Governo assumirá o financiamento da manutenção e a Infraestruturas de Portugal (IP), que continua a ser a proprietária e assumirá a parte técnica, nomeadamente relativamente às obras de arte.
Este acordo resolve o impasse, mas não implica que o comboio comece imediatamente a circular nos cerca de 30 quilómetros que restaram da linha do Tua, entre Mirandela e a Brunheda.
Será ainda necessário esperar pelos resultados dos testes de segurança ao novo material circulante que o empresário Mário Ferreira, conhecido pelos passeios de barco no Douro e que vai explorar turisticamente esta zona de Trás-os-Montes, tem disponíveis há alguns meses.
Ao comboio turístico juntam-se também barcos para passeios na nova albufeira da barragem, entre a Brunheda e o Tua.
A EDP entregou dez milhões de euros ao empresário para o projeto e para reabilitação da ferrovia, que já foi realizada.
No entanto, serão ainda necessárias outras intervenções ao longo do canal da linha, como a retirada de blocos que ameaçam queda nas encostas do Tua e a prevenção de futuros deslizamentos.
Estes trabalhos contemplam a instalação de equipamento informático, através de fibra ótica, "para detetar o movimento de blocos ao longo dos taludes", além de drenagens e reabilitação dos carris entre o Cachão e Mirandela.
A EDP já disponibilizou, segundo o presidente da agência, "3,5 a 3,7 milhões de euros para estes trabalhos".
Falta também saber de que forma será assegurada, neste projeto, a mobilidade às ou populações ribeirinhas do rio Tua, já que é uma condição imposta como contrapartida pela construção da barragem.
Agência Lusa
quinta-feira, 29 de março de 2018
Restaurante G em Bragança premiado com Garfo de Ouro do Guia Boa Cama Boa Mesa
O restaurante G na Pousada, em Bragança, recebeu a distinção de garfo de ouro do Guia Boa Cama Boa Mesa do jornal Expresso.
É o único restaurante da região a entrar nesta lista que distingue os melhores exemplo na área da hotelaria e restauração.
O chef Óscar Gonçalves diz que a atribuição da distinção pelo quarto ano consecutivo “foi uma agradável surpresa” e entende que é o reconhecimento do trabalho feito pela equipa no restaurante nos últimos anos. “Ficamos contentes pelo trabalho que temos vindo a desempenhar ao longo do últimos tempos e é uma distinção que é de toda a equipa e dos nossos fornecedores que nos dão o produto de excelência da nossa região. O júri veio, provou e gostou e nós cá estamos para defender a bandeira da nossa terra”, destacou.
Segundo Óscar Gonçalves, que é também responsável pela gestão da Pousada de Bragança, em conjunto com o irmão, não há um segredo para o sucesso do restaurante, mas adianta que os ingredientes e a maneira como são confeccionados, podem ajudar a explicar a atribuição do quarto Garfo de Ouro. “ ”,
O Guia Boa Cama Boa Mesa distinguiu ainda com a Chave de Ouro o Vidago Palace Hotel, em Chaves e o Six Senses Douro Valley, em Lamego, com a chave de platina.
Escrito por Brigantia.
Foto: Restaurante G.
Olga Telo Cordeiro
É o único restaurante da região a entrar nesta lista que distingue os melhores exemplo na área da hotelaria e restauração.
O chef Óscar Gonçalves diz que a atribuição da distinção pelo quarto ano consecutivo “foi uma agradável surpresa” e entende que é o reconhecimento do trabalho feito pela equipa no restaurante nos últimos anos. “Ficamos contentes pelo trabalho que temos vindo a desempenhar ao longo do últimos tempos e é uma distinção que é de toda a equipa e dos nossos fornecedores que nos dão o produto de excelência da nossa região. O júri veio, provou e gostou e nós cá estamos para defender a bandeira da nossa terra”, destacou.
Segundo Óscar Gonçalves, que é também responsável pela gestão da Pousada de Bragança, em conjunto com o irmão, não há um segredo para o sucesso do restaurante, mas adianta que os ingredientes e a maneira como são confeccionados, podem ajudar a explicar a atribuição do quarto Garfo de Ouro. “ ”,
O Guia Boa Cama Boa Mesa distinguiu ainda com a Chave de Ouro o Vidago Palace Hotel, em Chaves e o Six Senses Douro Valley, em Lamego, com a chave de platina.
Escrito por Brigantia.
Foto: Restaurante G.
Olga Telo Cordeiro
Dizeres e Ditos na Carta Gastronómica de Bragança
Sr.ª Dona Maria Teresa Martins, 70 anos, vive em Gimonde. No seu parecer quando tinha dez anos era tudo muito horrível. Os pais e ela viviam com a avó e os tios, em dez anos nasceram sete filhos. Nessa altura os pais decidiram ir viver sozinhos, a mobília que possuíam coube num carro de bois: duas camas, uma arca e muitos cobertores.
Uma cama para os pais e a filha mais nova, na outra dormiam os restantes filhos, três à cabeceira e dois para os pés. Quando puderam os pais fizeram outra cama, uma ficou para os filhos, a outra para as filhas.
