Penso na minha juventude em que as aldeias fervilhavam de pessoas, ocupadas nas suas tarefas árduas, quer pelo rigor do inverno, quer pelo "inferno" do verão.
O tempo, embora de dureza e trabalho árduo, corria alegremente.
O silêncio sepulcral que hoje sinto na maior parte das aldeias que visito, leva-me a interrogar-me: Onde estão os filhos desta Terra, onde param os meus amigos com quem brincava nas ruas, em brincadeiras sãs e inocentes, até ao por do sol? Porque estão silenciados os sinos que tocavam as trindades a dar a saber que eram horas de recolher?
Não vejo, no inverno, o fumo a sair das lareiras, recordei-me dos serões passados com a família e que era um grande convívio de socialização, sem mais interferências na casa.
Vêm -me à memória os meus avós e os tempos em que com eles convivia, lembrei-me de todos os vizinhos que ajudaram a construir estas aldeias e que já lá estão.
ACUSO: COM A RAIVA QUE ME FAZ ESCREVINHAR, OS POLÍTICOS DESTE PAÍS, PELAS ASSIMETRIAS QUE CRIARAM, PELO ABANDONO DAS CASAS, POR TODOS OS QUE TIVERAM QUE PARTIR, PELO ENCERRAMENTO DAS LINHAS DA CP E DESTRUIÇÃO DO PATRIMÓNIO NACIONAL
NUNCA O ESQUECEREI.
(DANIEL VILAR).
Sem comentários:
Enviar um comentário