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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 1 de março de 2025

A CRISE DE AUTORIDADE, NA FAMÍLIA E NA SOCIEDADE

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

Ao folhear, ao acaso, o livro de Daniel Leste: " Confúcio" - Ed. Estudos Cor, deparei os curiosos: " Diálogos de Confuso".
Um, atraiu-me a minha atenção: " O sábio Yeu disse: " Aquele que é respeitador de seu pai e da sua mãe e do irmão mais velho, não decidirá, senão raramente, a desobedecer às autoridades. Não se encontrará um homem que tendo respeito pelos grandes, participe numa revolta. Um homem nobre estuda a raiz das coisas. Se ele a encontrou, a sua torna-se florescente. O respeito pelo pai, pela mãe e pelos mais velhos, é a raiz do bem" – D.C.-I-2
Cresce de forma descomunal, na decadente sociedade, o desrespeito pela – autoridade: pais, professores e governantes.
É frequentíssimo, nas últimas décadas, em manifestações populares, escutarem-se palavras incongruentes, injuriosas e impróprias e gente educada.
E na escola – que devia ser local de respeito, – docentes são desfeiteados na própria sala de aula; e são frequentes os abusos entre alunos.
Recordo – e com que saudade! - do longínquo tempo da minha mocidade, quando a via publica era segura e tranquila; e ninguém pensaria que fosse possível agredir o professor, de modo a ter de recorrer ao serviço hospitalar.
Quantas vezes fui ao cinema da meia-noite, só e acompanhado, e nunca senti qualquer receio de ser assaltado; e por motivos profissionais; fui obrigado, durante anos, a deambular, a pé, pelas artérias da minha cidade, a horas mortas, de madrugada, e jamais fui incomodado, nem sentia qualquer temor. Confiava, inteiramente, na polícia.
Bons tempos!... Agora todos andamos com o credo na boca, receando que em cada canto e recanto, em cada esquina ou portal, surja perigoso malfeitor.
E por que acontece isso?
Porque há muito quem ensine, mas não há quem eduque.
Educar não é ensinar; mas inculcar: conceitos, valores e respeito. Poucos são, infelizmente, os que sabem educar a alma, para que se torne temente a Deus e cidadã exemplar. A maioria – quando o faz, – limita-se a comportamentos e rudimentares regras de etiqueta.
Lamentam-se as mães que os jovens andam transviados. Todavia esquecem-se, que em parte, a culpa é delas, porque não sabem ou não souberam incutir nos filhos preceitos que os tornassem em honrados e honestos cidadãos.


Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG” e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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