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SOBRE O BLOGUE:
Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Poetica(mente) falando
Macedo de Cavaleiros tem agora um novo espaço cultural. Em pleno coração da cidade nasceu a "Poética", onde Virgínia do Carmo conjuga os livros e a arte.
Mais um sucesso
26 mil pessoas passaram pela XVI Feira da Caça e VI Feira do Turismo em Macedo de Cavaleiros. Organização, público e expositores não podiam estar mais satisfeitos.
Bragança regista as temperaturas mais baixas do país
As previsões meteorológicas apontam para uma vaga de frio nos próximos dias. No entanto, as temperaturas na cidade transmontana estão dentro do normal para a época e os habitantes já estão habituados a temperaturas baixas. Na sexta-feira e no sábado os termómetros podem chegar aos 7º negativos.
“Participar para Mudar”
Na sequência de inquéritos à Qualidade de Vida efetuados os habitantes da freguesia de Santa Maria, os alunos do curso de Gestão Ambiental da Escola Secundária Miguel Torga apresentaram o projeto “Omniadomus_uma casa de todos”, no qual sugerem algumas melhorias no que toca à qualidade de vida dos cidadãos daquela freguesia da cidade de Bragança.
A Sessão de apresentação decorreu em ambiente de tertúlia, numa cerimónia que contou com a presença do Diretor da Escola Secundária Miguel Torga, Dr. José Carrapatoso, alunos e professores, o Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria, Dr. Jorge Novo, a Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Bragança, Dra. Fátima Fernandes, e o Eng.º Rafael Correia, da Divisão do Ambiente da Câmara Municipal de Bragança.
O Clube Europeu tem desenvolvido este trabalho a partir do desafio lançado pelo Centro de Informação Jacques Delors e pelo Centro de História e Relações Internacionais no Concurso “ Participar para Mudar”.
Recorde-se que o projeto (“Omniadomus_uma casa de todos”) foi desenvolvido por alunos do Curso de Sistemas de Gestão Ambiental, sob a orientação da Professora Mariana Batouxas, com o apoio técnico do Eng.º Rafael Correia, da Divisão de Ambiente do Município de Bragança.
Para votar no projeto “Omniadomus_uma casa de todos” aceda ao link:
http://www.participarparamudar.eu/project/40.
A Sessão de apresentação decorreu em ambiente de tertúlia, numa cerimónia que contou com a presença do Diretor da Escola Secundária Miguel Torga, Dr. José Carrapatoso, alunos e professores, o Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria, Dr. Jorge Novo, a Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Bragança, Dra. Fátima Fernandes, e o Eng.º Rafael Correia, da Divisão do Ambiente da Câmara Municipal de Bragança.
O Clube Europeu tem desenvolvido este trabalho a partir do desafio lançado pelo Centro de Informação Jacques Delors e pelo Centro de História e Relações Internacionais no Concurso “ Participar para Mudar”.
Recorde-se que o projeto (“Omniadomus_uma casa de todos”) foi desenvolvido por alunos do Curso de Sistemas de Gestão Ambiental, sob a orientação da Professora Mariana Batouxas, com o apoio técnico do Eng.º Rafael Correia, da Divisão de Ambiente do Município de Bragança.
Para votar no projeto “Omniadomus_uma casa de todos” aceda ao link:
http://www.participarparamudar.eu/project/40.
Participar para Mudar (1.251 Kb)
Carta Aberta de Historiadores aos Deputados
Vários apelos, com as mais diversas origens, não comoveram o governo, que nos próximos dias apresentará aos deputados e deputadas à Assembleia da República uma proposta que visa a eliminação de quatro feriados, dois deles cívicos, os restantes, religiosos. A decisão ficará então nas mãos dos deputados e deputadas eleitos pelo país e é a eles que por isso se dirigem os historiadores que subscrevem esta carta.
O governo apresenta razões de índole económica para fundamentar a sua proposta, o que não surpreende. Sabe o governo que no actual contexto de crise é atraente justificar toda e qualquer medida em nome da melhoria da economia nacional. Acontece, porém, que uma das principais fragilidades desta proposta é a ideia menor de economia que a inspira.
Diz o governo que implementar mais quatro dias de trabalho se traduzirá em aumento da produtividade nacional. Porém, no fundamental, o aumento da produtividade depende não da quantidade de trabalho, mas da qualidade do processo produtivo. E no caso português, como reconheceram patrões e sindicatos, assim como economistas de todos os quadrantes, é justamente a escassa qualificação tecnológica do processo produtivo que tem constituído um obstáculo principal ao desenvolvimento económico. Aprovassem esta proposta do governo e os deputados e deputadas estariam a dar um sinal às empresas e aos trabalhadores de que a questão da qualificação é um assunto menor. Tratar-se-ia de um sinal agravado por se juntar a decisões particularmente gravosas tomadas recentemente pelo governo, nomeadamente quanto à diminuição significativa de investimento em ciência e tecnologia.
Só o fervor moralista explica que o governo faça por ignorar que o tempo de lazer da população é economicamente valioso: não há trabalho de qualidade sem descanso de qualidade. Os direitos sociais são não apenas um fundamento da democracia e o direito ao lazer, a uma vida além do trabalho, é uma das grandes conquistas dos movimentos sociais da época contemporânea, mas os direitos por que vos escrevemos são também condições de uma economia que se queira próspera.
Permitir agora a supressão dos feriados é iniciar o caminho de volta na longa estrada que nos conferiu o direito ao fim-de-semana, ao limite de horas de trabalho ou ainda ao período de férias. Votando favoravelmente a proposta do governo, será esse o caminho que os deputados e deputadas do país trilharão
Queremos, igualmente, chamar a atenção para os feriados civis que estão em questão. O governo propõe-se eliminar o 5 de Outubro e o 1 de Dezembro. É o mesmo que impedir a comunidade de celebrar-se como tal, como identidade, nas datas que simbolizavam a restauração da independência e a implantação da República. Presumem os governantes que questões de ordem simbólica, como os feriados que visam reunir a comunidade nacional nas suas celebrações identitárias, não têm implicação económica, mas engana-se. Nenhuma economia sobrevive à degradação do sentido de comunidade e este constitui-se tanto em momentos laborais como em ocasiões festivas.
Acresce a este respeito que a decisão de eliminar o 5 de Outubro é particularmente gravosa ao verificar-se poucos meses depois de, sob a vigência deste governo, terem sido encerradas, nessa mesma Assembleia da República, as cerimónias oficiais de comemoração do centenário da República. Nem a ditadura salazarista, que igualmente dizia ser imperativo seu sanear o problema das contas públicas, colocou em causa esse feriado. Um dia e um direito de celebração pública da República conquistado na rua, tantas vezes contra a repressão policial da ditadura: ides permitir Senhores e Senhoras deputados, que cem anos depois, ele seja suprimido com o vosso voto? Se assim for, a seguir o que virá?
O governo apresenta razões de índole económica para fundamentar a sua proposta, o que não surpreende. Sabe o governo que no actual contexto de crise é atraente justificar toda e qualquer medida em nome da melhoria da economia nacional. Acontece, porém, que uma das principais fragilidades desta proposta é a ideia menor de economia que a inspira.
Diz o governo que implementar mais quatro dias de trabalho se traduzirá em aumento da produtividade nacional. Porém, no fundamental, o aumento da produtividade depende não da quantidade de trabalho, mas da qualidade do processo produtivo. E no caso português, como reconheceram patrões e sindicatos, assim como economistas de todos os quadrantes, é justamente a escassa qualificação tecnológica do processo produtivo que tem constituído um obstáculo principal ao desenvolvimento económico. Aprovassem esta proposta do governo e os deputados e deputadas estariam a dar um sinal às empresas e aos trabalhadores de que a questão da qualificação é um assunto menor. Tratar-se-ia de um sinal agravado por se juntar a decisões particularmente gravosas tomadas recentemente pelo governo, nomeadamente quanto à diminuição significativa de investimento em ciência e tecnologia.
Só o fervor moralista explica que o governo faça por ignorar que o tempo de lazer da população é economicamente valioso: não há trabalho de qualidade sem descanso de qualidade. Os direitos sociais são não apenas um fundamento da democracia e o direito ao lazer, a uma vida além do trabalho, é uma das grandes conquistas dos movimentos sociais da época contemporânea, mas os direitos por que vos escrevemos são também condições de uma economia que se queira próspera.
Permitir agora a supressão dos feriados é iniciar o caminho de volta na longa estrada que nos conferiu o direito ao fim-de-semana, ao limite de horas de trabalho ou ainda ao período de férias. Votando favoravelmente a proposta do governo, será esse o caminho que os deputados e deputadas do país trilharão
Queremos, igualmente, chamar a atenção para os feriados civis que estão em questão. O governo propõe-se eliminar o 5 de Outubro e o 1 de Dezembro. É o mesmo que impedir a comunidade de celebrar-se como tal, como identidade, nas datas que simbolizavam a restauração da independência e a implantação da República. Presumem os governantes que questões de ordem simbólica, como os feriados que visam reunir a comunidade nacional nas suas celebrações identitárias, não têm implicação económica, mas engana-se. Nenhuma economia sobrevive à degradação do sentido de comunidade e este constitui-se tanto em momentos laborais como em ocasiões festivas.
Acresce a este respeito que a decisão de eliminar o 5 de Outubro é particularmente gravosa ao verificar-se poucos meses depois de, sob a vigência deste governo, terem sido encerradas, nessa mesma Assembleia da República, as cerimónias oficiais de comemoração do centenário da República. Nem a ditadura salazarista, que igualmente dizia ser imperativo seu sanear o problema das contas públicas, colocou em causa esse feriado. Um dia e um direito de celebração pública da República conquistado na rua, tantas vezes contra a repressão policial da ditadura: ides permitir Senhores e Senhoras deputados, que cem anos depois, ele seja suprimido com o vosso voto? Se assim for, a seguir o que virá?