Era uma vida extremamente dura. Começou a trabalhar quando nasceu a irmã mais nova. Entrou para a Escola aos oito anos, depois ao sair da aula a tia levava-a para ir tomar conta das vacas. Aos dez anos passou a fazer lide da casa porque a Mãe estava com febre tifoide. Não havia dinheiro para comprar nada e as casas eram muito vazias, tristes. Pensei que as casas ricas eram melhores, mas pouco mais tinham. Pouca mobília, pouca roupa, pouca louça. Comia-se do mesmo prato, fundo. Pescavam barbos, bogas, escalos, sardas e às vezes enguias. As enguias desapareceram com a construção das barragens. Apanhavam os peixes com a rede, estripavam-nos, traziam-nos em cestos para casa, lavavam-nos muito bem lavadinhos, pesavam-nos e vendiam-nos. Chegou a vender um quilo de peixes por 50$00.
Tinham galinhas, gansos, patos, porcos e uma burra. Os gansos comiam-se na segada.
Carta Gastronómica de Bragança
Autor: Armando Fernandes
Foto: É parte integrante da publicação
Publicação da Câmara Municipal de Bragança
Investimento de 20 milhões de euros para impulsionar a agricultura através do regadio
O concelho de Alfândega da Fé vai beneficiar de um investimento de 20 milhões de euros nos próximos anos para aumentar a área agrícola regada. Há vários projetos em marcha, alguns são novos outros passam pela beneficiação de sistemas que já existem.
O novo aproveitamento hidroagrícola que vai avançar na zona de Vilarchão-Parada, já tem parecer favorável por parte do no Programa Nacional de Regadios- PDR2020.
Trata-se de um investimento de 14 milhões e meio de euros para fazer nascer uma nova barragem no concelho que há muito era desejada pelos agricultores, deu conta fonte do município.
Mais adiantada está a requalificação do circuito hidráulico da barragem da Esteveínha, em Alfândega da Fé, cujo auto de consignação foi assinado no passado dia 28 de março.
Em causa mês está um investimento de cerca de 1 milhão e 200 mil euros que arranca já este mês e vai permitir a requalificação das condutas de água que abastecem a barragem e permitem regar os mais de 270 hectares de terrenos inseridos nesta área de regadio.
Glória Lopes
in:mdb.pt
O novo aproveitamento hidroagrícola que vai avançar na zona de Vilarchão-Parada, já tem parecer favorável por parte do no Programa Nacional de Regadios- PDR2020.
Trata-se de um investimento de 14 milhões e meio de euros para fazer nascer uma nova barragem no concelho que há muito era desejada pelos agricultores, deu conta fonte do município.
Mais adiantada está a requalificação do circuito hidráulico da barragem da Esteveínha, em Alfândega da Fé, cujo auto de consignação foi assinado no passado dia 28 de março.
Em causa mês está um investimento de cerca de 1 milhão e 200 mil euros que arranca já este mês e vai permitir a requalificação das condutas de água que abastecem a barragem e permitem regar os mais de 270 hectares de terrenos inseridos nesta área de regadio.
Glória Lopes
in:mdb.pt
Carrazeda de Ansiães promove folar e produtos da terra
Entre os dias 29 e 31 de Março o Município de Carrazeda de Ansiães vai promover o território e os produtos da terra em mais uma edição da Feira do Folar.
Na edição deste ano vão estar presentes no espaço de exposições do Centro de Apoio Empresarial de Carrazeda de Ansiães (CAECA) as padeiras locais que ainda detém a arte e o saber da confeção dos famosos folares doce e de carne. Confecionar um bom folar doce tem alguns segredos e é preciso muita experiência e engenho para trabalhar uma massa que tem de levedar durante várias horas, num lento e longo processo que acabou por dar a este doce a alcunha local de “dormidoiros”.
É esta tradição que o Município de Carrazeda de Ansiães pretende preservar e divulgar ao levar a cabo anualmente esta mostra de produtos locais, a par de outras atividades como os dois workshops que vão ensinar os segredos e os truques para fazer um bom folar doce e de carne.
Mas esta mostra não se esgota na venda e confeção de folar. Durante o fim-de-semana da Páscoa vão passar pelo palco do CAECA associações e grupos do concelho que animarão o espaço numa verdadeira mostra das artes locais.
Os mais novos também não foram esquecidos tendo sido preparado um programa especial com ateliers, showcooking, pinta faces, insufláveis e muita animação.
A realização deste certame tem trazido muitos visitantes à vila de Carrazeda de Ansiães durante o fim-de-semana da Páscoa, para comprar os folares que vão arranjar as mesas dos transmontanos no dia em que sai às ruas o Compasso Pascal para assinalar a Ressurreição de Jesus Cristo.
in:noticiasdonordeste.pt
Na edição deste ano vão estar presentes no espaço de exposições do Centro de Apoio Empresarial de Carrazeda de Ansiães (CAECA) as padeiras locais que ainda detém a arte e o saber da confeção dos famosos folares doce e de carne. Confecionar um bom folar doce tem alguns segredos e é preciso muita experiência e engenho para trabalhar uma massa que tem de levedar durante várias horas, num lento e longo processo que acabou por dar a este doce a alcunha local de “dormidoiros”.
