O conselho contará com a presença de Jaime Izquierdo Vallina, geólogo e escritor asturiano, que defende os valores e a conservação da vida no mundo rural.
Francisco Alves, presidente da Rionor, assinala que é preciso, de certa forma, levar a cidade para a aldeia.
Todos nós sabemos o sabor dos produtos de altitude e todos sabemos o pouco sabor da produção intensiva. A cidade se fosse o primeiro consumidor desses produtos não ajudaria a fixar as aldeias? Nós temos que dar dignidade aos camponeses”, frisou.
Várias pessoas têm migrado, nos últimos tempos, para as aldeias. A pandemia mostrou que se pode trabalhar a partir de qualquer ponto. Francisco Alves considera que é preciso valorizar a região de outra forma.
“Em Trás-os-Montes acho que desvalorizamos um bocadinho as belezas que temos, mas a pandemia veio pôr o dedo na ferida. A concentração nas grandes cidades é o caminho ou haverá vantagens noutras alternativas?”, questionou.
Nos últimos tempos, a convivência entre a população que vive nas aldeias das áreas protegidas e as entidades gestoras tem sido reportada como conflituosa. Francisco Alves admite que é preciso bom senso.
O Conselho Raiano acontece no sábado, na Escola Superior Agrária do IPB, entre as duas e as sete da tarde. Será ainda assinado o Documento Base de adesão da RIONOR à rede de entidades para uma nova economia para as povoações pequenas, destinada a fomentar modelos de desenvolvimento que recuperem as aldeias como unidades gestoras do território. A rede é promovida pelo Governo das Astúrias e pela Sociedade de Estudos Bascos.
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