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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 21 de junho de 2024

Lavragens obstruem canal de regadio de Macedo de Cavaleiros

 A mobilização de solos, ou seja, as lavragens de terrenos estão a fazer com o canal de aproveitamento hidroagrícola de Macedo de Cavaleiros fique entupido com deslizamento de terras e ainda com os sobrantes destes trabalhos agrícolas. Tal está acontecer na parte montante do canal e os maiores problemas estão a fazer sentir-se em locais como no Alto de Carrapatas, na costa do Sol, e na trincheira em direção a Vale da Porca.

Nelson Serra, coordenador técnico pelo aproveitamento hidroagrícola de Macedo de Cavaleiros explica que as condições meteorológicas, que se têm sentido ultimamente, como as trovoadas, fazem que os terrenos percam a parte dos nutrientes:

“O que acontece é que com as lavragens aos terrenos, faz com que os finos, ou seja, as argilas e areias, quando vêm estas chuvas, sejam levadas pela água. Depois consequentemente, essas areias e argilas acumulam-se no nosso canal porque não há drenos. Ao lavrar, como o solo não está consolidado, faz com que essas terras sejam levadas e as próprias culturas ficam a perder, a superfície de 40 cm, que é onde estão os nutrientes.”

Para que tal não aconteça é importante respeitar os 5 metros de distância para cada lado e a utilização de outras técnicas, como a limpeza dos terrenos através de corte com roçadoras. O engenheiro ainda deixa um apelo para que use o cultivo de trevo, como elemento de nutrição dos solos como adianta:

“Na parte montante do canal os agricultores deviam utilizar uma estratégia diferente como o cultivo de umas ervas, trevos, por exemplo. Isto vai permitir que haja simbiose entre a planta e o trevo para a fixação de azoto atmosférico. Há certas propriedades benéficas que as próprias plantas trazem às culturas. O trevo é uma mais-valia, em que além de manter o solo fresco não permite esse deslize de terras para o canal.

Devido às alterações climáticas, ou seja solos mais quentes, recomenda a manutenção de herbáceas nos solos fará com que arrefeça a temperatura dos mesmos.

No entanto existem diversos problemas associados ao canal. Um deles é danificação dos tubos do regadio, uma vez que os custos de reparação estão anexados aos regantes, o que é bastante prejudicial.

“As plantações e as construções têm de manter a distância de 5 metros, quer da conduta, quer do canal para cada lado. Muitas pessoas não estão a respeitar. Outra coisa que acontece ali que estão a fazer estragos nas nossas condutas, por causa das plantações Por exemplo, ainda há pouco, nesta semana que passou, fizeram uma plantação e danificaram um tubo de 150.”

Tal como este problema verifica-se ainda a destruição da rede viária usada para o acesso ao canal que acaba por ser utilizada por diversos agricultores.

Recorde-se que o canal aproveitamento hidroagrícola de Macedo de Cavaleiros tem 18, 5 quilómetros. Já a Associação tem 300 agricultores inscritos.

Escrito por Onda Livre

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