É esta tradição que o Município de Carrazeda de Ansiães pretende preservar e divulgar ao levar a cabo anualmente esta mostra de produtos locais, a par de outras atividades como os dois workshops que vão ensinar os segredos e os truques para fazer um bom folar doce e de carne.
Mas esta mostra não se esgota na venda e confeção de folar. Durante o fim-de-semana da Páscoa vão passar pelo palco do CAECA associações e grupos do concelho que animarão o espaço numa verdadeira mostra das artes locais.
Os mais novos também não foram esquecidos tendo sido preparado um programa especial com ateliers, showcooking, pinta faces, insufláveis e muita animação.
A realização deste certame tem trazido muitos visitantes à vila de Carrazeda de Ansiães durante o fim-de-semana da Páscoa, para comprar os folares que vão arranjar as mesas dos transmontanos no dia em que sai às ruas o Compasso Pascal para assinalar a Ressurreição de Jesus Cristo.
in:noticiasdonordeste.pt
Amêndoa coberta com muita procura na Páscoa
Em altura de Páscoa, as amêndoas não podem faltar. E a tradicional Amêndoa Coberta tem cada vez mais procura.
O produto, que é original de Torre de Moncorvo, também é produzido em Bragança, pela moncorvense Maria Diogo, que na sua pastelaria não tem mãos a medir para dar resposta às encomendas.
“Tem imensa procura e posso dizer que não tenho amêndoa para fornecer as pessoas todas que me pediram. É um processo muito demorado. Agora estou a fazer por encomenda porque não tenho amêndoa para a procura toda”, disse.
E o processo é demorado, um verdadeiro exercício de paciência que se prolonga por 7 a 8 horas diárias ao longo de uma semana inteira.
“Estou a trabalhá-la 7 horas por dia, durante 7 dias, em média, que é o tempo que ela demora a ficar peladinha. Já a confecção da Amêndoa Coberta demora um mês”, explicou.
Só desde Janeiro, Maria Diogo já transformou mais de 100 quilos de amêndoa. E para além da paciência, há alguns truques para chegar a um bom produto final, relacionados com a qualidade da amêndoa e o ponto do açúcar.
Um dos doces mais apreciados da Páscoa, com um toque típico da região, cada vez mais procurado.
Escrito por Brigantia
O produto, que é original de Torre de Moncorvo, também é produzido em Bragança, pela moncorvense Maria Diogo, que na sua pastelaria não tem mãos a medir para dar resposta às encomendas.
“Tem imensa procura e posso dizer que não tenho amêndoa para fornecer as pessoas todas que me pediram. É um processo muito demorado. Agora estou a fazer por encomenda porque não tenho amêndoa para a procura toda”, disse.
E o processo é demorado, um verdadeiro exercício de paciência que se prolonga por 7 a 8 horas diárias ao longo de uma semana inteira.
“Estou a trabalhá-la 7 horas por dia, durante 7 dias, em média, que é o tempo que ela demora a ficar peladinha. Já a confecção da Amêndoa Coberta demora um mês”, explicou.
Só desde Janeiro, Maria Diogo já transformou mais de 100 quilos de amêndoa. E para além da paciência, há alguns truques para chegar a um bom produto final, relacionados com a qualidade da amêndoa e o ponto do açúcar.
Um dos doces mais apreciados da Páscoa, com um toque típico da região, cada vez mais procurado.
Escrito por Brigantia
NAVALHO - Freguesias do Concelho de Mirandela
NAVALHO fica situada a cerca de 22 km de Mirandela, a cujo concelho pertence, para o seu lado Sudoeste. Dista 5 km da estação de Abreiro, e fica num Vale a 3 km a Noroeste da margem direita do Rio Tua. O nome de Navalho poderá ter origem em Nabo, Nabalho, e o seu termo foi habitado pelo homem da pré história há já milhares de anos, como nos leva a acreditar o sítio da Anta. Tem como orago N.ª Sr.ª da Purificação, e o Vigário, era da apresentação do Comendador de Malta de Poiares, no Termo da Vila de Abreiro. Pertenceu, contudo, ao concelho de Lamas de Orelhão, até que este acabou em 31 12 1853, passando então para o de Mirandela.
A sua população em 1950 era de 267 habitantes. Só que em 1991 ficava se pelos 119, mas, no censo de 2001 apresentava 130 residentes, o que é de surpreender dadas as suas
características de localização no fundo de um vale de íngremes encostas e ainda algo distante da cidade de Mirandela.
A agricultura é bastante tradicional, dada a constituição dos seus terrenos, praticamente distribuídos por montes, vales pouco alargados e encostas. Têm muita batata, hortaliças, pessegueiros, azeite. Contudo, a floresta domina o seu termo, com plantações de eucalipto a multiplicarem se a olhos vistos.
Em 1995 ainda se via por lá: 1 pombal com pombas, 3 pastores sendo 1 de cabras e dois de ovelhas, 1 forno de cozer o pão que parece condenado a desaparecer para dar lugar a outro edifício público, 1 lagar de azeite, 1 café, 1 mercearia, 3 lagares de vinho, 3 carroças e outros tantos tractores. Tinha Escola Primária com duas salas e duas casas de banho. Um professor leccionava lá os 9 alunos distribuídos por todas os anos (classes): no 1.° eram 3 alunos, nos restantes anos, dois alunos em cada.
