Diz a lenda que um poderoso rei mouro andou em guerra por terras do Norte frio onde a neve cobre tudo durante parte do ano. Dessas lutas trouxe consigo prisioneiros e escravos. Aconteceu porém que, entre os escravos, vinha uma jovem princesa linda, de olhos muito azuis, cabelos cor de ouro, pele luminosa e porte altivo de rainha.
Pois foi por essa jovem que o rei mouro se apaixonou. Para ele, era a Bela Princesa do Norte. Ela era sua prisioneira, sua escrava, mas o rei, fascinado pela beleza da jovem, deu ordens para que ela vivesse livre no seu reino. "Que não a persigam, que não a molestem", foram as ordens do rei.
A bela princesa nórdica agradeceu com um lindo com lindo sorriso e o rei ficou feliz.
Algum tempo depois, o rei foi encontra-la em preparativos para regressar á sua terra Natal.
Alarmado, o jovem mouro quis saber que razões a levaram a desejar abandona-lo e ao seu reino. A Bela Princesa do Norte disse-lhe que eram muitas as saudades que sentia da sua terra onde nascera. Preso àqueles olhos azuis, logo ali o rei lhe declarou o seu amor e lhe pediu que ficasse para casar com ele pois já não podia viver sem ela.
Mais uma vez a Princesa do Norte agradeceu com o seu belo sorriso.
Fez-se o casamento; as festas e a alegria pareciam nunca mais acabar. Foi no meio do último dia de festas que o rei deu falta da Bela Princesa que era agora sua esposa.
-Procurem-na, procurem-na - dizia o rei desesperado.
Acabaram por encontrá-la doente, estendida na cama, quase morta e chorando, chorando..
Vieram médicos e sábios, mas ninguém conseguia curar a jovem que já mal tinha forças para sair da cama.
Abatido e desgosto, o rei já não sabia o que fazer para salvar a sua mamada. Foi então Que pediu para falar ao jovem apaixonado um velho prisioneiro que também viera das terras do Norte. E disse que sabia como curar a princesa.
Entre desconfiado e esperançoso, rei deixou que o velho falasse com a enfraquecida princesa.
O velho era um poeta e começou a falar-lhe das recordações e saudades que ambos sentiam das suas terras do Norte. A Bela princesa do Norte abriu os olhos e sorriu. E a esperança a esperança voltou do coração do mouro.
O poeta disse ao rei como podia fazer voltar a alegria à sua amada. Falou-lhe da neve que cobria os campos e caminhos lá ao norte e explicou-lhe que a princesa sentia a falta desse manto branco por onde costumava passear o seu olhar. Aconselhou o pequeno rei a mandar plantar muitas e muitas amendoeiras pois estas, ao florirem, dariam a ilusão de que a neve cobria os campos.
O rei assim fez e algum tempo depois ele próprio acompanhou a princesa para que ela olha-se os campos frente à sua janela.
-Neve! A minha querida neve!
O lindo sorriso e as juras de amor foram o agradecimento.
Ambos estavam felizes e o reino encheu-se de amendoeiras com flores brancas que davam à bela nórdica a ilusão de estar na sua terra Natal.
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(Henrique Martins)
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