Este ano muitas uvas vão ficar por vindimar no Douro por causa do míldio

O ano de 2016 vai ser para esquecer em algumas quintas do Douro. O míldio, que é um fungo sempre presente na vinha, atacou este ano em força, devido ao excesso de chuva durante a primavera, nomeadamente na fase da floração.

O enólogo Frederico Meireles conta que na Quinta do Bartol, em Carrazeda de Ansiães, já se admite não fazer a vindima: “É um ano com quebras na ordem dos 90 por cento e não compensa fazer a vindima, preços gastos que tem. É, de facto um ano para esquecer. É uma situação que eu nuca tinha visto”, confessou.

Outro viticultor do concelho de Carrazeda, Sérgio de Castro, não tem uma expectativa tão má, mas assegura que teve de fazer mais tratamentos para conseguir combater o míldio. “ Tenho 69 anos e é o segundo ano que me lembro de haver tanta humidade e acontecer isto”, acrescentou o produtor. 
O míldio a complicar a vida este ano a muitos agricultores do Douro.

Para o dia 17 de julho, está já marcada para o Peso da Régua, uma concentração de agricultores que é organizada pela AVIDOURO, Associação de Viticultores Independentes do Douro, e pretende analisar a situação da região demarcada, já considerada “muito grave”, por causa do míldio e das trovoadas acompanhadas de chuva intensa e granizo da semana passada. 

Escrito por Rádio Ansiães (CIR)