Possui no seu termo o lugar da Quinta onde não vive ninguém, bem como a Quinta do Bairral, e ainda outra, a Quinta da Figueira Alba, onde habitam 2 pessoas. A Rua da Figueira Alvar que vai ter aos tanques, os baloiços das crianças, as ruas do Fundo do Povo cimentadas, as outras empedradas, com pedra miúda irregular, caracterizam o povoado. A rua principal, desde a entrada até ao fundo da aldeia, é o único núcleo central da vida local. Lateralmente tem, logo à entrada, a Igreja Matriz, baixa, com Torre sineira simples de dois sinos. Defronte, e após passar uma espécie de portão aberto como se fosse uma quinta nobre com uma ave em cima de cada muro lateral, está um pequeno jardim com umas rodas graníticas: as mós de um moinho de azeitona. A seguir, mais à frente, fica o Cruzeiro, e, ao fundo a Capela do Santo António. Mas o Ribeiro, a Fonte do Paço (em baixo), a Fonte da Frieira (em cima), o Tanque do Cruzeiro para os animais, dão lhe um ar mais rural. É no Largo do Cruzeiro ou junto do café que se reúnem os locais para conviver nos tempos de lazer. Às vezes, sentam se nos bancos de pedra que há nalgumas casas, virados para a rua. O Fundo da Aldeia, junto da Capela, é outro local frequentado. A Festa do Cristo Rei só é feita de quando em vez. Em 1995 já há cerca de 4 anos que não era realizada.
In III volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses, coordenado por Barroso da Fonte.
Nova empresa tecnológica instala-se em Bragança
Mais uma empresa tecnológica decidiu instalar-se em Bragança. A ROFF, líder nacional na implementação de soluções SAP – software para gestão empresarial, elegeu a cidade para criar o terceiro centro de desenvolvimento em Portugal.
A empresa está desde Dezembro no Brigantia Ecopark, mas apenas agora foi anunciada a nova localização. O CEO da empresa, Francisco Febrero, explica que os apoios locais e a qualidade da formação no Instituto Politécnico de Bragança foram dois dos motivos que levaram a ROFF a escolher Bragança
“Estamos a crescer nesta área de negócio e precisamos de engenheiros qualificados e depois de ter sido feita uma análise de diferentes possibilidades verificamos que Bragança, com o IPB e com o apoio da Câmara e entidades privadas como o Parque de Ciência e Tecnologia, verificámos que podemos continuar a crescer no âmbito do nosso negócio desenvolvimento de software para clientes, dentro da tecnologia SAP”, contou Francisco Febrero.
Para além dos centros de desenvolvimento em Lisboa e na Covilhã, a empresa tem filiais no México e no Brasil. O centro de Bragança iniciou o trabalho com 10 consultores de programação, a maioria formados no IPB, mas está previsto que o número de funcionários triplique nos próximos 3 anos.
“Em Bragança existem 10 programadores e contamos em três anos cerca de 35 pessoas a programar, mas vai depender dos novos clientes que vamos conseguir e da área de evolução da nossa área de negócio que nós pensamos que vai ser grande. É uma área de negócio que trabalha basicamente para fora de Portugal, na Europa, como na América do sul e que tem um potencial de crescimento muito grande”, sustentou o CEO da ROFF.
De acordo com o presidente do parque de Ciência e Tecnologia, Hernâni Dias, o Brigantia Ecopark é um espaço em crescimento e em breve serão 100, os postos de trabalho criados pelas empresas ali instaladas.
“São à volta de 72 trabalhadores no momento. Estamos numa fase de crescimento e uma empresa que está aqui instalada vai criar aqui mais 15 postos de trabalho. Há uma outra empresa que está processo de expansão, até ao nível de espaço. Brevemente aqui vão ser 100 trabalhadores. É um espaço que está com uma boa dinâmica, de crescimento e de criação de conhecimento dentro deste próprio espaço, tanto ao nível da inovação e de produção de conhecimento”, referiu Hernâni Dias.
Mais uma empresa instalada no Brigantia Ecopark. Também recentemente a tecnológica IT Sector anunciou a contratação de mais 15 pessoas para Bragança, que se juntam aos 42 postos de trabalho já criados por esta empresa.
Escrito por Brigantia
A empresa está desde Dezembro no Brigantia Ecopark, mas apenas agora foi anunciada a nova localização. O CEO da empresa, Francisco Febrero, explica que os apoios locais e a qualidade da formação no Instituto Politécnico de Bragança foram dois dos motivos que levaram a ROFF a escolher Bragança
“Estamos a crescer nesta área de negócio e precisamos de engenheiros qualificados e depois de ter sido feita uma análise de diferentes possibilidades verificamos que Bragança, com o IPB e com o apoio da Câmara e entidades privadas como o Parque de Ciência e Tecnologia, verificámos que podemos continuar a crescer no âmbito do nosso negócio desenvolvimento de software para clientes, dentro da tecnologia SAP”, contou Francisco Febrero.
