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SOBRE O BLOGUE:
Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
“Incubadora de empresas arranca na Feira da Maçã, do Vinho e do Azeite com dez empreendedores”
O certame é inaugurado esta tarde e é marcado pela nova valência que permite a instalação de novas empresas no concelho. Na hora da saída, José Luís Correia fala do que foi feito, do que ficou por fazer e das razões que o levaram a não se recandidatar.
Que expectativas tem para a edição deste ano da Feira da Maçã, do Vinho e do Azeite?
Vai decorrer bem, porque temos sempre de ir melhorando para ir de encontro às necessidades dos produtores.
Como está a produção deste ano?
Pelo que tenho falado com os produtores, é um bom ano em termos de qualidade e de quantidade. Vamos ter maçã durante alguns meses e na feira não vai faltar. Temos por princípio oferecer maçãs, vinho e azeite a quem vier fazer compras e este ano vamos manter essa tradição. Penso que a feira vai correr bem. Para além da venda de produtos haverá um cortejo etnográfico no sábado e, no domingo, a habitual procissão dos oragos das paróquias do concelho.
Que novidades foram implementadas no certame?
Temos de ver as feiras sempre numa ótica económica e empresarial, porque o que queremos é promover os nossos principais produtos e só temos produtos se houver empresários. Nesse sentido, com o objetivo de levar os jovens a dedicarem-se também às atividades agrícolas, decidimos requalificar o antigo mercado municipal para um centro de apoio empresarial, onde ficará instalada uma incubadora de empresas. Vamos proceder agora à abertura.
As candidaturas já decorreram e foram analisadas com a colaboração do Instituto Politécnico de Bragança. Vamos estabelecer esta quinta-feira um protocolo com dez jovens empreendedores. Vamos ceder-lhes todas as instalações gratuitamente e pelo primeiro posto de trabalho criado vamos apoiá-los num montante equivalente ao salário mínimo nacional e pelo segundo posto de trabalho 50 por cento desse valor, isto durante dois anos. Pensamos que é uma forma de ajudarmos a fixar jovens no concelho e de os lançar numa vida ativa e na criação do próprio emprego.
Estas empresas que se vão instalar são de que ramos de atividade?
Dos mais diversos ramos, desde os serviços à agricultura, eletricidade, turismo, desporto e aventura… São ideias novas que têm por base as necessidades que a população sente. Este edifício tem um grande salão que servirá para outros eventos.
Qual o valor da obra?
Um milhão e trinta mil euros, sem financiamento, apenas com dinheiro da autarquia.
A que se deveu o atraso?
Por vezes, por empreiteiros também têm algumas dificuldades em cumprir os prazos mas conseguimos que chegassem ao fim.
Ao longo dos últimos oito anos, foi um dos desideratos que conseguiu levar a cabo, recuperar não só património mas, também, as contas da Câmara Municipal, reduzindo a dívida e deixando já dinheiro em caixa…
Sim, foi uma situação que não era, de todo, previsível. Era do conhecimento geral que as contas da autarquia não estavam famosas mas uma coisa era o que se dizia e outra a realidade. E, de facto, o que se conhecia eram apenas os empréstimos de curto, médio e longo prazo. Viemos, depois, a saber que havia muita dívida que não estava registada. Herdei cerca de 12 milhões de euros de dívida que, presentemente, está em 1,4 milhões, sendo que temos um saldo de tesouraria de 3,2 milhões de euros. Essa situação permite à Câmara Municipal continuar o mesmo ritmo de obras ainda que não haja financiamentos.
Como todos sabem, a execução do Quadro Comunitário está muito atrasado, poucas são as obras que têm financiamento garantido e, assim, é possível dar continuidade à maioria das obras que pretendemos realizar.
Das obras que fez ao longo destes dois mandatos, quais as que destaca?
Não é fácil. O CITICA, o estádio municipal, a Loja Interativa de turismo, o museu da memória rural, com os respetivos núcleos museológicos, a requalificação de estradas – muitas delas sem financiamento. Seria fastidioso enumerar todas as obras que desenvolvemos, até porque considero que fizemos um bom trabalho. Por isso, saio de consciência tranquila. Cumpri um bom trabalho ao serviço do concelho e dignificámos o nome de Carrazeda de Ansiães, que muitas vezes era falado mas não pelos melhores motivos.
Qual foi o segredo para conseguir equilibrar as contas ao mesmo tempo que se faziam esses investimentos, alguns deles sem apoios?
É simples. Primeiro, teve de haver uma contenção de despesas. Depois, tivemos de tentar executar obras através de financiamentos, pois o anterior Quadro Comunitário ainda teve boas oportunidades. São estes os principais segredos para gerir uma Câmara. Cortar nas despesas correntes e transformar as receitas em receitas de capital e ter sempre projetos preparados para quando surgem as oportunidades.
“Saio de consciência tranquila com o trabalho feito”
Fica com alguma mágoa por algo que não tenha conseguido fazer?
Só duas situações. Uma diz respeito à reabilitação do núcleo urbano de Foz Tua. Deixo o projeto feito, preparado para colocar a concurso. Mas o Provere atrasou-se, na nossa CIM ainda não está definido. Também as Caldas de S. Lourenço, cujo complexo ainda não está executado por não haver financiamento. Mas nos próximos tempos vamos encontrar uma solução para isso.
Falando em água, o abastecimento foi um dos dossiês mais difíceis que enfrentou?
Nunca pensei que estivesse numa situação de tanta irresponsabilidade. Ou seja, em 2001 foi assinado o contrato de concessão de águas e saneamento de Carrazeda de Ansiães e, logo de seguida, a concessionária pediu à Câmara Municipal que aumentasse o valor do tarifário em 42 por cento, porque tinha esse direito de acordo com o contrato que tinha sido assinado. A Câmara não atualizou o tarifário e a situação ficou sempre em défice. A concessionária invoca agora esses alegados prejuízos, bem como por taxas de saneamento que não terão sido cobradas durante três anos. Passaram, depois, a ser cobradas mas só pela metade e ao fim de cinco na totalidade. Tudo isto é invocado pela concessionária como prejuízo. Como tal, é preciso reequilibrar o contrato de concessão e como se trata de milhões, tem de ser bem estudado. Todo esse trabalho está feito, aguardamos apenas o parecer da entidade reguladora, a ERSAR. Quando ele vier, será tomada uma decisão e fica resolvido.
A solução passa por que cenário? Por ser a Câmara a assumir a distribuição de água e recolha de resíduos?
Há vários cenários em equação. Mas aguardamos pelo parecer da ERSAR e do Tribunal de Contas.
De quanto poderá ser o valor de uma eventual indemnização?
Entre um a dois milhões de euros.
Alguma vez se arrependeu da decisão de não se recandidatar a um terceiro mandato?
Não. Vim com o propósito claro de acabar com a trapalhada que se verificava, reequilibrar as contas, acabar obras que estavam paradas há muitos anos, resolver o problema do cemitério e tantos outros. A nível de infraestruturas, Carrazeda estava paupérrima, mais parecia uma aldeia. Penso que essa missão está mais ou menos cumprida. Deixo a vila com bons equipamentos coletivos, as contas equilibradas e, como cidadão, dei o meu contributo. Cheguei à conclusão que devo retirar-me. É uma atividade muito desgastante e regresso à minha vida, de consciência tranquila.
AGR
in:mdb.pt
Que expectativas tem para a edição deste ano da Feira da Maçã, do Vinho e do Azeite?
Vai decorrer bem, porque temos sempre de ir melhorando para ir de encontro às necessidades dos produtores.
Como está a produção deste ano?
Pelo que tenho falado com os produtores, é um bom ano em termos de qualidade e de quantidade. Vamos ter maçã durante alguns meses e na feira não vai faltar. Temos por princípio oferecer maçãs, vinho e azeite a quem vier fazer compras e este ano vamos manter essa tradição. Penso que a feira vai correr bem. Para além da venda de produtos haverá um cortejo etnográfico no sábado e, no domingo, a habitual procissão dos oragos das paróquias do concelho.
Que novidades foram implementadas no certame?
Temos de ver as feiras sempre numa ótica económica e empresarial, porque o que queremos é promover os nossos principais produtos e só temos produtos se houver empresários. Nesse sentido, com o objetivo de levar os jovens a dedicarem-se também às atividades agrícolas, decidimos requalificar o antigo mercado municipal para um centro de apoio empresarial, onde ficará instalada uma incubadora de empresas. Vamos proceder agora à abertura.