Bragança/Miranda - Bispo quer aposta em turismo religioso
O bispo da diocese Bragança-Miranda manifestou preocupação com o estado de "degradação" de alguns dos mais emblemáticos templos religiosos do nordeste transmontano.
Segundo o prelado, há templos que necessitam de intervenção, tais como a concatedral de Miranda do Douro, as igrejas de Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta ou o mosteiro de Castro de Avelãs (Bragança).
"Temos, na região, um conjunto de imóveis religiosos referenciados e com grande valor arquitectónico, artístico e cultural. Algum desse património tem andado descurado, embora esteja a ser feito um trabalho em articulação com entidades competentes, para que algumas dessas preocupações deixem de existir", acrescentou José Cordeiro.
A ideia do bispo diocesano passa pela criação de um circuito destinado ao turismo religioso na região, dignificando-se, ao mesmo tempo, os lugares onde a igreja se reúne para as orações.
Apesar de se iniciarem os primeiros passos por parte da Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN), no sentido de recuperar alguns templos, o chefe do clero no distrito de Bragança espera que todo o processo de recuperação dos templos esteja concluído "o mais brevemente possível".
"Mesmo em tempos de crise e de austeridade não se pode diminuir a aposta na cultura por é nela que está espelhada a cultura de um povo, como é caso da concatedral de Miranda do Douro que, por ano, recebe milhares de visitantes", frisou.
Fonte da DRCN avançou à agência Lusa que têm sido efectuadas obras em vários imóveis religiosos na diocese Bragança-Miranda e, a título de exemplo, foi deixado o trabalho feito na igreja de Santo Cristo, em Outeiro (Bragança), realizado em parceria com a câmara de Bragança.
Por outro lado, surge o restauro das pinturas atribuídas a Grão Vasco do retábulo da capela-mor da igreja matriz de Freixo de Espada à Cinta.
"No caso de recuperação da concatedral de Miranda do Douro, esta está integrada no projecto da Rota da Catedrais e aguardando-se, por isso, a aprovação da candidatura pela CCDR Norte", concluiu a mesma fonte da DRCN.
Outros dos exemplos do "empenho" da DRCN em salvaguardar o património são as obras em curso no templo românico de Algosinho (Mogadouro) e no mosteiro de Castro Avelãs (Bragança).
in:cm.pt
Segundo o prelado, há templos que necessitam de intervenção, tais como a concatedral de Miranda do Douro, as igrejas de Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta ou o mosteiro de Castro de Avelãs (Bragança).
"Temos, na região, um conjunto de imóveis religiosos referenciados e com grande valor arquitectónico, artístico e cultural. Algum desse património tem andado descurado, embora esteja a ser feito um trabalho em articulação com entidades competentes, para que algumas dessas preocupações deixem de existir", acrescentou José Cordeiro.
A ideia do bispo diocesano passa pela criação de um circuito destinado ao turismo religioso na região, dignificando-se, ao mesmo tempo, os lugares onde a igreja se reúne para as orações.
Apesar de se iniciarem os primeiros passos por parte da Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN), no sentido de recuperar alguns templos, o chefe do clero no distrito de Bragança espera que todo o processo de recuperação dos templos esteja concluído "o mais brevemente possível".
"Mesmo em tempos de crise e de austeridade não se pode diminuir a aposta na cultura por é nela que está espelhada a cultura de um povo, como é caso da concatedral de Miranda do Douro que, por ano, recebe milhares de visitantes", frisou.
Fonte da DRCN avançou à agência Lusa que têm sido efectuadas obras em vários imóveis religiosos na diocese Bragança-Miranda e, a título de exemplo, foi deixado o trabalho feito na igreja de Santo Cristo, em Outeiro (Bragança), realizado em parceria com a câmara de Bragança.
Por outro lado, surge o restauro das pinturas atribuídas a Grão Vasco do retábulo da capela-mor da igreja matriz de Freixo de Espada à Cinta.
"No caso de recuperação da concatedral de Miranda do Douro, esta está integrada no projecto da Rota da Catedrais e aguardando-se, por isso, a aprovação da candidatura pela CCDR Norte", concluiu a mesma fonte da DRCN.
Outros dos exemplos do "empenho" da DRCN em salvaguardar o património são as obras em curso no templo românico de Algosinho (Mogadouro) e no mosteiro de Castro Avelãs (Bragança).
in:cm.pt
Uma pequena viagem pelas ruas de Bragança que tenta mostrar a quem não conhece alguns dos pontos de referencia.
in:facebook.com/?sk=welcome#!/gostode.braganca
Nunes preocupado com falta de chuva
As reservas de água de Bragança estão abaixo dos níveis normais para a época, devido à falta de chuva. Se não chover nos próximos meses o abastecimento de água no concelho pode ficar mesmo comprometido. O presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes, diz que a situação é preocupante. “Estamos num período bastante difícil. Durante o período de final de Outono e início de Inverno praticamente não choveu. Durante o mês de Janeiro a precipitação está nos níveis mais baixos dos últimos 60 anos, o que é preocupante.
Habitualmente em termos médios quer em Fevereiro, quer Março e Abril a precipitação já não é muito elevada. A situação é preocupante não só em termos de abastecimento público, mas também para a agricultura”, salienta o autarca.Jorge Nunes lembra que o problema da falta de água em Bragança já tem mais de 20 anos e afirma que só será resolvido com a construção da barragem de Veiguinhas.“Bragança tem um problema estrutural de abastecimento de água que se relaciona com a construção de uma segunda barragem.
Durante o período de final de Outono, Inverno e Primavera, em Bragança utilizamos sempre sistemas alternativos para durante esse período armazenar água na barragem de Serra Serrada para essa água abastecer a cidade em período seco. Se não chover o suficiente não haverá reposição dos níveis de água para alimentar os vários furos que existem para abastecer a parte rural, mas também pode não haver água suficiente para armazenar e responder a um período crítico”, realça Jorge Nunes.
O processo para a construção da barragem de Veiguinhas está em avaliação na Agência Portuguesa do Ambiente. Depois de terminado o período de discussão pública, Jorge Nunes aguarda agora uma resposta positiva.
Confrontado com esta situação, o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural não se quis pronunciar sobre o assunto. Daniel Campelo afirma que só falará sobre o assunto depois da Agência do Ambiente tomar uma decisão.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
Habitualmente em termos médios quer em Fevereiro, quer Março e Abril a precipitação já não é muito elevada. A situação é preocupante não só em termos de abastecimento público, mas também para a agricultura”, salienta o autarca.Jorge Nunes lembra que o problema da falta de água em Bragança já tem mais de 20 anos e afirma que só será resolvido com a construção da barragem de Veiguinhas.“Bragança tem um problema estrutural de abastecimento de água que se relaciona com a construção de uma segunda barragem.
Durante o período de final de Outono, Inverno e Primavera, em Bragança utilizamos sempre sistemas alternativos para durante esse período armazenar água na barragem de Serra Serrada para essa água abastecer a cidade em período seco. Se não chover o suficiente não haverá reposição dos níveis de água para alimentar os vários furos que existem para abastecer a parte rural, mas também pode não haver água suficiente para armazenar e responder a um período crítico”, realça Jorge Nunes.
O processo para a construção da barragem de Veiguinhas está em avaliação na Agência Portuguesa do Ambiente. Depois de terminado o período de discussão pública, Jorge Nunes aguarda agora uma resposta positiva.
Confrontado com esta situação, o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural não se quis pronunciar sobre o assunto. Daniel Campelo afirma que só falará sobre o assunto depois da Agência do Ambiente tomar uma decisão.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
Bragança - Três freguesias urbanas numa só
As três freguesias urbanas do concelho de Bragança podem vir a ser agregadas.No âmbito da reorganização territorial, Sé, Santa Maria e Samil podem vir a formar uma única junta.A proposta parte do executivo da Sé que já aprovou a medida em assembleia de freguesias. Para o presidente Paulo Xavier esta agregação faz todo o sentido “porque não prejudica os valores de proximidade, ou seja, está orientada para ganhos de escala como diz o documento verde, nomeadamente em relação à sua vizinhança e à confiança dos cidadãos”.
Paulo Xavier salienta que em relação aos eleitores da Sé “não vejo que se importem de que haja só uma freguesia pois a sua história mantém-se”.O autarca de Santa Maria aprova a ideia mas com condições.“Pensamos que poderá ser uma proposta aceitável na perspectiva de que a freguesia a ser constituída é uma freguesia por agregação e não por extinção” refere Jorge Novo, acrescentando que “também é naturalmente aceitável desde que sejam garantidas mais competências e distinguidas em relação ao município, bem como mais recursos financeiros”.
O autarca de Samil é que não parece muito convencido.“O que ficou decidido em assembleia de freguesia é que para já a freguesia é para manter, mas se por qualquer motivo não for possível aí tudo bem, mas também depende dos critérios que estiverem na sua base” afirma Eduardo Portela. “Para já não aceitamos e mantenho essa posição, mas também não ponho isso fora de hipótese” realça.
Resta aguardar pelo final do processo de reorganização territorial para saber se esta proposta irá avante ou não.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
Paulo Xavier salienta que em relação aos eleitores da Sé “não vejo que se importem de que haja só uma freguesia pois a sua história mantém-se”.O autarca de Santa Maria aprova a ideia mas com condições.“Pensamos que poderá ser uma proposta aceitável na perspectiva de que a freguesia a ser constituída é uma freguesia por agregação e não por extinção” refere Jorge Novo, acrescentando que “também é naturalmente aceitável desde que sejam garantidas mais competências e distinguidas em relação ao município, bem como mais recursos financeiros”.