Para além dos centros de desenvolvimento em Lisboa e na Covilhã, a empresa tem filiais no México e no Brasil. O centro de Bragança iniciou o trabalho com 10 consultores de programação, a maioria formados no IPB, mas está previsto que o número de funcionários triplique nos próximos 3 anos.
“Em Bragança existem 10 programadores e contamos em três anos cerca de 35 pessoas a programar, mas vai depender dos novos clientes que vamos conseguir e da área de evolução da nossa área de negócio que nós pensamos que vai ser grande. É uma área de negócio que trabalha basicamente para fora de Portugal, na Europa, como na América do sul e que tem um potencial de crescimento muito grande”, sustentou o CEO da ROFF.
De acordo com o presidente do parque de Ciência e Tecnologia, Hernâni Dias, o Brigantia Ecopark é um espaço em crescimento e em breve serão 100, os postos de trabalho criados pelas empresas ali instaladas.
“São à volta de 72 trabalhadores no momento. Estamos numa fase de crescimento e uma empresa que está aqui instalada vai criar aqui mais 15 postos de trabalho. Há uma outra empresa que está processo de expansão, até ao nível de espaço. Brevemente aqui vão ser 100 trabalhadores. É um espaço que está com uma boa dinâmica, de crescimento e de criação de conhecimento dentro deste próprio espaço, tanto ao nível da inovação e de produção de conhecimento”, referiu Hernâni Dias.
Mais uma empresa instalada no Brigantia Ecopark. Também recentemente a tecnológica IT Sector anunciou a contratação de mais 15 pessoas para Bragança, que se juntam aos 42 postos de trabalho já criados por esta empresa.
Escrito por Brigantia
Arranca hoje a Festa da Bola Doce em Miranda do Douro
A realização da Feira da «Festa da Bola Doce» tem início hoje e termina no sábado, no largo do Castelo, em Miranda do Douro. Está garantido o convívio e animação musical no Largo do Castelo de Miranda do Douro.
Miranda do Douro preparou três dias de certame para promover um dos ex-libris gastronómicos do concelho: a Bola Doce.
A Festa da Bola Doce e dos produtos da terra começa já hoje, quinta-feira, e para além da doçaria da Páscoa os 40 expositores levam à feira outros produtos agro alimentares, o que atrai não só locais como turistas portugueses e espanhóis, segundo destaca Anabela Torrão Vereadora do Município de Miranda do Douro.
“É uma forma de promover e valorizar os nossos produtos endógenos e neste caso, os produtos agro-alimentares, muito relacionados com a Páscoa, como é o caso da Bola Doce, os dormidos, os folares e o fumeiro. Vai estar uma variedade e uma mostra de produtos tradicionais de excelente qualidade para visitantes e residentes”, disse Anabela Torrão, Vereadora do Município de Miranda do Douro.
O certame que vai na 5.ª edição tem levado a que o produto único seja cada vez mais procurado e não só nesta altura do ano.
“A promoção da Bola Doce é tal que este produto já não é só concebido no período da Páscoa, mas ao longo de todo o ano. O que constatamos é que os produtores, através das suas cozinhas regionais, cozinham este produto durante toda a noite e acaba por esgotar de imediato. Ao fim do dia já não há Bola Doce. A procura é muita. É um produto muito trabalhoso, rico em palato, de excelente qualidade e com uma procura imensa”, sustenta a Vereadora do Município de Miranda do Douro.
No certame, que decorre até sábado, no largo do Castelo de Miranda do Douro, está em destaque a doçaria da Páscoa, em especial a bola doce, uma espécie de bolo recheado com canela e açúcar típico do concelho mirandês.
A feira conta com concursos desta iguaria e de folar e animação musical com grupos de música tradicional.
Escrito por Brigantia
Miranda do Douro preparou três dias de certame para promover um dos ex-libris gastronómicos do concelho: a Bola Doce.
A Festa da Bola Doce e dos produtos da terra começa já hoje, quinta-feira, e para além da doçaria da Páscoa os 40 expositores levam à feira outros produtos agro alimentares, o que atrai não só locais como turistas portugueses e espanhóis, segundo destaca Anabela Torrão Vereadora do Município de Miranda do Douro.
“É uma forma de promover e valorizar os nossos produtos endógenos e neste caso, os produtos agro-alimentares, muito relacionados com a Páscoa, como é o caso da Bola Doce, os dormidos, os folares e o fumeiro. Vai estar uma variedade e uma mostra de produtos tradicionais de excelente qualidade para visitantes e residentes”, disse Anabela Torrão, Vereadora do Município de Miranda do Douro.
O certame que vai na 5.ª edição tem levado a que o produto único seja cada vez mais procurado e não só nesta altura do ano.
“A promoção da Bola Doce é tal que este produto já não é só concebido no período da Páscoa, mas ao longo de todo o ano. O que constatamos é que os produtores, através das suas cozinhas regionais, cozinham este produto durante toda a noite e acaba por esgotar de imediato. Ao fim do dia já não há Bola Doce. A procura é muita. É um produto muito trabalhoso, rico em palato, de excelente qualidade e com uma procura imensa”, sustenta a Vereadora do Município de Miranda do Douro.
