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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Santa Lhuzie L Bielho i la Galdrapa - La purmeira celebraçon de l solstício na Tierra de Miranda

 A festa do 'Velho e da Galdrapa' (em língua mirandesa,'L Bielho i la Galdrapa') esteve "adormecida" desde a década de 60 do século XX, com uma fugaz aparição na década de 90 do mesmo século, fruto de empenho de um grupo de pessoas, que recuperou durante dois anos esta tradição ancestral. E com o empenho de alguns investigadores ligados à temática das máscaras no Nordeste Transmontano, o ritual ganhou agora nova vida.


"Foi o primeiro do seu género a sair à rua no território do Planalto Mirandês, antes do solstício, o que deita por terra algumas teorias do passado, que referem que o período destas festas pagãs se desenvolve entre o dia de Natal e os Reis", indicou à Lusa Alfredo Cameirão, um dos responsáveis pela recuperação desta tradição, "uma das mais genuínas do Nordeste Transmontano, e também "um dos exemplares únicos do património imaterial de uma região que em boa hora foi recuperada e trazida de novo para as ruas".

Segundo Alfredo Cameirão, com a revitalização da festa do "Velho e da Gualdrapa", a teoria de que estes rituais só se realizavam no designado "período dos 12 dias", ou seja, o tempo que vai do Natal aos Reis, cai por terra.

"Durante algum tempo, essa afirmação fazia-nos 'cócegas' e ficou provado que estes rituais começavam bem mais cedo, neste caso a 13 de dezembro, dia de Santa Luzia, e que era celebrado na aldeia. Agora, a festa tem de ser feita o mais próximo deste desta data" devido ao despovoamento da localidade" enfatizou.

E foi o despovoamento que acabou com a festa, com principal incidência, no período forte emigração verificada na década de 60 do século passado para diversos países europeus.

Os Rituais do Solstício de Inverno, também conhecidos por Festa do Rapazes, são manifestações pagãs que se vivem um pouco por todo o Nordeste Transmontano e que simbolizam a emancipação dos jovens que neles participam. São rituais de "fecundidade" e de passagem.

Para quem veste a máscara, garante que se trata de uma transformação única e que transporta o mascarado para outras dimensão, onde só pensa em fazer tropelias e interagir com a população, principalmente raparigas e mulheres jovens.

Texto de Sapo Viagens

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