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SOBRE O BLOGUE:
Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
domingo, 31 de março de 2019
Cartão de Visita
Na eventualidade de quem de direito (CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGANÇA), nada fazer em contrário, este vai ser, em breve, o mais conhecido "cartão de visita" da nossa cidade.
COIMAS! Basta um dia no Jardim da Braguinha para justificar o vencimento do fiscal.
Vá lá. Tenham coragem em fazer cumprir os Regulamentos que criam. Ou é só porque é moda e para "Inglês ver"?
Vá lá. Cumpram e façam cumprir.
O que eu estou a dizer é:
- FISCALIZEM E APLIQUEM AS COIMAS PREVISTAS AOS DONOS DOS CÃES QUE NÃO APANHAM A TRAMPA QUE FAZEM EM ESPAÇO PÚBLICO!
HM
COIMAS! Basta um dia no Jardim da Braguinha para justificar o vencimento do fiscal.
Vá lá. Tenham coragem em fazer cumprir os Regulamentos que criam. Ou é só porque é moda e para "Inglês ver"?
Vá lá. Cumpram e façam cumprir.
O que eu estou a dizer é:
- FISCALIZEM E APLIQUEM AS COIMAS PREVISTAS AOS DONOS DOS CÃES QUE NÃO APANHAM A TRAMPA QUE FAZEM EM ESPAÇO PÚBLICO!
HM
Personalidades do norte propõem regionalização na próxima legislatura
Cerca de 100 personalidades representativas de várias entidades do norte decidiram hoje propor a todos os partidos políticos com assento parlamentar que, nos programas a submeter a sufrágio em outubro, promovam a implementação da regionalização na próxima legislatura.
A proposta foi consensualizada numa reunião que hoje decorreu em Bragança e que juntou os presidentes de Câmara daquele distrito e ainda do Porto, Matosinhos, Famalicão, Vila Nova de Gaia, Braga e Caminha, entre outros, além de universidades, associações comerciais e industriais, centros tecnológicos e representantes das comunidades intermunicipais do Alto Minho, Alto Tâmega, Ave, Cávado, Douro, Tâmega e Sousa e Terras de Trás-os-Montes e da Área Metropolitana do Porto.
Segundo o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, os participantes na reunião assinaram um memorando de entendimento em que propõem que na próxima legislatura seja convocado um referendo nacional para que os portugueses se voltem a pronunciar sobre a implementação de regiões administrativas.
“Defendemos a regionalização e o instrumento para lá chegar é o referendo”, disse Paulo Cunha à Lusa.
O autarca de Famalicão acrescentou que o objetivo é que este memorando funcione como “um ponto de ignição e um guião orientador” para a abertura do debate junto da sociedade civil portuguesa para a implementação da regionalização.
O presidente do Conselho Regional do Norte, Miguel Alves, autarca de Caminha, ficou mandatado para promover reunião com os presidentes dos conselhos regionais do Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, de modo a apresentar as conclusões deste encontro hoje ocorrido em Bragança e, junto deles, avaliar a possibilidade de tomada de uma posição comum sobre a regionalização administrativa.
Para os subscritores do memorando, a regionalização é “uma etapa decisiva” na consolidação do processo de afirmação da autonomia do poder local.
“Uma vez demonstrada a ineficácia do modelo centralista no combate à desertificação do interior e das periferias, assim como na promoção da correção de assimetrias e da coesão territorial, pelos 45 anos de políticas cada vez mais centralistas que o país experienciou, é tempo de introduzir um modelo de organização administrativa que respeite as diferenças, que valorize o que é endógeno, que tenha as condições necessárias para corrigir erros passados e promover discriminação positiva e que tenha a força que a legitimação pelo voto lhe empresta”, lê-se no memorando.
A reunião de hoje foi promovida na sequência do encontro que Paulo Cunha, promoveu em fevereiro com os presidente das câmaras de capitais de distrito do Norte e da Grande Área Metropolitana do Porto e com representantes das sete comunidades intermunicipais do norte.
O reitor da Universidade do Minho, e o presidente da Associação Comercial do Porto foram outras das personalidades que estiveram presentes e que assinaram o memorando.
in:diariodetrasosmontes
C/Agência Lusa
Fotos : Antonio Pereira
A proposta foi consensualizada numa reunião que hoje decorreu em Bragança e que juntou os presidentes de Câmara daquele distrito e ainda do Porto, Matosinhos, Famalicão, Vila Nova de Gaia, Braga e Caminha, entre outros, além de universidades, associações comerciais e industriais, centros tecnológicos e representantes das comunidades intermunicipais do Alto Minho, Alto Tâmega, Ave, Cávado, Douro, Tâmega e Sousa e Terras de Trás-os-Montes e da Área Metropolitana do Porto.
Segundo o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, os participantes na reunião assinaram um memorando de entendimento em que propõem que na próxima legislatura seja convocado um referendo nacional para que os portugueses se voltem a pronunciar sobre a implementação de regiões administrativas.
“Defendemos a regionalização e o instrumento para lá chegar é o referendo”, disse Paulo Cunha à Lusa.
O autarca de Famalicão acrescentou que o objetivo é que este memorando funcione como “um ponto de ignição e um guião orientador” para a abertura do debate junto da sociedade civil portuguesa para a implementação da regionalização.
O presidente do Conselho Regional do Norte, Miguel Alves, autarca de Caminha, ficou mandatado para promover reunião com os presidentes dos conselhos regionais do Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, de modo a apresentar as conclusões deste encontro hoje ocorrido em Bragança e, junto deles, avaliar a possibilidade de tomada de uma posição comum sobre a regionalização administrativa.
Para os subscritores do memorando, a regionalização é “uma etapa decisiva” na consolidação do processo de afirmação da autonomia do poder local.
“Uma vez demonstrada a ineficácia do modelo centralista no combate à desertificação do interior e das periferias, assim como na promoção da correção de assimetrias e da coesão territorial, pelos 45 anos de políticas cada vez mais centralistas que o país experienciou, é tempo de introduzir um modelo de organização administrativa que respeite as diferenças, que valorize o que é endógeno, que tenha as condições necessárias para corrigir erros passados e promover discriminação positiva e que tenha a força que a legitimação pelo voto lhe empresta”, lê-se no memorando.
A reunião de hoje foi promovida na sequência do encontro que Paulo Cunha, promoveu em fevereiro com os presidente das câmaras de capitais de distrito do Norte e da Grande Área Metropolitana do Porto e com representantes das sete comunidades intermunicipais do norte.
O reitor da Universidade do Minho, e o presidente da Associação Comercial do Porto foram outras das personalidades que estiveram presentes e que assinaram o memorando.
in:diariodetrasosmontes
C/Agência Lusa
Fotos : Antonio Pereira
sábado, 30 de março de 2019
EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA "MEMÓRIA DE UM OLHAR"
Na sala de exposição temporária do Centro de Inovação Tecnológica Inovarural de Carrazeda de Ansiães entre o dia 6 de abril e 2 de junho vai decorrer a exposição fotográfica de Noel Magalhães com o tema "Memoria de um Olhar”.
FEIRA DO FOLAR E DOS PRODUTOS DA TERRA
A Feira do Folar e Produtos da Terra realiza-se anualmente, no fim-de-semana da Páscoa, nos dias 18 a 20 de abril.
O Município de Carrazeda de Ansiães pretende dar a conhecer, estimular a produção e a preservação deste característico produto regional transmontano.
Durante esta mostra os visitantes podem também degustar e comprar outros produtos da terra como o vinho, o azeite, doces, compotas, licores e frutos secos.
Paralelamente à feira decorrem vários espectáculos de música tradicional e folclore regional assim como acções de promoção turística.
O Município de Carrazeda de Ansiães pretende dar a conhecer, estimular a produção e a preservação deste característico produto regional transmontano.
Durante esta mostra os visitantes podem também degustar e comprar outros produtos da terra como o vinho, o azeite, doces, compotas, licores e frutos secos.
Paralelamente à feira decorrem vários espectáculos de música tradicional e folclore regional assim como acções de promoção turística.
XI MOSTRA DE TEATRO DO DOURO - IDE DAR LAVAGEM À PORCA
No âmbito da XI Mostra de Teatro do Douro, promovida pela Associação Vale Douro, vai ser encenada no auditório do CITICA de Carrazeda de Ansiães, no dia 13 Abril, pelas 21h30, a peça de Teatro "Ide dar Lavagem à Porca" do Grupo de Teatro de Novelas (Penafiel)
SINOPSE:
Um prólogo e uma apoteose, múltiplos quadros (rábulas) e musicais. Esta revista é essencialmente uma sátira política e social, onde os personagens são construídos e moldados com base no quotidiano. As figuras típicas, a classe política e outras figuras mais, são parodiadas ao longo da revista de forma jocosa, maliciosa e hilariante.
FICHA TÉCNICA:
AUTOR: Fernando Leal, João Soares, João da Rocha ENCENAÇÃO: Fernando Leal, Joana Barros
MÚSICA: Alberto Monteiro, Aníbal Magalhães
COREOGRAFIA E GUARDA-ROUPA: José Gonçalves
LUZ, SOM E VÍDEO: Joaquim Mendes, António Mendes CONTRARREGRA: Ludovina Pacheco, Natália Póvoa, Joaquim Pacheco, José Ribeiro
ELENCO: Carina Barros, Helena Magano, Joana Barros, Maria Augusta Ferreira, Mónica Barbosa, Cláudio Ferreira, Fátima Mendes, Filipa Guedes, João Mendes, Luís Sousa, António Mendes, Eduardo Sousa e Fabiana GonçalvesSS
SINOPSE:
Um prólogo e uma apoteose, múltiplos quadros (rábulas) e musicais. Esta revista é essencialmente uma sátira política e social, onde os personagens são construídos e moldados com base no quotidiano. As figuras típicas, a classe política e outras figuras mais, são parodiadas ao longo da revista de forma jocosa, maliciosa e hilariante.