As candidaturas já decorreram e foram analisadas com a colaboração do Instituto Politécnico de Bragança. Vamos estabelecer esta quinta-feira um protocolo com dez jovens empreendedores. Vamos ceder-lhes todas as instalações gratuitamente e pelo primeiro posto de trabalho criado vamos apoiá-los num montante equivalente ao salário mínimo nacional e pelo segundo posto de trabalho 50 por cento desse valor, isto durante dois anos. Pensamos que é uma forma de ajudarmos a fixar jovens no concelho e de os lançar numa vida ativa e na criação do próprio emprego.
Estas empresas que se vão instalar são de que ramos de atividade?
Dos mais diversos ramos, desde os serviços à agricultura, eletricidade, turismo, desporto e aventura… São ideias novas que têm por base as necessidades que a população sente. Este edifício tem um grande salão que servirá para outros eventos.
Qual o valor da obra?
Um milhão e trinta mil euros, sem financiamento, apenas com dinheiro da autarquia.
A que se deveu o atraso?
Por vezes, por empreiteiros também têm algumas dificuldades em cumprir os prazos mas conseguimos que chegassem ao fim.
Ao longo dos últimos oito anos, foi um dos desideratos que conseguiu levar a cabo, recuperar não só património mas, também, as contas da Câmara Municipal, reduzindo a dívida e deixando já dinheiro em caixa…
Sim, foi uma situação que não era, de todo, previsível. Era do conhecimento geral que as contas da autarquia não estavam famosas mas uma coisa era o que se dizia e outra a realidade. E, de facto, o que se conhecia eram apenas os empréstimos de curto, médio e longo prazo. Viemos, depois, a saber que havia muita dívida que não estava registada. Herdei cerca de 12 milhões de euros de dívida que, presentemente, está em 1,4 milhões, sendo que temos um saldo de tesouraria de 3,2 milhões de euros. Essa situação permite à Câmara Municipal continuar o mesmo ritmo de obras ainda que não haja financiamentos.
Como todos sabem, a execução do Quadro Comunitário está muito atrasado, poucas são as obras que têm financiamento garantido e, assim, é possível dar continuidade à maioria das obras que pretendemos realizar.
Das obras que fez ao longo destes dois mandatos, quais as que destaca?
Não é fácil. O CITICA, o estádio municipal, a Loja Interativa de turismo, o museu da memória rural, com os respetivos núcleos museológicos, a requalificação de estradas – muitas delas sem financiamento. Seria fastidioso enumerar todas as obras que desenvolvemos, até porque considero que fizemos um bom trabalho. Por isso, saio de consciência tranquila. Cumpri um bom trabalho ao serviço do concelho e dignificámos o nome de Carrazeda de Ansiães, que muitas vezes era falado mas não pelos melhores motivos.
Qual foi o segredo para conseguir equilibrar as contas ao mesmo tempo que se faziam esses investimentos, alguns deles sem apoios?
É simples. Primeiro, teve de haver uma contenção de despesas. Depois, tivemos de tentar executar obras através de financiamentos, pois o anterior Quadro Comunitário ainda teve boas oportunidades. São estes os principais segredos para gerir uma Câmara. Cortar nas despesas correntes e transformar as receitas em receitas de capital e ter sempre projetos preparados para quando surgem as oportunidades.
“Saio de consciência tranquila com o trabalho feito”
Fica com alguma mágoa por algo que não tenha conseguido fazer?
Só duas situações. Uma diz respeito à reabilitação do núcleo urbano de Foz Tua. Deixo o projeto feito, preparado para colocar a concurso. Mas o Provere atrasou-se, na nossa CIM ainda não está definido. Também as Caldas de S. Lourenço, cujo complexo ainda não está executado por não haver financiamento. Mas nos próximos tempos vamos encontrar uma solução para isso.
Falando em água, o abastecimento foi um dos dossiês mais difíceis que enfrentou?
Nunca pensei que estivesse numa situação de tanta irresponsabilidade. Ou seja, em 2001 foi assinado o contrato de concessão de águas e saneamento de Carrazeda de Ansiães e, logo de seguida, a concessionária pediu à Câmara Municipal que aumentasse o valor do tarifário em 42 por cento, porque tinha esse direito de acordo com o contrato que tinha sido assinado. A Câmara não atualizou o tarifário e a situação ficou sempre em défice. A concessionária invoca agora esses alegados prejuízos, bem como por taxas de saneamento que não terão sido cobradas durante três anos. Passaram, depois, a ser cobradas mas só pela metade e ao fim de cinco na totalidade. Tudo isto é invocado pela concessionária como prejuízo. Como tal, é preciso reequilibrar o contrato de concessão e como se trata de milhões, tem de ser bem estudado. Todo esse trabalho está feito, aguardamos apenas o parecer da entidade reguladora, a ERSAR. Quando ele vier, será tomada uma decisão e fica resolvido.
A solução passa por que cenário? Por ser a Câmara a assumir a distribuição de água e recolha de resíduos?
Há vários cenários em equação. Mas aguardamos pelo parecer da ERSAR e do Tribunal de Contas.
De quanto poderá ser o valor de uma eventual indemnização?
Entre um a dois milhões de euros.
Alguma vez se arrependeu da decisão de não se recandidatar a um terceiro mandato?
Não. Vim com o propósito claro de acabar com a trapalhada que se verificava, reequilibrar as contas, acabar obras que estavam paradas há muitos anos, resolver o problema do cemitério e tantos outros. A nível de infraestruturas, Carrazeda estava paupérrima, mais parecia uma aldeia. Penso que essa missão está mais ou menos cumprida. Deixo a vila com bons equipamentos coletivos, as contas equilibradas e, como cidadão, dei o meu contributo. Cheguei à conclusão que devo retirar-me. É uma atividade muito desgastante e regresso à minha vida, de consciência tranquila.
AGR
in:mdb.pt
Empresa italiana vai apostar na transformação de frutos secos
Uma nova empresa do sector dos frutos secos quer apostar na transformação de castanha, amêndoa, avelã e pistáchios na região transmontana, em colaboração com a Cooperativa Soutos os Cavaleiros.
Trata-se de um investimento italiano que se propõem trabalhar em estreita colaboração com aquela Cooperativa, que já recebe castanha de vários produtores do concelho de Macedo de Cavaleiros e limítrofes. "Temos um contrato em que nos propomos transformar alguns produtos e essa empresa garante a escoação do nosso excedente de produção. Cria-se um canal facilitado de venda para nós", explicou André Vaz, representante daquela cooperativa.
Já este ano, a cooperativa vai iniciar o processo de descasca e desidratação de frutos secos.
Glória Lopes
in_mdb.pt
Trata-se de um investimento italiano que se propõem trabalhar em estreita colaboração com aquela Cooperativa, que já recebe castanha de vários produtores do concelho de Macedo de Cavaleiros e limítrofes. "Temos um contrato em que nos propomos transformar alguns produtos e essa empresa garante a escoação do nosso excedente de produção. Cria-se um canal facilitado de venda para nós", explicou André Vaz, representante daquela cooperativa.
Já este ano, a cooperativa vai iniciar o processo de descasca e desidratação de frutos secos.
Glória Lopes
in_mdb.pt
População de Picote quer medidas preventivas depois de fogo que veio de Espanha ter cercado aldeia no Parque do Douro Internacional
Autarcas, associações e população de Picote, no concelho de Miranda do Douro, reclamam medidas preventivas e não restritivas para evitar incêndios de grandes dimensões na área protegida do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), depois do incêndio que assustou aquela zona durante o fim de semana.
O coro de protestos ganhou outra dimensão após o incêndio que deflagrou no sábado em pleno PNDI e que deixou marcas profundas no ecossistema, na agricultura e na paisagem daquele território.
"Só restam as cinzas. É muito desolador ver que a paisagem sofreu muito com a investida das chamas um pouco por todas as arribas do Douro, quer do lado português, que do lado espanhol", contou um dos moradores de Picote.
Diogo Rodrigues admitiu mesmo ter ficado “desolado” quando se aproximou da zona do miradouro da Fraga do Puio e viu oliveiras centenárias devastadas pelas chamas e uma paisagem protegida “pintada de negro”.
Junto a um dos cafés da aldeia trasmontana, a conversa convergia em torno dos maus momentos vividos pela população do Barrocal do Douro, que chegou a ficar isolada, e pela perda de um valor natural tão importante na região do Douro Internacional, como é a paisagem do PNDI, ouvindo-se também críticas à falta de uma ação concertada para ordenar aquele território protegido.
Alzira Ferreira, habitante em Picote, lembrou como “gostava de olhar para aquela paisagem do miradouro do Puio”, lamentando como “agora ficou uma ferida muito grande na paisagem".
Francisco Pinto
in:mdb.pt
O coro de protestos ganhou outra dimensão após o incêndio que deflagrou no sábado em pleno PNDI e que deixou marcas profundas no ecossistema, na agricultura e na paisagem daquele território.
