As chuvas dos últimos dias levaram a um aumento do caudal do rio Douro, na zona da Foz do Sabor, no concelho de Torre de Moncorvo, levando à destruição das culturas de hortícolas e equipamentos públicos.
"Se a precipitação continuar a este ritmo, tememos que haja aldeias que fiquem isoladas e que os prejuízos na lavoura e nos equipamentos de apoio à praia fluvial da Foz do Sabor sejam avultados", disse hoje à Lusa, o responsável pela Proteção Civil Municipal de Torre de Moncorvo José Menezes.
Segundo o responsável, a estrada municipal que liga Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança, à aldeia da Foz do Sabor está cortada devidos às cheias.
"Para já, não existe perigo para as populações. No entanto, se a águas dos rios Douro e Sabor continuarem a subir teme-se o isolamento das aldeias da Foz do Sabor, Cabanas, Horta da Vila Vilariça Castedo e Lousa. Mas há prejuízos visíveis", indicou o responsável.
Os campos agrícolas estão totalmente inundados e com perdas significativas para os produtores de hortícolas daquele território.
"Já contabilizo prejuízos na ordem dos 60 mil euros. Tinha compromissos de fornecimento de hortícolas para grandes superfícies comerciais e foram destruídas. Se continuar chover, nem daqui a um mês pode posso voltar a entrar nos meus terrenos", explicou à Lusa um agricultor da Foz do Sabor, Mário Martins.
O responsável pela Proteção Civil Municipal deixou um alerta: "se a precipitação continuar a este ritmo, os danos serão avultados", acrescentando que caso a barragem do Baixo Sabor entre em descarga a situação torna-se mais preocupante".
O que os produtores locais questionam é a razão pela qual "a EDP não atuou preventivamente" desta vez, já que se encontra construído todo o complexo da barragem do Baixo Sabor, precisamente naquela zona, com duas barragens, uma mais pequena, a jusante, com capacidade de bombear água para armazenamento na principal, a montante.
"No espaço de três dias, o rio Douro subiu mais de três metros. Não se compreende", frisou Mário Martins
A Lusa contactou a EDP e aguarda esclarecimentos da concessionária do empreendimento hidroelétrico, que se encontra em fase experimental no sul do distrito de Bragança
Já os técnicos da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) estão a fazer um levantamento dos prejuízos causados pelas cheias ocorridas nos últimos dias em várias zonas de produção hortícola do distrito de Bragança, informou fonte daquele organismo.
A fonte disse à agência Lusa que os serviços oficiais estão "a proceder à avaliação dos estragos e depois será feito um relatório para enviar à tutela".
Estas zonas encontram-se no chamado leito de cheias de rios e ribeiras e as culturas que tinham acabado de ser plantadas ou estavam em estado de desenvolvimento foram alagadas depois das chuvas intensas, sobretudo do final da última semana.
Fernando Brás, presidente da Associação de Beneficiários do Regadio do Vale da Vilariça, garante que "90 por cento da zona dos hortícolas foi afetada", concretamente na Vilariça, Sampaio, Junqueira, Horta da Vilariça e Foz do Sabor.
Agência Lusa
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