FICHA TÉCNICA:
AUTOR: Fernando Leal, João Soares, João da Rocha ENCENAÇÃO: Fernando Leal, Joana Barros
MÚSICA: Alberto Monteiro, Aníbal Magalhães
COREOGRAFIA E GUARDA-ROUPA: José Gonçalves
LUZ, SOM E VÍDEO: Joaquim Mendes, António Mendes CONTRARREGRA: Ludovina Pacheco, Natália Póvoa, Joaquim Pacheco, José Ribeiro
ELENCO: Carina Barros, Helena Magano, Joana Barros, Maria Augusta Ferreira, Mónica Barbosa, Cláudio Ferreira, Fátima Mendes, Filipa Guedes, João Mendes, Luís Sousa, António Mendes, Eduardo Sousa e Fabiana GonçalvesSS
Feira do Fumeiro em Vinhais, Portugal: charcutaria de altíssima qualidade
A charcutaria representa uma das mais antigas formas de produção de alimentos da humanidade. Não é à toa que herdamos dos portugueses métodos e técnicas de preservação da carne. Para eles, a arte da defumação de produtos derivados do porco é festejada em grandes eventos, como a Feira do Fumeiro, que aconteceu no início deste ano, no norte de Portugal, em Vinhais. Foi nesta festa que eu tive o privilégio de conhecer a raça de suínos bísara, exclusiva da região.
O porco bísaro é um animal extremamente dócil, com focinho comprido, boca grande e orelhas bem longas. A carne desta raça é de excelente qualidade, tanto que Vinhais é considerada a Capital do Fumeiro. Entre as delícias que degustei na Feira, destaque para o famoso Salpicão (aspecto bem parecido com um salame), e o Chouriço doce e azedo.
Mas as opções gastronômicas não param por aí, o evento oferece um cardápio de peso. O difícil é saber o que escolher para comer diante de tantos produtos defumados, curados, fermentados e embutidos. Além de queijos, azeites, doces típicos e, é claro, azeitonas de todos os tipos. Tudo isso harmonizado com vinhos, licores e cervejas artesanais portuguesas. Foram 4 dias degustando uma das melhores charcutarias do mundo. O máximoooo!!!! Só de lembrar me dá água na boca.
Charcutaria, shows, chega de touro e muito mais!
Vinhais é uma linda Vila portuguesa, pertencente ao município de Bragança – Norte de Portugal. Fica situada em uma região conhecida como “Alto Trás-os-Montes”, por isso, a melhor opção é ir de carro. E foi isso que eu fiz: aluguei um carro em Madrid (4 horas de viagem) e fui conhecer a Festa do Fumeiro. Uma experiência ímpar em minha vida.
Logo que peguei a estrada para Vinhais foi emocionante ver os “Montes” de longe. A medida que a Vila se aproximava a vista ficava cada vez mais linda e a estrada muitoooo curvilínea – por isso é melhor ir durante o dia.
Vale ressaltar que existem outras Vilas na região, mas não tive tempo de conhecer. Como Vinhais é a Capital do Fumeiro e eu adoro charcutaria, preferi aproveitar ao máximo os 4 dias de Feira, que ocorreu de 7 a 10 de fevereiro de 2019. E ainda bem que fiz isso, pois para conhecer e degustar com calma os produtos expostos nos 5 Pavilhões do evento é preciso, no mínimo, 2 dias.
Cheguei quinta-feira à noite e fui embora no domingo. Curti vários shows de cantores locais e vi pela primeira vez uma “Chegada de Touros”. É um duelo de gigantes, tipo queda-de-chifres…rsrs. Os animais entram em pares na arena e a disputa começa. A plateia vai ao delírio. O bacana é que os animais não se machucam. Saem super bem da arena. É praticamente um show!!!!
Presenciei durante 18 minutos a briga de dois touros renomados: Pardal com 1.300 kg x Quintela com 1.500kg. Quer saber como foi a final? Assista esse vídeo: “Chega de Touros, em Vinhais, Portugal”.
A infraestrutura do evento é maravilhosa. Cinco tendas brancas gigantescas compõe os 6.700 m2 de área coberta, sendo que a Feira ocupa um total de 25.450m2. Os 5 Pavilhões são divididos da seguinte forma:
Pavilhão do Fumeiro: 70 expositores
Espaço Gourmet: 60 expositores
Tasquinhas e bares: 8 tasquinhas e 12 bares
Artesanato e Empresas: 90 expositores
Espetáculos: 5 bares
Tem também uma feira de rua com 200 expositores. Eles ficam na rua principal da Vila. Uma boa pedida para garimpar lembrancinhas. O Espaço Agrícola também é destaque no evento e reúne 12 expositores.
Já os porcos bísaros ficam expostos em uma área perto da arena dos Touros. Muito legal!!!! Veja o vídeo: Conheça a raça bísara – Vinhais, Portugal.
Câmara Municipal de Vinhais: organização nota 10
A Câmara Municipal de Vinhais está à frente do evento, que acontece há 39 anos.
Fui recebida com muito carinho pelo presidente da Câmara, Luís dos Santos Fernandes, e por Vitor Branco, responsável pelo Gabinete de Comunicação e Imagem da Câmara.
Os portugueses são extremamente simpáticos e agradáveis e adoram brasileiros. Inclusive, durante o evento o que mais rolou foi música brasileira – de vários estilos. Me senti em casa.
Para quem aprecia a riquíssima gastronomia portuguesa, a dica são os restaurantes do evento. Os cardápios são recheados de pratos típicos da região e o vinho da casa é sempre muito bom.
Destaque para o Restaurante O Académico, que me presenteou com um jantar dos Deuses!!!
Entrada: prato misto de queijos e charcutaria de Vinhais / Prato principal: costeleta de vitela mirandesa assada na brasa / Sobremesa: pudim de castanhas
Também tive a oportunidade de jantar no restaurante O Geadas. O prato principal foi Costela de porco bísaro e de sobremesa: pudim de castanha, é claro ….adorei!!!. Tudo regado a um vinho tinto regional excelente: Encostas do Trogão.
Apesar de o vinho ser a bebida predominante da Feira, a cerveja teve seu lugar de destaque. Degustei ótimas cervejas no stand: Craft + Draft – Beer Shop. Além de brejas portuguesas on tap, a carta estava repleta de excelentes garrafas de cervejas belgas, alemães etc.
Lembrando que charcutaria e cervejas harmonizam super bem.
Porco Bísaro: fumeiro de altíssima qualidade
O porco Bísaro é um caso de sucesso na pecuária portuguesa. A alta qualidade do fumeiro produzido na região de Vinhais é valorizada por consumidores de todo o País e do exterior.
O curioso é que os porcos se alimentam de castanhas, refletindo diretamente na qualidade da carne. E pensar que a raça bísara estava praticamente extinta há 20 anos. Imagina!!!!
Parabéns aos produtores de Vinhais que com muito trabalho produzem hoje um dos melhores fumeiros do mundo. Fica a dica!!!!
Quer ter uma ideia de como foi o evento? Veja o vídeo: Feira de Fumeiro em Vinhais, Portugal
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O porco bísaro é um animal extremamente dócil, com focinho comprido, boca grande e orelhas bem longas. A carne desta raça é de excelente qualidade, tanto que Vinhais é considerada a Capital do Fumeiro. Entre as delícias que degustei na Feira, destaque para o famoso Salpicão (aspecto bem parecido com um salame), e o Chouriço doce e azedo.
Mas as opções gastronômicas não param por aí, o evento oferece um cardápio de peso. O difícil é saber o que escolher para comer diante de tantos produtos defumados, curados, fermentados e embutidos. Além de queijos, azeites, doces típicos e, é claro, azeitonas de todos os tipos. Tudo isso harmonizado com vinhos, licores e cervejas artesanais portuguesas. Foram 4 dias degustando uma das melhores charcutarias do mundo. O máximoooo!!!! Só de lembrar me dá água na boca.
Charcutaria, shows, chega de touro e muito mais!
Vinhais é uma linda Vila portuguesa, pertencente ao município de Bragança – Norte de Portugal. Fica situada em uma região conhecida como “Alto Trás-os-Montes”, por isso, a melhor opção é ir de carro. E foi isso que eu fiz: aluguei um carro em Madrid (4 horas de viagem) e fui conhecer a Festa do Fumeiro. Uma experiência ímpar em minha vida.
Logo que peguei a estrada para Vinhais foi emocionante ver os “Montes” de longe. A medida que a Vila se aproximava a vista ficava cada vez mais linda e a estrada muitoooo curvilínea – por isso é melhor ir durante o dia.
Vale ressaltar que existem outras Vilas na região, mas não tive tempo de conhecer. Como Vinhais é a Capital do Fumeiro e eu adoro charcutaria, preferi aproveitar ao máximo os 4 dias de Feira, que ocorreu de 7 a 10 de fevereiro de 2019. E ainda bem que fiz isso, pois para conhecer e degustar com calma os produtos expostos nos 5 Pavilhões do evento é preciso, no mínimo, 2 dias.
Cheguei quinta-feira à noite e fui embora no domingo. Curti vários shows de cantores locais e vi pela primeira vez uma “Chegada de Touros”. É um duelo de gigantes, tipo queda-de-chifres…rsrs. Os animais entram em pares na arena e a disputa começa. A plateia vai ao delírio. O bacana é que os animais não se machucam. Saem super bem da arena. É praticamente um show!!!!
Presenciei durante 18 minutos a briga de dois touros renomados: Pardal com 1.300 kg x Quintela com 1.500kg. Quer saber como foi a final? Assista esse vídeo: “Chega de Touros, em Vinhais, Portugal”.
A infraestrutura do evento é maravilhosa. Cinco tendas brancas gigantescas compõe os 6.700 m2 de área coberta, sendo que a Feira ocupa um total de 25.450m2. Os 5 Pavilhões são divididos da seguinte forma:
Pavilhão do Fumeiro: 70 expositores
Espaço Gourmet: 60 expositores
Tasquinhas e bares: 8 tasquinhas e 12 bares
Artesanato e Empresas: 90 expositores
Espetáculos: 5 bares
Tem também uma feira de rua com 200 expositores. Eles ficam na rua principal da Vila. Uma boa pedida para garimpar lembrancinhas. O Espaço Agrícola também é destaque no evento e reúne 12 expositores.
Já os porcos bísaros ficam expostos em uma área perto da arena dos Touros. Muito legal!!!! Veja o vídeo: Conheça a raça bísara – Vinhais, Portugal.
Câmara Municipal de Vinhais: organização nota 10
A Câmara Municipal de Vinhais está à frente do evento, que acontece há 39 anos.
Fui recebida com muito carinho pelo presidente da Câmara, Luís dos Santos Fernandes, e por Vitor Branco, responsável pelo Gabinete de Comunicação e Imagem da Câmara.
Os portugueses são extremamente simpáticos e agradáveis e adoram brasileiros. Inclusive, durante o evento o que mais rolou foi música brasileira – de vários estilos. Me senti em casa.
Para quem aprecia a riquíssima gastronomia portuguesa, a dica são os restaurantes do evento. Os cardápios são recheados de pratos típicos da região e o vinho da casa é sempre muito bom.