"Só restam as cinzas. É muito desolador ver que a paisagem sofreu muito com a investida das chamas um pouco por todas as arribas do Douro, quer do lado português, que do lado espanhol", contou um dos moradores de Picote.
Diogo Rodrigues admitiu mesmo ter ficado “desolado” quando se aproximou da zona do miradouro da Fraga do Puio e viu oliveiras centenárias devastadas pelas chamas e uma paisagem protegida “pintada de negro”.
Junto a um dos cafés da aldeia trasmontana, a conversa convergia em torno dos maus momentos vividos pela população do Barrocal do Douro, que chegou a ficar isolada, e pela perda de um valor natural tão importante na região do Douro Internacional, como é a paisagem do PNDI, ouvindo-se também críticas à falta de uma ação concertada para ordenar aquele território protegido.
Alzira Ferreira, habitante em Picote, lembrou como “gostava de olhar para aquela paisagem do miradouro do Puio”, lamentando como “agora ficou uma ferida muito grande na paisagem".
Francisco Pinto
in:mdb.pt
Fogos deixam marcas na economia e passagem agrícola do Parque Natural do Douro Internacional
Dois incêndios que desflagraram durante o último fim de semana nos concelhos de Miranda do Douro e Freixo de Espada à cinta afetaram a fauna, flora e economia agrícola da área protegida do Parque natural do Douro Internacional (PNDI).
O incêndio florestal que começou em Espanha, junto a Formoselle, galgou o rio Douro e alastrou-se a Picote no concelho Miranda do Douro, tendo chegado a isolar a localidade de Barrocal do Douro, onde se avivaram momentos de grande aflição devido ao aproximar das chamas as casas do povoado.
O incêndio preocupou e causou algum pânico na população do Barrocal do Douro, em Picote, concelho de Miranda do Douro, depois de a localidade ter ficado isolada do resto do concelho durante duas horas. Graças a pronta intervenção dos bombeiros, a pequena aldeia ficou a salvo.
No local, era notória a falta de meios de combate nas primeiras horas do incêndio, o que causou alguma indignação no seio da população e autoridades locais.
Francisco Pinto
in:mdb.pt
O incêndio florestal que começou em Espanha, junto a Formoselle, galgou o rio Douro e alastrou-se a Picote no concelho Miranda do Douro, tendo chegado a isolar a localidade de Barrocal do Douro, onde se avivaram momentos de grande aflição devido ao aproximar das chamas as casas do povoado.
O incêndio preocupou e causou algum pânico na população do Barrocal do Douro, em Picote, concelho de Miranda do Douro, depois de a localidade ter ficado isolada do resto do concelho durante duas horas. Graças a pronta intervenção dos bombeiros, a pequena aldeia ficou a salvo.
No local, era notória a falta de meios de combate nas primeiras horas do incêndio, o que causou alguma indignação no seio da população e autoridades locais.
Francisco Pinto
in:mdb.pt
Colisão entre carro e mota deixa uma jovem em estado grave
A colisão entre um motociclo e um automóvel, no cruzamento da Réfega, esta quarta-feira, deixou uma jovem de 20 anos em estado grave.
De acordo com fonte dos bombeiros de Bragança, a rapariga sofreu traumatismos nas pernas, no tórax e na cabeça.
Foi assistida no local pela equipa da VMER estacionada no hospital de Bragança e pelos bombeiros.
Devido à gravidade dos ferimentos, a jovem acabaria por ser transportada para uma unidade hospitalar do Porto no helicóptero do INEM.
AGR
in:mdb.pt
De acordo com fonte dos bombeiros de Bragança, a rapariga sofreu traumatismos nas pernas, no tórax e na cabeça.
Foi assistida no local pela equipa da VMER estacionada no hospital de Bragança e pelos bombeiros.
Devido à gravidade dos ferimentos, a jovem acabaria por ser transportada para uma unidade hospitalar do Porto no helicóptero do INEM.
AGR
in:mdb.pt
Bombeiros de Bragança sem queixas da distribuição de refeições no combate aos incêndios
Queixas sobre a alimentação dos bombeiros, durante as operações de combate aos incêndios, levaram o Ministério da Administração Interna a abrir um inquérito junto da Autoridade Nacional da Protecção Civil, responsável pelo fornecimento dos kits de alimentação.
Em comunicado o ministério informa que há denúncias em relação à falta de qualidade da comida das “rações de combate”, que são distribuídas fora de horas, e da escassez de alimentos que obriga constantemente as corporações a recorrer à solidariedade das populações.
Fomos saber como como é que os bombeiros de Bragança fazem a distribuição dos alimentos aos homens que andam no terreno.
O segundo comandante, Carlos Martins, explica, que apesar de considerar essa uma questão delicada, no quartel de Bragança as refeições são confecionadas pelo restaurante próprio que lhes confere outra flexibilidade.
“O restaurante que existe no quartel quando é alugado informamos as pessoas que o alugam que neste período de incêndios têm que confecionar as refeições seja a hora que for. Em relação a outros fornecedores, como a padaria, eles estão alertados para nos fornecer alimentos por vezes em horários que não o costuma fazer”.
A despesa com as refeições quando os bombeiros estão em operação fica a cargo da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC) e cada operacional representa um custo diário de 21 euros.
Em relação à forma como é feito o transporte das refeições, nem sempre sempre de forma adequada, Carlos Martins explica que muitas vezes são as condições possíveis para que os bombeiros se possam alimentar durante o combate aos incêndios.
“Fazer uma refeição numa frente fogo não é como fazer uma refeição num restaurante. Há também preocupação com a forma como é feito o transporte das refeições nos recipientes. São transportadas de jipes, distribuídas pelo terreno e quando chega aos bombeiros já deu não sei quantas voltas. O que saiu do restaurante e que estava empratado quando chega já está tudo misturado. Por isso tem que haver cuidado no transporte das refeições para o terreno”.
Em Bragança não há queixas em relação à distribuição de alimentos aos bombeiros que andam no terreno no combate aos incêndios. O mesmo não se passa noutras corporações, levando o ministério da administração interna à abertura de um inquérito junto da ANPC, responsável pelo fornecimento dos kits de alimentação.
O relatório deste inquérito, pedido pelo secretário de estado da administração interna, Jorge Gomes, deve ser entregue ao governo até dia 30 de Setembro.
Débora Lopes / Foto de Associação Bombeiros para Sempre
Em comunicado o ministério informa que há denúncias em relação à falta de qualidade da comida das “rações de combate”, que são distribuídas fora de horas, e da escassez de alimentos que obriga constantemente as corporações a recorrer à solidariedade das populações.
Fomos saber como como é que os bombeiros de Bragança fazem a distribuição dos alimentos aos homens que andam no terreno.
O segundo comandante, Carlos Martins, explica, que apesar de considerar essa uma questão delicada, no quartel de Bragança as refeições são confecionadas pelo restaurante próprio que lhes confere outra flexibilidade.
“O restaurante que existe no quartel quando é alugado informamos as pessoas que o alugam que neste período de incêndios têm que confecionar as refeições seja a hora que for. Em relação a outros fornecedores, como a padaria, eles estão alertados para nos fornecer alimentos por vezes em horários que não o costuma fazer”.
A despesa com as refeições quando os bombeiros estão em operação fica a cargo da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC) e cada operacional representa um custo diário de 21 euros.
Em relação à forma como é feito o transporte das refeições, nem sempre sempre de forma adequada, Carlos Martins explica que muitas vezes são as condições possíveis para que os bombeiros se possam alimentar durante o combate aos incêndios.
“Fazer uma refeição numa frente fogo não é como fazer uma refeição num restaurante. Há também preocupação com a forma como é feito o transporte das refeições nos recipientes. São transportadas de jipes, distribuídas pelo terreno e quando chega aos bombeiros já deu não sei quantas voltas. O que saiu do restaurante e que estava empratado quando chega já está tudo misturado. Por isso tem que haver cuidado no transporte das refeições para o terreno”.
Em Bragança não há queixas em relação à distribuição de alimentos aos bombeiros que andam no terreno no combate aos incêndios. O mesmo não se passa noutras corporações, levando o ministério da administração interna à abertura de um inquérito junto da ANPC, responsável pelo fornecimento dos kits de alimentação.
O relatório deste inquérito, pedido pelo secretário de estado da administração interna, Jorge Gomes, deve ser entregue ao governo até dia 30 de Setembro.
Débora Lopes / Foto de Associação Bombeiros para Sempre
Mirandela entre os dez destinos mais procurados pelos portugueses
A cidade de Mirandela está entre os dez destinos mais procurados pelos portugueses, segundo revela um novo estudo da Trivago. A cidade Jardim destaca-se pelo património arquitectónico e natural.
