Novecentos anos depois de D. Sancho I ter doado duas quintas do Douro aos bobos Bonamis e Acompaniado por préstimos na sua função junto da Corte, como documentado na Torre do Tombo, e que segundo Teófilo Braga, ex-Presidente da República Portuguesa, e Luís Francisco Rebelo, autores de obras relacionadas com a história do teatro em Portugal, marca o “nascimento” do teatro profissional no país, por ironia do destino e passados quase 50 anos do 25 de Abril, a maior e mais antiga Companhia Profissional do Douro pode anunciar a sua extinção.
A companhia de teatro diz que “é incompreensível que a candidatura da Filandorra ao Apoio Sustentado para o quadriénio 2023-2026, com 74,02 de pontuação e como tal elegível, não tenha financiamento por falta de verbas quando os cofres do governo central estão cheios!!”, defendem.
Com 37 anos de existência, 82 produções da dramaturgia portuguesa e universal, e a caminho de um milhão de espetadores, a Filandorra é a maior empregadora cultural na região, com um quadro de pessoal de 15 elementos, entre 11 efetivos e 4 prestadores de serviços, que “resiste ainda” a partir de contratos-programa e venda de espetáculos com 30 municípios que garantem 50% do seu orçamento anual, “o que demonstra que o projeto cultural que desenvolve é reconhecido e valorizado pelas estruturas locais e regionais (autarquias, CIM’S, entre outras), e comprova a sólida e consistente relação de verdadeira integração no território, em contraponto com a ausência total de apoio por parte da tutela, ou seja, o Ministério Imperfeito… da Cultura, do Ministro Adão sem tostão, que continua a ‘denegar’ a coesão nacional e se mantém ‘adepto’ das famosas linhas de corte que estão a levar à ‘morte’ de estruturas culturais por todo o país, de Trás-os-Montes ao Algarve”, desabafa a Filandorra num comunicado de imprensa.
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