Destaque para o Restaurante O Académico, que me presenteou com um jantar dos Deuses!!!
Entrada: prato misto de queijos e charcutaria de Vinhais / Prato principal: costeleta de vitela mirandesa assada na brasa / Sobremesa: pudim de castanhas
Também tive a oportunidade de jantar no restaurante O Geadas. O prato principal foi Costela de porco bísaro e de sobremesa: pudim de castanha, é claro ….adorei!!!. Tudo regado a um vinho tinto regional excelente: Encostas do Trogão.
Apesar de o vinho ser a bebida predominante da Feira, a cerveja teve seu lugar de destaque. Degustei ótimas cervejas no stand: Craft + Draft – Beer Shop. Além de brejas portuguesas on tap, a carta estava repleta de excelentes garrafas de cervejas belgas, alemães etc.
Lembrando que charcutaria e cervejas harmonizam super bem.
Porco Bísaro: fumeiro de altíssima qualidade
O porco Bísaro é um caso de sucesso na pecuária portuguesa. A alta qualidade do fumeiro produzido na região de Vinhais é valorizada por consumidores de todo o País e do exterior.
O curioso é que os porcos se alimentam de castanhas, refletindo diretamente na qualidade da carne. E pensar que a raça bísara estava praticamente extinta há 20 anos. Imagina!!!!
Parabéns aos produtores de Vinhais que com muito trabalho produzem hoje um dos melhores fumeiros do mundo. Fica a dica!!!!
Quer ter uma ideia de como foi o evento? Veja o vídeo: Feira de Fumeiro em Vinhais, Portugal
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Governo quer mais lusodescendestes a estudar em Portugal
O Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior veio ao Consulado Geral de Portugal em Paris para lançar um apelo aos lusodescendentes para que se inscrevam nas universidades portuguesas.
O membro do Governo lembrou que os emigrantes e lusodescendentes têm 7% de vagas reservadas no ensino superior português, o que corresponde a cerca de 3.700 vagas, mas apenas 400 foram preenchidas no ano passado.
O Secretário de Estado veio a Paris com o Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Fontaínhas Fernandes, com o Presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Pedro Dominguinhos, e com Luisa Paes Lowé, do Gabinete do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. A comitiva falou no Consulado Geral de Portugal em Paris para os membros do Conselho consultivo da área consular e para a comunicação social. Na sala estava também o Embaixador Jorge Torres Pereira e o Cônsul Geral António de Albuquerque Moniz.
“Uma das coisas que tem falhado, tem sido o canal de comunicação. A informação da disponibilização desta cota, mas sobretudo a informação deste abraçar, desta vontade de Portugal receber as suas Comunidades” explica o Secretário de Estado João Sobrinho Teixeira.
“Uma vez detetada a falta de comunicação, agora é preciso termos contactos cada vez mais próximos e tentar explicar aos diferentes Portugueses que estão dispersos pelo mundo, que podem utilizar este contingente especial. É específico para eles e desta forma também é melhor para as famílias, para qualificar mais não só a população portuguesa que mora em Portugal, como também a que está fora” completa António Fontaínhas Fernandes, Reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), e Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP).
O secretário de Estado das Comunidades está a percorrer vários países para convencer luso-descendentes e filhos de emigrantes a candidatarem-se às licenciaturas nas universidades portuguesas.
O Ensino Superior tem uma quota de sete por cento das vagas reservada para este efeito, cerca de 3 mil e 500 lugares.
A iniciativa "Jornadas estudar e investigar em Portugal 2019" começou no Luxemburgo e agora em França.
Estão ainda previstas ações na Suíça, na Alemanha e nos Estados Unidos.
Também os Institutos Politécnicos querem ter mais estudantes lusodescendentes. “Os Politécnicos, desde há muitos anos – mas de forma mais insistente nos últimos anos – têm feito uma aposta mais forte na internacionalização. Não apenas a nível de projetos de investigação e de mobilidade de docentes, mas sobretudo na atração de estudantes internacionais.
Os Institutos Politécnicos têm uma presença muito forte no território, em cerca de 90 cidades ou locais a nível nacional, o que significa que há uma cobertura muito significativa, uma capilaridade muito grande no território, com áreas científicas muito distintas, mas abrangentes e que cobrem o território nacional”.
O Reitor da UTAD afirma que Portugal tem aumentado muito o número de estudantes internacionais. “As instituições têm 15 a 30% de estudantes de outros países, e não fazia sentido não trabalharmos com as Comunidades portuguesas que estão distribuídas por todo o mundo”.
O Secretário de Estado referiu que “Portugal tem as Portas abertas para receber esta comunidade dos lusodescendentes”. E aos que preferem estudar no país de residência, sugere que recorram aos programas europeus de mobilidade, nomeadamente ao Erasmus, e que “escolham o país dos vossos pais, dos vossos avós, o país que vai olhar sempre para vós com uma relação de afeto, de carinho, e ainda por cima é um país que se modernizou e o ensino superior foi daqueles que mais evoluiu e mais deixa o nosso país orgulhoso pela posição mundial que as instituições de ensino superior portuguesas conseguem ter”.
No próximo dia 9 de junho o Secretário de Estado João Sobrinho Teixeira regressa a Paris, para uma apresentação pública na Festa franco-portuguesa de Pontault-Combault, mas também estão previstas ações em Toulouse e em Cenon, nos arredores de Bordeaux.
in:diariodetrasosmontes
C/Agência Lusa
O Secretário de Estado veio a Paris com o Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Fontaínhas Fernandes, com o Presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Pedro Dominguinhos, e com Luisa Paes Lowé, do Gabinete do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. A comitiva falou no Consulado Geral de Portugal em Paris para os membros do Conselho consultivo da área consular e para a comunicação social. Na sala estava também o Embaixador Jorge Torres Pereira e o Cônsul Geral António de Albuquerque Moniz.
“Uma das coisas que tem falhado, tem sido o canal de comunicação. A informação da disponibilização desta cota, mas sobretudo a informação deste abraçar, desta vontade de Portugal receber as suas Comunidades” explica o Secretário de Estado João Sobrinho Teixeira.
“Uma vez detetada a falta de comunicação, agora é preciso termos contactos cada vez mais próximos e tentar explicar aos diferentes Portugueses que estão dispersos pelo mundo, que podem utilizar este contingente especial. É específico para eles e desta forma também é melhor para as famílias, para qualificar mais não só a população portuguesa que mora em Portugal, como também a que está fora” completa António Fontaínhas Fernandes, Reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), e Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP).
O secretário de Estado das Comunidades está a percorrer vários países para convencer luso-descendentes e filhos de emigrantes a candidatarem-se às licenciaturas nas universidades portuguesas.
O Ensino Superior tem uma quota de sete por cento das vagas reservada para este efeito, cerca de 3 mil e 500 lugares.
A iniciativa "Jornadas estudar e investigar em Portugal 2019" começou no Luxemburgo e agora em França.
Estão ainda previstas ações na Suíça, na Alemanha e nos Estados Unidos.
Também os Institutos Politécnicos querem ter mais estudantes lusodescendentes. “Os Politécnicos, desde há muitos anos – mas de forma mais insistente nos últimos anos – têm feito uma aposta mais forte na internacionalização. Não apenas a nível de projetos de investigação e de mobilidade de docentes, mas sobretudo na atração de estudantes internacionais.
Os Institutos Politécnicos têm uma presença muito forte no território, em cerca de 90 cidades ou locais a nível nacional, o que significa que há uma cobertura muito significativa, uma capilaridade muito grande no território, com áreas científicas muito distintas, mas abrangentes e que cobrem o território nacional”.
O Reitor da UTAD afirma que Portugal tem aumentado muito o número de estudantes internacionais. “As instituições têm 15 a 30% de estudantes de outros países, e não fazia sentido não trabalharmos com as Comunidades portuguesas que estão distribuídas por todo o mundo”.
O Secretário de Estado referiu que “Portugal tem as Portas abertas para receber esta comunidade dos lusodescendentes”. E aos que preferem estudar no país de residência, sugere que recorram aos programas europeus de mobilidade, nomeadamente ao Erasmus, e que “escolham o país dos vossos pais, dos vossos avós, o país que vai olhar sempre para vós com uma relação de afeto, de carinho, e ainda por cima é um país que se modernizou e o ensino superior foi daqueles que mais evoluiu e mais deixa o nosso país orgulhoso pela posição mundial que as instituições de ensino superior portuguesas conseguem ter”.
No próximo dia 9 de junho o Secretário de Estado João Sobrinho Teixeira regressa a Paris, para uma apresentação pública na Festa franco-portuguesa de Pontault-Combault, mas também estão previstas ações em Toulouse e em Cenon, nos arredores de Bordeaux.
in:diariodetrasosmontes
C/Agência Lusa
Abastecimento de água garantido a Bragança em plena capacidade
O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, garantiu hoje que as reservas de água para abastecimento à população estão “em plena capacidade” sem preocupações mesmo num cenário de seca.
“Estamos perfeitamente tranquilos na forma como temos as nossas reservas de água hoje em plena capacidade, o que nos permite estar à vontade mesmo para cenários menos favoráveis”, assegurou.
O autarca fez hoje o ponto da situação no Conselho Municipal de Segurança, que junta uma vez por ano os diferentes agentes para discutirem a realidade do concelho de Bragança, que foi apresentado, nomeadamente pelas polícias como “seguro, tranquilo e sossegado”.
Tranquilo está também o presidente da Câmara relativamente às reservas de água, numa altura em que no país se começa a falar de seca.
Hernâni Dias explicou que o abastecimento à maior parte dos 35 mil habitantes do concelho continua a ser feito “ao dia de hoje ainda pelas linhas de água normais”, sem recurso às duas grandes reservas, que são as barragens de Serra Serrada e de Veiguinhas.
Todavia, o autarca ressalvou que “pode haver problemas gravíssimos” no meio rural, e a necessidade de, como em anos anteriores, recorrer a camiões cisterna para garantir o abastecimento.
“Quando os efeitos da seca são muito evidentes, as próprias nascentes e até os furos podem não ter capacidade para poder abastecer as populações às quais se destinam. Isso obrigar-nos-á a fazer transporte de água em autotanques”, concretizou.
Este é um cenário ocorre todos os anos em algumas aldeias, sobretudo no verão, época em que os consumos duplicam. A Câmara indicou que “houve situações que já foram resolvidas, mas podem surgir novas” para as quais promete estar atenta com medidas previstas no plano de contingência.