Este estudo foi pública na última revista Evasões, uma revista semanal que publica informação relativa a viagens, hotéis, gastronomia e vinhos, turismo, cultura e televisão e outros, com o intuito de fornecer aos seus leitores uma gama completa de sugestões para a orientação dos seus consumos de lazer.
As paisagens de Mirandela, Ferreira do Zêzere, Odeceixe, Abrantes, Porto de Mós, Vila Verde, Vila Nova de Foz Côa, Sertã, Alcobaça e Golegã são as localidades onde a procura aumentou em termos percentuais, segundo o estudo feito com base em quatro milhões de pesquisas diárias registadas nos últimos dois anos.
No top5 dos mais procurados por quem “vai para fora cá dentro” estão as praias, rios e montanhas que permitem actividades ao ar livre dos municípios de Ferreira do Zêzere. Odeceixe, Abrantes, Arcos de Valdevez e Arrifana.
Escrito por Terra Quente (CIR)
Este estudo foi pública na última revista Evasões, uma revista semanal que publica informação relativa a viagens, hotéis, gastronomia e vinhos, turismo, cultura e televisão e outros, com o intuito de fornecer aos seus leitores uma gama completa de sugestões para a orientação dos seus consumos de lazer.
As paisagens de Mirandela, Ferreira do Zêzere, Odeceixe, Abrantes, Porto de Mós, Vila Verde, Vila Nova de Foz Côa, Sertã, Alcobaça e Golegã são as localidades onde a procura aumentou em termos percentuais, segundo o estudo feito com base em quatro milhões de pesquisas diárias registadas nos últimos dois anos.
No top5 dos mais procurados por quem “vai para fora cá dentro” estão as praias, rios e montanhas que permitem actividades ao ar livre dos municípios de Ferreira do Zêzere. Odeceixe, Abrantes, Arcos de Valdevez e Arrifana.
Escrito por Terra Quente (CIR)
Nós Transmontanos, Sefarditas e Marranos - GASPAR FERNANDES PEREIRA (N. MOGADOURO, 1690)
Gaspar Fernandes Pereira nasceu em Mogadouro por 1690. A sua mãe, Maria Lopes, era irmã inteira de Gaspar Lopes da Costa. O pai chamou-se Manuel Lopes Dourado(1) e era natural de Freixo de Espada à Cinta.
Manuel Lopes Dourado foi casado em primeiras núpcias com Ana Martins e o casal teve pelo menos 5 filhos, meios-irmãos de Gaspar. Um deles chamou-se António da Fonseca, o qual emigrou para o Brasil, onde se tornou lavrador de mandioca, na região do rio de S. Francisco. Irmãos inteiros, teve apenas um, que se chamou Francisco e faleceu ainda pequeno.
Nascido em Mogadouro, Gaspar cedo perderia a mãe. E, ficando órfão, dele tomou conta o tio e padrinho, Gaspar Lopes da Costa, atrás citado, que o levou para a cidade do Porto. Ali viveriam, mantendo estreitas relações com a família de Francisco Lopes Carrança, no seio da qual ambos haveriam de casar mais tarde.
Pelos 10 anos começou a trabalhar de “caixeiro” com o mesmo tio que, um ou dois anos depois, o mandaria para o Brasil, levando fazendas para vender. Foi dirigido e à responsabilidade de Clara Lopes, viúva de Domingos Pereira que se encontrava instalada, com seus filhos, em uma roça nos Campos da Cachoeira, recôndito da Baía. De seguida tornou-se “caixeiro” da mesma Clara Lopes e seus filhos.
A chegada de Gaspar ao Brasil terá acontecido em 1702, a crer no testemunho de seu meio-irmão António da Fonseca que o foi visitar e com ele, terá passado 2 ou 3 meses.
Permaneceria Gaspar pelas bandas da Cachoeira uns 10 anos, regressando ao Porto e a Lisboa por 1712, para casar com Branca Teresa, filha de Francisco Lopes Carrança e Maria Gomes, que entretanto deixaram o Porto e foram para Lisboa. Ali encontrou também Gaspar Fernandes o tio, agora também seu cunhado, Gaspar Lopes Costa, e feito “passador” de judeus para Inglaterra. Vejam, a propósito, uma cena que o nosso biografado contaria, em 1726, para os inquisidores:(2)
— Há 13 anos em Lisboa, junto ao Cais da Pedra, em uma fragata, na qual foi a bordo de um navio, em companhia de seu sogro e cunhado Gaspar Lopes da Costa (…) e em uma quinta diante do convento de Nª Sª da Graça, indo para Penha de França, se achou com Brites da Costa, cunhada e sogra dele confidente, filha de Francisco Lopes Carrança.
Afinal quem era a sua mulher e quem eram os seus sogros? Expliquemos. Branca Teresa, filha de Francisco Lopes Carrança, terá falecido pouco depois e não consta que tenha deixado qualquer filho. E ficando viúvo, Gaspar Fernandes viria a casar mais tarde com uma sobrinha da falecida mulher,(3) filha de sua irmã Brites da Costa e de Gaspar Lopes da Costa, seu tio e cunhado e depois seu sogro. Caso exemplar de endogamia! Mas este casamento aconteceria apenas anos mais tarde.
No estado de viúvo e contando cerca de 24 anos, Gaspar Fernandes embarcaria novamente para o Brasil. No ano seguinte, encontrar-se-ia no sítio do Papagaio, “distrito das Minas Gerais de S. Paulo”. Sim, que a febre do ouro começava então a alastrar pelo Brasil. Mas ele não era mineiro, antes continuou na atividade de “caixeiro”, agora ao serviço de Francisco Ferreira Isidro,(4) nas minas do Ribeirão do Carmo, morando na freguesia de N.ª Sr.ª da Oliveira.
Ontem como hoje, sempre houve dívidas difíceis de cobrar. De uma dessas cobranças temos particular notícia, dada por seu irmão António Fonseca que o acompanhou pelo Rio de S. Francisco para o interior do Brasil.
Assim se explica que ele viajasse pelos sítios mais diversos da Baía a S. Francisco, das terras de S. Paulo às do Rio de Janeiro, das Minas Gerais às Minas de Ouro Preto ou do Serro Frio ou do Ribeirão do Carmo… entre 1715 e 1720, contactando a mais diversa gente, nomeadamente da etnia hebreia, como registou Anita Novinsky.(5)
Regressaria a Portugal por 1720 e certamente trazia uma bolsa com grossos cabedais, o que lhe permitiu tomar de arrendamento o assento da província do Minho. Nesse mesmo ano terá casado com Josefa Teresa da Costa, atrás referenciada, a qual, no ano de 1723, lhe deu uma filha que batizaram com o nome de Beatriz.
Para além do pagamento dos ordenados e fornecimento de géneros às tropas estacionadas na província do Minho, Gaspar Fernandes tomou também a cobrança das rendas da comenda de Algoso, o que lhe exigia dispor de 2 contos e 800 mil réis em dinheiro contado, que era o montante que tinha de pagar à cabeça e correspondia a um ano de renda.
Para além do assento do Minho e da comenda de Algoso, Gaspar era mercador e vendia coisas tão diversas como baetas, serafinas e outras fazendas, papel ou pimenta, não faltando “peças de Ruão”. Assim se explica a vida de andarilho entre Lisboa, Porto, terras do Minho, Vila Real e Mogadouro. Onde ele não faltava era na feira de S. Mateus, em Viseu. E não ia apenas à feira, antes alugava uma casa em que ficava instalado por uma boa semanada.
Contava 35 anos quando o meteram nas masmorras do santo ofício de Lisboa. Começou por confessar que foi iniciado no judaísmo por Gregório da Silva Henriques, na Cachoeira. Depois alterou o depoimento dizendo que foi instruído logo aos 7 anos por seu tio Gaspar Costa, continuando Clara Lopes o mesmo ensino.
Por 15 meses ocupou as celas da inquisição, saindo penitenciado em cárcere e hábito perpétuo no auto de 13.10.1726, juntamente com sua mulher. Meio ano depois, ambos escreveram uma carta conjunta ao inquisidor geral pedindo licença para comungarem. O parecer dos inquisidores foi negativo e a razão principal foi esta:
— Toda a sua família, assim que saíram no auto, se ausentaram para Inglaterra e se presumia que eles o não foram também por estar prenha a mulher.
Posto em liberdade, ele não fugiu, antes se meteu no negócio do tabaco, com o estanco em Benavente. Ali o vamos encontrar em 21.12.1728, na igreja da Senhora da Graça, a ratificar o testemunho que em tempos dera sobre o seu irmão António da Fonseca, agora preso na inquisição de Lisboa.(6) Terminamos com uma das orações que Gregório da Silva Henriques lhe ensinou:
Poderoso grande Senhor
hacedor de cielo y terra
del mundo gobernador
buelve como buen pastor
las ovejas a la sierra
y las que hubieren comido
apártalas del rebaño
socórrelas gran Dios
donde no hagan daño.