O autarca de Samil é que não parece muito convencido.“O que ficou decidido em assembleia de freguesia é que para já a freguesia é para manter, mas se por qualquer motivo não for possível aí tudo bem, mas também depende dos critérios que estiverem na sua base” afirma Eduardo Portela. “Para já não aceitamos e mantenho essa posição, mas também não ponho isso fora de hipótese” realça.
Resta aguardar pelo final do processo de reorganização territorial para saber se esta proposta irá avante ou não.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
Fusão entre AFN e ICNB dá resposta mais eficiente
Já estão a ser estudadas no terreno as alterações que vão resultar da fusão da Autoridade Florestal Nacional com o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade.
O secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural afirma que o objectivo é dar uma resposta mais eficiente nesta área. Daniel Campelo afirma que são áreas complementares que devem trabalhar de mãos dadas.“Não é possível falar-se de conservação da natureza sem falarmos do envolvimento dos agricultores, dos agentes florestais e dos caçadores para termos um sucesso, por exemplo ao nível dos projectos de conservação do lobo e do lince, se não houver um envolvimento activo dos caçadores nessas preocupações de conservação da natureza. Esses projectos estarão votados ao fracasso”, salienta o governante.
Daniel Campelo não garante mais meios para o distrito de Bragança, mas garante que esta fusão vai acabar com situações de falta de veículos ou de falta de gasóleo para abastecer os veículos de serviço.“Pode não haver mais meios. Vai haver é melhor utilização dos meios. Espero que haja mais meios em zonas onde esses meios faltavam e que haja uma melhor utilização dos meios onde eram em excesso. O que esperamos é uma melhor racionalização dos meios humanos e financeiros.
Tínhamos situações em que tinham carros e não tinham gasóleo e alguns tinham gasóleo e não tinham carros”, constata o secretário de Estado.
Daniel Campelo a anunciar uma melhor gestão dos meios existentes nos sectores das Florestas e da Conservação da Natureza para dar uma resposta mais eficiente nestas áreas.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
O secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural afirma que o objectivo é dar uma resposta mais eficiente nesta área. Daniel Campelo afirma que são áreas complementares que devem trabalhar de mãos dadas.“Não é possível falar-se de conservação da natureza sem falarmos do envolvimento dos agricultores, dos agentes florestais e dos caçadores para termos um sucesso, por exemplo ao nível dos projectos de conservação do lobo e do lince, se não houver um envolvimento activo dos caçadores nessas preocupações de conservação da natureza. Esses projectos estarão votados ao fracasso”, salienta o governante.
Daniel Campelo não garante mais meios para o distrito de Bragança, mas garante que esta fusão vai acabar com situações de falta de veículos ou de falta de gasóleo para abastecer os veículos de serviço.“Pode não haver mais meios. Vai haver é melhor utilização dos meios. Espero que haja mais meios em zonas onde esses meios faltavam e que haja uma melhor utilização dos meios onde eram em excesso. O que esperamos é uma melhor racionalização dos meios humanos e financeiros.
Tínhamos situações em que tinham carros e não tinham gasóleo e alguns tinham gasóleo e não tinham carros”, constata o secretário de Estado.
Daniel Campelo a anunciar uma melhor gestão dos meios existentes nos sectores das Florestas e da Conservação da Natureza para dar uma resposta mais eficiente nestas áreas.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
Ciências Aplicadas em Bragança
Em Junho a cidade de Bragança vai receber o segundo Encontro das Universidades de Ciências Aplicadas.A novidade foi avançada esta segunda-feira pelo presidente do Instituto Politécnico durante as comemorações de 29 anos daquela instituição de ensino. “Há um grande movimento afirmativo ao nível da Europa, das chamadas Universidades das Ciências Aplicadas, no qual Portugal, que foi membro fundador, está incluído tal como o IPB” explica Sobrinho Teixeira, acrescentando que “engloba países como a Finlândia, a Irlanda, a Dinamarca, a Alemanha, a Noruega”.
“O primeiro encontro foi no ano passado em Helsínquia, e posso anunciar que de 2 a 5 de Junho Bragança irá ter o segundo encontro” adianta.
Sobrinho Teixeira admite que o grande desafio da instituição num futuro próximo passa pela reorganização de cursos, que o ministério está a estudar, mantendo a dimensão do IPB.“O que nos preocupa é que haja uma visão nacional de uma cobertura territorial resultando numa maior concentração de formações no litoral e num subsistema em detrimento de outro” afirma, defendendo “que se deve manter a actual percentagem dos subsistemas”.
“O reordenamento da rede e a reorganização de cursos tem de ter em conta estas realidades e não apenas as realidades de mercado e das apetências dos alunos. Também tem de se perceber o que é que o país precisa em termos de empregabilidade e está demonstrado que os sistema politécnico tem mais empregabilidade que o sistema universitário”. Para melhorar a qualidade de ensino, em breve será inaugurado o edifício sede do IPB.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
“O primeiro encontro foi no ano passado em Helsínquia, e posso anunciar que de 2 a 5 de Junho Bragança irá ter o segundo encontro” adianta.
Sobrinho Teixeira admite que o grande desafio da instituição num futuro próximo passa pela reorganização de cursos, que o ministério está a estudar, mantendo a dimensão do IPB.“O que nos preocupa é que haja uma visão nacional de uma cobertura territorial resultando numa maior concentração de formações no litoral e num subsistema em detrimento de outro” afirma, defendendo “que se deve manter a actual percentagem dos subsistemas”.
“O reordenamento da rede e a reorganização de cursos tem de ter em conta estas realidades e não apenas as realidades de mercado e das apetências dos alunos. Também tem de se perceber o que é que o país precisa em termos de empregabilidade e está demonstrado que os sistema politécnico tem mais empregabilidade que o sistema universitário”. Para melhorar a qualidade de ensino, em breve será inaugurado o edifício sede do IPB.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
IPB festeja 29 anos - O grande desafio da instituição, num futuro próximo, passa pela reorganização de cursos
Em Junho a cidade de Bragança vai receber o segundo Encontro das Universidades de Ciências Aplicadas. A novidade foi avançada ontem pelo presidente do Instituto Politécnico (IPB)durante as comemorações de 29 anos daquela instituição de ensino.
“Há um grande movimento afirmativo ao nível da Europa, das chamadas Universidades das Ciências Aplicadas, no qual Portugal, que foi membro fundador, está incluído tal como o IPB”, explica Sobrinho Teixeira, acrescentando que “engloba países como a Finlândia, a Irlanda, a Dinamarca, a Alemanha, a Noruega”. “O primeiro encontro foi no ano passado em Helsínquia, e posso anunciar que de 2 a 5 de Junho Bragança irá ter o segundo encontro”, adianta.
Sobrinho Teixeira admite que o grande desafio da instituição num futuro próximo passa pela reorganização de cursos, que o ministério está a estudar, mantendo a dimensão do IPB. “O que nos preocupa é que haja uma visão nacional de uma cobertura territorial resultando numa maior concentração de formações no litoral e num subsistema em detrimento de outro” afirma, defendendo “que se deve manter a actual percentagem dos subsistemas”. “O reordenamento da rede e a reorganização de cursos tem de ter em conta estas realidades e não apenas as realidades de mercado e das apetências dos alunos. Também tem de se perceber o que é que o país precisa em termos de empregabilidade e está demonstrado que os sistema politécnico tem mais empregabilidade que o sistema universitário”.
Instituto vai ter cursos leccionados em inglês ainda este ano
A cerimónia comemorativa contou com uma Oração de Sapiência proferida pelo bispo de Bragança-Miranda, D. José Garcia Cordeiro. A entrega de bolsas, prémios e diplomas aos alunos, bem como de medalha comemorativa aos funcionários docentes e não docentes que completaram 10 e 20 anos de serviço, foram outros dos pontos altos do aniversário.
O Instituto Politécnico de Bragança vai ter cursos leccionados em inglês este ano.
De acordo com o presidente do IPB, o objectivo é trazer mais alunos para a instituição. “A decisão está tomada. Vamos agora ver quais são os cursos porque nós sentimos que para internacionalizar mais a instituição já é necessário dar esse passo e isso vai exigir um esforço muito grande”, refere Sobrinho Teixeira, acrescentando que “o objectivo dos cursos em inglês não vai ser só para os alunos estrangeiros mas também levar a que os alunos portugueses também queiram receber aulas nesta língua porque isso vai aumentar muito o seu mercado de trabalho”. Ainda assim confessa que o principal objectivo é “aumentar o número de alunos de países europeus e extracomunitários e isso só é possível dando cursos integralmente em inglês”.O anúncio de quais os cursos a serem leccionados em inglês virá apenas mais tarde. Isto vai tornar o politécnico maior. Com alunos portugueses em mobilidade mais os estrangeiros, já há quase mil. “Nós iremos escolher cursos em diferentes áreas procurando ter aqui uma abrangência grande o que irá tornar o politécnico maior e com mais capacidade” afirma. “O nosso objectivo é ultrapassar o milhar de estudantes estrangeiros tornando a cidade de Bragança mais cosmopolita” salienta.
Sobrinho Teixeira acredita que os cursos em inglês são uma medida que vai aumentar a qualidade dos parceiros da instituição.
in:jornalnordeste.com
“Há um grande movimento afirmativo ao nível da Europa, das chamadas Universidades das Ciências Aplicadas, no qual Portugal, que foi membro fundador, está incluído tal como o IPB”, explica Sobrinho Teixeira, acrescentando que “engloba países como a Finlândia, a Irlanda, a Dinamarca, a Alemanha, a Noruega”. “O primeiro encontro foi no ano passado em Helsínquia, e posso anunciar que de 2 a 5 de Junho Bragança irá ter o segundo encontro”, adianta.