A criminalidade e sinistralidade foram também analisadas ente Conselho Municipal de Segurança e, segundo o presidente da Câmara, “Bragança, pelos dados que forma apresentados, é efetivamente uma cidade segura”.
“A realidade que nos foi mostrada aponta exatamente nesse sentido, as forças de segurança têm feito um bom trabalho, os cidadãos de forma genérica também conseguem ter já hoje uma perceção clara daquilo que é a sua responsabilidade social na identificação de determinado tipo de problemas e, quando é necessário, eles próprios serem verdadeiros agentes de ajuda às forças de segurança”, sustentou.
O autarca defende que “a competitividade dos territórios também se mede hoje por questões relacionadas com segurança” em por isso, Bragança “mais capacidade terá de poder atrair mais gente, quer sob o ponto de vista turístico, quer de estudantes, quer até novos residentes”.
Os dados da PSP e da GNR corroboram este conceito de segurança, embora permaneçam algumas preocupações como furtos a armazéns e de produtos agrícolas, visíveis por exemplo na campanha da castanha, como apontou o comandante da GNR, Pedro Gonçalves.
“Um espaço tranquilo, sossegado e de pessoas de bem”, é a análise social que faz de Bragança o novo comandante da PSP, José Neto, que está no cargo há um mês e realçou que “há aqui pequenos acertos a fazer, mas prendem-se mais com modelos e filosofia de trabalho do que com aspetos relativos a insegurança ou incivilidade”.
Um dos desafios que assumiu é tentar perceber porque é que “entre as 16:00 e as 20:00, às terças e aos sábados, há uma incidência de acidentes na cidade” que não consegue ainda explicar.
Foto: AP
in:diariodetrasosmontes
C/Agência Lusa
“Estamos perfeitamente tranquilos na forma como temos as nossas reservas de água hoje em plena capacidade, o que nos permite estar à vontade mesmo para cenários menos favoráveis”, assegurou.
O autarca fez hoje o ponto da situação no Conselho Municipal de Segurança, que junta uma vez por ano os diferentes agentes para discutirem a realidade do concelho de Bragança, que foi apresentado, nomeadamente pelas polícias como “seguro, tranquilo e sossegado”.
Tranquilo está também o presidente da Câmara relativamente às reservas de água, numa altura em que no país se começa a falar de seca.
Hernâni Dias explicou que o abastecimento à maior parte dos 35 mil habitantes do concelho continua a ser feito “ao dia de hoje ainda pelas linhas de água normais”, sem recurso às duas grandes reservas, que são as barragens de Serra Serrada e de Veiguinhas.
Todavia, o autarca ressalvou que “pode haver problemas gravíssimos” no meio rural, e a necessidade de, como em anos anteriores, recorrer a camiões cisterna para garantir o abastecimento.
“Quando os efeitos da seca são muito evidentes, as próprias nascentes e até os furos podem não ter capacidade para poder abastecer as populações às quais se destinam. Isso obrigar-nos-á a fazer transporte de água em autotanques”, concretizou.
Este é um cenário ocorre todos os anos em algumas aldeias, sobretudo no verão, época em que os consumos duplicam. A Câmara indicou que “houve situações que já foram resolvidas, mas podem surgir novas” para as quais promete estar atenta com medidas previstas no plano de contingência.
A criminalidade e sinistralidade foram também analisadas ente Conselho Municipal de Segurança e, segundo o presidente da Câmara, “Bragança, pelos dados que forma apresentados, é efetivamente uma cidade segura”.
“A realidade que nos foi mostrada aponta exatamente nesse sentido, as forças de segurança têm feito um bom trabalho, os cidadãos de forma genérica também conseguem ter já hoje uma perceção clara daquilo que é a sua responsabilidade social na identificação de determinado tipo de problemas e, quando é necessário, eles próprios serem verdadeiros agentes de ajuda às forças de segurança”, sustentou.
O autarca defende que “a competitividade dos territórios também se mede hoje por questões relacionadas com segurança” em por isso, Bragança “mais capacidade terá de poder atrair mais gente, quer sob o ponto de vista turístico, quer de estudantes, quer até novos residentes”.
Os dados da PSP e da GNR corroboram este conceito de segurança, embora permaneçam algumas preocupações como furtos a armazéns e de produtos agrícolas, visíveis por exemplo na campanha da castanha, como apontou o comandante da GNR, Pedro Gonçalves.
“Um espaço tranquilo, sossegado e de pessoas de bem”, é a análise social que faz de Bragança o novo comandante da PSP, José Neto, que está no cargo há um mês e realçou que “há aqui pequenos acertos a fazer, mas prendem-se mais com modelos e filosofia de trabalho do que com aspetos relativos a insegurança ou incivilidade”.
Um dos desafios que assumiu é tentar perceber porque é que “entre as 16:00 e as 20:00, às terças e aos sábados, há uma incidência de acidentes na cidade” que não consegue ainda explicar.
Foto: AP
in:diariodetrasosmontes
C/Agência Lusa
sexta-feira, 29 de março de 2019
Gestão do parque de campismo: Bombeiros não vão acatar denúncia do protocolo por parte do Município
É um volte face neste conturbado processo. Depois do executivo da câmara de Mirandela ter notificado a associação dos bombeiros para denunciar o protocolo, com efeitos a partir do dia 1 de Abril, Marcelo Lago anunciou, ontem, aos associados, em Assembleia-Geral, que a associação que dirige vai continuar a gerir aquela estrutura, pelo menos até 2021.
Esta tomada de posição é justificada pelo silêncio da autarquia liderada por Júlia Rodrigues, à carta enviada, em meados de Fevereiro, onde a associação dos bombeiros manifestava a intenção de aceitar a denúncia do contrato, mas com a condição da associação ser ressarcida do investimento feito no parque.
Em 2017, o protocolo foi automaticamente renovado, por mais dois anos, terminando a 31 de Março deste ano. Mas, nos primeiros dias de Janeiro de 2019, a presidente do Município notificou a direcção dos bombeiros da intenção de denunciar o protocolo para não ser renovado, alegando questões de estratégia turística municipal para tomar essa decisão.
Em resposta, o presidente da direção dos bombeiros, apesar de entender que a carta a denunciar o protocolo teria chegado fora de prazo, garantiu que não seria motivo para impedir o términus do protocolo, mas teria de haver uma negociação para que a corporação fosse ressarcida do investimento feito no parque.
Em meados de Fevereiro, Marcelo Lago fez chegar uma carta ao executivo, dando-lhe conta dessa intenção, só que, até agora, diz não ter recebido qualquer resposta do executivo liderado por Júlia Rodrigues.
Perante o silêncio, Marcelo Lago informou os associados que a direcção decidiu continuar a gerir o parque e não acatar a denúncia do protocolo. “Enviamos um ofício registado para mostrar disponibilidade para negociar um acordo relativo aos investimentos feitos no parque e até agora a presidente não respondeu. Como os funcionários ainda não foram despedidos, vamos continuar com o parque nas mesmas condições”, adianta.
Questionado sobre a possibilidade de avançar na justiça com uma providência cautelar para travar a denúncia do protocolo, Marcelo Lago foi peremptório. “O nosso advogado diz que não é necessário dar entrada com qualquer acção, a não ser dar conhecimento, por escrito, da intenção de continuarmos com o parque, já que nem sequer respondeu ao ofício que lhe enviamos. Se não quer negociar, vamos ficar pelo menos até 2021 e depois veremos”, acrescenta.
Marcelo Lago entende ainda que a presidente da câmara “faltou ao respeito” da associação que dirige, ao ter reunido com os sete funcionários afectos ao parque de campismo, cujo contrato de trabalho é com a associação e não com a autarquia, para lhes propor a continuidade dos seus postos de trabalho, mas com condições precárias. “Foram chamados para lhes dizer que iria manter os postos de trabalho, mas com recibos verdes. Para além de ser uma proposta ilegal, os funcionários iriam levar para casa alguns 500 euros, sem direito a subsídio de férias, subsídio de Natal e sem direitos nenhuns”, lamenta.
Parecem não haver dúvidas de que as recentes decisões do executivo da câmara liderado por Júlia Rodrigues provocaram feridas na relação institucional com a direcção dos bombeiros que agora decidiu continuar a gerir o parque de campismo não acatando a denúncia do protocolo.
Confrontada com esta situação, a autarca remete para mais tarde uma reacção.
Escrito por Rádio Terra Quente
Esta tomada de posição é justificada pelo silêncio da autarquia liderada por Júlia Rodrigues, à carta enviada, em meados de Fevereiro, onde a associação dos bombeiros manifestava a intenção de aceitar a denúncia do contrato, mas com a condição da associação ser ressarcida do investimento feito no parque.
Em 2017, o protocolo foi automaticamente renovado, por mais dois anos, terminando a 31 de Março deste ano. Mas, nos primeiros dias de Janeiro de 2019, a presidente do Município notificou a direcção dos bombeiros da intenção de denunciar o protocolo para não ser renovado, alegando questões de estratégia turística municipal para tomar essa decisão.
Em resposta, o presidente da direção dos bombeiros, apesar de entender que a carta a denunciar o protocolo teria chegado fora de prazo, garantiu que não seria motivo para impedir o términus do protocolo, mas teria de haver uma negociação para que a corporação fosse ressarcida do investimento feito no parque.
Em meados de Fevereiro, Marcelo Lago fez chegar uma carta ao executivo, dando-lhe conta dessa intenção, só que, até agora, diz não ter recebido qualquer resposta do executivo liderado por Júlia Rodrigues.
Perante o silêncio, Marcelo Lago informou os associados que a direcção decidiu continuar a gerir o parque e não acatar a denúncia do protocolo. “Enviamos um ofício registado para mostrar disponibilidade para negociar um acordo relativo aos investimentos feitos no parque e até agora a presidente não respondeu. Como os funcionários ainda não foram despedidos, vamos continuar com o parque nas mesmas condições”, adianta.
Questionado sobre a possibilidade de avançar na justiça com uma providência cautelar para travar a denúncia do protocolo, Marcelo Lago foi peremptório. “O nosso advogado diz que não é necessário dar entrada com qualquer acção, a não ser dar conhecimento, por escrito, da intenção de continuarmos com o parque, já que nem sequer respondeu ao ofício que lhe enviamos. Se não quer negociar, vamos ficar pelo menos até 2021 e depois veremos”, acrescenta.
