O NERBA- Associação Empresarial do distrito de Bragança quer levar cerca de 20 empresários a Lisboa para participarem na Convenção Empresarial, que decorre amanhã.
O presidente do NERBA, Eduardo Malhão, acredita que o distrito vai estar bem representado naquela que poderá ser a maior concentração empresarial em Portugal.
“Temos o problema de estarmos a cinco horas de Lisboa. Depois acresce o facto das nossas empresas terem uma matriz familiar em que os nossos empresários quase não podem abandonar as empresas, porque em muitos casos pára a produção. Contudo, pensamos que iremos dignificar o distrito e ter uma representação à altura deste grande evento”, realça o responsável.
Eduardo Malhão não tem dúvidas que esta é uma oportunidade para as empresas do interior manifestarem as suas dificuldades.
“São essencialmente dificuldades de logística. Por exemplo, cada palete de matéria-prima que temos que colocar no litoral e vice-versa tem um custo acrescido de cerca de 50 euros. Cada litro de combustível tem um custo de cerca de 5 cêntimos acrescido em relação ao litoral. Isso são factores de produção que contribuem para uma grande assimetria em termos de competitividade”, salienta o representante dos empresários.
Esta convenção é organizada pela Associação Industrial Portuguesa, presidida por Eduardo Carvalho, que quer reunir os sobreviventes da crise.
Empresários e oradores
“Vai reunir o maior número de empresários que alguma vez se concentrou para reflectir sobre temas empresariais. Desde o início da crise cessaram actividade mais de 160 mil empresas e a ideia é reunir os sobreviventes deste processo de ajustamento e criar um evento que permitisse uma reflexão sobre os caminhos que trilhámos até agora, porque é que isto se deu, o que correu mal e quais são as condições mínimas e necessárias para podermos crescer”, explica o responsável.
Os oradores nesta convenção vão ser os próprios empresários. Eduardo Malhão vai representar a Habinordeste, uma empresa sedeada em Bragança. “Irei insistir na necessidade de criar uma zona de comércio especial, que cumpra os desideratos da comunidade europeia, que apontam exactamente para mercados com regras iguais, uma concorrência leal, salutar. Isso é que é o mercado único, integrado, porque assim não funciona”, salientou o empresário e presidente do NERBA.
Destaque
Empresas do interior têm custos de produção acrescidos que afectam competitividade
in:jornalnordeste.com
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