O Presidente do Município de Mirandela está preocupado com as consequências que podem resultar da redução de, pelo menos, 35 por cento dos encargos com a aquisição de serviços de profissionais de saúde, imposta pelo Governo aos estabelecimentos do serviço nacional de saúde.
António Branco teme que possa estar em causa, o serviço de urgência médico-cirúrgica do hospital de Mirandela e nesse sentido já solicitou à direcção da Unidade Local de Saúde do Nordeste, uma reunião, com carácter de urgência, para esclarecimento desta e de outras preocupações.
Tem sido uma constante, nos últimos anos, a ameaça que paira sobre a possibilidade de desclassificação do serviço de urgência do hospital de Mirandela, que, apesar de ser uma unidade médico-cirúrgica, tem vindo a perder diversas valências.
Agora, essa preocupação volta a pairar, porque, recentemente, foram publicadas, em Diário da República, algumas alterações no funcionamento das várias unidades do serviço nacional de saúde que podem vir a ser muito prejudiciais para o hospital de Mirandela, como é o caso da redução dos encargos trimestrais com a aquisição de serviços de profissionais de saúde, em, pelo menos, 35 por cento, face ao trimestre homólogo.
António Branco não esconde a sua preocupação com esta medida que, em seu entender, “pode colocar em causa o serviço de urgência médico-cirúrgica de Mirandela, porque no caso da Unidade Hospitalar de Mirandela e em específico o seu Serviço de Urgência é feito essencialmente com recurso a profissionais de saúde externos”.
António Branco quer ainda aproveitar a reunião, para receber uma garantia de que as valências associadas à Unidade Hospitalar de Mirandela “não sejam esvaziadas da sua autonomia e chefia directa”.
O autarca mirandelense diz que será também importante esclarecer porque motivo, não obstante ter sido instalado um novo equipamento de TAC, na Unidade Hospitalar de Mirandela, continua a verificar-se o recurso a uma unidade externa, situada na Unidade Hospitalar de Macedo de Cavaleiros que implica o recurso a meios de transporte e recursos humanos suplementares, agravando os custos associados.
António Branco aguarda por uma resposta da ULSNE sobre o seu pedido de reunião urgente para esclarecer estas preocupações.
Questionada acerca deste assunto, a administração da ULSNE, numa resposta enviada por correio electrónico, diz apenas que “não irá prestar declarações sobre o assunto mencionado”.
Escrito por Rádio Terra Quente (CIR)
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