Yo como oveja perdida
a tu ganado dexé
mas vuelve Señor a mi
de nuevo dama la vida
como al cordero humanado
Abraham por tu mandado
a Isaac su hijo amado
el brazo teniendo levantado
la pancada dar quería
cuando su majestad
há visto su corazón limpio e
[sano
envio hun ángel cortesano
que descendesse
e le tibiesse a la mano
si alguna nueva divina
[clemencia.
Dámela por perdonado
líbrame de Satanás
e de su malas cuestiones
como libraste a Daniel
del lago de leones.
Líbrame de Satanás
y del poder del demónio
como libraste a Susana
de aquel falso testimonio.
Líbrame de Satanás
y de su poder fecundo
como libraste a Noé
en aquela arca del diluvio.
Señor, pequei
Y sempre estou pecando.
Havei misericórdia de mim,
ajudaime, encaminhaime,
abençoaome y perdonaime.
Notas e Bibliografia:
1 - Domingos Lopes Dourado e Maria Fernandes Dourado, avós de Gaspar, foram moradores em Urros, concelho de Torre de Moncorvo. Para além de Manuel Lopes Dourado o casal teve uma filha chamada Maria Lopes que casou com António de Morais, ferrador de profissão. E tiveram outro filho, chamado Domingos Lopes Dourado, cirurgião como o pai, que foi casado com Maria de Andrade e morador em Escalhão. - ANTT, inq. Coimbra, pº 6181, de Maria Lopes; pº 4199, de Domingos Lopes Dourado.
2 - ANTT, inq. Lisboa, pº 8777, de Gaspar Fernandes Pereira.
3 - IDEM, pº 8783, de Josefa Teresa da Costa.
4 - ANDRADE e GUIMARÃES – Os Isidros, a saga de uma família de cristãos-novos de Torre de Moncorvo, ed. Lema d´Origem, Porto, 2012.
5 - NOVINSKY, Anita – Inquisição Rol dos Culpados Fontes para a História do Brasil sec XVIII, ed. Expansão e Cultura, Rio de Janeiro, 1993.
6 - ANTT, inq. Lisboa, pº 10484, de António da Fonseca.
António Júlio Andrade / Maria Fernanda Guimarães
in:jornalnordeste.com
Manuel Lopes Dourado foi casado em primeiras núpcias com Ana Martins e o casal teve pelo menos 5 filhos, meios-irmãos de Gaspar. Um deles chamou-se António da Fonseca, o qual emigrou para o Brasil, onde se tornou lavrador de mandioca, na região do rio de S. Francisco. Irmãos inteiros, teve apenas um, que se chamou Francisco e faleceu ainda pequeno.
Nascido em Mogadouro, Gaspar cedo perderia a mãe. E, ficando órfão, dele tomou conta o tio e padrinho, Gaspar Lopes da Costa, atrás citado, que o levou para a cidade do Porto. Ali viveriam, mantendo estreitas relações com a família de Francisco Lopes Carrança, no seio da qual ambos haveriam de casar mais tarde.
Pelos 10 anos começou a trabalhar de “caixeiro” com o mesmo tio que, um ou dois anos depois, o mandaria para o Brasil, levando fazendas para vender. Foi dirigido e à responsabilidade de Clara Lopes, viúva de Domingos Pereira que se encontrava instalada, com seus filhos, em uma roça nos Campos da Cachoeira, recôndito da Baía. De seguida tornou-se “caixeiro” da mesma Clara Lopes e seus filhos.
A chegada de Gaspar ao Brasil terá acontecido em 1702, a crer no testemunho de seu meio-irmão António da Fonseca que o foi visitar e com ele, terá passado 2 ou 3 meses.
Permaneceria Gaspar pelas bandas da Cachoeira uns 10 anos, regressando ao Porto e a Lisboa por 1712, para casar com Branca Teresa, filha de Francisco Lopes Carrança e Maria Gomes, que entretanto deixaram o Porto e foram para Lisboa. Ali encontrou também Gaspar Fernandes o tio, agora também seu cunhado, Gaspar Lopes Costa, e feito “passador” de judeus para Inglaterra. Vejam, a propósito, uma cena que o nosso biografado contaria, em 1726, para os inquisidores:(2)
— Há 13 anos em Lisboa, junto ao Cais da Pedra, em uma fragata, na qual foi a bordo de um navio, em companhia de seu sogro e cunhado Gaspar Lopes da Costa (…) e em uma quinta diante do convento de Nª Sª da Graça, indo para Penha de França, se achou com Brites da Costa, cunhada e sogra dele confidente, filha de Francisco Lopes Carrança.
Afinal quem era a sua mulher e quem eram os seus sogros? Expliquemos. Branca Teresa, filha de Francisco Lopes Carrança, terá falecido pouco depois e não consta que tenha deixado qualquer filho. E ficando viúvo, Gaspar Fernandes viria a casar mais tarde com uma sobrinha da falecida mulher,(3) filha de sua irmã Brites da Costa e de Gaspar Lopes da Costa, seu tio e cunhado e depois seu sogro. Caso exemplar de endogamia! Mas este casamento aconteceria apenas anos mais tarde.
No estado de viúvo e contando cerca de 24 anos, Gaspar Fernandes embarcaria novamente para o Brasil. No ano seguinte, encontrar-se-ia no sítio do Papagaio, “distrito das Minas Gerais de S. Paulo”. Sim, que a febre do ouro começava então a alastrar pelo Brasil. Mas ele não era mineiro, antes continuou na atividade de “caixeiro”, agora ao serviço de Francisco Ferreira Isidro,(4) nas minas do Ribeirão do Carmo, morando na freguesia de N.ª Sr.ª da Oliveira.
Ontem como hoje, sempre houve dívidas difíceis de cobrar. De uma dessas cobranças temos particular notícia, dada por seu irmão António Fonseca que o acompanhou pelo Rio de S. Francisco para o interior do Brasil.
Assim se explica que ele viajasse pelos sítios mais diversos da Baía a S. Francisco, das terras de S. Paulo às do Rio de Janeiro, das Minas Gerais às Minas de Ouro Preto ou do Serro Frio ou do Ribeirão do Carmo… entre 1715 e 1720, contactando a mais diversa gente, nomeadamente da etnia hebreia, como registou Anita Novinsky.(5)
Regressaria a Portugal por 1720 e certamente trazia uma bolsa com grossos cabedais, o que lhe permitiu tomar de arrendamento o assento da província do Minho. Nesse mesmo ano terá casado com Josefa Teresa da Costa, atrás referenciada, a qual, no ano de 1723, lhe deu uma filha que batizaram com o nome de Beatriz.
Para além do pagamento dos ordenados e fornecimento de géneros às tropas estacionadas na província do Minho, Gaspar Fernandes tomou também a cobrança das rendas da comenda de Algoso, o que lhe exigia dispor de 2 contos e 800 mil réis em dinheiro contado, que era o montante que tinha de pagar à cabeça e correspondia a um ano de renda.
Para além do assento do Minho e da comenda de Algoso, Gaspar era mercador e vendia coisas tão diversas como baetas, serafinas e outras fazendas, papel ou pimenta, não faltando “peças de Ruão”. Assim se explica a vida de andarilho entre Lisboa, Porto, terras do Minho, Vila Real e Mogadouro. Onde ele não faltava era na feira de S. Mateus, em Viseu. E não ia apenas à feira, antes alugava uma casa em que ficava instalado por uma boa semanada.
Contava 35 anos quando o meteram nas masmorras do santo ofício de Lisboa. Começou por confessar que foi iniciado no judaísmo por Gregório da Silva Henriques, na Cachoeira. Depois alterou o depoimento dizendo que foi instruído logo aos 7 anos por seu tio Gaspar Costa, continuando Clara Lopes o mesmo ensino.
Por 15 meses ocupou as celas da inquisição, saindo penitenciado em cárcere e hábito perpétuo no auto de 13.10.1726, juntamente com sua mulher. Meio ano depois, ambos escreveram uma carta conjunta ao inquisidor geral pedindo licença para comungarem. O parecer dos inquisidores foi negativo e a razão principal foi esta:
— Toda a sua família, assim que saíram no auto, se ausentaram para Inglaterra e se presumia que eles o não foram também por estar prenha a mulher.
Posto em liberdade, ele não fugiu, antes se meteu no negócio do tabaco, com o estanco em Benavente. Ali o vamos encontrar em 21.12.1728, na igreja da Senhora da Graça, a ratificar o testemunho que em tempos dera sobre o seu irmão António da Fonseca, agora preso na inquisição de Lisboa.(6) Terminamos com uma das orações que Gregório da Silva Henriques lhe ensinou:
Poderoso grande Senhor
hacedor de cielo y terra
del mundo gobernador
buelve como buen pastor
las ovejas a la sierra
y las que hubieren comido
apártalas del rebaño
socórrelas gran Dios
donde no hagan daño.