Marcelo Lago entende ainda que a presidente da câmara “faltou ao respeito” da associação que dirige, ao ter reunido com os sete funcionários afectos ao parque de campismo, cujo contrato de trabalho é com a associação e não com a autarquia, para lhes propor a continuidade dos seus postos de trabalho, mas com condições precárias. “Foram chamados para lhes dizer que iria manter os postos de trabalho, mas com recibos verdes. Para além de ser uma proposta ilegal, os funcionários iriam levar para casa alguns 500 euros, sem direito a subsídio de férias, subsídio de Natal e sem direitos nenhuns”, lamenta.
Parecem não haver dúvidas de que as recentes decisões do executivo da câmara liderado por Júlia Rodrigues provocaram feridas na relação institucional com a direcção dos bombeiros que agora decidiu continuar a gerir o parque de campismo não acatando a denúncia do protocolo.
Confrontada com esta situação, a autarca remete para mais tarde uma reacção.
Escrito por Rádio Terra Quente
Caso da derrocada das casas junto ao LIDL chega a julgamento (Mirandela)
Cinco anos depois de um deslizamento de terras ter danificado várias habitações, o caso chega agora a tribunal. Proprietários querem responsabilizar o Município e pretendem ser indemnizadas por todos os danos causados.
Começou, esta semana, no Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Mirandela, o julgamento do caso do deslizamento de terras, ocorrido, a 4 de Janeiro de 2014, no loteamento Retiro da Princesa, que provocou uma derrocada de muros de suporte e danificou estruturas de três vivendas bi-familiares, obrigando cinco famílias a abandonar, até hoje, as habitações por razões de segurança.
As famílias pretendem que a autarquia seja obrigada a recolocar a segurança definitiva dos imóveis e habitações próximas, com a reconstrução dos muros de suporte. Depois de apuradas as responsabilidades pretendem ser indemnizadas por todos os danos causados
As famílias decidiram avançar com esta acção, tendo em conta que o mesmo TAF de Mirandela, em Junho de 2014, já tinha condenado a autarquia, na altura liderada por António Branco - no âmbito de uma providência cautelar - a realizar, “a monitorização das estruturas e do talude para verificar se os movimentos estão ou não estabilizados e a elaboração e execução de um plano de intervenção temporária, de modo a evitar o desabamento dos edifícios e de acordo com os resultados do estudo feito”, referia o acórdão.
O não cumprimento desta deliberação, por parte do Município, levou os particulares a instaurar, em Abril de 2015, uma acção executiva para exigir o cumprimento da decisão judicial.
Só no início de 2016, a câmara avançou com uma intervenção, com base num relatório do Instituto da Construção da Faculdade de Engenharia do Porto, que revelou a insegurança dos edifícios.
No entanto, após a intervenção, aquele instituto entendeu que a obra não garantia a segurança das casas, ao ter sido colocada apenas “uma rampa não compactada, com a deposição de aterro e com sobreposição de pedras laterais, que não resolve e que continuava a colocar em perigo a família que está na habitação que se encontra no patamar inferior”, adiantava o relatório.
Esta situação, levou o TAF de Mirandela, em Janeiro de 2018, a condenar o Município de Mirandela, já liderado por Júlia Rodrigues, à realização de obras no prazo máximo de 120 dias que garantam a segurança dos edifícios. Mesmo depois desta condenação, o actual executivo, nada fez e o caso segue agora na barra do tribunal. A primeira sessão do julgamento, aconteceu, na passada terça-feira, mas já tem mais duas sessões agendadas para o mês de Abril.
Refira-se que, um mês depois da derrocada, em 2014, a avaliação técnica que a Câmara Municipal de Mirandela solicitou ao laboratório de materiais e solo da Universidade de Trás‐os‐Montes e Alto Douro, apontava como causas prováveis do escorregamento de terras, a progressiva deterioração dos materiais do talude, revelada pelas fissuras nas estruturas que foram repetidamente reparadas. “Esta deterioração deveria ter sido prevista, estudada e objecto de medidas que impedissem que a situação evoluísse para o colapso”, referia o relatório, que também apontava o dedo às estruturas de contenção, que aparentavam “ter sido construídas com deficientes fundações, dado que não existe, sequer, desenhos de projecto relativos a um dos lotes em causa”.
Escrito por Rádio Terra Quente
Foto: Rádio Terra Quente
Começou, esta semana, no Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Mirandela, o julgamento do caso do deslizamento de terras, ocorrido, a 4 de Janeiro de 2014, no loteamento Retiro da Princesa, que provocou uma derrocada de muros de suporte e danificou estruturas de três vivendas bi-familiares, obrigando cinco famílias a abandonar, até hoje, as habitações por razões de segurança.
As famílias pretendem que a autarquia seja obrigada a recolocar a segurança definitiva dos imóveis e habitações próximas, com a reconstrução dos muros de suporte. Depois de apuradas as responsabilidades pretendem ser indemnizadas por todos os danos causados
As famílias decidiram avançar com esta acção, tendo em conta que o mesmo TAF de Mirandela, em Junho de 2014, já tinha condenado a autarquia, na altura liderada por António Branco - no âmbito de uma providência cautelar - a realizar, “a monitorização das estruturas e do talude para verificar se os movimentos estão ou não estabilizados e a elaboração e execução de um plano de intervenção temporária, de modo a evitar o desabamento dos edifícios e de acordo com os resultados do estudo feito”, referia o acórdão.
O não cumprimento desta deliberação, por parte do Município, levou os particulares a instaurar, em Abril de 2015, uma acção executiva para exigir o cumprimento da decisão judicial.
Só no início de 2016, a câmara avançou com uma intervenção, com base num relatório do Instituto da Construção da Faculdade de Engenharia do Porto, que revelou a insegurança dos edifícios.
No entanto, após a intervenção, aquele instituto entendeu que a obra não garantia a segurança das casas, ao ter sido colocada apenas “uma rampa não compactada, com a deposição de aterro e com sobreposição de pedras laterais, que não resolve e que continuava a colocar em perigo a família que está na habitação que se encontra no patamar inferior”, adiantava o relatório.
Esta situação, levou o TAF de Mirandela, em Janeiro de 2018, a condenar o Município de Mirandela, já liderado por Júlia Rodrigues, à realização de obras no prazo máximo de 120 dias que garantam a segurança dos edifícios. Mesmo depois desta condenação, o actual executivo, nada fez e o caso segue agora na barra do tribunal. A primeira sessão do julgamento, aconteceu, na passada terça-feira, mas já tem mais duas sessões agendadas para o mês de Abril.
Refira-se que, um mês depois da derrocada, em 2014, a avaliação técnica que a Câmara Municipal de Mirandela solicitou ao laboratório de materiais e solo da Universidade de Trás‐os‐Montes e Alto Douro, apontava como causas prováveis do escorregamento de terras, a progressiva deterioração dos materiais do talude, revelada pelas fissuras nas estruturas que foram repetidamente reparadas. “Esta deterioração deveria ter sido prevista, estudada e objecto de medidas que impedissem que a situação evoluísse para o colapso”, referia o relatório, que também apontava o dedo às estruturas de contenção, que aparentavam “ter sido construídas com deficientes fundações, dado que não existe, sequer, desenhos de projecto relativos a um dos lotes em causa”.
Escrito por Rádio Terra Quente
Foto: Rádio Terra Quente
Comboio Miradouro vai deixar linha do Douro
A CP vai acabar com o comboio turístico Miradouro na linha do Douro. A empresa justifica que o serviço criado há dois anos não é rentável.
O ano passado, o Miradouro deixou de circular até à estação do Tua, em Carrazeda de Ansiães, viajando apenas entre o Porto e a Régua. Este ano já não vai entrar nos carris.
Fonte oficial da CP diz que a empresa constatou que “o mercado não terá valorizado o Comboio Miradouro” e que “mesmo considerando um cenário de lotação completa, este comboio gera prejuízo para a CP, dada a logística necessária à sua produção”.
O presidente da Câmara da Régua, José Manuel Gonçalves, diz que é um erro descontinuar o comboio Miradouro e mais uma machada no turismo na região duriense.
O autarca da Régua tem o apoio, por exemplo do presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães, para tentar reverter esta decisão junto da CP.
O edil carrazedense, João Gonçalves, olha com revolta para a decisão de descontinuar o comboio turístico Miradouro.
Os autarcas pediram uma reunião com a administração da empresa Comboios de Portugal. José Manuel Gonçalves acalenta a esperança de fazer valer os seus argumentos, pois a justificação de falta de rentabilidade não colhe:
O autarca da Régua está indignado com o fim do comboio turístico Miradouro na linha do Douro.
O comboio presidencial vai deixar de operar no próximo ano, pelo que o único que vai manter-se, até ver, é o comboio histórico.
Escrito por Rádio Ansiães
O ano passado, o Miradouro deixou de circular até à estação do Tua, em Carrazeda de Ansiães, viajando apenas entre o Porto e a Régua. Este ano já não vai entrar nos carris.
Fonte oficial da CP diz que a empresa constatou que “o mercado não terá valorizado o Comboio Miradouro” e que “mesmo considerando um cenário de lotação completa, este comboio gera prejuízo para a CP, dada a logística necessária à sua produção”.
O presidente da Câmara da Régua, José Manuel Gonçalves, diz que é um erro descontinuar o comboio Miradouro e mais uma machada no turismo na região duriense.
O autarca da Régua tem o apoio, por exemplo do presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães, para tentar reverter esta decisão junto da CP.
O edil carrazedense, João Gonçalves, olha com revolta para a decisão de descontinuar o comboio turístico Miradouro.
Os autarcas pediram uma reunião com a administração da empresa Comboios de Portugal. José Manuel Gonçalves acalenta a esperança de fazer valer os seus argumentos, pois a justificação de falta de rentabilidade não colhe:
O autarca da Régua está indignado com o fim do comboio turístico Miradouro na linha do Douro.
O comboio presidencial vai deixar de operar no próximo ano, pelo que o único que vai manter-se, até ver, é o comboio histórico.
Escrito por Rádio Ansiães
L MIRANDÉS I L CAIPIRA
Por: Antônio Carlos Affonso dos Santos
(colaborador do "Memórias...e outras coisas..")
São Paulo - Brasil
INTRODUÇÃO: anquanto este caipira brasileiro bai cuntando sues stórias i sprimindo sues mimórias, atrabeç de l blog de l'eiminente Anrique Martines, el aprobeita para daprender un pouco de l Mirandés, segunda léngua oufecial de Pertual, a la qual chegou atrabeç de l'obra d'amadeu Ferreira. Agradeço a todos ls strasmuntanos qu'aceitáren essa antromisson an sue léngua i mentindo, inda que tenga licença poética para fazé-lo, pus se l fago, ye porque you adoro. Diretamente de l miu recanto solitairo, you passo ls dies screbendo. Penso na luita de quien se liebanta cedo para trabalhar; i you eiqui, remoendo possibelidades de cousas la séren feitas.