No certame, que decorre até sábado, no largo do Castelo de Miranda do Douro, está em destaque a doçaria da Páscoa, em especial a bola doce, uma espécie de bolo recheado com canela e açúcar típico do concelho mirandês.
A feira conta com concursos desta iguaria e de folar e animação musical com grupos de música tradicional.
Escrito por Brigantia
Ministério da Saúde admite reforço de meios para reduzir listas de espera na ULS Nordeste
O Ministério da Saúde admite o reforço de meios na Unidade Local de Saúde do Nordeste para reduzir as listas de espera em algumas das especialidades médicas.
A questão foi levantada no início de fevereiro pelos deputados do PSD, José Silvano e Adão Silva, que agora receberam resposta do Governo às questões colocadas na Assembleia da República.
AGR
in:mdb.pt
A questão foi levantada no início de fevereiro pelos deputados do PSD, José Silvano e Adão Silva, que agora receberam resposta do Governo às questões colocadas na Assembleia da República.
AGR
in:mdb.pt
Freixo de Espada à Cinta revive tradição quaresmal dos "Sete Passos"
Em tempo de Quaresma, a vila de Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança, mantém viva a tradição da procissão dos "Sete Passos", um ritual tido como "único" em todo o país.
Também conhecido como "Encomendação da Almas", o ritual repete-se todas as sextas-feiras do período quaresmal, mas a última noite, na Sexta-feira Santa, é a mais esperada.
Junto à antiga capela de Misericórdia, um grupo de homens que habitualmente integra a função sublinha à agência Lusa que este ritual mantém fidelidade à origem "medieval", mudando apenas alguns pormenores.
Um dos figurantes e membro do atual grupo que realiza a procissão dos "Sete Passos" é José Martins, de 71 anos, que encara a sua participação como uma promessa de "fé e sacrifício".
"Vivemos isto com muita intensidade", observa.
Acrescenta que o grupo envolvido na "Encomendação da Almas" "até está maior, mas nas ruas, durante o ritual, há menos público. "Vai tudo embora para fora. Já não é como antigamente", desabafa.
Já Manuel Carrapatoso, de 75 anos de idade, conta que "herdou" o seu lugar na procissão do seu pai.
"O meu pai já fazia parte do grupo secreto que organizava a procissão e eu aprendi os cânticos. Aprendi também a olhar para quem está ao lado e saber o que fazer, no momento certo", observa.
António Morgado, com 34 anos, é um dos elementos mais novos do grupo e dedica-se ao estudo desta forma de "encomendar as almas". À Lusa, explica que o percurso maior - o que acontece na noite de sexta-feira santa - tem início junto à porta principal da Igreja Matriz e demora cerca duas horas e meia a fazer.
"Quando o relógio da torre heptagonal assinala o primeiro batimento da meia-noite, a iluminação pública da vila é apagada, ficando todo o percurso escuro como o breu. Dá-se então início à procissão que vai percorrer as principais ruas da localidade", indica.
O ritual envolve também um grupo coral que entoa "um cântico dolente e penetrante", em português e latim, apenas junto a igrejas e encruzilhadas.
Segundo os promotores desta iniciativa, a figura principal de toda a procissão é a "Velhinha", uma personagem vestida de negro, que percorre todo o trajeto curvada, com "cajado" numa mão e com uma lanterna alimentada a azeite na outra.
Elemento de destaque neste ritual é igualmente uma bota com vinho, "que significa o sangue de Cristo derramado".
Também marcam o ritual os sons das "emblemáticas" peças de ferro, presas à perna de duas pessoas e que são arrastadas pela calçada.
"Tornam a via-sacra ainda mais penitente", vincam os envolvidos no ritual.
"Há períodos na procissão em que as pessoas se aproximam da velhinha com humildade, em sinal de penitência. E ela dá de beber a quem demonstra mais respeito e arrependimento", explicam.
A identidade de quem encarna tal personagem é sempre motivo de curiosidade, já que não é fácil saber de quem se trata.
Segundo António Morgado, uma das marcas distintivas do ritual de Sexta-feira Santa face aos demais é que, "por uma única vez, se junta à 'Encomendação da Almas' um grupo de mulheres conhecidas como Três-Marias".
Quanto à designação "Sete Passos", "é entendida como o compasso, visto que toda a procissão é efetuada ao ritmo de um compasso de sete passos, bem medidos e compassados", observam os participantes, que no seu total não ultrapassam as duas dezenas.
Agência Lusa
Também conhecido como "Encomendação da Almas", o ritual repete-se todas as sextas-feiras do período quaresmal, mas a última noite, na Sexta-feira Santa, é a mais esperada.
Junto à antiga capela de Misericórdia, um grupo de homens que habitualmente integra a função sublinha à agência Lusa que este ritual mantém fidelidade à origem "medieval", mudando apenas alguns pormenores.
Um dos figurantes e membro do atual grupo que realiza a procissão dos "Sete Passos" é José Martins, de 71 anos, que encara a sua participação como uma promessa de "fé e sacrifício".
"Vivemos isto com muita intensidade", observa.
Acrescenta que o grupo envolvido na "Encomendação da Almas" "até está maior, mas nas ruas, durante o ritual, há menos público. "Vai tudo embora para fora. Já não é como antigamente", desabafa.