Yo como oveja perdida
a tu ganado dexé
mas vuelve Señor a mi
de nuevo dama la vida
como al cordero humanado
Abraham por tu mandado
a Isaac su hijo amado
el brazo teniendo levantado
la pancada dar quería
cuando su majestad
há visto su corazón limpio e
[sano
envio hun ángel cortesano
que descendesse
e le tibiesse a la mano
si alguna nueva divina
[clemencia.
Dámela por perdonado
líbrame de Satanás
e de su malas cuestiones
como libraste a Daniel
del lago de leones.
Líbrame de Satanás
y del poder del demónio
como libraste a Susana
de aquel falso testimonio.
Líbrame de Satanás
y de su poder fecundo
como libraste a Noé
en aquela arca del diluvio.
Señor, pequei
Y sempre estou pecando.
Havei misericórdia de mim,
ajudaime, encaminhaime,
abençoaome y perdonaime.
Notas e Bibliografia:
1 - Domingos Lopes Dourado e Maria Fernandes Dourado, avós de Gaspar, foram moradores em Urros, concelho de Torre de Moncorvo. Para além de Manuel Lopes Dourado o casal teve uma filha chamada Maria Lopes que casou com António de Morais, ferrador de profissão. E tiveram outro filho, chamado Domingos Lopes Dourado, cirurgião como o pai, que foi casado com Maria de Andrade e morador em Escalhão. - ANTT, inq. Coimbra, pº 6181, de Maria Lopes; pº 4199, de Domingos Lopes Dourado.
2 - ANTT, inq. Lisboa, pº 8777, de Gaspar Fernandes Pereira.
3 - IDEM, pº 8783, de Josefa Teresa da Costa.
4 - ANDRADE e GUIMARÃES – Os Isidros, a saga de uma família de cristãos-novos de Torre de Moncorvo, ed. Lema d´Origem, Porto, 2012.
5 - NOVINSKY, Anita – Inquisição Rol dos Culpados Fontes para a História do Brasil sec XVIII, ed. Expansão e Cultura, Rio de Janeiro, 1993.
6 - ANTT, inq. Lisboa, pº 10484, de António da Fonseca.
António Júlio Andrade / Maria Fernanda Guimarães
in:jornalnordeste.com
quarta-feira, 30 de agosto de 2017
Dicionário de termos e expressões típicas, usadas em Portugal
“Elaborei este pequeno “dicionário” com termos e palavras correntes mais comuns em Portugal; para que seja útil e que facilite a comunicação entre os brasileiros que vão a Portugal e portugueses que vêm ao Brasil. São as tais diferenças entre iguais...” A. F.
Autora: Ana Ferreira (nascida em Portugal há 50 anos; vive no Brasil há 30 anos).
Autora: Ana Ferreira (nascida em Portugal há 50 anos; vive no Brasil há 30 anos).
EXPRESSÕES USADAS em PORTUGAL e EXPRESSÕES EQUIVALENTES USADAS NO BRASIL
Á Balda = À toa; de qualquer jeito
À brava = Fazer muito de qualquer coisa. Ex. Rimos à brava da anedota do Miguel.
À Brocha = Aflito, apertado, repleto de preocupações.
À cabeça = Antecipado
A direito, ir = ir reto, em frente, ou direto a algum lugar
A meias = Dividido 50%/50%
A pronto = Á vista
À rasca = Apurado, aflito, apertado, com dificuldades, em situação difícil, com problemas.
Acabou-se a papa doce = Acabou-se o que era bom
Acelera = Acelera, mas também usado para denominar aqueles scooters sem marcha.
Acho que... / Estou que... = Talvez
Açorda = Prato típico feito á base de pão adormecido. Existe açorda de bacalhau, de camarão, etc. Parece uma papa, de cara não muito convidativa, mas absolutamente delicioso.
Aderente = Quem adere; participante
Adesivo = Esparadrapo
Agrafador = Grampeador
Alcatifa = Carpete
Alcatrão = Asfalto
Alcatroada = Asfaltada (rua; estrada)
Alcunha = Apelido
Aldrabão = Trapaceiro; Mentiroso
Aleijar = Machucar
Alfinete = Alfinete e broche.
Alforreca = Água Viva
Algibeira = Bolso
Alguidar = Bacia
Almeida = Varredor de rua, gari. Também é sobrenome
Almofada = Travesseiro
Aluguer = Aluguel
Apanhar = Pegar. - Ir apanhar o trem das sete.
Apartado = Caixa Pos = l
Apelido = Sobrenome
Apitadela = Dar uma ligada; Dar um toque ; Som de apito
Apontar = Tomar nota
Aqui há gato = Diz-se de situações estranhas, quando algo não está certo ou de uma situação dúbia.
Arder = Queimar
Armar = Ostentação; fingir; se meter a algo que não é; presunçoso. Ex. Está-se a armar em valente.
Arrabaldes = Arredores; Periferia
Arrancar = Começar; iniciar. Ex. A viagem é longa, temos que arrancar cedo.
Arranjar = Arrumar; preparar. Ex. Vá arrumar ao almoço.
Arrecadação = Sótão, porão, despensa, lugar onde se guardam coisas que não se necessitam de imediato
Ascensor = Elevador
Azelha = Pessoa desajeitada, sem habilidades no que faz.
Azelhisse = Barbeiragem
Assoalhado = Cômodo
Atacador = Cadarço
Aterrar = Aterrisar
Atrelado = Reboque; carreta.
Auscultadores = Fones de ouvido
Autocarro = Ônibus
Autoclismo = Descarga
Avariado = Quebrado; que não funciona
Badagaio = Chilique; desmaio.
Badalhoca/o = Pessoa desleixada; suja; porcaria
Bagageira = Porta-malas
Baixa = Toda a cidade tem uma baixa, ou seja um centro!
Balburdia = Confusão; zorra.
Banhista = Salva vidas
Barafustar = Brigar; criar o maior auê; reclamar; discutir
Barrete, enfiar o = Lograr alguém ou ser logrado, enganar.
Bate-chapas = Funileiro ou Lanterneiro
Batota = Trapaça
Beneficiação = Um lugar estar em beneficiação significa que está passando por obras e/ou reformas.
Bera = Algo ou pessoa de qualidade duvidosa, ruim. Ex. É barato porque é bera.
Berbigão = Molusco tipo um mexilhão
Berlinde = Bola de gude
Berma = Acostamento
Bestial = Muito legal; genial; maravilha
Betão = Concreto
BI – Bilhete de identidade
Documento de identidade nosso RG.
Biberon = Mamadeira
Bica = Cafezinho Expresso, normalmente curto
Bica = Torneira ; Fonte
Bica cheia = Expresso longo
Bicha = Fila
Bifana = É um sanduiche com bife de carne de porco e molho. Ótimo lanche.
Bife = Gíria sobre apelido que denomina um indivíduo de origem Inglesa.
Bife panado = Bife à milanesa
Bilhete = Passagem; Entrada; ingresso para algum espetáculo.
Bisga = Cuspida
Bojarda = Palavrão, asneira, palavra inconveniente
Bófia = Polícia
Bola ao cesto = Basquete
Bola-de-berlim = Um doce tipo sonho.
Boleia = Carona
Bomba = Posto de gasolina
Borbulhas = espinha na pele; acne
Bordéus = Região de Bordeaux na França
Borla = Grátis; na faixa
Borra-botas
Individuo insignificante que não tem onde cair morto.
Borrego = Cordeiro
Botelha = Abóbora
Bucha e Estica = Gordo e o Magro, célebre dupla de comediantes (Americano e Inglês)
Bufar = Soprar.
Cabazada = Grande quantidade; goleada; exagero de diferença
Cabedal = Couro; é gíria para dinheiro; grana; bufunfa.
Cabrão = Não, não é uma cabra grande: é Corno mesmo!
Cacete (pão) = Filão; baguete de pão
Cachorro = Cachorro-quente. (Em Portugal o cachorro se trata de cão).
Cacilheiro = Barco que faz transporte de passageiros entre Lisboa e Cacilhas, do outro lado do Rio Tejo.
Caixa de velocidades = Caixa de cambio
Calção = Short; bermuda
Calção ou fato de banho = Maiô
Calhau = Pessoa estúpida, ignorante; Pedra; Rocha
Camião = Caminhão
Camisola = Camiseta
Camisa de dormir ou de clube = Camisola
Camisa de Vênus = Camisinha
Canadianas = Muletas do tipo que se apóiam no antebraço.