Sobrinho Teixeira admite que o grande desafio da instituição num futuro próximo passa pela reorganização de cursos, que o ministério está a estudar, mantendo a dimensão do IPB. “O que nos preocupa é que haja uma visão nacional de uma cobertura territorial resultando numa maior concentração de formações no litoral e num subsistema em detrimento de outro” afirma, defendendo “que se deve manter a actual percentagem dos subsistemas”. “O reordenamento da rede e a reorganização de cursos tem de ter em conta estas realidades e não apenas as realidades de mercado e das apetências dos alunos. Também tem de se perceber o que é que o país precisa em termos de empregabilidade e está demonstrado que os sistema politécnico tem mais empregabilidade que o sistema universitário”.
Instituto vai ter cursos leccionados em inglês ainda este ano
A cerimónia comemorativa contou com uma Oração de Sapiência proferida pelo bispo de Bragança-Miranda, D. José Garcia Cordeiro. A entrega de bolsas, prémios e diplomas aos alunos, bem como de medalha comemorativa aos funcionários docentes e não docentes que completaram 10 e 20 anos de serviço, foram outros dos pontos altos do aniversário.
O Instituto Politécnico de Bragança vai ter cursos leccionados em inglês este ano.
De acordo com o presidente do IPB, o objectivo é trazer mais alunos para a instituição. “A decisão está tomada. Vamos agora ver quais são os cursos porque nós sentimos que para internacionalizar mais a instituição já é necessário dar esse passo e isso vai exigir um esforço muito grande”, refere Sobrinho Teixeira, acrescentando que “o objectivo dos cursos em inglês não vai ser só para os alunos estrangeiros mas também levar a que os alunos portugueses também queiram receber aulas nesta língua porque isso vai aumentar muito o seu mercado de trabalho”. Ainda assim confessa que o principal objectivo é “aumentar o número de alunos de países europeus e extracomunitários e isso só é possível dando cursos integralmente em inglês”.O anúncio de quais os cursos a serem leccionados em inglês virá apenas mais tarde. Isto vai tornar o politécnico maior. Com alunos portugueses em mobilidade mais os estrangeiros, já há quase mil. “Nós iremos escolher cursos em diferentes áreas procurando ter aqui uma abrangência grande o que irá tornar o politécnico maior e com mais capacidade” afirma. “O nosso objectivo é ultrapassar o milhar de estudantes estrangeiros tornando a cidade de Bragança mais cosmopolita” salienta.
Sobrinho Teixeira acredita que os cursos em inglês são uma medida que vai aumentar a qualidade dos parceiros da instituição.
in:jornalnordeste.com
Um Inverno, quase Bragança
Foto: Eduardo |
Fui para a cozinha onde ainda não estava ninguém. O lume estava apagado e não havia lenha para o acender, não que eu o soubesse fazer mas, se a houvesse, podia sempre tentar, quem sabe…
Sentei-me, enrolada numa manta que estava sobre o escano e aguardei, impaciente, que alguém se fizesse sentir.
Algum tempo depois, meia hora talvez, surge o meu avô. “Ó rapariga, que é que estás a fazer a pé tão cedo com este frio?” “A tia disse que vamos para Bragança.” “Isso sei-o eu, mas a tua tia gosta mais de dormir do que tu. Ainda vais ter de esperar um bocado. Deixa-me acender o lume que deves estar gelada.” Era verdade! Estava realmente com frio e tinha os pés e as mãos nada quentes.
O meu avô abriu a porta e eu fui atrás dele. Estava farta de estar ali sentada sem fazer nada. Podia ser que me ajudasse a aquecer. Estava tudo completamente branco de geada. Dos beirais das casas penduravam-se belos pingentes de gelo. A água do tanque tipo por cima uma grossa camada de gelo que eu tentei partir com uma pedra que ali havia. Esforço infrutífero. Não consegui fazer a mais pequena mossa naquele bloco. Olhei para as minhas mãos e vi que estavam vermelhas, muito vermelhas. Não me importei. Parecia uma criança à descoberta de tesouros únicos.
Junto à parede exterior da casa virada para o tanque existia uma enorme e antiga roseira, agora completamente despida de folhas mas cheia de flores brilhantes de cristalino gelo. No adro da igreja, as oliveiras da Senhora, pareciam princesas enfeitadas para o seu casamento. Tantos pingentes a reluzir no alvorecer da manhã!
Olhei em volta e apaixonei-me, perdidamente, como no poema de Florbela Espanca. A paisagem que circundava a, agora, minha aldeia, era deslumbrante, inopinadamente, descobri que era ali que eu me encontraria sempre que fosse necessário encontrar-me…
Ouvi, como num sonho, chamar por mim. Lentamente regressei ao frio. Virei-me para a casa com algum vigor e escorreguei. Não sei como, agarrei-me ao rebordo do tanque e, muito a custo, consegui equilibrar-me. Vi o meu avô, à porta, a mandar-me entrar. Encaminhei-me para casa não sem alguma dificuldade de que só agora me apercebera.
Subi as escadas e senti o bafo quente do lume aceso. O cheiro da lenha entranhava-se-me nas narinas sem que o conseguisse reconhecer. Acordava, finalmente, para a minha nova realidade de que ainda nada conhecia. O dia prometia ser longo de emoções e descobertas. O tempo tinha parado na inexistência de mim, ali, livro aberto, ávido de novos saberes.
“És bem maluquinha, filha! Com o frio que faz lá fora, tão mal agasalhada…” “Ó avô, é tudo tão lindo!” “Esta agora! Esta rapariga não é bem certa da cabeça…” O meu avô ria-se.
“Deixa-me ver as tuas mãos. Pois, estão frias como gelo. Espero que não te constipes. Aquece-te! Vamos lá fazer café.”
Foi até ao louceiro e trouxe o pote que normalmente se usava para fazer o café. Encheu-o de água e pousou no lar. Mandou-me baixar a mesa e por a toalha. Foi buscar o pão, o queijo, o presunto, uma chouriça e, claro, a chicha gorda, sua preferida. Trouxe, ainda, mel das suas colmeias. Dentro do frasco estava um favo. Abriu-o e, com a sua palaçoulo, cortou um pedacinho do favo e passou-mo para a mão em cima de uma pequena fatia de pão. “Experimenta!” Ordenou.
Assim fiz. Só quem já chupou um favo de mel pode entender aquela sensação. Lambuzamo-nos todos, sentimos na boca o mel de sabor incomparável e o sabor a cera no final. É uma experiência diferente, agradável, cada vez mais rara. Lavei as pontas dos dedos na água do lato que já aquecia ao lume. Limpei-os a um pano que por ali se encontrava.
Estava, finalmente, quente, reconfortada… A minha avó apareceu vinda do nada. Deu os bons dias. Dei-lhe um beijo. Sentou-se num tripé quase em cima das brasas. Tinha frio.
O café estava pronto, comíamos os três em silêncio, eu, apreciando os novos sabores, eles, silenciosamente sábios, dos muitos anos já vividos, observavam.
Lá fora brilhava o sol coberto de inverno, lindo!
“Bom dia! Isso é que foi madrugar!”
Bragança distava uns escassos quarenta quilómetros dali. Algumas peças de roupa numa pequena mala. O Joli a ladrar alegremente. A gata a miar aninhada junto à lareira…
“Vamos embora. Até amanhã.” “Tchau avô, tchau avó!” O pequeno e valente carro verde, retirado da garagem, responde à primeira. Patina ligeiramente. O choro dos pingentes de gelo é preguiçoso.
Mara Cepeda
in:nordestecomcarinho.blogspot.com
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Caretos de Ousilhão
Os Caretos ou Mascarados de Ousilhão têm na Festa de Sto Estêvão o móbil da sua celebração. Cremos que terá sido a cristianização de rituais mais antigos, pré-cristãos, o alicerce de toda a actuação. Seria um expulsar das forças adversas da aldeia e casas e a propiciatória celebração das forças do bem do deus Sol ou do fogo fonte de vida. As celebrações iniciam-se a 25 de Dezembro e é conhecida por «Festa de Natal», em que o «Rei» e quatro moços, por ele convidados, fazem a «ronda» do peditório ou das Boas-Festas, de casa em casa, seguidos por um grupo de jovens mascarados que dançam, chocalham, gritam e cantam:
Estas casas estão caiadas,
Cá por drento, cá por fora,
Muntos anos vivam nelas,
Os senhores que nelas moram!
A 26 de Dezembro, os mordomos, («Rei» e dois vassais ou vassalos), acompanhados de tocadores e dos rapazes mascarados ou caretos, fazem nova ronda ou alvorada, esta em hornra de Sto Estêvão. Vão de casa em casa, pelos sete bairros da aldeia, pedindo, dançando em torno da mesa posta com iguarias e bebidas e cantando:
Alebantem-se ó senhores
Desses teus escanos dourados
Dai a esmola ao Santo Estêvão,
Que ele vos dará o pago!
Terminada a ronda, o «rei» e os vassais vão para a igreja e inicia-se a missa, que assistem junto ao altar. Ali é eleito o novo Rei e vassais ou mordomos para o ano seguinte e benzido o pão. Terminada a missa organiza-se o cortejo com carro de bois em que seguem os mordomos e as oferendas, seguidos dos mascarados e dos presentes. Dão uma volta à igreja e voltam ao largo onde está a «Mesa (corrida) de Sto Estêvão» ou «Mesa do Povo» com as oferendas e que é benzida pelo padre, passando-se ao leilão e arrematação da mesa. Enquanto isto, alguns dos ajudantes vão partindo e dando uns cibos dos trigos e vinho às pessoas. A festa continua à noite com a «galhofa» onde baila toda a minha gente. É desconfortante ver que o pão não é produzido na aldeia, vindo duma padaria de Bragança. Hoje o Rei já não convida as pessoas para sua casa para comerem e beberem como, ainda, sucede nos Reis, em Vale de Salgueiro.
