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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 3 de junho de 2017

Manuel Alegre "honrado" com atribuição do prémio literário Guerra Junqueiro

O escritor Manuel Alegre mostrou-se hoje "honrado" com atribuição do primeiro prémio literário Guerra Junqueiro, instituído pelo Freixo Festival Internacional de Literatura (FFIL), garantindo que foi felicitado por pessoas de diversos países.
Em entrevista à agência Lusa, Manuel Alegre disse que Guerra Junqueiro (1850-1923) é uma grande figura da literatura portuguesa, tendo sido o poeta mais popular do seu tempo.

"Junqueiro trouxe à poesia portuguesa temas interditos no seu tempo, tais como a pobreza, a nudez, a prostituição, ou seja, aquelas coisas que eram para ficar fora da poesia. Ele trouxe a realidade e coisas mais infames da sociedade da época", frisou.

O antigo candidato à Presidência da República destacou poemas como a "Pátria", em que é descrito um trabalho adaptado à realidade vivida no seu tempo.

"Ele colou-se muito à realidade e à sociedade do seu tempo e parece que os seus poemas caíram em desuso. Mas, se os formos reler hoje, muito daquilo que teve uma marca contemporânea, tem agora uma dimensão intemporal e universal", enfatizou o laureado.

Manuel Alegre destacou que o poeta transmontano, natural de Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança, tem uma grande capacidade verbal em que consegue conjugar o tem épico com o tom lírico, com uma violência sarcástica, muito rara e inovadora na poesia portuguesa.

"A organização do FFIL está de parabéns porque em boa hora relançou Guerra Junqueiro e todo a sua obra", enfatizou.

O poeta Manuel Alegre, no decurso da entrevista à Lusa destacou que é tempo de Guerra Junqueiro voltar as escolas, ao ensino e as livrarias.

"Guerra Junqueiro é uma figura cimeira da poesia e da literatura portuguesa e não pode estar nas prateleiras, nem fora do ensino ou do convívio com a sua obra", enfatizou.

Manuel Alegre disse ter uma escrita "muito diferente" da de Guerra Junqueiro, mas que se identifica com o poeta freixenista na luta pelos ideais de liberdade, como fez durante o período da ditadura.

"Identifica-me com Junqueiro porque a sua poesia dominante é Portugal e a minha também", disse.

Na opinião de Manuel Alegre, Guerra Junqueiro, derrubou a Monarquia, antes de ser feita a revolução à Republica.

Freixo de Espada à Cinta é um concelho pequeno e periférico, o que significa que, na opinião de Alegre, iniciativas como o FFIL são uma lição.

"Não há desenvolvimento sem cultura e não há progresso. A cultura liberta", concluiu.

Agência Lusa

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