As investigações provaram que, em 2018, os arguidos planearam a captura e morte de lobos no Parque Nacional, utilizando armadilhas feitas com cabos de aço, colocadas em várias zonas de Cabril, Montalegre. Com restos de animais como isco, conseguiram capturar seis lobos, sendo que um foi abatido à pancada em fevereiro de 2021, enquanto os restantes morreram por asfixia ou inanição entre abril e julho do mesmo ano.
O Tribunal considerou que os seis animais pertenciam à alcateia de Cabril, com habitat na região central da Serra do Gerês, entre Terras de Bouro e Montalegre. As mortes comprometeram gravemente a sobrevivência do grupo, colocando em perigo a biodiversidade da região.
Além das penas de prisão, suspensas por um período de dois anos e meio, os arguidos foram condenados a pagar uma indemnização de 20 mil euros ao Estado, pelo dano ambiental causado. Dois dos arguidos foram ainda multados em sete mil euros pela prática de uma contraordenação ambiental grave. Um dos envolvidos foi também condenado a pagar uma multa de 825 euros pela posse de uma arma proibida.
O lobo-ibérico, uma espécie ameaçada e protegida por lei em Portugal, enfrenta sérias ameaças de extinção, sendo este caso um exemplo da fragilidade da sua presença no país.
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