Canalisador = Encanador
Cancro = Câncer
Candeeiro = Abajur
Candonga = Mercado negro; contrabando
Caneco = Taça, mas também usado como gíria depreciativa para denominar um sujeito de origem Indiana
Carburante = Combustível
Caril = Curry
Carne picada = Carne moída
Carocha = Besouro, mas usado também como querido; lindinho; coisa fofa; Fusca
Carraspana = Porre; Bebedeira
Carrinha = Perua (carro)
Carro a grilar
Carro com motor batendo pino
Carruagem = Vagão
Carta de condução = Carteira de motorista
Carteira = Bolsa de mulher
Casa de banho = Banheiro
Casaco = Paletó
Chamussa = Pastel de carne bem temperada – Origem Indiana. Muito saboroso
Champô = Xampu
Chávena = Chicara
Chiça ! = Expressão de espanto e surpresa com algo.
Choco = Lula pequena
Choque = Batida
Chucha = Chupetinha de criança
Chulo = Gigolô; gente grossa; mal educada; de baixo nível.
Chumbar = Reprovar. Ex. O Carlos chumbou de novo na prova de condução.
Chumbar o dente = Fazer uma obturação
Chupa-chupa = Picolé; pirulito
Coboiada = Farra; diversão.
Côdea = Crosta; Casca crocante do pão. Ex. Prefiro a côdea ao miolo do pão.
Coluna = Caixas de som
Comboio = Trem
Condutor = Motorista
Constipado = Gripado
Contrafacção = Falsificação; cópia fraudulenta.
Conversa de treta = Papo furado
Copo d´água = Recepção de casamento
Coxia = Coxia do teatro, mas também corredor em cinema; avião; etc.
Coxo = Manco
Cozer = Cozinhar. Ex. panela ao lume para cozer o arroz.
Coser = Costurar
Cueca = Cueca; calcinha.
Cunha = Indicação (quem indica); pistolão. Ex. emprego neste país só com uma boa cunha!
Dador = Doador. Campanha de doação de sangue em caixas de fósforos “Dê, vai ver que não dói nada”.
Dar em águas de bacalhau = Dar em nada; Dar em pizza.
Dar Explicação = Dar Aula particular
Dar o berro = Falecer; acabar
Dar para o torto = Dar errado
Dar um bigode = Grande vantagem numa disputa.
Dá-se-me nas tintas = Não estou nem aí
Défice = Déficit
Deitar = Usado no sentido de jogar. Ex. deite o papel no lixo, não na rua.
Descapotável = Conversível
Desculpe lá = Expressão muito usada pelos Portugueses. Significa com licença ou perdoe; Desculpe lá, não a conheço de algum sitio?
Despassarado = Distraído; desorientado.
Despedido = Demitido
Dióspiro = Caqui
Direção assistida = Direção hidráulica
Disparate = Besteira
Do quilé = Expressão que demonstra muito. Ex. está um frio do quilé!
Dobrar (filme) = Dublar
Dona-elvira = Calhambeque
Doutor = Não tem nada a ver com médico. Pessoa com formação superior: advogado; economista; dentista; etc
Duche = Ducha; chuveiro
É mato = De montão. Ex. Aqui em Portugal, produtor de vinho é mato.
Ecrã = Tela
Elétrico = Bonde
Ementa/Menu = Cardápio
Encarnado = A cor vermelha
Encastrar = Embutir
Engatar = Paquerar; Passar (ou mudar) a marcha
Engraxar = Adular; puxar o saco; Passar tinta (graxa) nos sapatos
Ensaboadela = Levar uma baita bronca.
Entornar = Derramar. (Vê lá se não entornas a àgua; o balde está muito cheio)!
Escanção = Sommelier
Esferovite = Isopor
Esparragado = Verduras com creme branco, usualmente usa-se espinafre.
Esplanada
Mesas ao ar livre, num café, bar ou restaurante.
Esquadra de Polícia
Delegacia
Estafado
Cansado
Estafermo
Pessoa sem qualidade; grosso e inconveniente. Um bruta montes sem educação.
Estafeta
Boy (escritórios); mensageiro
Estar deserto por algo
Estar com muita vontade. Ex. Estou deserto por ir-me embora ou estou deserto por um copo de vinho.
Estar lixado = Estar P da vida com algo. Ex. Estou lixado contigo pá!
Estendal = Varal
Estilo = Classe
Estrelar ovo = (Fritar o ovo);Ovo frito
Fala barato = Papo furado; um tipo tagarela
Fato = Terno
Favas contadas = Estar no papo
Fazenda//Pano: Tecido
Tecido, normalmente de lã ou similar, para elaboração de roupas.
Febras
São filezinhos de lombo de porco, normalmente preparadas na brasa.
Fêcho ou fécho éclair = Zíper
Feitio = Jeito; gênio; personalidade; forma
Fiambre = Presunto cozido
Ficheiro = Arquivo
Filete = Filé de peixe
Fita-cola = Durex (em Portugal é uma marca de preservativo)
Fixe = Legal; ponta firme; individuo confiável.
Forreta = Pessoa pão dura. Ex. O gajo é muito forreta, não toma uma bica só para não gastar uns tostões!
Fotocópia = Xerox
Fresca = Gelada. Quando se pede uma água, a pergunta é tradicionalmente: “quer fresca?”.
Fufa = Sapatão; Lesbica
Fumado = Defumado
Gabardine = Um tipo de tecido, normalmente impermeabilizado, que neste caso virou sinonimo de capa ou casaco.
Gajo = Cara
Galão = Pingado; café com leite.
Gambas = Camarões
Ganga = Ganza
Brim (jeans)
Maconha; droga
Garrafeira = Adega; loja de vinhos. Também é classificação, normalmente o topo de gama de alguns vinhos.
Gasóleo = Diesel
Gazeta = O ato de faltar, tanto às aulas como às suas responsabilidades.
Gelado = Sorvete
Genica = Vigor; força; energia
Giro = Engraçado; bonito
GNR = Policia Militar (Guarda Nacional Republicana)
Golpe de Rins = Jogo de cintura. Ex. haja golpe de rins para resistir a esta situação econômica.
Gozar = Se divertir; tirar sarro. Ex. Estás a gozar comigo?
Grainha = Semente da uva
Gramar = Ter que aturar. Ex. Estou aqui a gramar há duas horas e esse jogo não começa.
Grandes Superfícies = Grandes áreas de comércio, como hipermercados, shoppings, etc.
Grelos = Um tipo de couve, parecido com brócolis
Grossistas = Atacadistas
Guarda-fatos = Guarda-roupa
Guisar/Estufar = Refogar
Hipótese = Chance. Ex. sem hipótese, nem me convides que não irei.
Hora de ponta = Horário de pico; Hora do Rush
Hospedeira = Aeromoça
Lostra/Estalada = Bofetada
Menu = Cardápio
Morcão = Larva da mosca; Imbecil
Nata/Natas = Creme de Leite
Paneleiro = Homossexual (homem)
Passeio = Calçada
Peão = Pedestre
Pilhar = Roubar
Pôr = colocar
Presunto = Perna de Porco salgada e defumada
Rebuçado = Drops
Relva = Grama
Relvado = Gramado
Rés-do-chão = Térreo
Resolúvel = Solucionável
Ressonar = Roncar
Restauração = Restauração ou região de restaurantes
Restolho / Refugo = Sobras; resto do resto; algo ruim e sem uso.
Retalhista = Varejistas
Retrete = Privada; vaso sanitário
Rojões = Pedaços de carne de porco conservada em banha.
Rotunda = Praça circular. - CUIDADO – Em Portugal, como no resto da Europa, quem está fazendo a rotunda tem preferência no transito e não quem entra pela direita como prática comum no Brasil, mesmo que a lei seja a mesma.
Roulote = Trailer
Saber bem = Tem a ver com sabor. Ex. uma tosta e um galão iam-me saber bem agora.
Saco = Saco mesmo, e só. È muito comum ir á padaria levando seu próprio saco. Não tem nada a ver com Saco Testicular
Saloio = Caipira
Salpicão: Enchido; defumado; feito com lombo de porco
Sandes = Sanduíche
Sanita = Privada; vaso sanitário
Sapateira = Um tipo de caranguejo; crustáceo
Sarilhos = Encrenca; confusão
Sebenta = Apostila
Secretária
Mesa de escritório; Escrivaninha; ou Empregada de Escritório
Sem crise = Sem problema
Serviços de restauração = Serviços de restaurante
SIDA = AIDS
Sítio = Lugar
Simbalino = Café (forma de dizer café em Lisboa)
Sorna = Pessoa indolente; preguiçoso
Sova = Surra
Sumo = Suco
Supressão de berma à frente = Término do acostamento logo adiante
TAC = Tomografia Axial Computadorizada. Um exame de raio X, muito comum em Portugal.
