A deputada do PS, Júlia Rodrigues enviou uma pergunta ao Governo sobre o despacho emitido em Maio, deste ano, que permite o enterramento de animais mortos em exploração, em algumas zonas do país em vez da recolha que era feita até agora pelo Sistema de Recolha de Cadáveres de Animais.
Este enterramento é possível em zonas consideradas remotas, como é o caso da maioria dos concelhos de Trás-os-Montes, por se encontrarem longe dos centros de destruição, embora possa representar alguns perigos sanitários para a saúde pública
A deputada considera que essa medida deve ser revista e deve haver igualdade para todas as zonas do país.
“Contestamos que exista uma distinção entre as várias regiões do país e os produtores mais afastados e em regiões mais remotas têm de ter as mesmas condições que os outros têm”, argumentou a deputada.
Os deputados vão agora ter uma audição com o ministro da agricultura na qual a questão vai ser levantada. Tendo em conta as medidas que o Governo tem estipulado em defesa do interior, da igualdade de acesso de oportunidades às populações que vivem em zonas mais remotas do país, Segundo a deputada do PS e é com base nesses argumentos, que faz a sua intervenção
“Este despacho devia ser imediatamente suspenso e sugerimos que poderia haver postos de recolha temporária de cadáveres simplificando depois os transportes para a empresa que faz posteriormente a destruição”, explicou Júlia Rodrigues.
No distrito de Bragança são consideradas como remotas, para o efeito de enterramento ou recolha dos cadáveres de animais mortos em exploração, todas as freguesias dos concelhos de Bragança, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Miranda do Douro, Mogadouro, Torre de Moncorvo, Vimioso e Vinhais.
Escrito por Brigantia
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