Agradeço aos escritores transmontanos, tais como António P. Torrão, S. Potêncio, Manuel Amaro e tantos outros, que me fizeram ser ousado e tentar imitá-los.
Peço a benção a todos eles, como a Miguel Torga, Amadeu Ferreira e a todos os articulistas do M.O.C..
San Paulo, Brasil, 29 de márcio de l'anho de la grácia de 2019.
You talbeç stubisse squecido de l'oucasion iba star an quei sonhei star a biber an Trás-los-Montes. L'anho era 1970. Amparaba la parentena a cuidar de las almendreiras i de los oulibales, acolhá de l'houmilde huorta, la la borda de la nuossa casa de l'aldé de la bila Passa-Tiempo.
Lhembro los antruidos i la fiesta de Binhais, a poder de los diabros a cuidar de la cidade, até que nós, ls rapazes, queimássemos la muorte, librando la populaçon de la persença de l diabo, i liberando achegada de la primabera.
Las tabafeias ne l fumeiro stában cun stoque reduzido, to la charcutarie percisaba ser refeita, mas tamien tínhamos de plantar l trigo, cuidar de las castanheiras, alimentar ls animales, anclusibe l ganado bacun i ls muares.
Nun anstante, acuordo an miu quarto, an San Paulo, Brasil. Tento çfrençar dous mundos çtintos. Yá nun sou l garoto cun gorra a la cabeça. Sou quaije un ancion, mas la suidade d'algo que nunca conhecemos tamien se faç persente. Saúdo l pobo strasmuntano cun este testo. Peço que resistan a las adbersidades. Sinto suidades de bós. Até un die!
Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS. Nascido em julho de 1946, é natural da zona rural de Cravinhos-SP (Brasil). Nascido e criado numa fazenda de café; vive na cidade de São Paulo (Brasil), desde os 13. Formou-se em Física, trabalhou até recentemente no ramo de engenharia, especialista em equipamentos petroquímicos. É escritor amador diletante, cronista, poeta, contista e pesquisador do dialeto “Caipirês”. Tem textos publicados em 8 livros, sendo 4 “solos” e quatro em antologias, junto com outros escritores amadores brasileiros. São seus livros: “Pequeno Dicionário de Caipirês (recém reciclado e aguardando interesse de editoras), o livro infantil “A Sementinha”, um livro de contos, poesias e crônicas “Fragmentos” e o romance infanto-juvenil “Y2K: samba lelê”.
(colaborador do "Memórias...e outras coisas..")
São Paulo - Brasil
INTRODUÇÃO: anquanto este caipira brasileiro bai cuntando sues stórias i sprimindo sues mimórias, atrabeç de l blog de l'eiminente Anrique Martines, el aprobeita para daprender un pouco de l Mirandés, segunda léngua oufecial de Pertual, a la qual chegou atrabeç de l'obra d'amadeu Ferreira. Agradeço a todos ls strasmuntanos qu'aceitáren essa antromisson an sue léngua i mentindo, inda que tenga licença poética para fazé-lo, pus se l fago, ye porque you adoro. Diretamente de l miu recanto solitairo, you passo ls dies screbendo. Penso na luita de quien se liebanta cedo para trabalhar; i you eiqui, remoendo possibelidades de cousas la séren feitas.
Agradeço aos escritores transmontanos, tais como António P. Torrão, S. Potêncio, Manuel Amaro e tantos outros, que me fizeram ser ousado e tentar imitá-los.
Peço a benção a todos eles, como a Miguel Torga, Amadeu Ferreira e a todos os articulistas do M.O.C..
San Paulo, Brasil, 29 de márcio de l'anho de la grácia de 2019.
You talbeç stubisse squecido de l'oucasion iba star an quei sonhei star a biber an Trás-los-Montes. L'anho era 1970. Amparaba la parentena a cuidar de las almendreiras i de los oulibales, acolhá de l'houmilde huorta, la la borda de la nuossa casa de l'aldé de la bila Passa-Tiempo.
Lhembro los antruidos i la fiesta de Binhais, a poder de los diabros a cuidar de la cidade, até que nós, ls rapazes, queimássemos la muorte, librando la populaçon de la persença de l diabo, i liberando achegada de la primabera.
Las tabafeias ne l fumeiro stában cun stoque reduzido, to la charcutarie percisaba ser refeita, mas tamien tínhamos de plantar l trigo, cuidar de las castanheiras, alimentar ls animales, anclusibe l ganado bacun i ls muares.
Nun anstante, acuordo an miu quarto, an San Paulo, Brasil. Tento çfrençar dous mundos çtintos. Yá nun sou l garoto cun gorra a la cabeça. Sou quaije un ancion, mas la suidade d'algo que nunca conhecemos tamien se faç persente. Saúdo l pobo strasmuntano cun este testo. Peço que resistan a las adbersidades. Sinto suidades de bós. Até un die!
Bô!!!... aatãon bamos “A Saltar a França”!?
Por: Silvino dos Santos Potêncio
(colaborador do "Memórias...e outras coisas..")
Emigrante Transmontano em Natal/Brasil – desde 1979
O título original desta crônica já inserido no Livro de Catramonzeladas Literárias em alegoria ao tema aqui mostrado com verbetes meus do "assim se fala, assim se escreve" era: "Para A Saltar a França, é preciso deixar Ir Un atrás" e começa com esta citação bem apropriada.
“A sabedoria da vida é sempre mais profunda e mais ampla que a sabedoria dos homens. (Gorki)
- Esta citação nos leva a outra bem mais profunda do saber humano: Sócrates, o Grego, tal como eu, ele sempre dizia!; eu só sei que nada sei!
... iii... aatãon bamos lá caraaaago;
Hendaye, França, Lá no longínquo mês de Agosto de 1972, depois de eu deixar Ir un "atrás"! Péraíiii oh, por favor! E não comecem já a pensar mal de mim!, até porque eu nem sou ministro! Para deixar todos irem atrás!
E aqui, o que eu quero dizer é que todo o emigrante que "a saltava" a França naquela época dos anos se senta, ele se assentava aonde pudésse!.
- A Saltar, no bom sentido desta palavra era dar o "salto" para o lado de lá dos Pirinéus e os Emigrantes "aveques" idos pela fronteira do Sudoeste da França, quando entravam na primeira cidade Francesa de Hendaye, eles forçosamente deixavam sempre IRUN atrás!, que é a ultima cidade Espanhola do lado de cá da Fronteira! era só isso!
- E, se "voismecês" lá passaram alguma vez, também lá deixaram IR UN atrás!, e nunca foi lá nenhum Ministro nem era preciso ser primeiro ministro primeiro, para ir A Saltar à França páaaa!
- Vas‟ Y”, vasY!... (vási)
- Vas Y allors, Oh Portugais!... dêpéche tois avec ta Catramonzelada páaaa!.
- dizia o motorista da "carreira" também conhecida por "autocarro" e mais tarde nos meus alfarrábios foi rebaptizada pelo homônimo de "ômnibus", que passou a ser omnipresente nas minhas andanças pela estranja desde então.
Ali estava eu aparvalhado, pela primeira vez fora do território da Mãe-Pátria e não era Emigrante!... Eu era apenas mais um Visitante à minha Familia “avec” que já estava lá em várias localidades.
Ali na borda da "auto-ruta" a carreira estacionou, parou mesmo! como era de costume, a tal parada obrigatória para todos os passageiros "trocarem a água às azeitonas"! (as passageiras, como não têm azeitonas e por isso só precisam re-estocar o pó d'arroz não parbolizado, e nem todas gostam de panelas)!, assim mesmo, elas vão sempre ao “Tuá Lete” amiúde, nem que seja só para espreitar a vizinha do lado. Continuando dizia a Minha Irmã;
Quando "xigares" lá, eu já lá estou à tua espera. Não te esqueças que tens que "t'arrétar" em Turs! (vulgo Tours que é a capital do Loire) senão tu perdes-te!,
E, olha… lá perto "d'agare", tem até lá o Manel Tendeiro (mou cunhado) e que também te quer ber, caraago!
Foste tu que o ensinaste a ler, e ele agora está rico lá na França!. - E assim "fumos" a conversar que até "ou atcho" que a primeira coisa que eu "oubi", (melhor dizendo, eu entendi, em Francês nessa minha primeira viagem à França sem A Salto) foi assim; Eu entendi “gra-zie-lá, sirvó prego”!(quando na verdade eu deveria era ter escutado e entendido o sentido da coisa; "assiez lá s'il vous plait"!...
E aí começou a confusão total: Entendi - Gra zie lá porque me lembrei da minha prima, que já estava lá na França e, como diz o povo; (o pensamento voa mais rápido que a internet) Quem sabe?... talvez que ela trabalhava ali no restaurante onde tínhamos acabado de chegar!?
Entendi - sirvó prego!....(alegoria à expressão Francesa – S‟il vous plait ou seja se faz favor! ) e porque tínhamos acabado de sair da carreira, eu estava com uma fome daquelas!- Pensei, um prego no pão vinha mesmo a calhar, e eu... de tanto imaginar uns bons pregos no prato, pregos no pão!, tinha até os olhos prégados na rapariga do Balcão que eu imaginei logo na posição de - sirvó prego ! caraaago!
Bem!... naquela época ainda não tinham inventado o "bitoque" e a primeira coisa que me vinha à mente era sempre: SIRVÓ PREGO!, com ovo, mas com um ovo frito escarrapanchado em cima!, mal passado!, se fais fabor!
- Pensei nisso e quando saí da "carreira", como todos os outros foram às "carreirinhas" para a "casa de banho" eu fui logo directo ao balcão! - Enfim, fiquei ali para me sentar ao balcão do "snack-bar" restaurante que ficava na borda da "auto-ruta". Então veio o tal do "assiez lá s'il vous plait"!!!... e como não vi nenhuma gra-zie-lá, nem tinham sirvó prego, lá comecei ataão a pedir o "pequeno almoço" e a pensar:
- Eu já me sentia um policial de mentirinha caraago! "prendi" a carreira em Macedo, "prendi" um tamborete para me sentar no Balcão, pedi e “prendi” um copo de “panaché” enquanto a gra zie la trazia o prego dentro de um "parisien" de meio metro de comprido, com "fromajio" tipo queijo da serra. etc e tal e coisa… eu “prendi” prendi tudo!