Tacho = Panela
Talho = Açougue
Tara = Mania
Taralhoco/a = Senil; gagá.
Tareia = Surra
Tarte = Torta
Tasca/Tasquinha = Boteco em que se servem refeições prontas, nosso “pf”, porém de boa qualidade!
Tejadilho = Teto (capota)
Telemóvel = Celular
Tenda = Barraca
Tensão
Pressão arterial
Ter lata
Cara de pau
Ter tomates
Gíria para determinar alguém corajoso; macho.
Teso = Duro, sem dinheiro.
Tirar um curso = Fazer um curso
Titulo = Bilhete; Passagem (ônibus, trem, metrô)
Tosta = Torrada
Tosta mista = Misto quente
Trambulhão = Tombo
Traque = Também conhecido como bufo; ato de soltar gases; peido.
Travão = Freio
Trepar = Mero ato de subir. Ex: Trepar a uma árvore
Trinca-espinhas = Pessoa muito magra
Trincar = Morder
Tripeiro = Pessoa nascida na cidade do Porto (come Tripas)
Troço = Trecho
Trolitada = Pancada
T-shirt = Camiseta
Utente = Usuário
Vale dos lençóis = Cama. Ex. estou estafado, chega por hoje, vou para o vale dos lençóis.
Valente = Valente; mas também usado com o intuito de grande, robusto.
Varicela = Catapora
Ventoinha = Ventilador
Verniz = Esmalte para unhas
Vinho em extreme = Vinho varietal, produzido com uma só cepa.
Visa = Cartão usado para crédito
Zaragata = Briga; discussão; confusão
Zé dos anzóis = Um Zé ninguém; individuo qualquer; sem valor...
Zona = Região
Remetida ao (Memórias...e outras coisas) pelo colaborador, Antônio Carlos Affonso dos Santos - ACAS
Aldeia de Vilar de Perdizes volta a ser o palco da medicina popular
A aldeia de Vilar de Perdizes, em Montalegre, acolhe entre 01 e 03 de setembro o Congresso de Medicina Popular, onde se querem cruzar todo o tipo de soluções que fazem bem à saúde física e mental.
Impulsionado desde 1983 pelo padre António Fontes, o congresso quis dar a conhecer "o valor da medicina popular e o poder das plantas para combater doenças", mas, para além desse objetivo, tornou-se também numa oportunidade de negócio para a hotelaria, restauração, comércio e uma atração turística deste município do distrito de Vila Real.
Em Vilar de Perdizes misturam-se investigadores, especialistas de medicinas alternativas e doenças da mente e debatem-se temas que vão desde o saber popular e propriedades das plantas, passando pela espiritualidade, até às novas ervas medicinais e alimentação.
Ao padre Fontes juntou-se o padre António Joaquim, pároco desta aldeia há cerca de três anos, e ainda um grupo de jovens que está, agora, a ajudar na organização do evento.
António Joaquim quer que Vilar de Perdizes seja uma plataforma de "medicina integral", ou seja, de "tudo aquilo que faz bem à saúde física e mental".
Saúde que não depende apenas da farmácia, mas pode encontrar soluções nas plantas, na acupuntura, na osteopatia ou nas massagens.
Vilar de Perdizes continua a estar de portas abertas a todos, desde cientistas e investigadores, curandeiros, bruxos, videntes, médiuns, astrólogos, tarólogos, massagistas, a muitos curiosos e turistas.
Mas, para António Joaquim, é "preciso encontrar uma nova roupagem" para que o evento cresça.
É preciso também, defendeu, envolver mais a população local e destacou a ajuda que está a ser dada pelo grupo de jovens que se está a associar à organização, que está a cargo da Associação de Defesa do Património de Vilar de Perdizes.
O presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, destacou também a importância destes jovens que se "estão a unir à volta da figura tutelar do padre fontes e do padre António Joaquim".
"O que nos vem dar garantias de continuidade para este grande acontecimento de tão grande representatividade para a vida económica, cultural e social do concelho", frisou.
Orlando Alves considerou que o congresso "tem um peso significativo na economia da região pela dinamização que suscita, pela adesão que provoca, pelos movimentos que gera e pela entrada de capital para a hotelaria, restauração e comércio local".
A festa em Vilar de Perdizes começa já hoje com o FestiVilar, um festival de agosto que, até domingo, vai juntar música, arte, desporto e tradição.
O programa deste evento inclui atuações de João Seabra, Ruizinho de Penacova e Luís Pedreira, ainda uma caminhada pelo "Trilho dos Burros" e um torneio de futebol.
Agência Lusa
Impulsionado desde 1983 pelo padre António Fontes, o congresso quis dar a conhecer "o valor da medicina popular e o poder das plantas para combater doenças", mas, para além desse objetivo, tornou-se também numa oportunidade de negócio para a hotelaria, restauração, comércio e uma atração turística deste município do distrito de Vila Real.
Em Vilar de Perdizes misturam-se investigadores, especialistas de medicinas alternativas e doenças da mente e debatem-se temas que vão desde o saber popular e propriedades das plantas, passando pela espiritualidade, até às novas ervas medicinais e alimentação.
Ao padre Fontes juntou-se o padre António Joaquim, pároco desta aldeia há cerca de três anos, e ainda um grupo de jovens que está, agora, a ajudar na organização do evento.
António Joaquim quer que Vilar de Perdizes seja uma plataforma de "medicina integral", ou seja, de "tudo aquilo que faz bem à saúde física e mental".
Saúde que não depende apenas da farmácia, mas pode encontrar soluções nas plantas, na acupuntura, na osteopatia ou nas massagens.
Vilar de Perdizes continua a estar de portas abertas a todos, desde cientistas e investigadores, curandeiros, bruxos, videntes, médiuns, astrólogos, tarólogos, massagistas, a muitos curiosos e turistas.
Mas, para António Joaquim, é "preciso encontrar uma nova roupagem" para que o evento cresça.
É preciso também, defendeu, envolver mais a população local e destacou a ajuda que está a ser dada pelo grupo de jovens que se está a associar à organização, que está a cargo da Associação de Defesa do Património de Vilar de Perdizes.
O presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, destacou também a importância destes jovens que se "estão a unir à volta da figura tutelar do padre fontes e do padre António Joaquim".
"O que nos vem dar garantias de continuidade para este grande acontecimento de tão grande representatividade para a vida económica, cultural e social do concelho", frisou.
Orlando Alves considerou que o congresso "tem um peso significativo na economia da região pela dinamização que suscita, pela adesão que provoca, pelos movimentos que gera e pela entrada de capital para a hotelaria, restauração e comércio local".
A festa em Vilar de Perdizes começa já hoje com o FestiVilar, um festival de agosto que, até domingo, vai juntar música, arte, desporto e tradição.
O programa deste evento inclui atuações de João Seabra, Ruizinho de Penacova e Luís Pedreira, ainda uma caminhada pelo "Trilho dos Burros" e um torneio de futebol.
Agência Lusa
António José Teixeira
Major de infantaria, professor provisório do Liceu Central Emídio Garcia, de Bragança, vai em mais de vinte anos, regendo várias disciplinas, combatente da Grande Guerra na África e em França, comendador das ordens de Cristo, com palma de oiro, e de Avis, aquela por decreto de 25 de Setembro de 1922 e esta por decreto de 5 de Outubro seguinte, condecorado com a medalha de oiro de exemplar comportamento, governador civil de Angra do Heroísmo por decreto de 3 de Outubro de 1923 e depois de Aveiro por outro de 8 de Agosto de 1924.
Nasceu em Bragança a 28 de Abril de 1880; filho de António Albano Teixeira, segundo oficial das alfândegas, e de D. Olívia Rosa de Sá P. Teixeira, neto paterno do velho administrador do concelho de Bragança António José Teixeira, farmacêutico, cavaleiro da ordem de Cristo.
Escreveu: Discurso proferido na abertura das aulas do regimento de infantaria nº 10. 1907, Bragança, Tip.Minerva. 8.º de 8 págs.
Serviço de patrulhas na infantaria. 1916, Bragança, Tip. Adriano Rodrigues. 8.º peq. de 84 págs.
Lição de Heróis – Alocução proferida no regimento de infantaria nº 10, no dia 9 de Abril de 1921, em comemoração dos mortos pela Pátria nos campos de batalha na Grande Guerra (1914-1918). Bragança, Tip. Artística. 4.º de 8 págs.
Regimento de infantaria nº 10 – Breve resumo dos seus factos mais notáveis. 1929, Bragança, Tip. Académica. Fólio pequeno de 20+2 págs. inumeradas.
Tem em manuscrito: Infantaria de Trás-os-Montes na Flandres e Elementos de topografia prática.
Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança
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