O peditório do primeiro dia destina-se à Igreja e o do segundo é para ajudar a custear as despesas e juntar mimos do fumeiro para comezaina dos rapazes. Abezei, como dádiva, para temperos, uma bela tira de carne de porco bísaro regalo do Anselmo. Muitos dos ousilhanenses da diáspora regressam à terra, nestes dias, para reviverem a tradição. Este ano, por calhar a uma segunda-feira teve menos gente.
Fui convidado do Prof. Luís Garcia, que me deu todas as atenções e explicações, juntando em sua casa a família Flandório (Ferrador, de Vale de Salgueiro). A refeição foi junto à lareira onde os nacos e o rodeão de vitela, de Vinhais, iam assando, com um aroma e paladar divinais. O vinho «Ferrador» afastava o frio para bem longe.
Para além da festa, marcou-me a harmonia e laços fraternos que unem a família do Flandório e que devem ser motivo de orgulho para este amigo. Fui tão bem recebido que me senti como mais um entre esta família, por isso lhes estou grato.
Nota: Ousilhão é uma aldeia do concelho de Vinhais, distrito de Bragança - Portugal.
Por: Jorge Lage
in:jornal.netbila.net
«Há idosos tão sozinhos que tem de ser a paróquia a pagar o funeral» - Alerta parte de D. José Cordeiro
Bispo de Bragança-Miranda considera alarmante o problema de abandono de idosos e relata casos dramáticos na região transmontana.
O alerta parte de D. José Cordeiro. O bispo de Bragança-Miranda refere que, na sua diocese, há casos de abandono de idosos que são tão dramáticos que até para serem sepultados têm de ser as paróquias ou as instituições sociais a pagar as despesas do funeral.
São situações que D. José Cordeiro tem acompanhado nos hospitais e noutras instituições sociais da região. “É um problema alarmante”, diz, acrescentando que “não esperava ver [um problema] com esta dimensão” na região transmontana.
“O abandono chega a tal ordem que têm de ser as instituições de solidariedade ou as paróquias a suportar o custo do funeral dessas pessoas abandonadas”, conta D. José Cordeiro.
O bispo de Bragança-Miranda considera que estas situações \"são o reflexo de uma pobreza que não pode ser ignorada\". O problema “exige a colaboração de todos”, refere. “Nós temos a obrigação de não só chamar a atenção destes casos, mas ajudar à sua resolução”, conclui D. José Cordeiro
Domingos Pinto; Renascença
O alerta parte de D. José Cordeiro. O bispo de Bragança-Miranda refere que, na sua diocese, há casos de abandono de idosos que são tão dramáticos que até para serem sepultados têm de ser as paróquias ou as instituições sociais a pagar as despesas do funeral.
São situações que D. José Cordeiro tem acompanhado nos hospitais e noutras instituições sociais da região. “É um problema alarmante”, diz, acrescentando que “não esperava ver [um problema] com esta dimensão” na região transmontana.
“O abandono chega a tal ordem que têm de ser as instituições de solidariedade ou as paróquias a suportar o custo do funeral dessas pessoas abandonadas”, conta D. José Cordeiro.
O bispo de Bragança-Miranda considera que estas situações \"são o reflexo de uma pobreza que não pode ser ignorada\". O problema “exige a colaboração de todos”, refere. “Nós temos a obrigação de não só chamar a atenção destes casos, mas ajudar à sua resolução”, conclui D. José Cordeiro
Domingos Pinto; Renascença
Futuro da Região
A Feira da Caça e do Turismo é também uma oportunidade para debater o futuro destas duas áreas no concelho de Macedo de Cavaleiros.
Bragança - União de nacionalidades
Unir nacionalidades é o grande objetivo deste dia. Na manhã de 28 de Janeiro, o Pavilhão municipal abriu as portas a homens e mulheres de 25 países num convívio promovido pelo Município e que junta a comunidade imigrante da cidade de Bragança.
Cerca de 70% da amêndoa portuguesa é produzida na região de Trás-os-Montes e Alto Douro
A região de Trás-os-Montes e Alto Douro produz cerca de cinco mil toneladas de amêndoa por ano. A renovação dos amendoais está a levar ao aumento da produção. As características do terreno e do clima contribuem para a qualidade do produto.
I CORRIDA DE CARROS DE ROLAMENTOS
Esta iniciativa, inserida no programa de gastronomia do Mercadinho da vila de
Alfândega da Fé, visa essencialmente proporcionar uma actividade diferente,
relembrando velhos tempos, e dando a possibilidade a todos os participantes de
mostrarem a sua criatividade e habilidade. Apesar do seu grau competitivo, a Corrida de Carros de Rolamentos, tem como propósito o convívio, a diversão e o entretenimento entre todos os participantes, devendo o desportivismo merecer nota de destaque ao longo do seu decorrer.
in:cm-alfandegadafe.pt
Alfândega da Fé, visa essencialmente proporcionar uma actividade diferente,
relembrando velhos tempos, e dando a possibilidade a todos os participantes de
mostrarem a sua criatividade e habilidade. Apesar do seu grau competitivo, a Corrida de Carros de Rolamentos, tem como propósito o convívio, a diversão e o entretenimento entre todos os participantes, devendo o desportivismo merecer nota de destaque ao longo do seu decorrer.
REGULAMENTO_CARRINHOS_DE_ROLAMENTOS509.55 KB
2012.01.28 in:cm-alfandegadafe.pt
Sónia Pereira recebe prémio de atleta do ano em kickboxing
A atleta do Ginásio Clube Mirandelense conta já com mais de 20 anos de carreira e destaca a importância deste prémio.
Sónia Pereira, do Ginásio Clube Mirandelense, foi distinguida com o prémio atleta do ano de kickboxing no 3º congresso da Federação Portuguesa da modalidade realizado no sábado em Torres Vedras. Esta não é a primeira vez que a atleta recebe esta distinção, a primeira foi em 1997. Sónia confessa que não estava à espera do prémio:
“Nem sabia que estava nomeada, foi uma surpresa do meu treinador. Sabia que ia receber uma menção honrosa pela medalha de bronze no campeonato do mundo de kickboxing. Quando me chamaram para as três nomeadas fiquei surpreendida”.
A medalha de bronze conquistada no campeonato do Mundo de Kickboxing muito contribuiu para esta distinção. Para Sónia Pereira, que já conta com mais de 20 anos de carreira, é um prémio muito especial:
“É um prémio muito especial porque consegui que o ano de 2011 se tornasse um ano de muitas vitórias, trouxe uma medalha de bronze para Portugal e consegui o apuramento directo para os Jogos Olímpicos de Desportos de Combate. É um prémio com muito significado na minha carreira”.
Sónia Pereira já está a prepara-se para o Open da Alemanha no próximo mês de Fevereiro. Depois segue-se a Copa do Mundo de Kickboxing no Brasil em Maio, em Julho o Campeonato do Mundo para profissionais em Mirandela e em Novembro o campeonato da Europa na Turquia. Já em 2013 Sónia Pereira vai participar nos Jogos Olímpicos de Desportos de Combate.
Também José Pina, treinador de Sónia Pereira, campeão do mundo, europeu e intercontinental foi congratulado pelo presidente da Federação de Kickboxing, Mário Fernandes, com o prémio de melhor carreira desportiva.
in:rba.pt
Sónia Pereira, do Ginásio Clube Mirandelense, foi distinguida com o prémio atleta do ano de kickboxing no 3º congresso da Federação Portuguesa da modalidade realizado no sábado em Torres Vedras. Esta não é a primeira vez que a atleta recebe esta distinção, a primeira foi em 1997. Sónia confessa que não estava à espera do prémio:
“Nem sabia que estava nomeada, foi uma surpresa do meu treinador. Sabia que ia receber uma menção honrosa pela medalha de bronze no campeonato do mundo de kickboxing. Quando me chamaram para as três nomeadas fiquei surpreendida”.
A medalha de bronze conquistada no campeonato do Mundo de Kickboxing muito contribuiu para esta distinção. Para Sónia Pereira, que já conta com mais de 20 anos de carreira, é um prémio muito especial:
“É um prémio muito especial porque consegui que o ano de 2011 se tornasse um ano de muitas vitórias, trouxe uma medalha de bronze para Portugal e consegui o apuramento directo para os Jogos Olímpicos de Desportos de Combate. É um prémio com muito significado na minha carreira”.
Sónia Pereira já está a prepara-se para o Open da Alemanha no próximo mês de Fevereiro. Depois segue-se a Copa do Mundo de Kickboxing no Brasil em Maio, em Julho o Campeonato do Mundo para profissionais em Mirandela e em Novembro o campeonato da Europa na Turquia. Já em 2013 Sónia Pereira vai participar nos Jogos Olímpicos de Desportos de Combate.
Também José Pina, treinador de Sónia Pereira, campeão do mundo, europeu e intercontinental foi congratulado pelo presidente da Federação de Kickboxing, Mário Fernandes, com o prémio de melhor carreira desportiva.
in:rba.pt
Bragança: A comparticipação do Estado às IPSS com lares para idosos só chega para um terço das despesas.
Nuno Vaz, presidente da Obra Social Padre Miguel, alertou o Ministro da Solidariedade e Segurança Social para o facto de as verbas do Estado não chegarem para o total das despesas das IPSS.
Este foi um dos recados do presidente da Obra Social Padre Miguel dado ao ministro da Solidariedade e Segurança Social na visita a Bragança na sexta-feira.
Nuno Vaz refere que a parte da receita proveniente do Estado só dá para os salários dos funcionários:
“Recebemos entre 57 a 60 mil euros por mês. Esse dinheiro é todo ele para os ordenados dos 98 funcionários, o resto resulta do que conseguimos arranjar, do que pagam os utentes”.