Já Manuel Carrapatoso, de 75 anos de idade, conta que "herdou" o seu lugar na procissão do seu pai.
"O meu pai já fazia parte do grupo secreto que organizava a procissão e eu aprendi os cânticos. Aprendi também a olhar para quem está ao lado e saber o que fazer, no momento certo", observa.
António Morgado, com 34 anos, é um dos elementos mais novos do grupo e dedica-se ao estudo desta forma de "encomendar as almas". À Lusa, explica que o percurso maior - o que acontece na noite de sexta-feira santa - tem início junto à porta principal da Igreja Matriz e demora cerca duas horas e meia a fazer.
"Quando o relógio da torre heptagonal assinala o primeiro batimento da meia-noite, a iluminação pública da vila é apagada, ficando todo o percurso escuro como o breu. Dá-se então início à procissão que vai percorrer as principais ruas da localidade", indica.
O ritual envolve também um grupo coral que entoa "um cântico dolente e penetrante", em português e latim, apenas junto a igrejas e encruzilhadas.
Segundo os promotores desta iniciativa, a figura principal de toda a procissão é a "Velhinha", uma personagem vestida de negro, que percorre todo o trajeto curvada, com "cajado" numa mão e com uma lanterna alimentada a azeite na outra.
Elemento de destaque neste ritual é igualmente uma bota com vinho, "que significa o sangue de Cristo derramado".
Também marcam o ritual os sons das "emblemáticas" peças de ferro, presas à perna de duas pessoas e que são arrastadas pela calçada.
"Tornam a via-sacra ainda mais penitente", vincam os envolvidos no ritual.
"Há períodos na procissão em que as pessoas se aproximam da velhinha com humildade, em sinal de penitência. E ela dá de beber a quem demonstra mais respeito e arrependimento", explicam.
A identidade de quem encarna tal personagem é sempre motivo de curiosidade, já que não é fácil saber de quem se trata.
Segundo António Morgado, uma das marcas distintivas do ritual de Sexta-feira Santa face aos demais é que, "por uma única vez, se junta à 'Encomendação da Almas' um grupo de mulheres conhecidas como Três-Marias".
Quanto à designação "Sete Passos", "é entendida como o compasso, visto que toda a procissão é efetuada ao ritmo de um compasso de sete passos, bem medidos e compassados", observam os participantes, que no seu total não ultrapassam as duas dezenas.
Agência Lusa
Este ano, não se realiza a Feira da Saúde do Nordeste Transmontano
Após 5 anos em Macedo de Cavaleiros, este ano não haverá Feira da Saúde do Nordeste Transmontano.
Um certame da organização da Associação dos Diabéticos do Distrito de Bragança, que ao longo dos anos tem contado com apoio logístico e financeiro do município, o que este ano por não haver meios financeiros não se vai realizar, como refere Margarida Pires, Presidente da associação organizadora.
“Não é totalmente surpresa perante as notícias de que me tinha vindo a aperceber bem como dos manifestos que este executivo vinha revelando. Já receava que isto pudesse acontecer. A primeira edição foi feita só com apoio logístico, a segunda igualmente e apenas nas últimas três edições é que tivemos apoio financeiro e no ano passado, atendendo à dimensão que a feira tomou, reuni com o Município anterior e disse que se não aumentassem ao financiamento seria impossível a sua concretização e tivemos esse aumento. A ajuda do Município no ano passado foi de cinco mil euros e este ano havia a intenção de que não se faria a feira com um valor menor que esse, no entanto, nunca me deram a oportunidade de dizer quanto é que a Associação pedia para comparticiparem.”
Margarida Pires diz lamentar a falta de comunicação com o executivo municipal para debate de uma possível solução para a organização do certame, e não descarta até a possibilidade de realizá-lo em outro concelho.
“A minha insatisfação de não ouvirem as associações. Sabemos que não há apoios e compreendo quando justificam que não há dinheiro. No entanto, é importante que o Município perceba que a economia do terceiro setor se faz com as associações. Quando falo nisso refiro-me a trabalharmos em comunidade e quando isso acontece as associações são o ponto principal. Se não tivermos apoio do Município no próximo ano teremos muito mais tempo para nos agilizar-mos porque haverá mecenas que irão ajudar a suportar estes custos, se assim o entenderem. Nós, enquanto organização teremos que repensar apresentar este tipo de oferta em outros Municípios uma vez que a Associação, é Distrital.”
Do lado do Município, o presidente Benjamim Rodrigues diz que a não realização da feira não é culpa do município, mas admite que o apoio dado em anos anteriores não pode ser atribuído este ano.
“A Feira da Saúde não se realizar não depende da Câmara mas sim de quem a organiza. Parece que esta Feira só é realizada com a organização da Câmara, e não é verdade. O Município dá um subsídio à organização que este ano, por razões que são sobejamente conhecidas, estamos a diminuir ao máximo devido à questão financeira, que é delicada. Neste momento, o Município não tem qualquer responsabilidade porque estamos a cortar nos subsídios a todas as entidades, e não fazia sentido estarmos a privilegiar umas em detrimento de outras.”