Eu, como não era ainda "aveque" e só ia lá visitar a minha Irmã, depois de 15 anos fora de casa sem a ver, resolvi só olhar para o "garçon", que, na verdade era uma rapariga com cabelo curto, tipo "chanel 5" e vestida de calças à boca de sino, ela me deixou quase sem fala, olhem só!...
Eu estava naquela idade da música, do "fail in love" por tudo e por nada!,... no tempo do "faciamo l'amore" antes que seja tarde! e, porque a vida não basta.
E eu ali na idade de emigrar para a França porque, lá só se cantava o Charles Aznavour com voz de bagaço;
... la Bohéme!,... la bohéme!!!! lá bohéme!!!
nous ne mangions pas un jour qu'en deux! la Bohéme!.
(traduzindo à letra: nós na Boémia Francesa só comíamos dia sim dia não)
Aquilo era uma boémia muito esfomeada!, caragoooo.
Os gajos lá em Paris no "bidonville" eram boémios profissionais páaa!
- Olha que traduzindo à letra a música, ou a música à letra, era assim: Ah, ah, ah boémia!... oh boémia,... aqui me tens de regresso e a suplicar eu te peço, nós só comíamos a cada dois dias!.
Entrementes oh p´sit, s’il vous plait…
Óh "Gra zi ela", traz a dolorosa aí p'ra eu pagar!
Oui, Monsieur,.. ça son trois franc soixante dix !... s'il vous plait!
Eu puxei os cordões à bolsa e oh páaaa!, cuncaneco!,… eu escutei mal de novo caraaago!
-- ataãon um pequeno almoço aqui custa mais de setenta Francos páaaa!?.
Eu completamente aparvalhado pronto para pagar, mas não teve jeito!
- Ela continuava era a olhar para mim, com os olhos esbugalhados, estava ali à espera de receber.
E a "carreira" lá fora já com o motor a trabalhar e, prontos!... Foi quando eu comecei a botar as notas todas em cima do balcão!
A "Gra zi ela", arregalava os olhos p'ra mim e gritava; ... mais!... mais tu est foul! (mé non) Non, tê toi, hein...!? - e eu botava mais a última notinha da carteira.
Pensei...Minha Nossa Senhora de Lourdes me acode aqui senão vão "m'arretar", vão me "prender" antes de chegar às "Tours" do Val du Loire caraaaago!
(Eu só queria pagar a despesa e rezava eu c’us mous butões”!)
Não foi a jovem "Bernardette" que me acudiu mas sim, ela a Nossa Senhora de Lourdes foi quem me enviou o "aveque" que estava do meu lado.
Ele já tinha acendido o velho "galloise" du maiz (cigarro feito com palha de milho) e me disse pelo canto da boca; - óoooh, oh voismecê !
- São só 3 francos e setenta centavos (dos antigos caraaaaças)!
Naquele tempo o meu Franco era novo, o da "Gra zi ela", era velho evalia umas 100 X menos!
Um franco velho foi convertido 100 vezes para valer um FRANCO NOVO E eu que pensava que já sabia falar francês!,hein!? …
Mesmo assim, que lindo que era eu ouvir a minha Irmã a falar "incorrectamente" a língua do Asterix!...
E o Demis Russos (o Emigrante Grego) a aprender a cantar com ela;
- lá musique!,... la musique!...
--- Logo ela, que mal terminou a quarta classe! Cantava bem sem sotaque Transmontano, lá musique, e pronunciava "lalalalá miusique".
Ela que, por certo, é devota da Santa Bernardete, (*) e foi por isso que a minha Mãe lhe botou o nome de Maria de Lourdes!.
(- Saravá!... minha Irmã Querida aí onde estiveres!)
(*) A Jovem Bernardette Maria de Lourdes lá dos Pirinéus, era uma cópia "xerox" de nossa Santa Irmã Lúcia.
Foi ela que viu a Nossa Senhora à beira do riacho no povoado de Lourdes que fica logo atrás dos Pirinéus.
Coitada!...Morreu jovem aos 35 anos de idade, e se hoje fosse viva teria mais de 165 anos!
- Durante 46 anos abriram o caixão dela para autópsia muitas vezes, e ele o corpo continua lá!, intacto e sereno como só Nossa Senhora sabe cuidar do "pó d'arroz dela"!
Não seria impossível ela estar viva até hoje, até porque o sangue dela ainda lhe corre nas veias, o rosto rosado pode ser visto por qualquer visitante do santuário (Lourdes-France) na redoma de vidro onde ela se encontra actualmente.
Nota do Autor: Texto Extraído do Meu Livro “Crônicas da Emigração”
Silvino dos Santos Potêncio, nascido a 04/11/1948, é natural da Aldeia de Caravelas no Concelho de Mirandela – Trás-Os-Montes - Portugal.
Este Autor tem centenas de crônicas, algumas já divulgadas sob o Título genérico de “Crônicas da Emigração”. Algumas destas crônicas são memórias dos meus 57 anos na Emigração foram incluídas nos Blogs que todavia estão inacessíveis devido ao bloqueio do Portugalmail.pt, porém algumas foram já transcritas para a Página Literária.
Presidente Fundador do Clube Português de Natal e Membro activo de várias páginas em jornais virtuais ligados ao Mundo da Lusofonia.
01 – POEMAS DE ANGOLA – “Eu, O Pensamento, A Rima!...”
02 – E-Book (Livro Electrônico): “UM CONVITE P’RA TOMAR CHÁ”
03 - CURRIÇAS DE CARAVELAS- TROVAS COMENTADAS é uma Antologia que contém Trovas e Textos Auto Biográficos da Aldeia Transmontana.
São livros da minha autoria já prontos para Edição e publicação brevemente.
Actualmente mantenho uma página literária própria, como Emigrante Transmontano em Natal/Brasil, no Portal Recanto das Letras.
O sitio do Escritor Silvino Potêncio www.silvinopotencio.net está aberto a visitas de todos os leitores de Lingua Portuguesa. Conta já com mais de 56.000 visitantes à data actual.
Muito grato pela Atenção e receba um Forte e Fraterno Abraço.
Endereço atual para contato:
Silvino Potencio
Rua Maçaranduba Nº 7838 – Bairro Pitimbu – Conjunto Cidade Satélite
59067-610 – NATAL – BRASIL
Email: sspotencio@yahoo.com.br
SKYPE: sspotencio
www.silvinopotencio.net
(colaborador do "Memórias...e outras coisas..")
Emigrante Transmontano em Natal/Brasil – desde 1979
O título original desta crônica já inserido no Livro de Catramonzeladas Literárias em alegoria ao tema aqui mostrado com verbetes meus do "assim se fala, assim se escreve" era: "Para A Saltar a França, é preciso deixar Ir Un atrás" e começa com esta citação bem apropriada.
“A sabedoria da vida é sempre mais profunda e mais ampla que a sabedoria dos homens. (Gorki)
- Esta citação nos leva a outra bem mais profunda do saber humano: Sócrates, o Grego, tal como eu, ele sempre dizia!; eu só sei que nada sei!
... iii... aatãon bamos lá caraaaago;
Fronteira de Quintanilha |
Hendaye, França, Lá no longínquo mês de Agosto de 1972, depois de eu deixar Ir un "atrás"! Péraíiii oh, por favor! E não comecem já a pensar mal de mim!, até porque eu nem sou ministro! Para deixar todos irem atrás!
E aqui, o que eu quero dizer é que todo o emigrante que "a saltava" a França naquela época dos anos se senta, ele se assentava aonde pudésse!.
- A Saltar, no bom sentido desta palavra era dar o "salto" para o lado de lá dos Pirinéus e os Emigrantes "aveques" idos pela fronteira do Sudoeste da França, quando entravam na primeira cidade Francesa de Hendaye, eles forçosamente deixavam sempre IRUN atrás!, que é a ultima cidade Espanhola do lado de cá da Fronteira! era só isso!
- E, se "voismecês" lá passaram alguma vez, também lá deixaram IR UN atrás!, e nunca foi lá nenhum Ministro nem era preciso ser primeiro ministro primeiro, para ir A Saltar à França páaaa!
- Vas‟ Y”, vasY!... (vási)
- Vas Y allors, Oh Portugais!... dêpéche tois avec ta Catramonzelada páaaa!.
- dizia o motorista da "carreira" também conhecida por "autocarro" e mais tarde nos meus alfarrábios foi rebaptizada pelo homônimo de "ômnibus", que passou a ser omnipresente nas minhas andanças pela estranja desde então.
Ali estava eu aparvalhado, pela primeira vez fora do território da Mãe-Pátria e não era Emigrante!... Eu era apenas mais um Visitante à minha Familia “avec” que já estava lá em várias localidades.
Ali na borda da "auto-ruta" a carreira estacionou, parou mesmo! como era de costume, a tal parada obrigatória para todos os passageiros "trocarem a água às azeitonas"! (as passageiras, como não têm azeitonas e por isso só precisam re-estocar o pó d'arroz não parbolizado, e nem todas gostam de panelas)!, assim mesmo, elas vão sempre ao “Tuá Lete” amiúde, nem que seja só para espreitar a vizinha do lado. Continuando dizia a Minha Irmã;
Quando "xigares" lá, eu já lá estou à tua espera. Não te esqueças que tens que "t'arrétar" em Turs! (vulgo Tours que é a capital do Loire) senão tu perdes-te!,
E, olha… lá perto "d'agare", tem até lá o Manel Tendeiro (mou cunhado) e que também te quer ber, caraago!
Foste tu que o ensinaste a ler, e ele agora está rico lá na França!. - E assim "fumos" a conversar que até "ou atcho" que a primeira coisa que eu "oubi", (melhor dizendo, eu entendi, em Francês nessa minha primeira viagem à França sem A Salto) foi assim; Eu entendi “gra-zie-lá, sirvó prego”!(quando na verdade eu deveria era ter escutado e entendido o sentido da coisa; "assiez lá s'il vous plait"!...
E aí começou a confusão total: Entendi - Gra zie lá porque me lembrei da minha prima, que já estava lá na França e, como diz o povo; (o pensamento voa mais rápido que a internet) Quem sabe?... talvez que ela trabalhava ali no restaurante onde tínhamos acabado de chegar!?
Entendi - sirvó prego!....(alegoria à expressão Francesa – S‟il vous plait ou seja se faz favor! ) e porque tínhamos acabado de sair da carreira, eu estava com uma fome daquelas!- Pensei, um prego no pão vinha mesmo a calhar, e eu... de tanto imaginar uns bons pregos no prato, pregos no pão!, tinha até os olhos prégados na rapariga do Balcão que eu imaginei logo na posição de - sirvó prego ! caraaago!