O lar residencial, em que os idosos podem optar pela compra de suites, está a servir para cobrir parte das despesas da obra social. Desde a abertura, esta unidade já representou uma receita de mais de um milhão de euros, que serviu para ajudar a financiar o lar e os restantes serviços da instituição:
“Esse facto dá-nos uma certa satisfação e significa que a aposta está ganha para quem pode e para quem precisa”.
A obra social Padre Miguel tem quase 100 funcionários, a lista de espera para o lar é superior a 200 pessoas.
A instituição possui valências várias como lar e lar residencial, apoio domiciliário, infantário e ATL. A obra social vai adquirir em breve uma ambulância para permitir um transporte para meio hospitalar mais rápido em situação de urgência.
in:rba.pt
Este foi um dos recados do presidente da Obra Social Padre Miguel dado ao ministro da Solidariedade e Segurança Social na visita a Bragança na sexta-feira.
Nuno Vaz refere que a parte da receita proveniente do Estado só dá para os salários dos funcionários:
“Recebemos entre 57 a 60 mil euros por mês. Esse dinheiro é todo ele para os ordenados dos 98 funcionários, o resto resulta do que conseguimos arranjar, do que pagam os utentes”.
O lar residencial, em que os idosos podem optar pela compra de suites, está a servir para cobrir parte das despesas da obra social. Desde a abertura, esta unidade já representou uma receita de mais de um milhão de euros, que serviu para ajudar a financiar o lar e os restantes serviços da instituição:
“Esse facto dá-nos uma certa satisfação e significa que a aposta está ganha para quem pode e para quem precisa”.
A obra social Padre Miguel tem quase 100 funcionários, a lista de espera para o lar é superior a 200 pessoas.
A instituição possui valências várias como lar e lar residencial, apoio domiciliário, infantário e ATL. A obra social vai adquirir em breve uma ambulância para permitir um transporte para meio hospitalar mais rápido em situação de urgência.
in:rba.pt
Distrito de Bragança pode perder quatro tribunais
Os tribunais de Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Vimioso e Vinhais podem encerrar no âmbito da reorganização do mapa judiciário. Estes quatro tribunais de 1ª instância fazem parte da lista de encerramentos que o Ministério da Justiça deverá submeter a votação na Assembleia da República até ao final do ano.
Os autarcas transmontanos estão contra esta medida do Governo. O presidente da Câmara de Vinhais diz mesmo que o tribunal local registou um aumento de processos. Para Américo Pereira a proposta do governo é um convite à justiça pelas próprias mãos.“É uma decisão péssima. O critério que utilizam é o de menos de 250 processos, com menos de uma hora de distância à comarca mais próxima e da qualidade das instalações. No que diz respeito a esses critérios Vinhais não se integra neles. Isto é um convite para que as pessoas resolvam os problemas pelas suas próprias mãos, porque ninguém está para pegar em 10 ou 15 testemunhas e levá-las para Bragança e chegar lá e ser adiado e andamos nesta vida”, afirma Américo Pereira. A presidente da Câmara de Alfândega da Fé considera inaceitável que os cidadãos do interior deixem de ter acesso à Justiça. Berta Nunes afirma que só as pessoas com dinheiro poderão recorrer aos tribunais
“Estamos a assistir a uma série de medidas que faz lembrar que este governo quer encerrar todo o interior. O encerramento do tribunal vai fazer com que os nossos munícipes deixem de ter acesso à justiça. Porque se vamos ter apenas uma comarca e toda a gente tiver que se deslocar a Bragança para qualquer julgamento só as pessoas com dinheiro poderão ter acesso à justiça. Vamos lutar contra isso e certamente que não vamos lutar sozinhos”, garante Berta Nunes.
Já para o autarca de Vimioso o encerramento do tribunal vai contribuir para a desertificação do concelho. José Rodrigues teme pelos postos de trabalho que podem ser extintos.
“É uma situação má para o concelho, o nosso concelho está bem financeiramente, temos feito vários investimentos para fixar pessoas no concelho e agora o governo encerra o tribunal que é uma frustração para nós”, afirma o autarca.
A Brigantia tentou ouvir a posição do presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães, mas apesar das várias tentativas José Luís Correia esteve sempre indisponível.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
Os autarcas transmontanos estão contra esta medida do Governo. O presidente da Câmara de Vinhais diz mesmo que o tribunal local registou um aumento de processos. Para Américo Pereira a proposta do governo é um convite à justiça pelas próprias mãos.“É uma decisão péssima. O critério que utilizam é o de menos de 250 processos, com menos de uma hora de distância à comarca mais próxima e da qualidade das instalações. No que diz respeito a esses critérios Vinhais não se integra neles. Isto é um convite para que as pessoas resolvam os problemas pelas suas próprias mãos, porque ninguém está para pegar em 10 ou 15 testemunhas e levá-las para Bragança e chegar lá e ser adiado e andamos nesta vida”, afirma Américo Pereira. A presidente da Câmara de Alfândega da Fé considera inaceitável que os cidadãos do interior deixem de ter acesso à Justiça. Berta Nunes afirma que só as pessoas com dinheiro poderão recorrer aos tribunais
“Estamos a assistir a uma série de medidas que faz lembrar que este governo quer encerrar todo o interior. O encerramento do tribunal vai fazer com que os nossos munícipes deixem de ter acesso à justiça. Porque se vamos ter apenas uma comarca e toda a gente tiver que se deslocar a Bragança para qualquer julgamento só as pessoas com dinheiro poderão ter acesso à justiça. Vamos lutar contra isso e certamente que não vamos lutar sozinhos”, garante Berta Nunes.
Já para o autarca de Vimioso o encerramento do tribunal vai contribuir para a desertificação do concelho. José Rodrigues teme pelos postos de trabalho que podem ser extintos.
“É uma situação má para o concelho, o nosso concelho está bem financeiramente, temos feito vários investimentos para fixar pessoas no concelho e agora o governo encerra o tribunal que é uma frustração para nós”, afirma o autarca.
A Brigantia tentou ouvir a posição do presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães, mas apesar das várias tentativas José Luís Correia esteve sempre indisponível.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
Bragança contra os critérios para a extinção de freguesias
A Assembleia Municipal de Bragança rejeita os critérios presentes no documento verde referentes à agregação de freguesias. O assunto foi debatido em sessão extraordinária, na passada sexta-feira.
Depois de auscultar os presidentes de junta e da câmara, a comissão administrativa local, criada no âmbito da assembleia, elaborou um relatório apresentado nesta sessão.O presidente da comissão, Aníbal Morais, dá conta das conclusões.“Vai implicar alguns constrangimentos e a maior parte dos que foram ouvidos estão contra, porque pensam que poderá vir a ser mais complicado para as freguesias mais longe da sede de concelho.”Já o representante das juntas de freguesia na Assembleia Municipal, Adriano Rodrigues, diz que há critérios com os quais não concordam e dá um exemplo.“Estamos preocupados por o critério não ser igual a nível nacional. Devia ser tudo uniforme.”Nesta assembleia PSD e CDU apresentaram moções que acabaram por ser retiradas para ser apresentada uma moção de consenso entre todos os grupos municipais.A apresentação ficou a cargo do presidente da junta de freguesia de Gimonde.Vítor Alves diz que o documento pretende ver dignificado o papel das freguesias na defesa dos interesses da população.“Que as juntas tenham uma certa autonomia política e financeira e vejam reforçadas as suas competências. Só assim haverá coesão nacional.” Os partidos da esquerda manifestam-se contra este documento verde.
“Na opinião do PS devia começar por haver entendimento para uma nova lei autárquica. Como foi feito a régua e esquadro, com divisão de território feita em Lisboa, somos contra”, diz. Por sua vez, José Brinquete, da CDU, diz que “vários estudos indicam que em Bragança se extinguiam trinta e tal freguesias. É uma estupidez”, diz. Já Luís Vale, do Bloco de Esquerda, entende que o documento verde “prejudica a cidadania e reduz a capacidade de os cidadãos se poderem manifestar.” João Lourenço, do Movimento Independente Sempre Presente, diz que “os critérios não estão adequados à nossa região”.
A direita defende a reorganização do território mas não de uma forma cega.
“Entendemos que é importante fazer a reforma mas tem de ser mais participada e de ter em conta as especificidades do nosso território”, disse António Malhão, do PSD. Já Guedes de Almeida, do PP, diz que será “positivo para as freguesias”, sobretudo a extinção de vários presidentes.
Apesar da procura de um consenso em relação a esta matéria, a moção foi aprovada com nove votos contra, sete abstenções, e 66 votos a favor.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
Depois de auscultar os presidentes de junta e da câmara, a comissão administrativa local, criada no âmbito da assembleia, elaborou um relatório apresentado nesta sessão.O presidente da comissão, Aníbal Morais, dá conta das conclusões.“Vai implicar alguns constrangimentos e a maior parte dos que foram ouvidos estão contra, porque pensam que poderá vir a ser mais complicado para as freguesias mais longe da sede de concelho.”Já o representante das juntas de freguesia na Assembleia Municipal, Adriano Rodrigues, diz que há critérios com os quais não concordam e dá um exemplo.“Estamos preocupados por o critério não ser igual a nível nacional. Devia ser tudo uniforme.”Nesta assembleia PSD e CDU apresentaram moções que acabaram por ser retiradas para ser apresentada uma moção de consenso entre todos os grupos municipais.A apresentação ficou a cargo do presidente da junta de freguesia de Gimonde.Vítor Alves diz que o documento pretende ver dignificado o papel das freguesias na defesa dos interesses da população.“Que as juntas tenham uma certa autonomia política e financeira e vejam reforçadas as suas competências. Só assim haverá coesão nacional.” Os partidos da esquerda manifestam-se contra este documento verde.