O autarca que refere ainda que após a organização da Feira ter decidido que não se iria realizar, foi feita uma proposta para a concretização da mesma depois do mês de agosto, altura da revisão orçamental.
“Quando houver uma revisão orçamental será ponderada a atribuição de subsídios como eram atribuídos anteriormente. Foi isso que foi comunicado à Presidente da Associação dos Diabéticos. Tive o cuidado de informar isso e, inclusive, que achava estranho terem tomado uma decisão unilateral sem conversarem connosco primeiro. Pedi que viessem conversar comigo e referir que podemos agilizar a Feira com a nossa colaboração, sendo feita em outra data após a revisão orçamental. Neste momento não temos cabimento orçamental para atribuir um subsídio como foi pedido. É importante para o Município que se realize a Feira e foi isso que, por e-mail, tive o cuidado de fazer sentir.”
A Presidente da Associação dos Diabéticos de Bragança, Margarida Pires, disse à Onda Livre que a data sugerida pelo município é impensável, uma vez que, a sua realização se prende com a comemoração do dia Mundial da Saúde, bem como a comemoração do dia mundial da atividade física, que acontecem no mês de abril.
Ficou ainda expressa por ambas as entidades uma conversa futura para que no próximo ano a Feira da Saúde do Nordeste Transmontano traga uma nova edição a Macedo de Cavaleiros.
Escrito por ONDA LIVRE
Um certame da organização da Associação dos Diabéticos do Distrito de Bragança, que ao longo dos anos tem contado com apoio logístico e financeiro do município, o que este ano por não haver meios financeiros não se vai realizar, como refere Margarida Pires, Presidente da associação organizadora.
“Não é totalmente surpresa perante as notícias de que me tinha vindo a aperceber bem como dos manifestos que este executivo vinha revelando. Já receava que isto pudesse acontecer. A primeira edição foi feita só com apoio logístico, a segunda igualmente e apenas nas últimas três edições é que tivemos apoio financeiro e no ano passado, atendendo à dimensão que a feira tomou, reuni com o Município anterior e disse que se não aumentassem ao financiamento seria impossível a sua concretização e tivemos esse aumento. A ajuda do Município no ano passado foi de cinco mil euros e este ano havia a intenção de que não se faria a feira com um valor menor que esse, no entanto, nunca me deram a oportunidade de dizer quanto é que a Associação pedia para comparticiparem.”
Margarida Pires diz lamentar a falta de comunicação com o executivo municipal para debate de uma possível solução para a organização do certame, e não descarta até a possibilidade de realizá-lo em outro concelho.
“A minha insatisfação de não ouvirem as associações. Sabemos que não há apoios e compreendo quando justificam que não há dinheiro. No entanto, é importante que o Município perceba que a economia do terceiro setor se faz com as associações. Quando falo nisso refiro-me a trabalharmos em comunidade e quando isso acontece as associações são o ponto principal. Se não tivermos apoio do Município no próximo ano teremos muito mais tempo para nos agilizar-mos porque haverá mecenas que irão ajudar a suportar estes custos, se assim o entenderem. Nós, enquanto organização teremos que repensar apresentar este tipo de oferta em outros Municípios uma vez que a Associação, é Distrital.”
Do lado do Município, o presidente Benjamim Rodrigues diz que a não realização da feira não é culpa do município, mas admite que o apoio dado em anos anteriores não pode ser atribuído este ano.
“A Feira da Saúde não se realizar não depende da Câmara mas sim de quem a organiza. Parece que esta Feira só é realizada com a organização da Câmara, e não é verdade. O Município dá um subsídio à organização que este ano, por razões que são sobejamente conhecidas, estamos a diminuir ao máximo devido à questão financeira, que é delicada. Neste momento, o Município não tem qualquer responsabilidade porque estamos a cortar nos subsídios a todas as entidades, e não fazia sentido estarmos a privilegiar umas em detrimento de outras.”
O autarca que refere ainda que após a organização da Feira ter decidido que não se iria realizar, foi feita uma proposta para a concretização da mesma depois do mês de agosto, altura da revisão orçamental.
“Quando houver uma revisão orçamental será ponderada a atribuição de subsídios como eram atribuídos anteriormente. Foi isso que foi comunicado à Presidente da Associação dos Diabéticos. Tive o cuidado de informar isso e, inclusive, que achava estranho terem tomado uma decisão unilateral sem conversarem connosco primeiro. Pedi que viessem conversar comigo e referir que podemos agilizar a Feira com a nossa colaboração, sendo feita em outra data após a revisão orçamental. Neste momento não temos cabimento orçamental para atribuir um subsídio como foi pedido. É importante para o Município que se realize a Feira e foi isso que, por e-mail, tive o cuidado de fazer sentir.”
A Presidente da Associação dos Diabéticos de Bragança, Margarida Pires, disse à Onda Livre que a data sugerida pelo município é impensável, uma vez que, a sua realização se prende com a comemoração do dia Mundial da Saúde, bem como a comemoração do dia mundial da atividade física, que acontecem no mês de abril.
Ficou ainda expressa por ambas as entidades uma conversa futura para que no próximo ano a Feira da Saúde do Nordeste Transmontano traga uma nova edição a Macedo de Cavaleiros.
Escrito por ONDA LIVRE
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