Bem!... naquela época ainda não tinham inventado o "bitoque" e a primeira coisa que me vinha à mente era sempre: SIRVÓ PREGO!, com ovo, mas com um ovo frito escarrapanchado em cima!, mal passado!, se fais fabor!
- Pensei nisso e quando saí da "carreira", como todos os outros foram às "carreirinhas" para a "casa de banho" eu fui logo directo ao balcão! - Enfim, fiquei ali para me sentar ao balcão do "snack-bar" restaurante que ficava na borda da "auto-ruta". Então veio o tal do "assiez lá s'il vous plait"!!!... e como não vi nenhuma gra-zie-lá, nem tinham sirvó prego, lá comecei ataão a pedir o "pequeno almoço" e a pensar:
- Eu já me sentia um policial de mentirinha caraago! "prendi" a carreira em Macedo, "prendi" um tamborete para me sentar no Balcão, pedi e “prendi” um copo de “panaché” enquanto a gra zie la trazia o prego dentro de um "parisien" de meio metro de comprido, com "fromajio" tipo queijo da serra. etc e tal e coisa… eu “prendi” prendi tudo!
Eu, como não era ainda "aveque" e só ia lá visitar a minha Irmã, depois de 15 anos fora de casa sem a ver, resolvi só olhar para o "garçon", que, na verdade era uma rapariga com cabelo curto, tipo "chanel 5" e vestida de calças à boca de sino, ela me deixou quase sem fala, olhem só!...
Eu estava naquela idade da música, do "fail in love" por tudo e por nada!,... no tempo do "faciamo l'amore" antes que seja tarde! e, porque a vida não basta.
E eu ali na idade de emigrar para a França porque, lá só se cantava o Charles Aznavour com voz de bagaço;
... la Bohéme!,... la bohéme!!!! lá bohéme!!!
nous ne mangions pas un jour qu'en deux! la Bohéme!.
(traduzindo à letra: nós na Boémia Francesa só comíamos dia sim dia não)
Aquilo era uma boémia muito esfomeada!, caragoooo.
Os gajos lá em Paris no "bidonville" eram boémios profissionais páaa!
- Olha que traduzindo à letra a música, ou a música à letra, era assim: Ah, ah, ah boémia!... oh boémia,... aqui me tens de regresso e a suplicar eu te peço, nós só comíamos a cada dois dias!.
Entrementes oh p´sit, s’il vous plait…
Óh "Gra zi ela", traz a dolorosa aí p'ra eu pagar!
Oui, Monsieur,.. ça son trois franc soixante dix !... s'il vous plait!
Eu puxei os cordões à bolsa e oh páaaa!, cuncaneco!,… eu escutei mal de novo caraaago!
-- ataãon um pequeno almoço aqui custa mais de setenta Francos páaaa!?.
Eu completamente aparvalhado pronto para pagar, mas não teve jeito!
- Ela continuava era a olhar para mim, com os olhos esbugalhados, estava ali à espera de receber.
E a "carreira" lá fora já com o motor a trabalhar e, prontos!... Foi quando eu comecei a botar as notas todas em cima do balcão!
A "Gra zi ela", arregalava os olhos p'ra mim e gritava; ... mais!... mais tu est foul! (mé non) Non, tê toi, hein...!? - e eu botava mais a última notinha da carteira.
Pensei...Minha Nossa Senhora de Lourdes me acode aqui senão vão "m'arretar", vão me "prender" antes de chegar às "Tours" do Val du Loire caraaaago!
(Eu só queria pagar a despesa e rezava eu c’us mous butões”!)
Não foi a jovem "Bernardette" que me acudiu mas sim, ela a Nossa Senhora de Lourdes foi quem me enviou o "aveque" que estava do meu lado.
Ele já tinha acendido o velho "galloise" du maiz (cigarro feito com palha de milho) e me disse pelo canto da boca; - óoooh, oh voismecê !
- São só 3 francos e setenta centavos (dos antigos caraaaaças)!
Naquele tempo o meu Franco era novo, o da "Gra zi ela", era velho evalia umas 100 X menos!
Um franco velho foi convertido 100 vezes para valer um FRANCO NOVO E eu que pensava que já sabia falar francês!,hein!? …
Mesmo assim, que lindo que era eu ouvir a minha Irmã a falar "incorrectamente" a língua do Asterix!...
E o Demis Russos (o Emigrante Grego) a aprender a cantar com ela;
- lá musique!,... la musique!...
--- Logo ela, que mal terminou a quarta classe! Cantava bem sem sotaque Transmontano, lá musique, e pronunciava "lalalalá miusique".
Ela que, por certo, é devota da Santa Bernardete, (*) e foi por isso que a minha Mãe lhe botou o nome de Maria de Lourdes!.
(- Saravá!... minha Irmã Querida aí onde estiveres!)
(*) A Jovem Bernardette Maria de Lourdes lá dos Pirinéus, era uma cópia "xerox" de nossa Santa Irmã Lúcia.
Foi ela que viu a Nossa Senhora à beira do riacho no povoado de Lourdes que fica logo atrás dos Pirinéus.
Coitada!...Morreu jovem aos 35 anos de idade, e se hoje fosse viva teria mais de 165 anos!
- Durante 46 anos abriram o caixão dela para autópsia muitas vezes, e ele o corpo continua lá!, intacto e sereno como só Nossa Senhora sabe cuidar do "pó d'arroz dela"!
Não seria impossível ela estar viva até hoje, até porque o sangue dela ainda lhe corre nas veias, o rosto rosado pode ser visto por qualquer visitante do santuário (Lourdes-France) na redoma de vidro onde ela se encontra actualmente.
Nota do Autor: Texto Extraído do Meu Livro “Crônicas da Emigração”
Silvino dos Santos Potêncio, nascido a 04/11/1948, é natural da Aldeia de Caravelas no Concelho de Mirandela – Trás-Os-Montes - Portugal.
Este Autor tem centenas de crônicas, algumas já divulgadas sob o Título genérico de “Crônicas da Emigração”. Algumas destas crônicas são memórias dos meus 57 anos na Emigração foram incluídas nos Blogs que todavia estão inacessíveis devido ao bloqueio do Portugalmail.pt, porém algumas foram já transcritas para a Página Literária.
Presidente Fundador do Clube Português de Natal e Membro activo de várias páginas em jornais virtuais ligados ao Mundo da Lusofonia.
01 – POEMAS DE ANGOLA – “Eu, O Pensamento, A Rima!...”
02 – E-Book (Livro Electrônico): “UM CONVITE P’RA TOMAR CHÁ”
03 - CURRIÇAS DE CARAVELAS- TROVAS COMENTADAS é uma Antologia que contém Trovas e Textos Auto Biográficos da Aldeia Transmontana.
São livros da minha autoria já prontos para Edição e publicação brevemente.
Actualmente mantenho uma página literária própria, como Emigrante Transmontano em Natal/Brasil, no Portal Recanto das Letras.
O sitio do Escritor Silvino Potêncio www.silvinopotencio.net está aberto a visitas de todos os leitores de Lingua Portuguesa. Conta já com mais de 56.000 visitantes à data actual.
Muito grato pela Atenção e receba um Forte e Fraterno Abraço.
Endereço atual para contato:
Silvino Potencio
Rua Maçaranduba Nº 7838 – Bairro Pitimbu – Conjunto Cidade Satélite
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Cinco mulheres detidas por furto num estabelecimento comercial de Macedo de Cavaleiros
A GNR anunciou esta sexta-feira a detenção de cinco mulheres, com idades compreendidas entre os 22 e os 45 anos, por furto num estabelecimento comercial, em Macedo de Cavaleiros.
As suspeitas entraram numa loja de vestuário furtando 300 euros em artigos, na passada quarta-feira, adiantou uma fonte do comando de Bragança. "Quando o proprietário se apercebeu do furto, alertou a GNR que interceptou e deteve as suspeitas nas imediações do estabelecimento, que ainda estavam na posse dos bens furtados", descreveu a mesma fonte.
Das cinco detidas, duas tinham antecedentes criminais por ofensas à integridade física e furtos. Após terem sido presentes ao Tribunal Judicial de Macedo de Cavaleiros, ontem, ficaram sujeitas à medida de coação de termo de identidade e residência.
Glória Lopes
in:mdb.pt
As suspeitas entraram numa loja de vestuário furtando 300 euros em artigos, na passada quarta-feira, adiantou uma fonte do comando de Bragança. "Quando o proprietário se apercebeu do furto, alertou a GNR que interceptou e deteve as suspeitas nas imediações do estabelecimento, que ainda estavam na posse dos bens furtados", descreveu a mesma fonte.
Das cinco detidas, duas tinham antecedentes criminais por ofensas à integridade física e furtos. Após terem sido presentes ao Tribunal Judicial de Macedo de Cavaleiros, ontem, ficaram sujeitas à medida de coação de termo de identidade e residência.
Glória Lopes
in:mdb.pt
Município de Bragança atribui mais 22 bolsas de estudo
O município de Bragança atribuiu mais 22 bolsas de estudo a alunos do ensino superior para o corrente ano letivo, num valor global superior a 14 mil euros, de que os estudantes vão beneficiar ainda no atual ano letivo.
O presidente da Câmara, Hernâni Dias, explicou à Lusa que se trata da segunda fase de atribuição de bolsas de estudo para o ano letivo 2018/2019, depois de já terem sido atribuídas 15 anteriormente.
Segundo o autarca, a análise dos pedidos vai decorrendo conforme forem concluídos os processos de atribuição de bolsas nas próprias instituições de ensino superior havendo estudantes que ainda têm condições para beneficiar também do apoio municipal.
O município ainda tem, de acordo com o presidente, em fase de análise outras candidaturas a estas bolsas de estudos que tem atribuído desde há três anos.
in:diariodetrasosmontes
C/Agência Lusa
O presidente da Câmara, Hernâni Dias, explicou à Lusa que se trata da segunda fase de atribuição de bolsas de estudo para o ano letivo 2018/2019, depois de já terem sido atribuídas 15 anteriormente.
Segundo o autarca, a análise dos pedidos vai decorrendo conforme forem concluídos os processos de atribuição de bolsas nas próprias instituições de ensino superior havendo estudantes que ainda têm condições para beneficiar também do apoio municipal.
O município ainda tem, de acordo com o presidente, em fase de análise outras candidaturas a estas bolsas de estudos que tem atribuído desde há três anos.
in:diariodetrasosmontes
C/Agência Lusa
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