“Na opinião do PS devia começar por haver entendimento para uma nova lei autárquica. Como foi feito a régua e esquadro, com divisão de território feita em Lisboa, somos contra”, diz. Por sua vez, José Brinquete, da CDU, diz que “vários estudos indicam que em Bragança se extinguiam trinta e tal freguesias. É uma estupidez”, diz. Já Luís Vale, do Bloco de Esquerda, entende que o documento verde “prejudica a cidadania e reduz a capacidade de os cidadãos se poderem manifestar.” João Lourenço, do Movimento Independente Sempre Presente, diz que “os critérios não estão adequados à nossa região”.
A direita defende a reorganização do território mas não de uma forma cega.
“Entendemos que é importante fazer a reforma mas tem de ser mais participada e de ter em conta as especificidades do nosso território”, disse António Malhão, do PSD. Já Guedes de Almeida, do PP, diz que será “positivo para as freguesias”, sobretudo a extinção de vários presidentes.
Apesar da procura de um consenso em relação a esta matéria, a moção foi aprovada com nove votos contra, sete abstenções, e 66 votos a favor.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
Bragança atrai imigrantes
Bragança é uma cidade atractiva para os estudantes oriundos de outros países. Quem o diz é o presidente da Câmara de Bragança, que participou, no passado sábado, no VIII Encontro de Imigrantes, promovido pela autarquia. Jorge Nunes mostrou-se satisfeito com a participação de 258 imigrantes no evento.
“Houve uma grande afluência, de pessoas de 21 países, a maioria jovens, muitos estudantes, do IPB e da Escola Prática Universal. Alguns casais com os filhos nas escolas e devidamente integrados, pessoas que trabalham, num total de 800 cidadãos estrangeiros legalizados em Bragança, o que é significativo na nossa cidade”, afirma o edil.
Mesmo assim há muitos imigrantes que já regressaram aos seus países por falta de emprego. O decréscimo da actividade na construção civil também estará na origem do regresso de alguns imigrantes aos seus países. Jorge Nunes afirma que este é um fenómeno a nível nacional.
“A nível do País e Bragança não fugirá a essa situação a redução da actividade económica e o aumento de desemprego levou algumas comunidades imigrantes a procurar outras paragens e até a rumar aos seus países de origem. Essa redução é na ordem dos 17 por cento”, constata o autarca.
Durante o encontro, os imigrantes participaram em provas desportivas e fizeram demonstrações gastronómicas dos seus países de origem, num dia marcada pelo convívio.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
“Houve uma grande afluência, de pessoas de 21 países, a maioria jovens, muitos estudantes, do IPB e da Escola Prática Universal. Alguns casais com os filhos nas escolas e devidamente integrados, pessoas que trabalham, num total de 800 cidadãos estrangeiros legalizados em Bragança, o que é significativo na nossa cidade”, afirma o edil.
Mesmo assim há muitos imigrantes que já regressaram aos seus países por falta de emprego. O decréscimo da actividade na construção civil também estará na origem do regresso de alguns imigrantes aos seus países. Jorge Nunes afirma que este é um fenómeno a nível nacional.
“A nível do País e Bragança não fugirá a essa situação a redução da actividade económica e o aumento de desemprego levou algumas comunidades imigrantes a procurar outras paragens e até a rumar aos seus países de origem. Essa redução é na ordem dos 17 por cento”, constata o autarca.
Durante o encontro, os imigrantes participaram em provas desportivas e fizeram demonstrações gastronómicas dos seus países de origem, num dia marcada pelo convívio.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
Ministro garante que nenhum enfermeiro dos centros de saúde será dispensado
O ministro da Saúde garantiu nesta sábado que nenhum enfermeiro dos centros de saúde será despedido e que os contratos já foram renovados. No entanto, o bastonário da ordem afirmou que a situação ainda não está completamente resolvida.
Em declarações aos jornalistas, à saída da cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos dirigente da Ordem dos Enfermeiros, Paulo Macedo disse que nenhum enfermeiro contratado a prestar serviços nos cuidados de saúde primários será despedido e garantiu que os contratos já foram renovados.
O bastonário da Ordem dos Enfermeiros agora empossado, por seu lado, afirmou que o ministro tem estado a fazer um esforço para conseguir resolver a situação, mas garantiu que o problema ainda não está resolvido, principalmente na zona norte do país, incluindo no distrito de Bragança.
De acordo com Germano Couto, há “uma situação de grande precariedade” nos centros de saúde, mas disse desconhecer ao certo quantos serão os enfermeiros que correm o risco de perder o seu emprego.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
Em declarações aos jornalistas, à saída da cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos dirigente da Ordem dos Enfermeiros, Paulo Macedo disse que nenhum enfermeiro contratado a prestar serviços nos cuidados de saúde primários será despedido e garantiu que os contratos já foram renovados.
O bastonário da Ordem dos Enfermeiros agora empossado, por seu lado, afirmou que o ministro tem estado a fazer um esforço para conseguir resolver a situação, mas garantiu que o problema ainda não está resolvido, principalmente na zona norte do país, incluindo no distrito de Bragança.
De acordo com Germano Couto, há “uma situação de grande precariedade” nos centros de saúde, mas disse desconhecer ao certo quantos serão os enfermeiros que correm o risco de perder o seu emprego.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
Assaltaram-me o Carro
Amigos:
Hoje o meu pequeno almoço foi deparar com um vidro do carro partido.
O pecúlio que os FDP dos gatunos levaram foi uma pasta com livros escolares.
Se por acaso, encontrardes uma pasta cujo conteúdo são livros da Escola, já sabeis a quem pertencem. Não deixem nada visível no interior dos carros que possa aguçar o apetite a estas Bestas.
PS* Não foi apenas a mim que os larápios brindaram com este pequeno almoço. Esta noite aconteceu o mesmo a outros carros de outros cidadãos em Bragança.
PS1* A pasta já apareceu, estava num quintal no Bairro da Estação.
Hoje o meu pequeno almoço foi deparar com um vidro do carro partido.
O pecúlio que os FDP dos gatunos levaram foi uma pasta com livros escolares.
Se por acaso, encontrardes uma pasta cujo conteúdo são livros da Escola, já sabeis a quem pertencem. Não deixem nada visível no interior dos carros que possa aguçar o apetite a estas Bestas.
PS* Não foi apenas a mim que os larápios brindaram com este pequeno almoço. Esta noite aconteceu o mesmo a outros carros de outros cidadãos em Bragança.
PS1* A pasta já apareceu, estava num quintal no Bairro da Estação.
domingo, 29 de janeiro de 2012
Trás-os-Montes - Associação local quer potenciar trocas entre pequenos produtores e consumidores
A Desteque - Associação para o Desenvolvimento da Terra Quente, lançou recentemente um programa de apoio a pequenos produtores para comercializarem os excedentes agrícolas. Trata-se da mais recente iniciativa de uma associação que desde 1991 procura promover a retenção e regresso de pessoas ao território e a diversificação do sector agro-florestal.
A associação com actuação na Terra Quente Transmontana quer fazer da agricultura de subsistência uma fonte de rendimento, ajudando os pequenos produtores a comercializar os excedentes que, por vezes, acabam no lixo.
O objectivo da Desteque - Associação para o Desenvolvimento da Terra Quente é lançar um programa baseado no comércio sem intermediários, rentabilizando os excedentes agrícolas. Na prática, os produtores de cinco concelhos transmontanos (Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor e Alfândega da Fé ) vendem directamente ao consumidor aquilo que produzem. São orientados pelas associações locais de desenvolvimento rural.
O próximo passo da Desteque - Associação para o Desenvolvimento da Terra Quente será fazer um levantamento de potenciais produtores e consumidores e criar a logística necessária para arrancar com o projecto no terreno.
O responsável da Desteque, Duarte Moreno, salientou que trata-se de «mudar os hábitos dos consumidores, porque se existem hipermercados nesta região é porque existem consumidores e as zonas dos frescos [destes estabelecimentos] têm sempre muita procura».
A associação garante toda a logística necessária para a aproximação e acredita que também nesta região «pode resultar», tendo em conta o que os responsáveis testemunharam noutras regiões.
A iniciativa agora lançada pela Desteque baseia-se num modelo de comércio de proximidade semelhante aquele adoptado desde há cinco anos pelo programa PROVE - Promover e Vender. Também uma associação da península de Setúbal, a ADREPES, desenvolve desde 2011 um trabalho junto dos produtores locais em parceria com 11 entidades públicas e privadas.
Duarte Moreno está convencido de que o PROVE poderá também ser um incentivo para atrair gente jovem para a agricultura, na medida em que tem garantido um rendimento médio mensal de 600 euros por agricultor nas zonas onde já está a funcionar.
Entre os objectivos traçados pela Desteque estão a retenção, atracção e regresso de pessoas ao território, o ordenamento do património natural da região, «de forma a constituir-se como mais-valia e base de novas actividades e novos perfis profissionais».
in:cafeportugal.net
Bragança sem água das barragens
«Tivemos de mandar vir, em Outubro, camiões com cisternas de água do concelho mais próximo para abastecer as populações» – revela ao SOL o presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes. Foi a solução encontrada para evitar que, com a falta de água existente na Barragem de Serra Serrada, no Alto Sabor, os habitantes ficassem sem água para consumo.
«O nível da água na represa é muito inferior à sua capacidade», lamenta o autarca, acrescentando que é preciso «assegurar o armazenamento da albufeira para o Verão, sobretudo se não chover em breve».
Em causa estão os níveis das chuvas, «quatro vezes inferiores aos do ano passado», naquele que se arrisca, a par de 2005 e 2007, a ser «o pior dos últimos 50 anos», diz ainda Jorge Nunes, garantindo que a situação está perto de se tornar «catastrófica».
Entretanto, para não estar sempre a ir buscar águra a outros concelhos, a autarquia resolveu recuperar a técnica já usada durante a seca de 2005. «Tivemos de encontrar outras linhas de água subterrâneas», explica Jorge Nunes, lembrando que «Bragança tem um problema estrutural de falta de albufeiras». Para abastecimento do concelho, garante, «é fundamental a construção de uma nova barragem no Alto Sabor» – um projecto antigo que tem esbarrado em problemas ambientais. «Agora, temos um novo projecto que está em discussão pública», conclui.
