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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Praga da vespa asiática está descontrolada no norte do país

Os apicultores denunciaram hoje que a progressão da vespa asiática, uma espécie predadora de abelhas, está "descontrolada" e que além de Viana do Castelo a sua presença começa a ser detectada em vários distritos do norte.
Os números mais recentes, avançados esta semana à Lusa pela Protecção Civil, apontam para um total de 119 ninhos de vespa velutina - também conhecida como asiática, dada a sua proveniência - detectados no distrito de Viana do Castelo só este ano.

Destes, 105 já foram destruídos pelos bombeiros, com recurso a lança-chamas, mas só 98 ninhos foram encontrados no concelho de Viana do Castelo, considerado pelos apicultores como porta da entrada da espécie em Portugal, através da importação de madeiras pelo porto comercial da cidade.

Na região do Alto Minho, os apicultores garantem que o número de ninhos desta vespa, oficialmente detectados, "praticamente triplicou" entre Janeiro e Outubro de 2013, o que terá consequências na produção de mel, por ser uma espécie maior e mais agressiva do que a vespa nacional, sendo predadora de abelhas, atacando directamente as colmeias.

Segundo o presidente da Associação Apícola do Minho (APIMIL), recentes "relatos" de outros produtores já apontam para a presença desta vespa em distritos como Braga, Vila Real, Bragança e até no Porto.

No entanto, afirma Alberto Dias, continua a tardar a definição de uma "estratégia" de combate a esta espécie invasora por parte do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, apesar da "disponibilidade" para colaboração já demonstrada pelos apicultores.

"Ainda não temos traçadas linhas estratégicas de combate, quem combate, como vai combater. Podemos dizer, efectivamente, que há esta expansão um bocado descontrolada", apontou o dirigente, que representa centena e meia de apicultores, que produzem, no Alto Minho, mais de 150 toneladas de mel por ano.

Associações de produtores e técnicos de vários pontos do país estão reunidos em Vila Nova de Cerveira para as VII Jornadas do Mel do Alto Minho, dedicadas à expansão da vespa asiática e face à "falta de informação" sobre o tema.

Este encontro, que decorre até sábado, conta ainda com o apoio da Federação Nacional de Apicultores de Portugal e recebe produtores de todo o país, que insistem nas críticas à falta de uma estratégia de combate à progressão desta vespa.

É o caso de Paulo Mota, um apicultor de Vila Verde que já sentiu uma quebra na produção de mel, que ronda a meia tonelada anual, devido aos ninhos que começam a multiplicar-se naquele concelho do distrito de Braga.

"Uma das minhas colmeias baixou de produção e foi muito atacada. À volta das abelhas viam-se cinco ou seis vespas a atacar. Está a ser um problema muito grave", apontou.

Garante mesmo que os apicultores locais começaram a destruir estes ninhos a tiro e não pelo fogo, como é recomendado.

"Em desespero estão a multiplicar estes ninhos porque elas fogem. Cada ninho pode ter 150 rainhas", sublinhou este apicultor e engenheiro agrónomo.

A vespa asiática é maior e mais agressiva do que a espécie autóctone nacional e foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, no ano de 2004.

Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir do final de 2012.

Lusa/SOL

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