É que, além do abastecimento da população, estão em causa os campos agrícolas do distrito. Em Fevereiro, a autarquia vai avaliar a situação e definir as medidas a tomar. Também em Fevereiro uma comissão do Instituto da Água (IA) e de outras entidades vai reunir para avaliar a situação do país, adiantou ao SOL o presidente daquele organismo, Orlando Borges.
Com o país ainda em situação de seca ligeira, o responsável reconhece que «Bragança e a margem esquerda do Guadiana são as duas situações» que apresentam os maiores cuidados. No primeiro caso, explica, o problema deve-se sobretudo ao facto de o distrito ter «uma só albufeira com uma capacidade de armazenamento muito limitada».
No Alentejo, também a Barragem de Odivelas desperta alguma apreensão. «Admitimos, se houver necessidade, recorrer à Barragem do Alvito » – diz o presidente do IA, acrescentando que, apesar de a situação merecer «acompanhamento», por enquanto «não é necessário tomar medidas adicionais» (como restringir o usos da água nas barragens).
Este cenário de um «país vulnerável a períodos de seca» justifica o investimento («muitas vezes criticado») em infra-estruturas hidráulicas, defende Orlando Borges, garantindo que as albufeiras do país «têm capacidade para abastecer as populações durante dois a três anos», sem chuvas.
sonia.balasteiro@sol.pt
AGRICULTURA tradicional Portugal
Imagens adaptadas da recolha Michel Giacometti em 1972/1973 para ilustrar algumas actividades e técnicas agrícolas em algumas regiões de Portugal continental.
A Rabeca Chuleira - Instrumento em extinção
Excerto da grande obra de Michel Giacometti onde se pormenoriza sobre um dos mais antigos instrumentos tradicionais de Portugal.
sábado, 28 de janeiro de 2012
Nem Jesus aguentaria ser professor nos dias de hoje
O Sermão da Montanha **(versão para Educadores)
Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.
Ele preparava-os para serem os educadores capazes de transmitir a Boa Nova a todos os homens.
Tomando a palavra, disse-lhes:
- Em verdade, em verdade vos digo:
- Felizes os pobres, porque deles é o reino dos céus.
- Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
- Felizes os misericordiosos, porque eles...
Pedro interrompeu-o:
- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?
André perguntou:
- É pra copiar?
Filipe lamentou-se:
- Esqueci o meu papiro!
Bartolomeu quis saber:
- Vai sair no teste?
João levantou a mão:
- Posso ir à casa de banho?
Judas Iscariotes resmungou:
- O que é que a gente vai ganhar com isso?
Judas Tadeu defendeu-se:
- Foi o outro Judas que perguntou!
Tomé questionou:
- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?
Tiago Maior indagou:
- Vai contar pra nota?
Tiago Menor reclamou:
- Não ouvi nada, com esse grandalhão à minha frente!
Simão Zelote gritou, nervoso:
- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?
Mateus queixou-se:
- Eu não percebi nada, ninguém percebeu nada!
Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
- Isso que o senhor está fazendo é uma aula?
- Onde está a sua planificação e a avaliação diagnóstica?
- Quais são os objetivos gerais e específicos?
- Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?
Caifás emendou:
- Fez uma planificação que inclua os temas transversais e as atividades integradoras com outras disciplinas?
- E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais?
- Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?
Pilatos, sentado lá no fundo, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações das primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, no final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade.
- Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto.
- E veja lá se não vai reprovar alguém!
E foi nesse momento que Jesus perguntou: "Senhor, por que me abandonaste?"
Mota Soares anunciou em Bragança novas valências de apoio aos idosos
É preciso apostar em mais respostas para os idosos no Nordeste Transmontano. A ideia foi deixada hoje, em Bragança, pelo ministro da Solidariedade e Segurança Social. Pedro Mota Soares esteve hoje de fugida em Bragança a visitar duas instituições de Solidariedade Social, a Obra Social Padre Miguel e a Cáritas Diocesana. Para além dos habituais pedidos de ajuda, levou ainda um presente especial das crianças da Cáritas.“É um capacete, porque ele gosta de andar de mota.
Fomos nós que o pintámos”, explicava o pequeno António. Pedro Mota Soares ficou deslumbrado com a prenda, um capacete branco com desenhos feitos pelas crianças, e deixou, desde logo, uma promessa.“Vou usá-lo. Foi a prenda mais originar que recebi enquanto ministro e nunca me esquecerei desta visita”, sublinhou. Mais a sério, e ainda na Obra Social Padre Miguel, o Ministro da Solidariedade e Segurança Social frisou que tem de haver uma aposta em novos centros de noite e no apoio domiciliário. Medidas que ajudarão a combater o isolamento dos idosos na região transmontana.“Temos de ter uma nova geração de apoio domiciliário em Portugal. É uma medida que serve para isso, tal como os centros de noite”, disse.
Por outro lado, Pedro Mota Soares sublinhou que é importante simplificar regras e acabar com burocracias, para permitir um aumento nas respostas das instituições.“É muito importante que possamos aumentar a oferta e o número de camas disponíveis, alocar mais recursos para o apoio domiciliário e para os centros de noite. Temos de ter mais bom senso e flexibilizar muitas regras, que vão contra o bom senso.
”No entanto, o ministro diz que ainda não sabe quantas instituições da região poderão beneficiar do apoio do Governo.“Estamos a terminar esse trabalho e essas quantificações vão ser feitas mais para a frente.”Centros de Noite e mais apoio domiciliário serão as apostas do Governo.
Uma visita que esteve programada para a época de Natal, mas que o nevoeiro adiou para hoje.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
Um inverno - terceiro dia
A noite chegou depressa. O frio que se fazia sentir, anunciava geada. O meu avô colocou mais um pau na lareira e atiçou o lume. Eu e a minha avó lavávamos a louça do almoço. Uma bacia com água e detergente, outra com água limpa para a passar. Convém dizer que a água tinha sido aquecida no lato, o que para mim era muito estranho.
A minha tia e o meu avô conversavam sobre o azeite produzido nesse ano. A avó Maria já se tinha escapulido.
"Ó de casa?" "Quem vem lá?" "Sou o Graciano, venho ver a Maria." "Entra rapaz, entra!"
Ao ouvir falar em mim, deixei a louça e vim ver o sobrinho da minha avó. Era um homem pequeno, rijo, dos muitos trabalhos a que a vida o tinha obrigado. Desde tenra idade, órfão de mãe que o pai nunca o conheceu, trabalhou como criado em algumas casas mais abastadas, cresceu, casou, teve sete filhos e nenhum sobreviveu. Perdeu a mulher, pensou desistir mas, o amor da tia conseguiu trazê-lo de volta à vida, à terra.
Desde então trabalhava o pouco que tinha e sobrevivia. Ajudava e era ajudado pela minha avó. Era bastante mais velho que a minha mãe que considerava irmã.
Viu-me e abraçou-me como quem não lida com afectos há muito tempo, sem jeito, atabalhoadamente. Falava muito e eu não entendia nada. O calão funcionava como uma bengala, o que me escandalizava. Nunca me consegui habituar a este jeito de ser do povo das nossas aldeias.
"És quase tão bonita como a tua mãe, c... a tua mãe era a rapariga mais pimpona destas aldeias todas ao redor, c..."
Bem, pelo menos fiquei a saber que a minha mãe fora uma bela rapariga, pesem embora as palavras mais castiças que usava com esmero.
"Queres um copo, Graciano?" "Se mo dá, não digo que não, c..."
Lá bebeu o seu copito de vinho, perguntou pelos meus pais e irmãos e prometeu voltar amanhã com um "cibo de lombo da adóba dos salpições."
"Amanhã não Graciano, vamos pra Bragança." - diz a minha tia. "E quando vindes?" "Na quinta." "Então será na quinta..."
Despediu-se. Fez-se silêncio. O silêncio é bom.
"Ó de casa?" "Entre tia Engrácia." "Estou zangada convosco, que ainda não me fostes ver!" "E tempo? Isto, por causa da garota, tem sido um corrupio".
"Então Maria, como estás filha? Viste a minha rapariga antes de vir?" "Sim. Ela mandou-lhe uma lembrança. Vou buscá-la."
Saí, aliviada por poder tomar fôlego por breves segundos. De imediato me arrependi ao receber no corpo um frio tão denso que quase me paralisou. A casa estava bem feita, tinha paredes grossíssimas, janelas com vidros e portadas mas, mesmo assim, a aragem era quase palpável. Enchi-me de coragem e continuei para o meu quarto a fim de ir buscar a encomenda da tia Engrácia. Abri a mala e depressa a encontrei. Já mal sentia as mãos de tão geladas que estavam eu, que me considerava uma pessoa com boa resistência ao frio.
No lar, falavam animadamente. Apercebi-me que combinavam a matança do porco para sábado, logo a seguir ao Ano Novo. Lá ia participar num ritual de inverno que já conhecia de tantas vezes o ouvir contar aos meus pais.
Longe da terrinha, as lembranças são mais vívidas, tão nítidas que o seu relato se revela um filme que visualizamos na perfeição.
Estava cansada. Tinha comido uma sopa e um pedacinho de pão com chouriça e uma maravilhosa maçã que, mesmo enrugada, sabia a mel, a sol...
Abriu-se-me a boca. O lume estava quase apagado. "Até amanhã para todos. Durmam bem."
"Tu também. Se precisares de mais um cobertor diz." "Não, que quase não me consigo mexer.
Findo o terceiro dia, aguardo, ansiosamente, que venha o próximo.
Mara Cepeda
in:nordestecomcarinho.blogspot.com
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